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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
GESTÃO DE PROJETOS DE
ARQUITETURA

Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
GESTÃO DE PROJETOS DE
ARQUITETURA

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

12 CADERNO DE DETALHAMENTOS

O Caderno de Detalhamentos é criado a partir da definição do projeto de


arquitetura. Quando se estabelece as conformações dos ambientes e elementos
construtivos nas plantas baixas, cortes e fachadas, que compõem a proposta
arquitetônica, a graficação é feita em uma escala em que não podemos ter uma
percepção mais apurada de alguns elementos.
Levando em conta o nível de complexidade da proposta e dos diversos
detalhes que conformam o projeto, é necessário pontuar áreas em que alguns
elementos deverão ser detalhados, ou seja, devem ser desenhados em uma escala
mais próxima do real, para que com isso, possamos identificar componentes e
medidas que não eram visíveis em um primeiro momento.
Nesses detalhamentos vamos encontrar a especificação de elementos,
quanto aos seus materiais, suas medidas e quantidades. A disposição dos
componentes, seus encontros e associações, ou seja, a criação de um verdadeiro
manual explicativo, por intermédio de vistas e perspectivas, para que possa ser
viabilizado o projeto.
Por meio desse recurso de desenho, é garantido o sucesso na execução e
consequentemente o perfeito funcionamento dos diversos sistemas que formam as
estruturas e elementos construtivos.
Podem ocorrer detalhamentos nas mais variadas situações, conforme as
peculiaridades do empreendimento. Para um melhor entendimento lançaremos a
seguir, alguns exemplos em que pode ser válido o emprego desse recurso projetual,
a fim de esclarecer possíveis dúvidas de execução.
 Um prédio onde temos a fachada revestida com pele de vidro –
caixilhos metálicos ou em PVC, com vidro aparente: são detalhados os perfis, sua
fixação e encaixe dos vidros.

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FIGURA 40 – DETALHE DE PELE DE VIDRO

FONTE: Disponível em:<http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/sistemas-de-fachadas-tecnologia-


marca-18-05-2005.html>
Acesso em: 09 ago. 2013.

 Detalhes de fixação de chapas que revestem uma fachada.

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FIGURA 41 – DETALHE DE FIXAÇÃO DE CHAPAS

FONTE: Disponível em: <http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pontual-arquitetura-e-robert-stern-


fachada-da-23-03-2005.html>
Acesso em: 09 ago. 2013.

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 Detalhes de uma estrutura metálica e seu escoamento das águas pluviais.

FIGURA 42 – DETALHE DE MARQUISE E CALHA

FONTE: Disponível em:<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ricardo-juliao-arquitetura-e-


urbanismo-centro-administrativo-10-01-2005.html>
Acesso em: 09 ago. 2013.

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 Detalhe de revestimento de uma parede, com encontro de superfícies
pintadas e impermeabilização.

FIGURA 43 – DETALHE DE REVESTIMENTO DE PAREDE

FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-


L5jmgVSGGPQ/UKZn6LvidyI/AAAAAAAAASk/EbK8QsIS_Mc/s1600/p39.jpg>
Acesso em: 09 ago. 2013.

 Detalhamento de um rebaixo de forro, em que foi aplicado o


revestimento em gesso.

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FIGURA 44 – DETALHE DE REBAIXO EM GESSO

FONTE: Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/-


eANR7kQIXKA/UKhcKOAJIFI/AAAAAAAAAWU/8GdtKc-G4xk/s1600/F27-Model.jpg>
Acesso em: 09 ago. 2013.

13 CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES

As especificações de projeto acontecem tanto no lançamento dos primeiros


rabiscos, na fase de criação e concepção do projeto, quanto na conceituação final
do projeto, onde aparecem as determinações para escolha de padronagens, cores,

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texturas e dimensões de materiais, bem como disposição e colocação dos detalhes
compositivos.

FIGURA 45 – ESPECIFICAÇÃO EM FASE DE CRIAÇÃO

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FONTE: Disponível em: <http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/nelson-dupre-centro-cultural-17-03-
2009.html>
Acesso em: 09 ago. 2013.

