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REQUISITOS DE SST PARA ATENDIMENTO AO

Nº PO-RCM04
RCM 04 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Tipo: PROCEDIMENTO OPERACIONAL Página: 1 de 25

Área GSST – Gerência de Saúde e Segurança do Trabalho Revisão / Data 02 / 05/12/2016


" É direito e dever do trabalhador interromper suas tarefas sempre que constatar evidências que representem riscos graves e
iminentes para sua segurança e saúde ou de terceiros, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico que
diligenciará as medidas cabíveis." NR 22 - item 22.5.1 (a)

1. OBJETIVO

Atender requisitos legais e legislações vigentes e determinar ações preventivas visando


minimizar e/ou eliminar os riscos de acidentes e danos ao meio ambiente, inerentes às
operações de içamento e movimentação de cargas nas áreas internas e/ou externas às
instalações da CSN Mineração.

2. ABRANGENCIA

A todos colaboradores que executam trabalhos de içamento e movimentação de cargas


na CSN Mineração e empresas contratadas.

3. DEFINIÇÕES

Movimentação de Carga: Atividades de guindar, transportar e movimentar cargas com


uso de equipamentos móveis ou fixos, tais como: guindaste, guindauto (munck), elevador
de carga, grua, ponte rolante, talha elétrica, empilhadeira e retomadora de pátio, pórtico,
empilhadeira de garfo, manipulador de pneus. Assim como o uso dos acessórios de
guindar.

Elevação de Carga: Movimentação vertical de cargas (içamento), realizadas com ajuda


mecânica de um ou mais equipamentos apropriados e seus acessórios. Utilizado para
posicionamento de materiais e equipamentos em local especifico.

AR: Análise de Riscos – Ferramenta utilizada para avaliar os riscos previamente no início
de uma atividade.

PTE: Permissão para Trabalhos Especiais.

RCM: Riscos Críticos da Mineração.

CNH: Carteira Nacional de Habilitação

PCMSO: Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

Profissional Autorizado: Trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais


legalmente habilitados, com anuência formal da empresa:
 Qualificado: Aquele que possui conclusão de curso específico na área, reconhecido
pelo sistema oficial de ensino;

Atendimento Qualidade; Meio Ambiente; Saúde e Segurança do Trabalho


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 Capacitado: É aquele que recebe capacitação sob orientação e responsabilidade do


profissional legalmente habilitado e autorizado e trabalha sob sua responsabilidade;
 Profissional Legalmente Habilitado: Profissional previamente qualificado com
registro no competente conselho de classe.

LNT: Levantamento de Necessidade de Treinamento

4. RESPONSABILIDADES

Diretoria e Gerência Geral:


 Garantir os recursos necessários à implementação, cumprimento e monitoramento dos
Requisitos para atividades críticas nas operações sob sua responsabilidade;
 Gerenciar os riscos potenciais identificados em sua área de autorização;

Gerência de Saúde e Segurança do Trabalho:


 Assessorar tecnicamente as Gerências na implementação, cumprimento e monitoramento
dos Requisitos para atividades críticas;
 Planejar, coordenar e monitorar a implementação, manutenção e cumprimento dos
Requisitos para atividades críticas;
 Apoiar os gestores de contrato/requisitantes de compra nas especificações necessárias
para contratação de serviços/compras de produtos no que tange a Saúde e Segurança.

Gerência de Área/Coordenação/Supervisão:
 Implementar e assegurar o cumprimento dos Requisitos deste RCM, realizando auditorias
e inspeções periódicas na documentação das atividades;
 Garantir que todos os empregados qualificados para a execução de atividades críticas
estejam autorizados para execução das atividades de içamento e movimentação de
cargas;
 Manter registros que comprovem o atendimento aos Requisitos.

Colaboradores:
 Cumprir com os requisitos deste procedimento relacionado ao RCM;
 Preparar o local, mantendo-o limpo e organizado, bem como preparar e instalar os
dispositivos de proteção coletiva visando à segurança de pessoas e equipamentos
próximos;
 Isolar todo raio de ação do equipamento;
 Realizar check list do equipamento e acessórios, evidenciados por meio de formulários
específicos, antes de iniciar a atividade;
 Delimitar/isolar os limites para a movimentação de cargas e transitar fora da área de risco
considerando raios de manobras e as cargas suspensas.

5. REFERENCIAS
 NR11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
 NR12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
 NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
 NR22 – Segurança e saúde ocupacional na Mineração;
 NR34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação
Naval
 RCM02 – Bloqueio de Energias Perigosas
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 NR10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade


 NBR 5422/1985 – Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica
 Catálogos diversos de fornecedores de acessórios de içamento de cargas.

6. REQUISITOS PARA PESSOAS

a. Exames Médicos

Os exames médicos para comprovação da aptidão de operadores de equipamentos de içamento


e movimentação de cargas devem ser definidos por médico do trabalho, que conste no PCMSO
da empresa.

Todo operador de equipamento de guindar deverá possuir aptidão médica, para tanto deve
considerar os aspectos críticos como:
 Sistema nervoso (visão – acuidade, diferenciação de cores e visão estereoscópica;
audição – acuidade; equilíbrio e coordenação motora);
 Aparelho cardiovascular (frequência e ritmo cardíacos e pressão arterial);
 Psicológicos (comportamentais, emocionais, situacionais);
 Antecedentes psiquiátricos.

Os colaboradores que apresentarem doenças ou alterações de saúde que representem


contraindicação absoluta não poderão realizar atividade de movimentação de cargas e de
condução de veículos automotores de movimentação de carga.

b. Capacitação

Os profissionais que executam atividades de içamento e movimentação de carga (Rigger,


operação, sinalização e amarração) devem ter seus treinamentos mapeados conforme LNT e
realizados de acordo a matriz de treinamento de Saúde e Segurança CSN e atender o que está
disposto na NR 22 itens 22.35.1.3 e 22.35.1.3.1, bem como na NR 12, itens 12.136 e 12.138.

Os operadores de equipamentos automotores de içamento e movimentação de carga (guindastes


e guindauto, etc.) que se deslocam sobre rodas devem realizar treinamento de direção defensiva
e possuir habilitação (CNH) categoria C, D ou E, dentro do prazo de validade.

Os operadores de elevadores de carga em canteiros de obra e frentes de trabalho devem ter


ensino fundamental completo e receber qualificação e treinamento específico no equipamento,
com carga horária de 16 horas e atualização anual com carga horária de 4 horas.

c. Passaporte

Os empregados que executam atividades de içamento e movimentação de carga (operadores e


sinaleiros) devem estar portando carteirinha de identificação, com nome, função e fotografia em
local visível, atualizada onde conste a validade da autorização para a realização da atividade e a
data de validade do treinamento. A renovação deve ser anual.

