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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG


Instituto de Ciências da Natureza - Curso de Geografia
Av. Jovino Fernandes Salles, 2600. Santa Clara. Alfenas/MG. CEP 37133-840

Leandro Henrique Cunha Fermino - 2019.1.15.042

RESENHA DOS TEXTOS ‘ENTREVISTA: PROFESSOR JORGE


XAVIER DA SILVA’,‘GEOPROCESSAMENTO NO APOIO DE
DECISÃO’ E ‘O QUE É GEOPROCESSAMENTO?’

Alfenas-MG
Agosto/2022
O presente trabalho tem como objetivo analisar três textos passados na
disciplina de geoprocessamento, a qual é ministrada pelo professor Dr. Marcelo
Latuf de Oliveira, pertencente ao curso de geografia da Universidade Federal de
Alfenas (Unifal). A discussão deste feito girará ao entorno de tais feitos: ‘Entrevista:
professor Jorge Xavier da Silva’,‘Geoprocessamento no apoio de decisão’ e ‘O que
é geoprocessamento?’. Os artigos analisados serão contextualizados a partir das
interpretações adquiridas pelo autor desta resenha.
Para ficar compreensível a linha de raciocínio discute-se num primeiro
momento a entrevista do professor Jorge Xavier, o qual foi escrito por quatro
professores, que são: Marcelo de Oliveira Latuf, Rodrigo José Pisani, Daniel Hideki
Bando e Sandra de Castro de Azevedo, da Universidade Federal de Alfenas
(Unifal). A entrevista foi realizada durante a IV Jornada científica de geografia.
Importante destacar o papel que o professor Xavier possui na geografia
brasileira, pois foi o pioneiro a conceitualizar e a inserir o sistema de informação
geográfica num viés científico e educacional. Professor Jorge possui uma trajetória
brilhante junto à ciência geográfica, formado em geografia no ano de 1959 pela
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
No primeiro momento da entrevista fica nítido a trajetória acadêmica brilhante
do professor Jorge Xavier, que passou pela UFRJ na graduação, fez seu mestrado e
Phd na Louisiana State University (LUC), e tornou-se professor da UFRJ em 1986.
Na entrevista percebe-se uma análise necessária do professor Xavier sobre o
campo do geoprocessamento na ciência geográfica, ainda mais, quando se
pergunta se houve a necessidade de buscar conhecimento técnico científico deste
campo fora do Brasil, e o que ele acha sobre a atual aplicação do
geoprocessamento na geografia brasileira. O descontentamento do entrevistado
sobre a leva de formandos que saem da universidade nos dias de hoje é um dos
principais pontos do trecho respondido, haja visto o processamento de mais dados
alicerçado ao mapeamento e a falta de análise de outros dados, os formandos
ficam preso ao processamento de mais números e acabam esquecendo do
processo e como isso resulta na realidade de determinado grupo.
Em outro momento da entrevista, o professor Jorge trará a diferença entre
geotecnologias, cartografia digital e geoprocessamento. Para ele a Geotecnologias
é definida em alguns termos, sendo eles: GPS, SR, Cartografia Digital e
Geoprocessamento. Salienta ainda, que os geógrafos possuem um lindo papel
científico, já que suas análises perpassam a criação de dados, indo a fundo sobre a
real problemática especializada em um determinado local.
Outro ponto importante é a diferenciação conceitual entre DADOS E
INFORMAÇÃO. Segundo o entrevistado, DADOS é um conjunto de ocorrências
incontestáveis, enquanto a INFORMAÇÃO é um ganho de conhecimento sobre esta
mesma realidade.
Ao decorrer da entrevista, o entrevistado traz muitas atribuições para o saber
geográfico, de como o geoprocessamento pode ser compreendido e passado em
pesquisas que relacionam a elaboração e análise de dados de um determinado
local. A discussão trazida pelo professor Jorge Xavier é necessária, tendo em vista
a conceitualização da ciência geográfica restringida a uma única área. Torna-se
necessário para os formandos em geografia uma compreensão completa e não
fragmentada em um certo ramo do conhecimento, o geoprocessamento é uma das
partes mais importantes da pesquisa, a análise não se restringe ao fazer de mais
dados e sim na atribuição direta de uma determinada realidade.
O segundo artigo analisado é “Geoprocessamento no apoio à decisão'',
escrito pelo professor Jorge Xavier. Dando um resumo geral, o artigo retrata o
geoprocessamento aliado ao apoio de determinadas decisões, trazendo como
conceito principal "Sínteses intermediárias" e relacionando a aplicação para
questões ambientais.
Percebe-se a inferência de diversos conceitos dentro do corpo do texto que
contemplarão a visão do autor ao entorno do conceito de Geoprocessamento.
Visivelmente a uma exemplificação metodológica de como o geoprocessamento é
utilizado de forma equivocada pelos pesquisadores e como deveria ser utilizado.
Interessante o ponto de vista trago, pois muitos entendem o geoprocessamento
como uma área que formula mais dados.
Em outro momento do texto o autor abarca o modo correto de se utilizar o
geoprocessamento. Para ele:

Cabe aos pesquisadores da área ambiental acompanhar e contribuir para o


incremento do contato facilitado e difundido com os dados, principalmentes
através de redes, procurando visualizar e concretizar estruturas lógicas e
físicas de análises e integração de dados e a decorrente geração de
informações ambientais, a serem produzidas e disseminada em tempo útil
para fins de planejamento e gestão de ambientes. Um desses caminhos é a
criação e desenvolvimento de sistemas de informação ambiental,
preferentemente de baixo custo para as instituições e fácil utilização pelos
pesquisadores, tarefa a que alguns têm se dedicado por muitos anos
(XAVIER, 2016).

