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SÃO CRISTÓVÃO
2019
LUCINDO JOSÉ QUINTANS JÚNIOR
SÃO CRISTÓVÃO
2019
RESUMO
Arthritis (RA) is a chronic inflammatory disease that affects the synovial membrane,
which can lead to bone and cartilaginous destruction. The current drugs for its treatment
provide palliative effect, since the cure of the disease remains undefined and still does not
have effective treatment. Therefore, the search for new drugs for the treatment of the
symptoms of arthritis has been the object of study of many researchers, mainly substances
with analgesic and anti-inflammatory effect. Natural products, especially diterpenes, appear in
this context. Phytol (FI) is an unsaturated, branched chain alcoholic diterpene, constituent of
the chlorophyll molecule and therefore abundantly present in nature. It has anti-inflammatory
and antinociceptive potential. In addition, studies have shown that phytol exhibits anxiolytic
activity and has potential to be used in anti-schistosome therapy. However, reports on the
anti-inflammatory potential in chronic models, such as in arthritis, are scarce in the literature.
In this way, the objective is to evaluate the possible action of IF in an experimental model of
chronic inflammatory pain. For this, female Swiss mice (25-40 g, 2 to 3 months) will be used.
The animals will be submitted to the monoarthritis model (M.AR) and treated with vehicle
(Saline 0.9% + tween 80 0.2%, vol), IF (50 mg / kg), or untreated and untreated to the model
(Sham). The action of IF (50mg / kg) will be evaluated on mechanical hyperalgesia, knee
edema, muscle strength and inflammatory cytokine levels (tumor necrosis factor-alpha and
interleukin-6) induced by 10μl CFA (1mg / mL). The results will be expressed as mean ±
S.P.M. For multiple comparisons, the data will be analyzed by one-way or two-way ANOVA,
followed by the Tukey post-test or Bonferroni test, as the case may be. Values of p <0.05 will
be considered statistically significant.
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO TEÓRICA
3.1 INFLAMAÇÃO
pode também causar danos (FALLIS, 2013; KUMAR, ABBAS e ASTER, 2015).
Clinicamente, encontra-se dividida em aguda e crônica.
A inflamação aguda é uma resposta rápida que geralmente resulta em cura: os
leucócitos infiltram a região danificada, removendo o estímulo reparando o tecido.
Contrariamente, a inflamação crônica é uma resposta prolongada, desregulada e inadaptada
que envolve inflamação ativa, destruição de tecido e tentativas de reparo tecidual. Essa
inflamação persistente está associada a doenças crônicas, incluindo alergia, aterosclerose,
câncer, artrite e doenças autoimunes (LAI, TANG e LEUNG, 2007; PEARLMAN, 1999).
A resposta do organismo aos estímulos que promovem a inflamação é dividida em
cinco fases: irritativa, vascular, exudativa, degenerativa-necrótica e reparativa. Estas
envolvem reconhecimento da causa ou agentes flogísticos, recrutamento celular, aumento da
permeabilidade vascular e liberação de mediadores inflamatórios como citocinas,
prostanoides entre outros (BARROS, 2004; MEDZHITOV, 2008).
A fase irritativa da inflamação corresponde ao reconhecimento do agente flogística
(que promove inflamação) e modificações morfológicas e funcionais nos tecidos agredidos
promovendo a liberação de mediadores químicos, que são responsáveis pela progressão das
demais fases inflamatórias (KUMAR, ABBAS e ASTER, 2015). Este reconhecimento inicial
é mediado por macrófagos e mastócitos, levando à produção de uma variedade de mediadores
inflamatórios, incluindo quimiocinas, citocinas, aminas vasoativas, eicosanoides e produtos
de cascatas proteolíticas. O efeito principal e mais imediato desses mediadores é provocar um
exsudato inflamatório local: proteínas plasmáticas e leucócitos (principalmente neutrófilos) no
local de infecção (ou lesão) (MEDZHITOV, 2008).
A fase exudativa ou vascular da inflamação consiste em mudanças no fluxo de
sangue e na permeabilidade dos vasos, ambos destinados a maximizar o movimento das
proteínas plasmáticas e leucócitos fora da circulação e para o local de infecção ou lesão. O
extravasamento de fluidos, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para os tecidos
intersticiais ou cavidades corporais é conhecido como exsudação. Sua presença implica que
há um aumento na permeabilidade de pequenos vasos sanguíneos, tipicamente durante uma
reação inflamatória. Este aumento da permeabilidade dos vasos é devido a ação de histamina,
bradicinina, leucotrienos e outros mediadores químicos liberados pelas células imunes
residentes no tecido (NATHAN et al., 2016).