A autorização será emitida somente após a liberação dos exames médicos e a realização dos
treinamentos específicos.
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7. REQUISITOS PARA INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

a. Equipamentos de içamento e de movimentação de cargas

Guindaste - É um equipamento dimensionado para realizar trabalhos de elevação e transferência


dos mais diferentes tipos de carga. É um equipamento mecanicamente bem estruturado e
robusto, de modo a resistir às variadas solicitações dinâmicas além daquelas advindas do próprio
içamento da carga (balanços, pequenos choques da carga com a lança, etc.), ao qual está sujeito
em suas jornadas de trabalho.

Itens Obrigatórios para Guindastes:

 Espelhos retrovisores externos, faróis, luz de marcha a ré, alarme de marcha a ré, freio de
estacionamento, buzina, extintores de incêndio (adequados ao equipamento), cinto de
segurança de três pontos para todos os ocupantes do veículo;
 Acionamento automático dos faróis em conjunto com a ignição;
 Tabela de carga na cabine de comando em língua portuguesa (Brasil) e unidades de
medida no Sistema Internacional de Unidades de Medidas. Logotipo da empresa e sua
identificação visíveis, conforme RCM-01;
 Partes rotativas motoras totalmente protegidas;
 Sistema de travamento físico para prevenir a queda livre da carga;
 Cabine de operação que atenda aos requisitos ergonômicos para espaço de trabalho,
visão, temperatura e ruído internos, arranjo de instrumentos, dispositivos de segurança
contra acionamento acidental, assentos com sistema de amortecimento, regulagem de
altura, atenuação da vibração, encosto e apoio de cabeça, ar condicionado / interclima;
 Monitoramento de pressão das patolas com alarme sonoro;
 Inclinômetro (indicador de inclinação);
 Fitas refletivas nos lados externos e sinalização através de luz giroscópica;
 Chave de fim-de-curso, alarme que indique seu limite de curso em condições operacionais;
 Sensor de sobrecarga.
 Anemômetro
 Trava de segurança no gancho do moitão;
 Calços apropriados todas para as patolas;
 Calços para as rodas do caminhão, quando do tipo sobre pneus;
 Indicação da vida útil do equipamento e/ou dos componentes relacionados com a
segurança no Manual do Fabricante, conforme item 12.128, alínea “p” da NR 12.
 Laudo de Segurança com ART, emitido por profissional legalmente habilitado.
 Sinalização, clara e visível, da capacidade de carga do equipamento;
 Meios de acesso seguro à cabine de operação do equipamento ou a local de acesso
frequente;
 Acessórios para aumentar o alcance da lança (Jib’s) ou para aumentar a capacidade do
guindaste devem ser do mesmo fabricante e compatível com o equipamento.
 Possuir dispositivos de sinalização/isolamento (Cones, cerquites e fitas zebradas).
 Manual do fabricante em língua portuguesa (Brasil)
 Rádio de comunicação para uso quando o operador não tiver visualização adequada de
todo o percurso de movimentação da carga.
 O equipamento deve ter, no máximo, 10 anos de fabricação.

Guindauto - É um equipamento de guindar, dimensionado para realizar movimentação de carga,


no sentido vertical, horizontal ou longitudinal combinados, dos mais diferentes tipos de carga Por
ser também um caminhão, a carga poderá ser transportada horizontalmente para qualquer
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distância necessária, limitado pelas dimensões da carga e pela tara do caminhão. Ambas as
capacidades (guindauto (Munck) e caminhão) são determinadas pelos respectivos fabricantes.

 Guindautos devem atender os seguintes requisitos:


 Tabela de carga na cabine de comando em língua portuguesa (Brasil) e as unidades de
medida no Sistema Internacional de Medidas;
 Gancho dotado de trava de segurança;
 Espelhos retrovisores externos, faróis, luz de marcha a ré, alarme de marcha a ré, freio de
estacionamento, buzina, extintores de incêndio (adequados ao equipamento), cinto de
segurança de três pontos para todos os ocupantes do veículo e anemômetro;
 Fitas refletivas em seus lados externos e sinalização através de luz giroscópica;
 Logotipo da empresa e identificação visíveis, conforme RCM-01.
 Acionamento automático dos faróis em conjunto com a ignição
 As operações dos controles hidráulicos do braço mecânico devem ser realizadas do lado
do veículo que permite a visualização direta pelo próprio operador de todo o trajeto de
movimentação da carga.
 Plataformas seguras, de ambos os lados para acesso aos controles hidráulicos.
 Placa de sinalização com a capacidade de carga máxima do equipamento em local de fácil
visualização;
 Tabela de carga do equipamento em local de fácil visualização.
 Calço para rodas e para patolas;
 Inclinômetro;
 Possuir cabines aclimatizadas (ar condicionado / interclima)
 Possuir comando em ambos os lados do chassi;
 Possuir dispositivos de sinalização/isolamento (Cones, cerquites e fitas zebradas).
 Laudo de Segurança com ART, emitido por profissional legalmente habilitado.
 Manual do fabricante em língua portuguesa (Brasil)
 O equipamento deve ter, no máximo, 10 anos de fabricação.

Elevador de Carga - Elevador industrial utilizado exclusivamente para o transporte de carga/


materiais em construções civis e/ou eletromecânicas (tipo cremalheira).

Os elevadores de carga devem atender ao item 18.14 - Movimentação e Transporte de Materiais


e Pessoas da NR18, com destaque para os seguintes requisitos:
 Dimensionados por profissional legalmente habilitado (Projeto + ART) e atender as normas
técnicas vigentes no país e, na sua falta, às normas técnicas internacionais vigentes.
 O uso dos elevadores após sua montagem ou manutenções sucessivas deve ser
precedido de Termo de Entrega Técnica, elaborado por profissional legalmente
habilitado, prevendo a verificação operacional e de segurança, respeitando os parâmetros
indicados pelo fabricante, que deverá ser anexado ao Livro de Inspeção do Equipamento.
 Estruturas devidamente aterradas eletricamente;
 As torres dos elevadores de carga devem ter suas faces revestidas com tela de arame
galvanizado (ou material equivalente)
 Sistema de segurança: freio mecânico, sistema eletromecânico, trava de segurança,
interruptor de corrente;
 Dispositivo de intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de chaves de
segurança com ruptura positiva, que garantam que só se movimentem quando as portas,
painéis e cancelas estiverem fechadas;
 Indicação de carga máxima visível à distância;
 É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais tracionados a cabo, com
exceção dos elevadores do tipo cremalheira onde somente o operador e o responsável
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pelo material a ser transportado podem subir junto com a carga, desde que fisicamente
isolados da mesma.
 Toda empresa usuária de elevadores de carga deve possuir o seu “Programa de
Manutenção Preventiva” conforme recomendação do locador, importador ou fabricante.
 Os elevadores devem ser vistoriados diariamente, antes do início dos serviços, pelo
operador, conforme orientação dada pelo responsável técnico do equipamento, atendidas
as recomendações do manual do fabricante, devendo ser registrada a vistoria em livro de
inspeção do equipamento.
 Deve ser realizado teste dos freios de emergência dos elevadores na entrega para início
de operação e, no máximo, a cada noventa dias, devendo o laudo referente a estes testes
ser devidamente assinado pelo responsável técnico pela manutenção do equipamento e os
parâmetros utilizados devem ser anexados ao Livro de Inspeção do Equipamento existente
na obra.
 Os elevadores tracionados a cabo ou cremalheira devem possuir chave de partida e
bloqueio que impeça o seu acionamento por pessoas não autorizadas.
 Em qualquer posição da cabina do elevador, o cabo de tração deve dispor, no mínimo, de
seis voltas enroladas no tambor.

