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Quelimane
2023
UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA
Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologia – ISHCT
Dr.
Quelimane
2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Neoplasias ósseas......................................................................................................................10
Restrições físicas.......................................................................................................................12
Conclusão..................................................................................................................................14
Referências bibliográficas.........................................................................................................15
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Introdução
As afeções osteoarticulares representam um amplo espectro de condições que afetam
os ossos, articulações, músculos e tecidos circundantes, impactando significativamente a
qualidade de vida dos indivíduos.
A assistência de enfermagem desempenha um papel crucial na abordagem holística
dessas condições, abrangendo desde a prevenção até o tratamento e a promoção do bem-estar.
Neste contexto, a compreensão profunda das afeções osteoarticulares, aliada a intervenções
precisas, é essencial para mitigar sintomas, preservar a funcionalidade e proporcionar alívio
aos pacientes.
Este trabalho abordará a importância da assistência de enfermagem no cenário das
afeções osteoarticulares, explorando estratégias de prevenção, modalidades de tratamento e os
cuidados essenciais ao longo do processo.
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pode reduzir o risco de infecções ósseas. Além disso, a identificação e o tratamento precoce
de lesões ou doenças que possam predispor a essas condições também são importantes na
prevenção.
Diversos fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento de processos inflamatórios
dos ossos.
De acordo com Silva et al. (2019), a presença de doenças crônicas, como diabetes e
doenças imunossupressoras, aumenta o risco de infecções ósseas. Além disso, a idade
avançada, a desnutrição, o tabagismo e a presença de feridas abertas ou cirurgias prévias
também podem ser considerados fatores de risco.
Algumas medidas podem ajudar a evitar processos inflamatórios ósseos, como não
fumar, manter o peso saudável, tratar infecções de forma adequada e usar equipamentos de
proteção durante atividades físicas de alto impacto (Kumar et al., 2007).
Tratamento dos processos inflamatórios dos ossos
O tratamento dos processos inflamatórios dos ossos envolve uma abordagem
multidisciplinar, que pode incluir o uso de medicamentos antibióticos, analgésicos, anti-
inflamatórios e terapia física, conforme recomendado por Figueiredo et al. (2018). Em casos
mais graves ou resistentes ao tratamento convencional, a cirurgia pode ser necessária para
remover tecido infectado ou reparar danos ósseos.
Para Guyton & Hall (2006) cit Kumar et al (2007) “O tratamento varia de acordo com
a causa subjacente e pode envolver repouso, anti-inflamatórios, antibióticos (em casos de
infecção), fisioterapia, medicações para doenças crônicas associadas, entre outros”.
Cuidados de enfermagem
Os cuidados de enfermagem desempenham um papel fundamental no manejo dos
processos inflamatórios dos ossos.
Segundo Silva et al. (2019), é importante monitorar regularmente os sinais vitais do
paciente, observar e registrar os sintomas, administrar medicamentos conforme prescrição
médica, realizar curativos adequados e fornecer apoio emocional ao paciente durante o
processo de recuperação.
Cabe ao enfermeiro orientar quanto a repouso, alongamentos, aplicação de calor ou
frio no local, uso de talas imobilizadoras, como tomar medicamentos, prevenir complicações
secundárias e acompanhar a evolução do quadro (Guyton & Hall, 2006). O acompanhamento
próximo é essencial para uma recuperação adequada.
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Factores de risco
Idade avançada, doenças ósseas pré-existentes, imunodeficiência, tabagismo,
obesidade, fragilidade óssea e exposição constante a microtraumas aumentam o risco de
inflamação óssea (Guyton & Hall, 2006; Kumar et al., 2007).
Anomalia de posição e postura
Para Barros & Cunha (2016) “A anomalia de posição e postura é um termo utilizado
para descrever desvios ou alterações na posição normal do corpo humano” (p.67). Essas
anomalias podem ocorrer devido a diversos fatores, como má postura, lesões, doenças
congênitas ou adquiridas, entre outros. A compreensão dos conceitos relacionados a essa
condição é fundamental para uma abordagem adequada e eficaz no tratamento e prevenção
dessas alterações.
Segundo Moore e Dalley (1999:59), “anomalia de posição é qualquer desvio
anatômico da localização normal de uma estrutura do corpo, enquanto anomalia de postura
refere-se à posição anormal ou desvio da coluna vertebral e demais articulações durante a
deambulação e repouso”. Primeiramente, é importante entender que a posição refere-se à
forma como o corpo se encontra no espaço, enquanto a postura diz respeito à maneira como o
corpo é mantido em diferentes atividades.
Essas alterações podem levar a dores musculares, articulares e até mesmo a limitações
funcionais. Portanto, é essencial identificar precocemente essas anomalias e buscar
intervenções adequadas, como fisioterapia, exercícios de fortalecimento muscular, correção
postural e uso de órteses ou aparelhos ortopédicos, quando necessário (Ramos & Camargo,
2020: 92).
Os objetivos da correção das anomalias de posição e postura
Manter ou recuperar um padrão postural saudável é importante para nossa
funcionalidade, bem-estar e prevenção de lesões (Moore & Dalley, 1999). Isso envolve
corrigir qualquer desvio estrutural ou má compreensão muscular.
Os objetivos da correção das anomalias de posição e postura são:
principalmente, aliviar os sintomas e desconfortos causados por essas alterações, melhorar a
estética corporal e prevenir o agravamento dos problemas de saúde.