Em resposta às alterações vasculares, o fluxo sanguíneo nos capilares do local
inflamado fica lento (estase sanguínea), consequentemente, leucócitos são marginalizados.
Assim detectam e reagem às alterações no endotélio. A identificação do agente agressor, ativa
9
3.2 FITOL
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Substâncias
Neste estudo, será utilizado um modelo animal que gera processos inflamatórios,
sendo ele a artrite induzida por CFA em camundongos. Os animais serão randomizados em
três grupos para a realização dos protocolos experimentais:
Grupo Sham: constituído por animais submetidos à administração da solução salina
estéril e e tratados com o veículo (solução salina + Tween 80 0,2%) por via oral.
Grupo controle negativo (veículo): constituído por animais submetidos ao modelo
experimental descrito acima e tratados com o veículo (solução salina + Tween 80
0,2%) por via oral;
Grupo experimental tratado com FITOL: constituído por animais submetidos ao
modelo experimental descrito acima e tratados com 50 mg/kg de fitol por via oral. A
concentração foi determinada levando em consideração dados da literatura que
mostram atividade biológicas in vivo (SANTOS et al., 2013; SILVA et al., 2014)
4.3 Animais
Tabela 1- Distribuição dos animais utilizados nesta pesquisa segundo o teste a ser realizado.
Camundongos
Citocinas (IL-6 e TNF-α) 3 8 24
Swiss
Total geral: 48
Os animais serão anestesiados com cetamina (80 mg/ml) e xilasina (8 mg/kg). Após
detectar a perda de consciência do animal, os animais receberão (via i.art.) injeção de 10µl de
CFA (1 mg/ml de Mycobacterium Tuberculosis morta por calor seco, em óleo de parafina e de
monoleato manida) (OMOROGBE et al., 2018; PEARSON e WOOD, 1959).
A avaliação da força de tração muscular das patas dianteiras e traseiras será realizada
pelo adaptação do método descrito por (BURNES et al., 2008) onde será utilizado o Grip
Strenght Meter (Modelo EFF 305, Insight Ltda., Ribeirão Preto, Brasil).
.
4.4.3 Avaliação da Hiperalgesia Mecânica
a área por meio da equação: , onde o raio será a média de AP e LL dividido por
Os animais serão divididos em 2 grupos, sendo cada grupo composto por 8 animais.
A indução seguirá o exposto no item 4.3, porém no joelho esquerdo será injetado 10uL de
solução salina estéril. As avaliações ocorrerão durante 14 dias.
Para esta técnica os animais serão divididos em 3 grupos (n=8) e induzidos conforme
o item 2 e após 3 dias da indução os animais serão eutanasiados. A cápsula articular dos
animais será exposta e lavada com 10uL de solução tamponada e inibidor de protease duas
vezes. Logo, para a dosagem das citocinas IL-6 e TNF-α, a técnica de ELISA será utilizada.
Resumindo, amostras ou o padrão serão adicionados ao poço contendo o anticorpo de captura
previamente imobilizado. O sanduíche é formado pela adição de um segundo anticorpo que se
liga ao alvo em outro epítopo. Posteriormente será adicionado o anticorpo secundário ligado a
uma enzima de detecção. Após a incubação e várias lavagens, a revelação será realizada
através da adição do substrato da enzima que produzira um sinal proporcional à quantidade de
analito.
4.5 Descartes
5 ORÇAMENTO E EXEQUIBILIDADE
Tabela 2: Orçamento
MATERIAIS VALOR (R$)
Material de consumo
CFA 1000,00
Total 5.000,00
15
6 CRONOGRAMA
2019 – 2020
ATIVIDADE Meses
8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7
Levantamento Bibliográfico e Revisão da
X X X X X X X X X X X X
Literatura
Realização dos protocolos experimentais X X X X X X X X X X
Análise dos dados X X X X X X X X X
Elaboração de relatórios X X X X
Reuniões periódicas com orientador e
X X X X X X X X X X X X
grupo de pesquisa
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