Grua - Equipamento que permite a elevação vertical de cargas, por meio de um sistema de
guincho/guindaste.

As gruas devem atender ao item 18.14.24 – Gruas da NR 18, com destaque para os seguintes
requisitos:
 Dimensionadas por profissional legalmente habilitado;
 Sinalizador de topo, alarme sonoro e anemômetro;
 Estruturas devidamente aterradas;
 Partes rotativas motoras protegidas;
 Tabela de carga na cabine de comando em língua portuguesa (Brasil) e as unidades de
medida no sistema de unidades adotado no país onde o equipamento será utilizado;
 Moitões com trava de segurança;
 Chaves de fim-de-curso e de alarme que indique seu limite de curso;
 Sistema de travamento físico para prevenir a queda livre da carga;
 Logotipo da empresa, identificação e capacidade de carga visíveis;
 Cabine de operação que atenda aos requisitos ergonômicos para espaço de trabalho,
visão, temperatura e ruído internos, arranjo de instrumentos, dispositivos de segurança
contra acionamento acidental, assentos com sistemas de amortecimento e regulagem de
altura, além de proteção contra incidência de raios solares;
 Acessos seguros à cabine do operador.
 Possuir plano de cargas para gruas, elaborado por profissional legalmente habilitado;
 A implantação, instalação, manutenção e retirada de gruas deve ser supervisionada por
engenheiro legalmente habilitado com vínculo à respectiva empresa e, para tais serviços,
deve ser emitida ART - Anotação de Responsabilidade Técnica.
 O equipamento deve ter, no máximo, 10 anos de fabricação.

Ponte Rolante - É um equipamento de guindar, dimensionado para realizar içamento, transporte


longitudinal e transversal da carga. Por ser instalada sobre trilhos apoiados em vigas que
margeiam longitudinalmente a nave de um galpão, seus movimentos são limitados por esse
balizamento geográfico. Pode ter um ou dois moitões diferenciados de capacidade de carga.
As pontes rolantes devem atender aos seguintes requisitos:
 Alerta sonoro de ponte em movimento;
 Indicação de carga máxima de trabalho visível a distância;
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 Passarela com guarda-corpo e rodapé, de ambos os lados do caminho de rolamento para


facilitar o acesso à cabine de operação e para manutenção do equipamento.
 Proteção por guarda-corpo ou linha de vida para acesso aos locais de inspeção e ou
manutenção no equipamento;
 Sistema de freio eletromecânico, eletromagnético ou eletro-hidráulico do sistema de
movimentação do gancho;
 Dispositivos a corrente de fuga;
 Botoeiras de desligamento geral de emergência;
 Chave limite de cabo frouxo;
 Chaves limites de fim-de-curso para todos os movimentos;
 Chaves limites de redução de velocidade para os movimentos de translação;
 Sensor de sobrecarga mecânico e sensor de velocidade mecânico;
 Sensor eletrônico de sobrevelocidade individual dos tambores e de diferencial de
velocidade entre os mesmos, para pontes com dois tambores de cabos acionados por
redutor diferencial;
 Sensores anticolisão para vãos com mais de uma ponte;
 Partes rotativas motoras e móveis totalmente protegidas;
 Estruturas devidamente aterradas;
 Sistema de movimento de elevação provido de dispositivo de frenagem de segurança, no
caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica de alimentação;
 Moitões providos de trava de segurança;
 Chave de bloqueio removível para controles por rádio (controle remoto) e controles a
distância por fio;
 Controles por rádio com suporte para os ombros ou similar que impeça sua queda e
acionamento indevido;
 Sinalização padronizada do sentido de atuação dos controles de acionamento;
 Sinalização indicativa dos sentidos de movimento de translação nos controles de
acionamento e no vão da ponte;
 Dispositivo para guiar as rodas nos trilhos para impedir descarrilamento;
 Ter cabos de aço com comprimento suficiente que sobre seis (06) voltas sobre o tambor na
posição máxima do moitão;
 Possuir batentes de fim de curso;
 Nos casos de equipamentos comandados por radiofrequência devem possuir proteção
contra interferências eletromagnéticas acidentais.
 Holofotes direcionados para os pontos de içamento e movimentação da carga, além de
iluminação nos locais de acesso para operação e manutenção.
 Barramento elétrico protegido contra contato acidental de pessoas, preferencialmente,
através de barramento blindado.

As pontes com cabine de operação devem atender ainda aos seguintes requisitos:
 Dispositivo de segurança que permite interromper o funcionamento da ponte antes do
acesso do operador à cabine;
 Acessos seguros às pontes, aos carros e à cabine do operador;
 Portões que permaneçam fechados nas pontes com cabine de operação cujo acesso seja
no mesmo nível do caminho de rolamento da ponte;
 Cabines que atendam aos requisitos ergonômicos para espaço de trabalho, visão,
temperatura e ruídos internos, arranjo de instrumentos bem como dispositivos de
segurança contra acionamento acidental e assentos com sistemas de amortecimento,
regulagem de altura e atenuação da vibração.
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Talha elétrica- É um equipamento de guindar, dimensionado para realizar içamento, e, quando


atrelada a uma monovia através de um trolley, possibilita também o movimento longitudinal da
carga.