O Caderno de Especificações é muito empregado para as fases terminais da


obra, no assentamento dos materiais de acabamento e finalização dos ambientes. É
muito comum criar tais cadernos para especificar:
 Revestimentos de fachadas – especificação dos materiais que serão
aplicados nas paredes externas.

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FIGURA 46 – ESPECIFICAÇÃO DE FACHADA

FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

 Revestimentos de pisos – Além da especificação do material, é


realizada a paginação de como será o sentido de colocação, ponto de partida e as
possíveis composições de desenhos.

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FIGURA 47 – PAGINAÇÃO DE PISO

FONTE: Disponível em: <http://inovandoconceitos.blogspot.com.br/2012/05/diminuir-custos.html>


Acesso em: 10 ago. 2013.

 Revestimentos de parede – Igualmente ao piso, podem aparecer as


paginações e composições de elementos.

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FIGURA 48 – PAGINAÇÃO DE PAREDE

FONTE: Disponível em: <http://www.maisrevestimentos.com.br/img/servicos/1345064677-2012-08-


15_mais_revestimentos_ceramicos-.jpg>
Acesso em: 10 ago. 2013.

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FIGURA 49 – PAGINAÇÃO DE PAREDE

FONTE: Disponível em: <http://julianainoue.blogspot.com.br/2010/09/projetos-de-paginacao-


vectorworks.html>
Acesso em: 10 ago. 2013.

 Revestimento de tetos – são delimitados os panos de rebaixo, com


seus níveis, formatos e dimensões respectivas. Pode aparecer igualmente à locação
da iluminação, seja embutida ou aparente. É importante relembrar o capítulo
anterior, em que foi comentado sobre os detalhamentos, pois podem ser
necessários para especificar os formatos dos padrões de acabamento que vierem a
ser utilizados.

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FIGURA 50 – PAGINAÇÃO DE TETO

FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/22/plantas-forro-de-


gesso-129442-1.asp>
Acesso em: 10 ago. 2013.

 Projeto de automação – pode prever o controle, por meio de uma


central de comando, dos pontos de comunicação (internet, telefone e TV), de todos
os pontos de áudio (som ambiente e home theater), de todas as cargas (luzes,
tomadas, cortinas), de câmeras de segurança, ar-condicionado, aspiração central,
além da determinação da posição de todos os quadros de controle.

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 Projeto luminotécnico – Além dos tipos e suas formas, são
especificadas as potências, locações e funções de cada ponto de iluminação.
Podem ser agregadas ao projeto as fotos das peças escolhidas, para que tenhamos
uma melhor leitura na hora da execução.

FIGURA 51 – PROJETO LUMINOTÉCNICO

FONTE: Disponível em: <http://dc123.4shared.com/doc/FuMFA9Ek/preview.html>


Acesso em: 10 ago. 2013.

 Modelos de louças sanitárias e acabamentos de metais – modelos,


padronagens, acabamentos, quantidades e dimensões são agrupados em planilhas
de especificação. Podem ser agregadas ao projeto as fotos das peças escolhidas,
para que tenhamos uma melhor leitura na hora da execução.
 Gradis, guarda-corpos e corrimãos – trata-se de detalhes de
fechamento de áreas e proteção contra quedas ou acessos indesejados. Podem ser

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necessários detalhamentos de peças ou conjunto de elementos que formam a
estrutura lançada.
 Modelos de esquadrias e ferragens – tipos, quantidades, funções e
dimensões, além das localizações e acabamento de cada elemento, são
informações que vamos encontrar nas especificações. Outro dado importante para
ser lembrado é o tipo e espessura de vidro que dá o fechamento das janelas.

FIGURA 52 – TABELA DE ESQUADRIAS

FONTE: Disponível em: <http://renatoarrudafragaarq.blogspot.com.br/2010/12/desenho-arquitetonico-


2-esquadrias.html>
Acesso em: 10 ago. 2013.