No fragmento apresentado acima é possível observar o rumo em que o


pesquisador deve tomar com o geoprocessamento junto de sua pesquisa, a
temática não se restringe apenas como elaboração de dados, mas sim na junção
dos dados e a formulação de determinadas respostas para o problema em
questão.O primeiro capítulo intitulado de “Embasamento conceitual e metodológico”
trará os apontamentos feito acima, onde é buscado uma conceitualização ao
entorno do conceito de Geoprocessamento e fomentado com a metodologia correta
ao entorno desta área de geotecnologias.
Já o segundo capítulo, que tem como título "Sínteses Intermediárias para
apoio a decisão” retrata a síntese intermediária como método, trazendo pontos que
irá girar ao entorno, como a probabilidade de ocorrência, monitoria ambiental / série
histórica, análise de expansões orientadas, identificação de proximidades múltiplas,
avaliação por critérios múltiplos, identificação e cotejo de áreas críticas, comparação
entre incongruência de usos, estimativas de impactos ambientais, índices de
geodiversidade, potenciais conflitantes, árvores de gestão especializada, relação
oferta x demanda e análise custo/benefício, simulações sinérgicas, interações
espaciais, planos de contingência, zoneamento por critérios reproduzíveis.
Nesta segunda parte, o autor traz um método que visa a aplicação do
geoprocessamento na área ambiental. Pode-se concluir que o artigo traz grandes
reflexões ao entorno da geotecnologias, em específico o geoprocessamento,
corrigindo a percepção equivocada que se tem ao entorno do que significa, e
trazendo sua real aplicação na ciência geográfica.
O último artigo analisado (O que é geoprocessamento), que também é de
autoria do professor Jorge Xavier e tem como objetivo distinguir o
geoprocessamento de outros ramos da geotcnologia. Ao fragmentar o texto, o
primeiro tópico faz inferência a uma crítica e autocrítica que o professor Jorge faz
aos pesquisadores e a si próprio.
Geoprocessamento vai muito além de uma balela generalização e
comparação de sua ciência, formular dados não é especificamente gerar
informação. Para o autor a definição de geoprocessamento não se confunde com a
conceitualização de geotecnologias, tendo em vista que a última referida engloba
outras áreas do conhecimento que a compõem, como cartografia digital,
sensoriamento remoto, entre outras.
De acordo com Jorge Xavier o conceito de geoprocessamento pode ser
entendido como um conjunto de métodos, conceitos e técnicas, o qual a partir de
uma análise com dados já georeferenciados fica a favor de analisar e colaborar em
determinadas decisões que contribuirão para a localidade estudada.
Complementando a colocação acima, o geoprocessamento utiliza de dados já
identificados e estruturados.
Pensar em geoprocessamento é necessário para a melhoria da sua análise
de pesquisa, não é justo a colocação das geotecnologias e dizer que tudo consiste
em ser uma coisa só, o geoprocessamento não é a mesma coisa que
Sensoriamento Remoto (SR), sendo assim as elaborações que estão dentro do SR
complementam na análise de dados e não apenas se somam e ficam sem se
relacionar. Do terceiro texto, fica memorizado a configuração do geoprocessamento
enquanto ciência, a diferenciação de geotecnologias, CD, SR e GPS, e qual seu
papel científico dentro de tantos métodos de pesquisa.
Torna-se necessário relacionar os artigos para cumprir o papel primordial a
qual este feito se propôs. Deste modo, percebe-se que a entrevista e os feitos do
professor Jorge Xavier se complementam, pois é necessário uma discussão que vá
além dos métodos de aplicação e qual o papel do geoprocessamento em uma
pesquisa. Observar a trajetória acadêmica do autor é essencial para perceber e
escrever sobre o tema.
Professor Xavier trás apontamentos pertinentes com relação ao
geoprocessamento dentro das universidades, principalmente na relação
ensino-aprendizagem acerca do tema. Elencar o conceito de geoprocessamento a
SR, CD e GPS é um grande erro, haja visto que são ciências que tem um foco
científico diferente.
Por fim, conclui-se que, a análise acerca do que é geoprocessamento possui
uma contribuição direta para a diferenciação e a compreensão de como aplicar as
percepções concluídas dentro das mais diversas áreas do conhecimento geográfico
e de outras ciências.

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