As talhas devem atender os seguintes requisitos:


 Indicação da capacidade de carga máxima visível a distância;
 Sistema de travamento físico para prevenir a queda livre da carga;
 Botoeiras de desligamento geral de emergência na caixa de comando e controle;
 Chaves limites de fim-de-curso para todos os movimentos;
 Partes rotativas motoras e móveis totalmente protegidas;
 Estruturas devidamente aterradas;
 Sistema de movimento de elevação provido de dispositivo de frenagem de segurança caso
haja interrupção no fornecimento de energia elétrica;
 Ganchos providos de trava de segurança;
 Chave de bloqueio removível para os controles remotos;
 Sinalização padronizada do sentido de atuação dos controles de acionamento;
 Sinalização indicativa do movimento de translação nos controles de acionamento e na
estrutura.
 O cabo elétrico da caixa de comando e controle deve ser sustentado por um cabo de aço
(mensageiro), protegendo-o de possíveis esforços e danos e deve ter comprimento
suficiente para atender as necessidades de movimentação com segurança no local de
instalação;
 Ter cabos de aço com comprimento suficiente de forma que sobre seis (06) voltas sobre o
tambor;
 Nos casos de equipamentos comandados por radiofrequência (controle remoto) devem
possuir proteção contra interferências eletromagnéticas acidentais.
 As monovias devem atender aos seguintes itens:
 Estruturas devidamente aterradas;
 Batente nas extremidades;
 Barramentos blindados.
 Traçado alinhado ao centro de gravidade da carga a ser içada;
 Extensão com comprimento suficiente para posicionamento adequado da peça a ser
movimentada;

Empilhadeira de Pátio e Retomadora - Equipamentos de grande porte, utilizados para formar


pilhas de minério (empilhadeira) e recolher este material empilhado (retomadora) para utilizações
diversas.

As empilhadeiras e retomadoras devem atender aos seguintes requisitos:


 Alerta sonoro e luminoso de equipamento em movimento instalados em ambos os lados do
equipamento/caminho de rolamento;
 Proteção por guarda-corpo ou linha de vida para circulação de trabalhadores através das
mesmas;
 Cabine de operação que atenda aos requisitos ergonômicos para espaço de trabalho,
visão, temperatura e ruído, arranjo de instrumentos, assento giratório com regulagem de
altura e de encosto e sistema de amortecimento antivibração, proteção contra insolação,
bem como dispositivos de segurança contra acionamento acidental;
 Console de comando da cabine, com todas as informações necessárias para uma
operação automatizada e segura da máquina.
 Dispositivos a corrente de fuga;
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 Estruturas devidamente aterradas e sistema de SPDA;


 Partes rotativas motoras e móveis totalmente protegidas;
 Chave de fim-de-curso e de sobre curso de segurança;
 Sistema de detecção e combate a incêndio com gás limpo, na sala elétrica;
 Proteção por extintores de incêndio;
 Dispositivos de parada de emergência em pontos estratégicos da máquina, junto aos
motores e próximos dos trucks de translação.
 Sistemas automatizados de verificação e controle das seguintes variáveis: corrente do
motor; dispositivo de parada de sobrecarga; rotação do motor; início, fim e paradas nos
seus movimentos; carga na balança.
 Interface da máquina com o sistema de controle central;
 Meios de acesso permanentemente fixados e seguro aos locais de operação,
abastecimento, manutenção, inspeção e intervenções constantes
 Sistema limpa trilho nos trucks de translação, associado à proteção de partes móveis;
 As escadas de acesso não devem ficar centralizadas ao eixo dos trilhos, de forma a evitar
queda de pessoas ao acessá-las;
 Cabines sanitárias com lavatórios e material para higiene, separadas por sexo.

Pórtico - É um equipamento de guindar, fabricado geralmente em forma de cavalete com rodas


de pneus ou rodas sobre trilhos para movimentos longitudinais e um guincho ou talha elétrica,
muito utilizado em pátios de estocagem de materiais. Possibilita o içamento, transporte
longitudinal e pequenos deslocamentos transversais da carga.

Os pórticos devem atender os seguintes requisitos:


 Alerta sonoro de pórtico em movimento;
 Indicação da capacidade de carga máxima visível à distância;
 Sistema de freio eletromecânico, eletromagnético ou eletro-hidráulico do sistema de
movimentação do gancho;
 Dispositivos a corrente de fuga;
 Botoeiras de desligamento geral de emergência;
 Chave limite de cabo frouxo;
 Chave de fim-de-curso para todos os movimentos;
 Sensor de sobrecarga e de sobrevelocidade;
 Partes rotativas motoras e móveis totalmente protegidas;
 Estruturas devidamente aterradas;
 Sistema de movimento de elevação provido de dispositivo de frenagem de segurança no
caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica de alimentação dos pórticos;
 Gancho provido de trava de segurança;
 Chave de bloqueio removível para controles por rádio (controle remoto) e controles a
distância por fio;
 Controles por rádio com suporte para os ombros;
 Sinalização padronizada do sentido de atuação dos controles de acionamento;
 Sinalização no solo indicativa da área de segurança de circulação do pórtico.

Pórtico giratório - É um equipamento de guindar fixo, instalado em coluna ou parede


possibilitando o giro do braço e o deslocamento da talha incorporada.

Os guindastes giratórios devem atender os seguintes requisitos:


 Indicação da capacidade de carga máxima visível à distância;
 Botoeiras de desligamento geral de emergência;
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 Estruturas devidamente aterradas;


 Gancho provido de trava de segurança;

Empilhadeira de Garfo - É um veículo automotor utilizado para transporte de materiais tanto no


sentido horizontal quanto no vertical, dotado da capacidade de auto carregar-se, empilhar e
transportar materiais a curtas distâncias. Seu funcionamento consiste em apanhar a carga por
inserção dos garfos (acionados hidraulicamente) por baixo da mesma, iça-la além das
interferências com o auxílio da torre inclinável e mover horizontalmente para outro local por ser
um veículo de transporte de peso, no limite da sua capacidade determinada pelo fabricante.

Manipulador de Pneus – Equipamento utilizado para manipular, transportar e armazenar pneus


de equipamentos fora-de-estrada (carregadeiras, motoniveladoras, caminhões, etc.),
principalmente na manutenção ou troca desses pneus.

As Empilhadeiras de Garfo e os Manipuladores de Pneus devem atender os seguintes requisitos:

 Espelhos retrovisores externos, faróis, luz de marcha à ré, alarme de marcha à ré, freio de
estacionamento, buzina, extintores de incêndio (adequados ao equipamento), cinto de
segurança;
 Tabela de carga na cabine de comando em língua portuguesa (Brasil) e as unidades de
medida no Sistema Internacional de Unidades de Medidas;
 Partes rotativas motoras totalmente protegidas;
 Cabine de operação que atenda aos requisitos ergonômicos para espaço de trabalho,
visão, temperatura e ruído internos, arranjo de instrumentos, dispositivos de segurança
contra acionamento acidental, assentos com sistemas de amortecimento, regulagem de
altura e atenuação da vibração;
 Fitas refletivas em seus lados externos;
 Sinalização através de luz giroscópica;
 Sensor de ausência do operador do banco da máquina;
 Limitador de inclinação;
 Limitador de velocidade ajustável;
 Escapamento com catalisador, silenciador de ruído e proteção para evitar o contato com
partes aquecidas.

