Você está na página 1de 6

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

CAMPUS PAU DOS FERROS


LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

MINERALOGIA

DISCENTE: ANTONIO BRAGA DE REZENDE NETO


DOCENTE: ME. ANYELLE DA SILVA PEREIRA PEIXOTO

PAU DOS FERROS – RN


2019
OS PRINCIPAIS MINERAIS OU MINÉRIOS DAS DIFERENTES CLASSES

• SILICATOS:

Os minerais silicatos constituem a maior e mais importante classe de minerais


constituintes das rochas. Para Pastore (2016):

As estruturas de silicatos restringem-se ao silício tetracoordenado,


tetraédrico, exceto em fases estáveis sob altas pressões, bastante raras. As
estruturas complicadas de silicatos são frequentemente fáceis de
compreender se a unidade [SiO4] for desenhada como um tetraedro, com o
átomo de silício no centro e os átomos de oxigênio nos vértices.
Frequentemente a simplificação chega a omitir os átomos. Em geral esses
tetraedros compartilham os vértices ou arestas ou faces, esses dois últimos
casos mais raramente. Cada átomo de oxigênio compartilhado contribui com
um elétron em cada ligação ao silício, portanto cada oxigênio terminal, isto é,
não compartilhado, provoca o aparecimento de uma carga negativa na
unidade (PASTORE, 2016, p. 02).

Minerais Silicatos1, possuem como carga negativa em sua composição química


o composto de sílica, o qual forma diferentes arranjos tetraédricos de silício e oxigênio
(sendo o primeiro muitas vezes substituído pelo alumínio), e são divididos
em classes de acordo com seus arranjos estruturais. Ao todo existem 6 classes, e são
elas:

➢ Nesossilicatos: tetraedros de silício e oxigênio separados, unidos através de um


cátion. Ex.: Olivina.
➢ Sorossilicatos: tetraedros de silício e oxigênio em duplas. Ex.: Epídoto.
➢ Ciclossilicatos: arranjo em forma de anéis. Ex.: Turmalina.
➢ Inossilicatos: tetraedros organizados em cadeias, sendo estas simples ou
duplas. Ex.: Diopsídio.
➢ Filossilicatos: arranjo em forma de folhas tetraédricas. Ex.: Muscovita.
➢ Tectossilicatos: tetraedros em arranjo tridimensional. Ex.: Quartzo.

• ÓXIDOS:

Óxido é um composto químico binário formado por átomos de oxigênio com outro elemento
em que o oxigênio é o mais eletronegativo. Para Palma e Tiera (2003):

Considerando-se os diferentes potenciais de redução, é possível observar,


experimentalmente, que metais com potenciais de redução menores têm

1
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/minerais-silicatos.htm. Acesso em: 26 de Dez
2019.
maior tendência a transferirem seus elétrons em presença de água e
oxigênio, formando, portanto, seus respectivos óxidos. A oxidação de
diferentes metais gera diferentes óxidos, muitos dos quais são caracterizados
por cores particulares. O óxido de ferro, por exemplo, apresenta uma cor
castanha avermelhada, enquanto o hidroxicarbonato de cobre (II) apresenta
uma coloração azul esverdeada. Por outro lado, é possível também que a
oxidação leve à formação de uma camada superficial de óxido, aderente e
protetora, que impede a oxidação do metal subjacente, como é o caso do
alumínio (PALMA; TIERA, 2003, p. 52).

Os óxidos constituem um grande grupo na química, pois a maioria dos


elementos químicos formam óxidos.

• HIDRÓXIDO:

Hidróxido é uma função química caracterizada por um cátion e um ânion


hidroxila. Os exemplos mais conhecidos são o hidróxido de sódio, vulgarmente
conhecido como "soda cáustica", e o hidróxido de potássio, também conhecido como
"potassa cáustica". Para Fonseca (2013), os Hidróxidos:

Popularmente chamados de bases de Arrhenius, são compostos


inorgânicos formados a partir da ligação de um cátion e um
grupamento hidroxila (OH-). Segundo Arrhenius, base ou hidróxido é toda
substância que, em solução aquosa, se dissocia liberando exclusivamente
como ânion o íon OH-. São compostos que, ao serem dissolvidos em água,
apresentam o pH alcalino devido à alta concentração de íons hidróxidos
(FONSECA, 2013, p. 02).

Como discutido, os hidróxidos são caracterizados por seu caráter básico.

• SULFETOS:

Sulfeto é a combinação do enxofre com um elemento químico ou um radical.