Através de tratamentos específicos, como fisioterapia, exercícios de fortalecimento e
alongamento, uso de órteses ou mesmo cirurgias corretivas, é possível promover a correção da
postura e alcançar uma posição mais adequada do corpo. Além disso, a correção da postura
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Para Ferreira & Lopes (2019) “De acordo com a gravidade, as anomalias de posição e
de postura podem ser:
a) Anomalias leves: podem causar desconforto ou dor, mas não interferem na
mobilidade ou na função;
b) Anomalias moderadas: podem causar dor e desconforto mais intensos, e podem
interferir na mobilidade ou na função;
c) Anomalias graves: podem causar dor e desconforto debilitantes, e podem impedir a
mobilidade ou a função.
Conforme Martins & Crepaldi (2020) de acordo com a causa, as anomalias de posição
e de postura podem ser:
a) Congênitas: presentes desde o nascimento;
b) Adquiridas: desenvolvidas após o nascimento.
Prevenção das anomalias de posição e de postura
Salles & Teixeira(2018) “A prevenção das anomalias de posição e de postura pode ser
feita através das seguintes medidas”:
a) Aleitamento materno: o aleitamento materno fortalece os músculos e ossos do bebê,
ajudando a prevenir a má postura;
b) Atividade física regular: a atividade física regular fortalece os músculos e ossos,
ajudando a manter a postura correta;
c) Uso de calçados adequados: calçados adequados ajudam a manter os pés e as pernas
alinhados corretamente;
d) Cuidado com a postura: é importante manter uma postura correta ao sentar, ficar em
pé e andar.
Para Tortora & Derrickson, (2008:208) “Praticar alongamentos musculares
regularmente, ter uma cadeira/móveis ergonômicos, sapatos confortáveis e não usar
bolsas/mochilas muito pesadas pode prevenir problemas posturais”.
Fatores de risco
Para Silva & Oliveira (2017) “Os fatores de risco para as anomalias de posição e de postura
incluem”:
a) Fatores genéticos: algumas anomalias de posição e de postura são causadas por
fatores genéticos;
b) Fatores ambientais: fatores ambientais, como o tabagismo e a exposição a produtos
químicos, podem aumentar o risco de algumas anomalias de posição e de postura;
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Cuidados de enfermagem
O enfermeiro monitora sinais vitais, administra medicações, presta apoio
psicoemocional ao paciente, orienta sobre fisioterapia pós-operatória e possíveis sequelas
(Kumar et al., 2007).
Para Costa & Silva (2017) Os cuidados de enfermagem aos pacientes com neoplasias
ósseas incluem:
a) Avaliação da dor: avaliação da dor e administração de analgésicos, se necessário;
b) Controle da infecção: prevenção e tratamento de infecções;
c) Promoção da mobilidade: exercícios e fisioterapia para promover a mobilidade e
prevenir a atrofia muscular;
d) Prevenção de complicações: cuidados para prevenir complicações, como úlceras de
pressão e trombose venosa profunda;
e) Suporte emocional: apoio emocional ao paciente e à família.
Restrições físicas
Segundo Moore e Dalley (1999), restrição física refere-se à incapacitação parcial ou
total para execução de movimentos ou tarefas, decorrente de problemas de saúde.
Os objetivos
Busca-se manter ou recuperar a função física por meio da adaptação de atividades, uso
de equipamentos de apoio e acessibilidade quando necessário (Moore & Dalley, 1999).
Os tipos ou a classificação
Podem ser temporárias, devido a lesões, ou permanentes como em casos de artrite,
acidentes neurológicos, amputações etc. A intensidade varia de leve a severa (Moore &
Dalley, 1999; Tortora & Derrickson, 2016).
As restrições físicas podem ser classificadas de acordo com o seu local, a sua duração
ou a sua causa.
De acordo com o local, as restrições físicas podem ser:
a) Locais: envolvem um único local do corpo, como uma perna, um braço ou a coluna
vertebral.
b) Sistêmicas: envolvem vários locais do corpo, como o sistema nervoso, o sistema
musculoesquelético ou o sistema respiratório.
De acordo com a duração, as restrições físicas podem ser:
a) Temporárias: duram um curto período de tempo, como uma semana ou um mês.
b) Crônicas: duram um longo período de tempo, como vários meses ou anos.
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Conclusão
A assistência de enfermagem desempenha um papel insubstituível na gestão das
afeções osteoarticulares, contribuindo para a prevenção, tratamento e promoção da saúde
musculoesquelética. A implementação de medidas preventivas, como educação sobre postura
e hábitos saudáveis, destaca-se como um pilar fundamental na redução da incidência dessas
condições.
No âmbito do tratamento, a enfermagem desempenha um papel integral na
administração de cuidados diretos e na coordenação de intervenções multidisciplinares. A
empatia e a comunicação eficaz são instrumentos essenciais para fortalecer a relação entre
profissionais de enfermagem e pacientes, proporcionando suporte emocional crucial durante o
processo de enfrentamento das afeções osteoarticulares.
Ao alinhar práticas baseadas em evidências com abordagens centradas no paciente, a
assistência de enfermagem emerge como uma força vital na busca pela otimização da
qualidade de vida e funcionalidade para aqueles que enfrentam desafios musculoesqueléticos.
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Referências bibliográficas
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Tortora et al (2016).Princípios de Anatomia e Fisiologia. 13a ed. Porto Alegre: Artmed,
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