Guincho: Equipamento para elevação de carga, composto por conjuntos fixos ou móveis
constituídos por um tambor para o enrolamento do cabo de aço, polias e um sistema de
transmissão para o acionamento do tambor. São muitos utilizados nas torres de esticamento de
TC para elevação do contrapeso e em locais de difícil acesso, além de fazer parte de máquinas e
equipamentos para movimentação de cargas.

Os guinchos fixos devem atender os seguintes requisitos


 Dimensionados por profissional legalmente habilitados
 Indicação da capacidade de carga máxima visível à distância;
 Botoeiras de acionamento e desligamento local e de parada de emergência;
 Dispositivo de bloqueio que impeça o acionamento por pessoas não autorizadas;
 Estruturas devidamente aterradas;
 Proteção de partes móveis, no acionamento, tambor de enrolamento do cabo, nas polias e
no trecho do cabo de aço que esteja acessível aos trabalhadores;
 Cabo de aço com comprimento suficiente para sobrar, no mínimo, de seis voltas enroladas
no tambor em qualquer posição de trabalho;
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 O tambor deve estar totalmente nivelado para proporcionar o enrolamento adequado do


cabo de aço.
 O cabo de aço não deve passar pelo piso das plataformas de descanso das escadas de
acesso às torres.

b. Acessórios para içamento de cargas

Estropo - Acessório fabricado com cabo de aço, de comprimento e diâmetro variáveis, com laço
fechado em ambas as pontas, por entrançamento dos fios do cabo ou por fixação dos mesmos
com presilhas adequadas, protegidos em sua envoltura interna por uma sapatilha moldada em
aço, usado como auxilio de pega da peça a ser içada.

Manilha - Acessório fabricado em aço forjado, com um pino de trava numa das extremidades, e
que é usado para transpor esforços de um acessório de movimentação de carga para outro,
preservando, no mínimo, as mesmas tensões sobre os acessórios que estão sendo unidos.

Anel - Acessório fabricado em aço forjado, normalmente em forma oblonga ou de pêra, que serve
para conjugar várias solicitações de tensões num gancho ou simplesmente servir de elo
transmissor dessa(s) tensão(ões) solicitada(s) para outro elemento que dará continuidade às
tensões solicitadas.

Gancho - Acessório em forma de um anzol, fabricado em liga de aço que é utilizado para unificar
várias solicitações de tensão originadas por um içamento ou deslocamento de uma carga em um
só elemento ligado ao mecanismo motriz.

Corrente - Acessório constituído de elos encadeados um ao outro numa formação longilínea,


fabricados em aço forjado, e que, devido à sua flexibilidade no armazenamento e fixação na
carga ou gancho, pode ser usado como elemento tensionador em qualquer mecanismo motriz de
acionamento.

Cinta - Acessório fabricado em fibra entrançada de poliéster, utilizado normalmente em peças


polidas, pintadas, frágeis ou delicadas, que não podem sofrer danos. O uso das cintas evita
machucados, deformação ou arranhões nas peças sob içamento, enquanto asseguram uma firme
e apertada envoltura da carga.

Linga - Acessório composto de um anel, uma a quatro pernas pendentes feitas de correntes,
cintas de poliéster ou cabo de aço, com um gancho em cada extremidade da perna. As lingas são
usadas em içamento em que a carga, para manter o equilíbrio durante a operação, exige ser
ancorada em mais de um ponto da sua geometria.

Talha Manual - Acessório que, devido a um sistema de engrenagens montadas dentro de uma
carenagem sólida e compacta, minimiza o esforço necessário para içar uma carga. A talha
manual geralmente é disponibilizada em dois tipos. Acionada por correntes ou por alavanca, o
princípio e o fim são os mesmos.

Patesca - Acessório composto de uma roldana montada num garfo de forma elíptica, com olhal,
gancho ou manilha acoplada para fixação ao apoio, fabricada em aço forjado, usada para
redirecionar tensões para uma posição onde se possam utilizar mecanismos adequados ao
içamento ou deslocamento de cargas.

Tifor - É um mecanismo usado para içamento ou arraste de cargas, constituído de um sistema de


grampos móveis montados internamente numa carenagem que, quando acionados manualmente
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por uma alavanca externa, agarram e soltam alternadamente um cabo de aço que passa através
do mesmo, promovendo neste um deslocamento longitudinal com força adequada à carga. Por
ser operado manualmente, é um mecanismo de ação lenta e, por exigir muito esforço do
operador, é ecomendado apenas para pequenos deslocamentos.

Trolley - Acessório em forma de um carrinho cujos rodízios se encaixam sobre a parte interna
inferior da mesa de uma Monovia (geralmente perfil I), e que permite o movimento longitudinal da
peça içada por qualquer mecanismo tensionado atrelado ao mesmo.

Garra Pega Chapas - Acessório fabricado em aço, apropriado para agarrar a chapa por
mordedura da mesma, a qual é acionada quando existe tensão no cabo se suspensão.

Garra para Içamento de Tambor - Acessório que consiste de uma garra que, prendendo na
borda de um tambor, permite içá-lo com segurança, evitando rolamento e/ou tombamento do
mesmo.

8. REQUISITOS PARA OS PROCEDIMENTOS

a. Documentação

A área deve possuir um inventário atualizado de todos os seus equipamentos e acessórios de


içamento e movimentação de carga com, no mínimo, identificação individualizada, setor
responsável, fabricante, ano de fabricação, capacidade de carga e finalidade de uso. O prontuário
deve conter ainda as seguintes informações:
a) Cópia do manual de operação fornecido pelo fabricante, em língua portuguesa (Brasil), e
na indisponibilidade deste, é permitida a reclassificação do equipamento por órgão
certificador externo credenciado;
b) Especificações técnicas;
c) Programa de inspeção, manutenção e certificação;
d) Registro das inspeções, manutenções e certificações;
e) Plano de ação para correção das não conformidades encontradas durante as inspeções,
manutenções ou certificações;
f) Identificação e assinatura do responsável técnico indicado pela empresa pelos prontuários.

Deverá ser designado RT – Responsável Técnico para cuidar dos requisitos deste Procedimento,
principalmente quanto aos equipamentos e acessórios de movimentação de cargas.