Há poucos compostos covalentes do enxofre, como o dissulfeto de carbono e o sulfeto
de hidrogênio que também são considerados como sulfetos. Para Martins (2010):

Os sulfetos, compostos formados pelo enxofre e um grande número de


elementos químicos, são conhecidos de maneira geral pela baixíssima
solubilidade. Na verdade, tais compostos apresentam valores de solubilidade
em água que variam de mais de cem ordens de grandeza: enquanto o sulfeto
de sódio, Na2S, é extremamente solúvel, o produto de solubilidade do sulfeto
de bismuto, Bi2S3, é 1,0 x 10-96. Tabelas de regras de solubilidade,
normalmente encontradas em livros textos, trazem os sulfetos como
compostos insolúveis, exceto os sulfetos dos íons NH4+, Ca2+, Sr2+ e dos
metais alcalinos (MARTINS, 2010, p. 02).

A maioria são sulfetos metálicos.


• SULFATOS:

Sulfato segundo a IUPAC é o íon SO₄²⁻, consistindo de um átomo central de


enxofre ligado por ligações covalentes a quatro átomos de oxigênio. O ânion sulfato
apresenta estado de oxidação -2. O anion sulfato forma produtos químicos iônicos
solúveis em água, exceto CaSO₄, SrSO₄, e BaSO₄.

• FOSFATO:

Conta-nos a história que o alquimista Henning Brand, no século XVII, em uma


de suas rotineiras tentativas de criar a pedra filosofal (fórmula que o permitiria
transmutar metais menos nobres em ouro), isolou pela primeira vez o que viria a ser
chamado de fósforo, a partir da evaporação de amostras de urina.“ O brilho emitido
pela substância no escuro está na origem de sua denominação: do grego phós, ‘luz’,
e phóros, ‘transportador’”.
Um fosfato, constituído por um ânion trivalente contendo um átomo de fósforo
e quatro átomos de oxigênio (PO43-), representa um grupo de compostos derivados
do elemento químico fósforo, os quais também podem ser definidos como sais
inorgânicos ou ésteres do ácido fosfórico (H3PO4), o ácido mais importante daqueles
derivados diretamente do elemento químico fósforo.

• CARBONATOS:

Os carbonatos são sais inorgânicos ou seus respectivos minerais que


apresentam na sua composição química o íon carbonato CO 32−.
Uma solução aquosa de dióxido de carbono contém uma quantidade mínima de
H2CO3, chamado ácido carbônico , que se dissocia formando íons hidrogênio (H+)
e íons carbonato. O ácido carbônico seria um ácido relativamente forte se existisse na
forma pura, porém o equilíbrio favorece o dióxido de carbono e, sob tais condições,
são soluções razoavelmente fracas. Nos sistemas biológicos a enzima “anidrase
carbônica” catalisa a conversão entre o dióxido de carbono e os íons carbonatos.

• HALÓIDES:

Halóides, são minerais caracterizados, através das combinações


dos íons halogênios eletronegativos (Cl-, Br-, F- e I-) com metais e metaloides. Esses
íons são grandes, fracamente carregados e de fácil polarização e quando se
combinam com cátions de baixa valência, relativamente grandes e fracamente
polarizados, comportam-se como se fossem esféricos, gerando empacotamento de
alta simetria, aspecto este exemplificado pela halita, silvita e fluorita, que são
isométricos e hexaoctaédricos. Por outro lado, as cargas eletrostáticas fracas, aliadas
a íons grandes, fazem com que as cargas sejam distribuídas sobre toda a superfície
dos íons quase esféricos e, em consequência disto, os halóides constituem-se nos
exemplos mais perfeitos de ligação iônica pura. Disto resulta dureza baixa, pontos de
fusão moderado a altos, solubilidade fácil e má condutibilidade térmica e elétrica no
estado cristalino. Já em solução a condução da eletricidade dá-se pelos íons e não
pelos elétrons (processo eletrolítico).
REFERÊNCIAS:

FONSECA, Bruna Teixeira da. Hidróxidos. Info Escola: navegando e aprendendo.


Acesso em: 26 de Dez 2019.

PALMA, Maria Helena Cunha; TIERA, Vera Aparecida de Oliveira. Oxidação de


Metais. Química Nova na Escola, São Paulo-SP, n. 18, p.52-54, nov. 2003.

PASTORE, Heloise O. A Estrutura dos Silicatos. Chemkeys – Liberdade para


aprender. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química. 2016. Acesso
em: 26 de Dez 2019.

MARTINS, Cláudia Rocha; SILVA, Luciana Almeida; ANDRADE, Jailson Bittencourt


de. Sulfetos: por que nem todos são insolúveis? Química. Nova vol.33 no.10 São
Paulo 2010.

Você também pode gostar