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FIGURA 53 – CONTINUAÇÃO DA TABELA DE ESQUADRIAS

FONTE: Disponível em: <http://renatoarrudafragaarq.blogspot.com.br/2010/12/desenho-arquitetonico-


2-esquadrias.html>
Acesso em: 10 ago. 2013.

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14 PROJETO DE ESTRUTURAS

Uma vez lançado o projeto arquitetônico, temos um importante passo, que é


a definição de que tipo de estrutura será utilizado para erigir o empreendimento. O
cálculo estrutural compreende o dimensionamento de paredes portantes, vigas,
lajes, pilares e fundações. O responsável pelo cálculo estrutural é o arquiteto ou o
engenheiro civil, salvo nas estruturas de maior complexidade e volume, em que o
profissional mais habilitado para o trabalho é o engenheiro civil.
Espera-se de um projeto de estruturas além da segurança contra qualquer
colapso do empreendimento, a prevenção contra patologias da obra, como: trincas,
quedas de revestimentos, deslocamentos de pisos, etc.
Um ponto-chave para o casamento entre o projeto arquitetônico e de
estruturas é a adequação das formas e espaços concebidos pelo arquiteto, com os
elementos estruturais criados pelo cálculo estrutural. Vemos a nossa volta grandes
obras arquitetônicas, com as mais variadas formas e tamanhos, que só conseguiram
ser executadas a partir de um satisfatório sistema dimensional da estrutura.
Vejamos os exemplos das edificações de Brasília, criadas por Oscar
Niemeyer, com suas formas características diferenciadas, onde o trabalho do
engenheiro no cálculo e dimensionamento da estrutura foi ponto-chave para o
sucesso.

FIGURA 54 – OBRAS DE OSCAR NIEMEYER

FONTE: Disponível em: <http://g1.globo.com/pop-arte/fotos/2011/08/veja-fotos-do-livro-igrejas-de-


oscar-niemeyer.html>
Acesso em: 10 ago. 2013.

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Em virtude desses fatores, é vital que o gerenciamento do arquiteto
aconteça de forma integral, e que, a comunicação com o responsável pelas
estruturas seja constante, para que não aconteçam substituições ou
descaracterizações projetuais.

FIGURA 55 – PROJETO ESTRUTURAL

FONTE: Disponível em: <http://projetos.habitissimo.com.br/projeto/projeto-estrutural-em-concreto>


Acesso em: 10 ago. 2013.

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FIGURA 56 – PROJETO ESTRUTURAL

FONTE: Disponível em: <http://rotadosconcursos.com.br/provas/t%C3%A9cnico-cient%C3%ADfico-


%C3%A1rea-arquitetura-13955/11>
Acesso em: 10 ago. 2013.

15 PROJETO ELÉTRICO

O projeto elétrico consiste em quantificar e determinar a localização e tipos


de pontos elétricos ao longo da edificação. Além das tomadas e interruptores, temos
também os pontos de iluminação.
São definidos em projeto: a quantificação, dimensionamento e disposição
dos condutores e fios que interligam o sistema. Na parte externa é necessário locar
a entrada de luz e seus pontos de distribuição.
Mais uma vez o arquiteto deve estar presente na definição da localização
dos pontos de alimentação e iluminação. É a partir do projeto arquitetônico, mais
precisamente, da disposição do mobiliário, que o arquiteto lança a disposição de
quais pontos vai necessitar no projeto. De posse desse lançamento inicial é que o
projeto elétrico é iniciado, podendo ser feito pelo próprio arquiteto ou um engenheiro
eletricista.

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Nas pranchas de projeto, além das plantas baixas e cortes com as
especificações comentadas, são colocadas as legendas de símbolos utilizados,
quadro de cargas com especificação dos circuitos e os detalhes de projeto e
estrutura de alimentação elétrica.

FIGURA 57 – PROJETO ELÉTRICO

FONTE: Disponível em: <http://fecha-curto.webnode.pt/news/o-que-e-projeto-eletrico-/>


Acesso em: 10 ago. 2013.