Os equipamentos de içamento e movimentação de carga antes de entrarem em operação,


deverão ser testados e comissionados por profissionais qualificados sob a responsabilidade de
profissional legalmente habilitado, seguindo as especificações técnicas do fabricante do
equipamento.

Nas atividades de guindar, consideradas especiais, realizadas com guindastes será necessária a
elaboração de um Plano de Rigging, emitido por profissional capacitado e certificado, sempre que
ocorrerem uma das seguintes situações:

 Içamento onde o fator de utilização do guindaste esteja entre 70 a 85%;


 Operação em que dois ou mais equipamentos içam a carga ao mesmo tempo;
 Movimentação de carga onde o raio de giro do equipamento for limitado e não for possível
o operador ter visibilidade da carga içada;
 Içamento de carga com geometria complexa e grande dimensão.
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Não será permitido içamento de carga onde o fator de utilização do equipamento seja maior que
85% de sua capacidade, na configuração de uso.

O Plano de Rigging deve considerar, no mínimo, os seguintes itens:


 Capacidade do equipamento de elevação de carga (nominal e líquida na configuração do
uso);
 Descrição, peso e dimensões da carga;
 Origem dos dados relativos ao peso da carga (manuais, tabelas, etc.);
 Memória de cálculo;
 Comprimento de lança, alcance, ângulo e raio de giro (inicial e final);
 Altura de elevação da carga
 Peso dos acessórios de içamento e especificação destes;
 Interferências do ambiente, tais como equipamentos, estruturas, rede elétricas, etc.;
 Fator de segurança na movimentação da carga
 Condições do terreno (resistência, nivelamento, proximidades de taludes, etc.);
 Área de patolamento do equipamento;
 Velocidade de vento;
 Condições de visibilidade e iluminamento do local;
 Trajetória da movimentação;
 Isolamento da área de içamento;

O Plano de Rigging deverá ser acompanhado por uma ART – Anotação de Responsabilidade
Técnica.

Para atividades de içamento e movimentação de cargas utilizando Gruas deve ser elaborado o
Plano de Cargas para Gruas, de acordo com o anexo III da NR18.

O Plano de Rigging ou Plano de Cargas para Gruas deve ser encaminhado aos responsáveis da
CSN Mineração, pela atividade, com no mínimo 24 horas de antecedência com todas as folhas
assinadas pelo elaborador e anexado ao documento, cópia da carteirinha de Rigger.

Os equipamentos de guindar das empresas contratadas deverão possuir selo de liberação


emitido pela CSN Mineração, mediante apresentação do laudo técnico de segurança feito por um
profissional da área mecânica, com registro no CREA-MG (Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura de Minas Gerais). O selo deverá ser revalidado semestralmente, mediante
apresentação de novo laudo.

Todos os equipamentos de guindar, transportar e movimentar cargas devem possuir lista de


verificação (checklist) específica com os itens de segurança dos mesmos.

Os acessórios de movimentação de carga devem ser adquiridos junto a fabricantes


especializados e possuírem indicação de capacidade de carga máxima gravada no acessório de
forma indelével.

Não é permitida a fabricação e ou improvisação de acessórios de movimentação de cargas. Em


caso de necessidade, a fabricação de acessórios especiais somente será permitida mediante
projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, incluindo plano de inspeção de
fabricação e montagem.
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Olhais soldados em peças para favorecer a amarração da carga devem ser submetidos à
inspeção da solda por líquido penetrante ou outro método definido pelo profissional legalmente
habilitado.

Todos os acessórios para içamento e movimentação de cargas devem ser submetidos à inspeção
de pré-uso através de check-list, pelo operador e/ou sinaleiro. Periodicamente (máx. 6 meses)
devem ser submetidos a uma inspeção técnica detalhada, por profissional capacitado, atendendo
aos requisitos do fabricante.

Em todos os içamentos e movimentação de carga a serem realizados nas condições abaixo, deve
ser providenciada uma PTE – Permissão para Trabalhos Especiais, conforme PO000421 –
FERRAMENTAS DE ANÁLISE DE RISCOS:

 Para todas as atividades com a utilização de guindastes;


 Movimentação de carga onde o raio de giro do equipamento for limitado e não for
possível o operador ter visibilidade da carga içada;
 Içamento de carga com geometria complexa e grande dimensão;
 Içamento e movimentação de cargas, realizado dentro da faixa de servidão (faixa de
segurança) de redes elétricas aéreas.

As áreas devem possuir quadros informativos de acessórios (cintas, lingas de cabos de aço,
lingas de correntes, manilhas, anéis pera, lingas, etc.) informando a capacidade de carga,
conforme cores definidas e norma técnica aplicável. Ver exemplos abaixo:

Imagem meramente ilustrativa


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Imagem meramente ilustrativa

Imagem meramente ilustrativa


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Imagem meramente ilustrativa

A área deve analisar os riscos das atividades de movimentação de cargas que deve estabelecer
medidas específicas de Saúde e Segurança do Trabalho para controle dos riscos, conforme
PO000421 – FERRAMENTAS DE ANÁLISES DE RISCOS, devendo ser elaborado um
Procedimento Operacional ou uma ITO – Instrução de Trabalho Operacional.

O Plano de Atendimento a Emergências deve contemplar recursos materiais e profissionais


internos e externos para prestar atendimento no caso de ocorrência de acidentes relacionados
com o içamento e movimentação de carga.

Deve ser definida e mantida sistemática para controle de documentos e registros.

a. Execução das atividades

É proibido o içamento de carga próximo à rede elétrica energizada em baixa e alta tensão, em
distâncias inferiores ao estabelecido na tabela abaixo (distância mínima), sem realizar o
bloqueio de energia perigosa, conforme RCM02.

Para verificação da cota de altura e locação dos condutores da rede aérea para determinar o
alcance máximo dos equipamentos e raio de giro de lança, para atendimento das distâncias de
segurança acima, deve-se utilizar meios apropriados e seguros para a aferição, tais como:
medição topográfica, trena a laser, etc.

Todo içamento e movimentação de cargas, realizado dentro da faixa de servidão (faixa de


segurança) de redes elétricas aéreas deve ter aprovação e acompanhamento de profissional da
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área de elétrica da CSN Mineração que orientará sobre as medidas de segurança para que a
atividade possa ser desenvolvida de forma segura. Neste caso deverá ser feita a Análise de
Riscos e emitida uma Permissão de Trabalho.

Antes de executar o içamento e movimentação de carga dentro da faixa de servidão (faixa de


segurança) de redes elétricas aéreas, os equipamentos de guindar deverão ser aterrados
adequadamente. Para tanto, os equipamentos devem ter pontos de aterramento específicos
previamente definidos pelo fabricante ou por profissional legalmente habilitado.

