Você está na página 1de 10

Pré-Roteiro

1. TEMA: intelectualidades que propõem o esgarçamento, complexificação


e tensionamento dos cárceres sociais, econômicos e estruturais a que
muitos são amplamente subjugados.

Acolhendo desde atitudes de Diferença, negociação, rivalidade e até mesmo


ruptura – e tendo em vista a recorrência histórica das manifestações de
resistência frente à estes contratos impostos, este eixo reúne
intelectualidades que propõem o esgarçamento, complexificação e
tensionamento dos cárceres sociais, econômicos e estruturais a que muitos
são amplamente subjugados

2. Introdução:

A primeira cisão acontece na tomada de consciência do contrato, o enredo


sócio-econômico ao qual a maior parte da população amazônica, para não
dizer toda ela, está enroscada desde a formação do patronato político
brasileiro, desde a invasão europeia. (Ideias na boca de Lúcio Flávio)

Por ocasião da Cabanagem:

“A guarnição atirou sobre eles água de má qualidade. Mesmo assim, a


disputa entre os amotinados foi feroz. Os presos brigaram, apunhalaram-se,
usaram unhas e dentes para ver que primeiro se serviria do precioso liquido.
Temendo que a turba conseguisse sair do porão do navio, os guardas
dispararam suas armas para dentro do brigue e depois lançaram sobre
aquelas pobres criaturas cal virgem. Por duas horas os presos debateram-se
em agonia. Em três horas reinava silêncio absoluto.”
Brigue Palhaço. Autor: Romeu Mariz Filho Título: Tragédia do Brigue
Palhaço

A tragédia do Brigue Palhaço, fato histórico, representa o povo amazônico


nos limites de tudo que reconhecia como vida, dos mangues à floresta: a
amazonia é uma aldeia, portanto, sitiada.

Contexto:

A Amazônia se divide entre categorias de atores que dominam a terra:


Grandes Agropecuaristas, mineradoras, madeireiras. E categorias de atores
onde se incentivavam os conflitos: por meio dos grileiros entre povos
tradicionais, povos indígenas, garimpeiros artesanais, ribeirinhos,
pescadores, agricultores em regime de agricultura familiar e, entre outros,
trabalhadores subempregados da indústria madeireira. Essas pessoas estão
em contato em terras sobrepostas e o avanço sobre as terras indígenas
prolonga a barbárie da invasão secular.

A Amazônia se multiplica em títulos de Terra, cada um tem um nome,


“reserva ambiental”, “Reserva indígena”, em Itaituba fala-se em ”Reserva
Garimpeira”, e justifica-se dizendo que quando encerraram o trabalhos em
Serra Pelada o governo reservou os arredores de Itaituba para a mineração
artesanal (que de artesanal só tem o perigo, pois é controlada por grandes
empresários.), os Assentamento Rurais e a Grilagem de terra fazem a
Amazônia ter mais donos do que metro quadrado.

Mitos Wayana TULUPERÊ

A presença da lagarta sobrenatural dividia o território indígena impedindo que


os Wayana e os Aparai estabelecessem relações pacíficas e realizassem os
casamentos que pretendiam. Acontecia que, ao se aproximar uma canoa
desse lugar, uma arara (kïnoro – ararawa) gritava e assim avisava Tulupere.
Este então descia de sua aldeia, atacava e virava a canoa, devorando seus
ocupantes. Como os viajantes não regressavam, os Wayana pensavam que
seus parentes eram mortos pelos Aparai. Finalmente descobriram o que
estava acontecendo e resolveram matar Tulupere. Alguns contam que se
uniram aos Aparai para matá-lo, mas outros afirmam que foram apenas os
Wayana, com o auxílio de um pajé (pïaï – pyaxi), que conseguiram atirar-lhe
muitas flechas e assim o mataram dentro d ́água, perto da boca do Asiki.
Durante a luta, os Wayana viram rapidamente que o corpo da lagarta estava
todo pintado com desenhos em preto e vermelho, uma das características
dos seres sobrenaturais. Os Aparai, que vinham do baixo Paru de Leste,
também dispostos a matar Turupere, o encontraram morto, engatado em um
tronco, no lugar chamado Pëinekë eni. Os Aparai só puderam ver as pinturas
de um dos lados, mas tiveram muito tempo para fazê-lo. Os grafismos foram
copiados pelos Wayana e Aparai da pele do ser sobrenatural porque
puderam ser vistos, observados, em momentos diferentes. Os primeiros
viram os desenhos de suas pinturas de forma rápida, durante a luta, mas os
segundos as viram e admiraram mais demoradamente porque ele estava
imóvel, morto. (VAN VELTHEN, 2010, p. 27)

Contexto:

Artes amazônicas se expressam como denúncias da ordem econômica e


social, dos impactos e transtornos ambientais introduzindo e traduzindo
“Cisão como Contrato”, o segundo capítulo da Web Série “Buibuia” (?), a Web
Série oficial da Bienal das Amazônias. Aqui a escolha das obras e dos
artistas do eixo.