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FIGURA 58 – LEGENDA DE PROJETO ELÉTRICO

FONTE: Disponível em: <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/sistemas2/aula5/aula5-B.htm>


Acesso em: 10 ago. 2013.

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16 PROJETO HIDROSSANITÁRIO

O projeto hidrossanitário compreende os sistemas de distribuição de água e


recolhimento dos esgotos.
Na parte de distribuição de água fria vamos ter:
 A locação da entrada de água potável com hidrômetro e registro;
 A locação dos reservatórios;
 Prumadas de distribuição da água;
 Ramais de distribuição;
 Pontos de água e registros.
Ainda na distribuição e água, quando falamos em água quente, temos:
 As prumadas de chegada e saída de água;
 Os ramais de distribuição;
 Pontos de água quente e registros.
E relação ao esgoto, podemos subdividir em esgoto ou recolhimento das
águas pluviais e das águas negras e cinza. Temos basicamente:
 As prumadas;
 As ramificações;
 Locação de ralos;
 Posição de caixas de passagem, fossas sépticas e filtros.

Além das graficações dos elementos e suas locações em relação ao projeto


arquitetônico, são necessárias outras definições. Temos os cálculos realizados com
fundamentação em normas:
 Cálculo de volume de reservatórios;
 Cálculo de diâmetro das tubulações;
 Cálculo do volume de caixas de inspeção, fossa séptica e filtros;
 Cálculo de área de captação das águas pluviais, suas calhas e
prumadas de distribuição.

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Outro documento anexado ao projeto hidrossanitário é o Memorial Descritivo
com as especificações de procedimentos e materiais utilizados para a execução do
hidrossanitário. Esse se assemelha ao Memorial Descritivo citado no Módulo II,
sobre o projeto arquitetônico legal, onde encontramos informações sobre o
empreendimento, responsáveis técnicos e do projeto em si como um todo.
A locação das passagens das prumadas de água potável e esgoto devem
estar estrategicamente lançados para que não haja conflito com os elementos
arquitetônicos e as partes da estrutura da edificação. Não diferente da sintonia entre
o arquitetônico com o estrutural e elétrico, deve merecer cuidado o hidrossanitário,
por parte do gerenciador do projeto.

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FIGURA 59 – FRAGMENTOS DE PROJETO HIDROSSANITÁRIO

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FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 60 – LEGENDA DE PROJETO HIDROSSANITÁRIO

FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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17 PROJETO DE ACLIMATAÇÃO DE AMBIENTES

O correto funcionamento e melhor desempenho de um sistema de ar-


condicionado ou aquecimento de ambientes, decorre de um projeto bem
dimensionado. É necessário dispor de um projeto arquitetônico estabelecido e com
área predefinida para a instalação dos equipamentos necessários para aclimatar os
ambientes.
O arquiteto não pode descuidar na hora de receber os projetos de
aclimatação e verificar possíveis interferências espaciais nos ambientes. Os
equipamentos necessitam de pontos de eletricidade e hidráulica, portanto tudo deve
ser pensado com antecedência. Os sistemas utilizados atualmente podem
necessitar de espaços externos, além dos internos para a instalação de
equipamento, portanto é mais um cuidado que deve ser tomado.

FIGURA 61 – PROJETO DE ACLIMATAÇÃO DE AMBIENTES

FONTE: Disponível em: <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/sistemas2/aula5/aula5-B.htm>


Acesso em: 10 ago. 2013.

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18 PROJETO PAISAGÍSTICO

Geralmente uma das últimas providências a serem tomadas na execução, já


que se trata de um tratamento final dado aos envoltórios do empreendimento.
Podem existir também áreas internas que recebam algum tipo de intervenção
paisagística.
Quando existirem áreas grandes ou condicionantes de paisagismo, pode ser
que seja necessária a execução da mesma, concomitantemente com outras tarefas,
o que vai requerer a atenção do gestor para possibilitar a perfeita harmonia entre
atividades.
É imprescindível o cuidado para que as espécies vegetais escolhidas não
prejudiquem de alguma forma, as estruturas e elementos da edificação. Um correto
estudo das melhores opções deve ser feito com antecedência. Geralmente o projeto
é realizado por terceiros, especialistas na função.