Deve ser delimitado o raio de movimentação do içamento e retirados todos os colaboradores não
envolvidos da área delimitada. Se possível, sinalizar o acesso seguro (entrada e saída) da área
isolada.

Para içamento de carga a sinalização e isolamento devem ser definidos após análise dos riscos
para cada caso, em atendimento ao PO000323 – Sinalização de Segurança na CSN Mineração

O isolamento de atividades, envolvendo guindaste deverá ser realizado através de tela tapume
(cerquite), sendo isolada a área onde está sendo desenvolvida a atividade, sendo considerado o
comprimento da lança / dimensão da peça a ser içada mais uma distância de segurança, variável,
de acordo com a altura de elevação.

Isolamento - atividades com guindaste


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A sinalização para movimentação/carregamento rápido de materiais utilizando caminhão


guindauto (munck) poderá ser feita através de cones. Pode ser associada aos cones a fita
zebrada.

O cone deverá possuir placa com os dizeres “Atenção afaste-se de cargas suspensas”.

Sinalização – Atividade rápida com munck

As violações quanto à sinalização e isolamento das áreas de içamento e movimentação de


cargas estão sujeitas às penalidades previstas no PO000316 – Gestão de Consequências de
SST na Mineração.

Quando houver mais de um equipamento de guindar (guindaste ou munk) trabalhando em uma


mesma área, deve-se respeitar os afastamentos e isolamentos das atividades para evitar o risco
de interferência e acidentes entre eles e o pessoal envolvido.

Todos os equipamentos automotores de movimentação de carga devem dispor de meio de


sinalização (cones e placas) e de isolamento da área de movimentação de carga (cerquite).

Será obrigatório o uso de rádio de comunicação nas atividades de içamento de cargas, nas
seguintes situações:
 Quando não houver contato visual entre o operador e sinaleiro;
 Içamentos críticos envolvendo mais de um equipamento de guindar;
 Quando a análise de risco definir a necessidade.

O sinaleiro/amarrador de cargas deve usar colete refletivo em cor diferente dos demais utilizados
na Mineração, a fim de o diferenciar dos demais trabalhadores da área de operação.

O operador deve obedecer unicamente às instruções dadas pelo sinaleiro, exceto quando for
constatado risco de acidente. A comunicação deve ser feita por código de sinais convencionais,
conforme quadro abaixo:
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O sinaleiro deve utilizar apito para alertar e afastar os trabalhadores próximos em


complementação à sinalização e isolamento de área.

É obrigatório o uso de corda-guia ou bastões apropriados para auxiliar na movimentação da


carga, sendo proibido guiar a carga com as mãos.

A movimentação da carga pelos equipamentos de guindar somente pode ser iniciada quando não
houver pessoas próximas à carga. No momento do içamento sobre carrocerias de caminhões ou
carretas, é proibida a permanência de pessoas sobre as mesmas.
Os equipamentos de içamento e movimentação de cargas somente devem iniciar a operação
com os cabos na posição vertical, sendo proibido arrastar a carga ou içamento inclinado.

Nas oficinas, almoxarifados e onde mais for possível, deve existir áreas exclusivas para a
circulação de cargas suspensas devidamente delimitadas e sinalizadas.

O trajeto por onde passará a carga durante a movimentação deve sempre estar desobstruído.
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A carga suspensa jamais poderá ser movimentada sobre pessoas ou sobre a cabine do
equipamento.

O operador de equipamentos de guindar não deverá deixar cargas suspensas ao abandonar o


posto de comando. Se tiver que deixar a máquina, deverá abaixar a carga no solo e parar o
motor, antes de sair da cabine.

Não estacionar ou operar guindastes e/ou munck próximo a taludes ou lugares sujeitos a
desmoronamento ou desabamento, com risco de tombamento ou soterramento do equipamento.
Verificar as condições do piso durante a instalação quanto a: desníveis, degraus, depressões e
resistência do piso, existência de redes subterrâneas (elétricas e /ou hidráulicas).

No nivelamento de guindastes e caminhão munck deve-se observar:


 As patolas devem estar totalmente estendidas, eliminando todo o peso da máquina sobre
os pneus;
 Os extensores retráteis devem estar totalmente estendidos;
 O nivelamento deve ser observado a cada levantamento;
 Para certificar-se do nivelamento de guindastes, pode-se utilizar o cabo de carga como
linha de prumo, trazendo a bola do gancho para o centro da lança;
 As patolas devem estar devidamente apoiadas sobre calços apropriados, considerando as
condições do terreno e a carga máxima na patola;
 Jamais poderão ser colocados calços sob o braço da patola;
 Não utilizar calços adicionais sobrepostos, acima de duas camadas e em forma de
“fogueira” para patolamento.

Devem ser adotadas medidas de segurança para evitar a queda acidental do material
transportado. Peças ou materiais de dimensões e formas diferentes não devem ser amarrados
juntos para não se desprenderem durante o içamento.

Sucatas ou peças pequenas devem ser içadas dentro de dispositivos apropriados e


dimensionados para tal.

É proibido realizar içamento e movimentação de cargas sob condições climáticas adversas, bem
como em locais com deficiência de iluminação e visibilidade, que interfiram na segurança da
atividade;

É obrigatório proteger os “cantos vivos” (arestas) da peça, com dispositivo apropriado, durante a
amarração das cargas.

Cabos de aço, correntes e cintas não devem ficar torcidos durante o içamento da carga.

Não é permitido utilizar mais de 80% (oitenta por cento) da capacidade de carga do acessório de
movimentação de cargas, considerando o ângulo e a forma de amarração. Estes 20% (vinte por
cento), não utilizados, serão considerados como margem de segurança adicional.
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b. Plano de manutenção

Deve ser implementado um plano de inspeção e manutenção de acordo com especificações do


fabricante ou da área de manutenção da CSN Mineração para assegurar a integridade dos
equipamentos e acessórios e mantidos os respectivos registros.

Todos os equipamentos de içamento e movimentação de carga devem ser submetidos


anualmente, a inspeções de segurança por empresas especializadas ou profissional qualificado,
com emissão de laudo técnico assinado por profissional legalmente habilitado.

A indicação da realização das inspeções dos acessórios deve ser de fácil visualização.

Os acessórios e equipamentos de içamento devem ser inspecionados periodicamente de acordo


com especificação da área de engenharia da CSN (procedimento específico) ou do fabricante
para a verificação da integridade e estarem inseridos em uma sistemática de manutenção (SAP).

Os acessórios (estropos, manilhas, anéis, ganchos, correntes, cintas, gabaritos e garras) dos
equipamentos de movimentação de carga que apresentarem não conformidade deverão ser
inutilizados definitivamente e descartados adequadamente pela área.