Na metrópole a arte do eixo Cisão com Contrato expressa e quebra


normatizações e preconceitos que pessoas de outros países e até mesmo as
regiões sul e o sudeste brasileiros têm sobre amazônia, além de levantar
teorias e destinos possíveis para a região junto aos líderes em cooperação
que starão em Belém planejando a COP 2025..

3. Objetivos e Mensagem:
a. Cisão como contrato vem romper com a coerção e a violência legal que a
hierarquia da sociedade ocidental colocara no que chamamos hoje
Amazônia, e que gerou uma baixa, desde a invasão, sobre o número
aproximado de 6 milhões de habitantes, que viviam na floresta, com a
floresta, plantando a floresta., este número é fornecido pela pesquisadora
americana Barbara Weinstein no livro A borracha na Amazônia: expansão e
decadência (1850-1920). Estamos validando nas artes, e pelas artes, a
construção de um novo paradigma sócio-econômico-ambiental em quea vida
e suas manifestações são o verdadeiro valor.

c. Lucia Hussak - Para além de todas as redes sociais antropológicas e


tecnológicas, os seres humanos despertam uns aos outros diante do perigo
iminente, assim como Wayana e-Apalaí se unem e vestem a pele de
Tuluperê, se apropriando e ressignificando seus traços, a fera do Rio Mar se
eterniza no alto da templo da sala de reuniões da comunidade. De como o
pacto coercitivo ao qual a amazonia esta submetida ganha formas ludicas de
serem suportadas, e de como essa formas uninem etnias e garante ba
rsistencia.

A mensagem aqui é que todo rompimento é também uma união, um contrato,


é o início do compartilhamento de belezas e forças. O início da decifração do
código escrito, desenhado na pedra, no corpo, no quadro, o gosto pela
universalidade do processo da comunicação e o respeito pela sabedoria
caboca, falada “C(om)ABOCA”. Aqui um link para o terceiro capítulo em que
impere a história oral da Amazônia.

Organização Temática:

4. Identificação de Fontes e Entrevistas:


Sugestão de Entrevista bio contato

Jornalista e 91 32417626
Lucio Flávio Pinto Sociólogo, vem
acompanhando (91) 981466821
a sociedade (Marilene)/
amazônica. lfpjor@uol.com.br

Não entramos em
contato.

Se o Lúcio não quiser


falar podemos se a
Marise Morbach falaria.

Lúcia Hussak: Graduação em Lúcia Hussak Van


Museologia pela Velthem
UNIRIO (1972), Instituição: Museu
mestrado em Paraense Emílio Goeldi
Antropologia Social Linha de Pesquisa:
pela Universidade de Cultura e Patrimônio
São Paulo (1983), Link Lattes:
doutorado em http://lattes.cnpq.br/2078
Antropologia Social 126182520381
pela Universidade de Telefone: (091)
São Paulo (1995) e 3217-6021
Pós-Doutorado no E-mail:
EREA-CNRS na luciavelthem@museu-go
França (2006). eldi.br
Pesquisador Titular do
MCTI, vinculada ao
Museu Paraense
Emilio Goeldi Não entramos em
.Curadora da Coleção contato.
Etnográfica e
professora do
Programa de
Pós-Graduação em
Diversidade
Sociocultural do
MPEG. Associada à
UMR-PALOC do
Institut de Recherche
pour le Développment
/MNHN - França.
Dedica-se a área de
Antropologia, com
ênfase em Etnologia
Indígena, realizando
pesquisa entre os
Wayana e, Aparai no
Norte do Pará; os
Baré no Noroeste do
Amazonas e
pequenos agricultores
no Acre, atuando
principalmente nos
seguintes temas: arte,
estética e cosmologia
indígenas; cultura
material, coleções
etnográficas e
curadoria de
exposições.;

Cooperxapuri sua principal atividade (68) 9952-8717


econômica é Coleta de
Não contatctamos
Castanha-do-Pará em
Florestas Nativas.

CooperAcre Atualmente a (68) 3221-1340


Cooperacre possui 30 Não contactamos
galpões comunitários
para armazenamento,
quatro galpões
centrais e cinco
indústrias para
beneficiamento de
castanha, polpas de
frutas e látex.

b. Justificativa para a inclusão de cada fonte com base em sua experiência,


conhecimento ou conexão com o tema.

1. Lúcio Fla´vio Pinto, por sua trajetória no acompanhamento dos


acontecimentos e os registros temporais da realidade que o Jornal
Pessoal representa, e por ter a análise social como ciência explica em
muitos tempos, a dinâmica humana na amazônia.
2. Lúcia Hussak é estudiosa dos Wayana Apalaí, conhece a
representação de Tuluperê e seus trabalhos interpretam a simbologia
antropológica e artística dos grafismos.
3. A castanha é um produto que ilustra a quebra, do ouriço à amêndoa,
vários processos de quebra são necessários, e nenhum é feito na
Amazônia. da Castanha somos fornecedores de matéria prima.
.

5. Entrevistas e Cenas:

a. Descrição detalhada das entrevistas planejadas, incluindo os tópicos a serem


abordados e as perguntas-chave.