FIGURA 62 – PROJETO PAISAGÍSTICO

FONTE: Disponível em: <http://www.lpkarquiteturaeurbanismo.com.br/projetos-personalizados.html>


Acesso em: 10 ago. 2013.

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O tratamento de áreas externas pode ser feito de outras formas, além dos
tratamentos de paisagismos essencialmente feitos com vegetação abundante, em
que materiais em conjunto dão a consonância e harmonia para uma composição
diferenciada.

FIGURA 63 – PROJETO PAISAGÍSTICO

FONTE: Disponível em: <http://karlacunha.com.br/tag/projeto-paisagistico/page/2/>


Acesso em: 10 ago. 2013.

19 COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS

Antes de executar qualquer empreendimento de construção civil,


necessitamos de projetos específicos que servirão como um verdadeiro manual de
como fazer a obra. Tais projetos são necessários à obra, mas antes disso, fazem
parte de um caderno de exigências feita pelos diversos órgãos fiscalizadores do
setor da construção civil. Dessa informação já surge um primeiro cuidado ao lançar

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qualquer projeto: não se trata simplesmente um documento de aprovação junto aos
órgãos competentes, antes disso é um documento que servirá de alicerce para a
concepção de algo concreto, portanto deve funcionar e minimizar ao máximo,
problemas e patologias futuras.

FIGURA 64 – COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS

FONTE: Disponível em:


<http://www.comunicasul.com.br/inc.viewimage.php?key=10934&image=imagemalta/10934.jpg&legen
da=&fotografo=imagem%20free&type=1>
Acesso em: 10 ago. 2013.

Guardadas as proporções e devida complexidade de cada empreendimento,


são necessários diversos projetos específicos, que estão subdivididos em áreas de
conhecimento. Para cada área existe o profissional habilitado e especialista no
assunto. Se tomarmos como exemplo a construção de um edifício de apartamentos,
vamos perceber que é necessário de uma forma geral e sintética:

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 Arquiteto para conceber o projeto de arquitetura com a localização,
dimensão e setorização de cada cômodo e elemento construtivo do prédio;
 Engenheiro civil para realizar o cálculo, dimensionamento e localização
dos diversos elementos da estrutura do prédio;
 Engenheiro elétrico para calcular, especificar e locar todos os
componentes referentes ao projeto elétrico;
 Arquiteto ou engenheiro para calcular, dimensionar e localizar as
tubulações de água e esgoto da edificação;
 Engenheiro mecânico para calcular, especificar e distribuir as
tubulações de acondicionamento de ar e ventilação.
A partir dessa constatação podemos admitir que temos diferentes áreas de
conhecimento, cada qual com suas exigências e especificações para um mesmo
produto. Se não existir um denominador comum entre todos, fatalmente irá ocorrer
sobreposição de elementos. Tal situação pode deflagrar situações de conflito
durante a execução do projeto e pior que isso, tais situações virem a se converter
em graves patologias no prédio.
Para minimizar tais possibilidades, o arquiteto é o profissional mais indicado
para reunir todos os projetos dos diferentes profissionais e compatibilizar todos os
elementos envolvidos, por meio da sobreposição de plantas e projetos.
Quando a complexidade do projeto for maior, é viável a contratação de um
segundo profissional, que não está envolvido nos projetos, para analisar todo o
processo de uma forma mais homogênea, por estar isento de peculiaridades
inerentes do projeto, caracterizando assim, um gestor de projetos.
O gestor é que deve conciliar todos os nuances de cada área de
conhecimento e estabelecer critérios, para que se possa administrar e potencializar
cada setor envolvido na caracterização final do empreendimento planejado.