Quando não estiverem em uso, as lingas e cintas devem ser mantidas em local: limpo, seco, bem
ventilado, à temperatura ambiente e mantidas em suportes adequados ou prateleiras. Não devem
ser deixadas no chão, onde podem ser danificadas.

As causas de falhas (anormalidades) que possam comprometer a saúde e segurança das


pessoas devem ser formalmente analisadas e tratadas.

Todos os equipamentos de movimentação de carga devem ser testados ao retornarem da


manutenção e serem formalmente liberados antes de serem disponibilizados para uso pela área
responsável. Estes testes devem incluir a verificação da atuação dos dispositivos de segurança
com os respectivos registros.

Os reparos por comprometimento estrutural ou alteração de uma proteção de equipamento de


guindar devem ser aprovados através de laudo técnico do fabricante do equipamento ou de
profissional legalmente habilitado.

Não é permitida a execução de alterações ou modificações que descaracterizem as condições


originais dos equipamentos de guindar ou dos acessórios, exceto mediante laudo técnico do
fabricante do equipamento ou de profissional legalmente habilitado.

c. Critérios de descarte de cabos de aço

Arames rompidos
Após a inspeção completa, recomenda-se substituir o laço em serviço quando forem detectados:
 10 (dez) arames rompidos, distribuídos aleatoriamente em qualquer comprimento de seis
vezes o diâmetro do cabo;
 05 (cinco) arames rompidos em uma mesma perna em qualquer comprimento de seis
vezes o diâmetro do cabo;
 Mais de 01 (um) arame rompido no interior do cabo, em qualquer comprimento de seis
vezes o diâmetro do cabo.
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Rupturas localizadas
Os laços devem ser descartados quando:
 Houver 03 (três) ou mais arames rompidos agrupados proximamente;
 Houver arames rompidos na base da presilha ultrapassando o estabelecido a seguir:
1) Construção 6x25 Filler – 01 arame
2) Construção 6x41 Warrington-Seale - 02 arames

Redução no diâmetro do cabo


O laço deve ser substituído quando ocorrer uma redução igual ou maior que 10% no valor de seu
diâmetro nominal.

Corrosão
A corrosão pode ocorrer quando o laço for armazenado inadequadamente ou usado em
condições especialmente corrosivas. O efeito da corrosão é identificado facilmente com a perda
da flexibilidade e o aumento da rugosidade. Embora uma leve corrosão superficial não afete a
capacidade de carga da linga, ela pode ser uma indicação de corrosão interna de efeitos
imprevisíveis.

Deformação do cabo
A linga deve ser descartada quando ocorrer dobra, amassamento e colapso da alma. Entretanto,
em certas circunstâncias, deformações permanentes podem ocorrer sem necessariamente afetar
a resistência da linga. Esta análise deverá ser feita por uma pessoa qualificada.

Danos por calor


Quando exposto à temperatura excessiva durante muito tempo, a linga pode ter a sua
capacidade de carga significativamente reduzida.
Evidências de sobreaquecimento podem ser a descoloração dos arames, perda de lubrificação
ou vestígio de arco elétrico. Quando estas condições forem identificadas, a linga deve ser retirada
de serviço e submetida à inspeção completa.

d. Critérios de descarte de acessórios, presilhas e trançados.

Na inspeção dos acessórios, presilhas e trançados, deve-se observar o seguinte:


 Evidências de abertura, distorção ou trincas do gancho;
 Distorção e desgaste do anel de carga ou fechamento dos sapatilhos;
 Trincas na presilha;
 Abrasão ou amassamento severo da presilha ou do trançado;
 Presilha ou trançado se soltando;
 Rompimento da base do olhal devido ao uso de pino de diâmetro excessivo ou certos tipos
de sapatilho;
 Arames partidos na superfície externa do olhal, causados, por exemplo, pelo uso de pino
de pequeno diâmetro e olhal sem sapatilho;
 Efeito de fricção na superfície de contato do olhal sem sapatilho.
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e. Critérios de descarte de cintas de poliéster

Gasta por abrasão


Quando o dano ultrapassa 10% da largura da cinta

Cortes no sentido longitudinal ou transversal.


Quando o corte ultrapassa 10% da largura da cinta

Ataque químico
Evidenciado por “descamação” da superfície, que pode se apresentar solta ou desgastada.

Dano por aquecimento ou fricção


Quando as fibras assumem aparência “lisa e brilhante” e, em casos extremos, pode ocorrer
“fusão” das fibras.
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f. Critérios de descarte de lingas de correntes

 Existência de trincas detectáveis através de aparelhos de partículas magnéticas;


 Deformação por dobra ou torção, amassamento, entalhamento, trinca ou alongamento no
comprimento externo maior que 3%, o que corresponde a um alongamento no passo
interno maior que 5%;
 Abertura do gancho em mais de 10%;
 Quando o diâmetro médio (dm) em qualquer ponto tenha sofrido redução igual ou superior
a 10% do diâmetro nominal. Ver figura abaixo:
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ANEXO
Planilha de meio ambiente (aspectos e impactos) e segurança (perigo e prevenção).

MEIO AMBIENTE
ASPECTOS IMPACTOS
Consumo de energia Redução da disponibilidade de recurso
natural
Geração de resíduos não perigosos Alteração da qualidade do solo
OBSERVAÇÕES
Todas as atividades devem ser desenvolvidas atendendo aos requisitos dos
procedimentos PO000053 – Gerenciamento de Resíduos.

SEGURANÇA
ATIVIDADE PERIGO PREVENÇÃO
NA NA NA

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO OBRIGATÓRIO PARA A ATIVIDADE


INDIVIDUAL COLETIVO
NA NA
OBSERVAÇÕES

MOTIVO DA REVISÃO
Este procedimento substitui a revisão 01 do RCM 04 Movimentação de Carga e o POS00021
Içamento e Movimentação de Carga.

ELABORADORES
Cristiano Almeida Sampaio - CS79205
Ana Paula Vieira Dias – NM02104
Ronaldo Rodrigues Oliveira – CS53198
Aysser Saliba Monteiro Laizo - CS65990
Gilson Gandra de Carvalho - CS87838
Daniel Oliveira de Matos - CS77916

REVISORES:
Eraldo Soares Vilas Boas – MI03006
Daniel Oliveira de Matos - CS77916
Reuber Marcos Resende – MI03017
Jayme Carlos Magno Raies – MI02988
Carlos Henrique Tavares Ribeiro – MI02989
Geraldo Afonso de Paulo – MI02498
Derival Giestas Soares Filho – MI02572
Andrey Guedes Chagas – MI04797
Ademir Ferreira Nunes Junior – MI02358

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