Lúcio Flávio e Lucia Hussak são intelectuais. No caso de Lúcio, o arquivo físico em
que guarda as edições impressas do Jornal Pessoal podem dar bom peso para a
cena.

Lucia é pesquisadora do Museu Emílio Goeldi e este, assim como seu escritório
pessoal podem ser bons cenários.

b. Identificação de cenas ou momentos específicos que você planeja filmar para


enriquecer a narrativa.

Com a cooperativa,o momento do processo de beneficiamento é que dá sentido


para a pauta e o tema, as cenas da quebra da castanha.

6. Recursos Visuais: a. Identificação de recursos visuais complementares, como


imagens de arquivo, fotografias, mapas ou gráficos. b. Descrição de como
esses recursos visuais serão usados para reforçar a mensagem e a narrativa
do documentário.

Uma seleção de manchetes do Jornal Pessoal que ilustre momentos


históricos de quebras de contratos.

7. Locações e Logística: a. Lista de locações que você pretende filmar e a razão


pela qual elas são relevantes para o documentário.

Produção

8. b. Considerações logísticas, como permissões necessárias, restrições de


acesso e necessidades de equipamentos.
Museu Emílio Goeldi, solicitações formais

Cooperativas, solicitações formais.

Produtora:

9. Equipe e Funções: a. Identificação dos membros da equipe responsáveis por


cada aspecto da produção do documentário. b. Descrição das funções de
cada membro da equipe, incluindo diretor, produtor, cinegrafista, editor, entre
outros.
10. Cronograma de Produção: a. Estabelecimento de um cronograma detalhado
para a produção do documentário, incluindo as datas de filmagem,
entrevistas e edição. b. Definição de marcos importantes, como prazos de
entrega de cenas ou etapas de pós-produção.
11. Orçamento:

Cisão como Contrato

Identificação dos principais temas: Analise o tema central do documentário e


identifique os principais temas que podem ser explorados. Esses temas
podem surgir de diferentes ângulos, perspectivas ou subtemas relacionados
ao tema principal.

"Cisão como contrato nasce da tomada de consciência dos pactos e


estruturas (sociais, econômicas, raciais e estruturais) que regem nossa
existência. Acolhendo desde atitudes de Diferença, negociação, rivalidade e
até mesmo ruptura – e tendo em vista a recorrência histórica das
manifestações de resistência frente à estes contratos impostos, este eixo
reúne intelectualidades que propõem o esgarçamento, complexificação
e tensionamento dos cárceres sociais, econômicos e estruturais a que
muitos são amplamente subjugados. Esse é um eixo de pensamento que
se constrói na "radicalidade do impossível", e que portanto se faz confortável
com as ideias de limite, ruptura, corte e interrupção, por entender que,
frequentemente, estas são as únicas respostas possíveis frente à violência
imposta Pelos pactos eurocêntricos e coloniais. Oferecendo uma mirada
ampla a processos artísticos e investigativos radicais, Cisão como
contrato busca o estabelecimento de novas narrativas e estruturas, e o
resgate de antigas e esquecidas histórias, pessoas e conhecimentos. Não à
toa, este eixo reúne dinâmicas revolucionárias e práticas
enérgicasracterísticas percebidas nas técnicas e materialidades elencadas
pelos artistas que o compõem."

tomada de consciência dos pactos e estruturas (sociais, econômicas, raciais


e estruturais) que regem nossa existência

1. Hierarquia temática: Determine a superioridade dos temas em seu


documentário. Alguns temas podem ser mais abrangentes e funcionar como
seções principais, enquanto outros podem se encaixar como subtemas
dentro dessas seções principais. Certifique-se de que a organização temática
faça sentido e seja coerente.
2. Sequência lógica: Considere a sequência lógica dos temas em seu
documentário. Pense em como eles se conectam e fluem de forma natural.
Você pode optar por uma abordagem cronológica, temática, comparativa ou
qualquer outra que se sinta sem propósito do documentário.
3. Distribuição do conteúdo: Distribuição do conteúdo relevante entre os temas
e subtemas identificados. Isso envolve decidir quais informações, entrevistas,
cenas ou recursos visuais se encaixam melhor em cada seção temática.
Certifique-se de que cada tema seja compatível de maneira abrangente e
equilibrada.
4. Narrativa dentro de cada tema: Considere uma narrativa específica que
deseja construir dentro de cada tema. Isso envolve pensar na estrutura de
cada seção temática, como introdução, desenvolvimento e conclusão.
Determine os principais pontos que deseja abordar e como deseja
apresentá-los ao público.
5. Transições: Pense em como fazer as transições entre os diferentes temas e
seções. Transições suaves ajudam a manter o fluxo narrativo e evitam uma
sensação de desconexão. Você pode usar técnicas como sobreposição de
imagens, narração, música ou outros recursos para criar uma transição
coesa.
6. Revisão e refinamento: Após estabelecer a estrutura da organização
temática, revisar e refinar seu pré-roteiro para garantir que todos os temas
estejam pensados ​de maneira completa e coerente. Faça ajustes conforme
necessários para melhorar a narrativa e a clareza.

Você também pode gostar