20 GESTÃO DE PROJETOS, PROFISSIONAIS E ATIVIDADES

Concomitantemente ao gerenciamento de questões cruciais como o


cronograma e a economia financeira do empreendimento, o gestor é responsável

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pelo gerenciamento dos diversos profissionais envolvidos na execução das distintas
atividades envolvidas em todas as etapas do projeto. São profissionais de áreas
diferentes, com nível de conhecimento e cultura diversificados, estados emocionais
variados e com personalidades comportamentais próprias. É inevitável que o gestor
comprometa-se a acompanhar de perto todas essas características inerentes de
cada personalidade para que não aconteçam percalços que comprometam o
sucesso do trabalho.
O cuidado com esse fator citado inicia na hora da contratação e
relacionamento com os primeiros profissionais que se envolvem com o futuro
empreendimento, que são os responsáveis técnicos de cada área afim, tais como os
arquitetos, engenheiros e outros. Esse relacionamento profissional foi citado no
capítulo anterior, quando comentamos sobre a importância na compatibilização dos
distintos projetos necessários para a construção do todo. Na verdade a troca de
conhecimentos iniciada em fase de projeto avança e perdura de forma relevante na
fase de execução dos projetos, ou seja, no período da obra.
A quantidade de exemplos negativos que encontramos no cotidiano da
construção civil é enorme. Esse fato negativo é resultado de uma forma errada de
gerir, ou em muitas vezes, pela falta de um gerente que administre os trabalhos.
Imaginemos que a equipe de profissionais que são envolvidos em uma
construção abrange uma significativa camada da sociedade, se não vejamos:
serventes de pedreiro, pedreiros, ferreiros, encanadores, eletricistas, pintores,
gesseiros, carpinteiros, marceneiros, vidraceiros, serralheiros, além dos
responsáveis técnicos, já citados, e sem esquecer os terceiros: vendedores,
fornecedores de diferentes áreas, fiscais, etc.
Concluímos que o custo de um gerente de projetos, para administrar o
cronograma, orçamentos e as equipes de trabalho é não só vital, como reflete em
um investimento pequeno comparando com os benefícios trazidos com as iniciativas
de um indivíduo que proporcionará rapidez na conclusão dos prazos, segurança nas
informações e confiança no suporte técnico.
Dentre algumas funções do gerenciador, podemos pontuar de forma mais
relevante:
 Contratação de todas as equipes de trabalho;
 Coordenação das equipes;

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 Compra de materiais e fiscalização na sua utilização;
 Cumprimento do cronograma e orçamento do empreendimento;
 Solução para os problemas de toda ordem que surgirem no decorrer
dos trabalhos.

FIGURA 65 – GERENTE DE PROJETOS

FONTE: Disponível em: <http://www.inbec.com.br/pos-graduacao/mba-em-gerenciamento-de-obras-


e-tecnologia-da-construcao>
Acesso em: 10 ago. 2013.

Os mandamentos que estão na cartilha do gestor da construção civil:


 OBSERVAÇÃO – possibilidade de acompanhar se as metas estão
sendo alcançadas e possíveis correções necessárias;
 COMUNICAÇÃO – a passagem de informações deve ser coerente e de
fácil compreensão para o sucesso dos trabalhos;
 ORIENTAÇÃO – dar suporte as equipes nas atividades para o
cumprimento de cronogramas e orçamentos;
 ACOMPANHAMENTO – toda orientação exige fiscalização;
 COMPREENSÃO – saber ouvir e entender a situação de cada
companheiro em algum equívoco ocorrido, sem se descuidar do objetivo principal;
 MOTIVAÇÃO – ações e palavras podem alavancar o ritmo na
realização das atividades por meio do apoio, para fazer crescer a autoestima dos
profissionais;

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 CONHECIMENTO – buscar sempre o aperfeiçoamento por meio de
material didático, mas saber ouvir os trabalhadores, pois as experiências sempre
corroboram para o aprendizado geral;
 EQUILÍBRIO – a tomada de decisões deve ser ponderada e acontecer
na hora certa;
 LIDERANÇA – fundamental para pôr em prática todos os outros
mandamentos, é a característica nata de um gestor.

FIM DO MÓDULO III

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