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40 ISSN 1677-7042 1 Nº 213, segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Considerando a Política Nacional de Humanização - Hu- de Serviço de Atendimento Diagnóstico e Terapêutico (SADT), po-
Ministério da Saúde maniza-SUS; dendo contar com serviço de Urgência/Emergência, Unidade de Te-
.
Considerando a Portaria n° 1.097/GM/MS, de 22 de maio de rapia Intensiva, hospital-dia, serviço ambulatorial e outros;
2006, que define o processo da Programação Pactuada e Integrada da II - Hospital Especializado: destinado à prestação de as-
GABINETE DO MINISTRO Assistência à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS; sistência à saúde na modalidade de internação em uma ou mais
Considerando a necessidade de reorganizar e qualificar a especialidades, excetuando-se clínica médica e cirurgia geral, dis-
CONSULTA PÚBLICA Nº 19, atenção hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, pondo de Serviço de Atendimento Diagnóstico e Terapêutico
DE 1º DE NOVEMBRO DE 2012 resolve: (SADT), podendo contar com serviço de Urgência/Emergência, Uni-
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Atenção Hos- dade de Terapia Intensiva, hospital-dia, serviço ambulatorial e ou-
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, torna pública, nos pitalar - PNHOSP no âmbito do SUS, estabelecendo as diretrizes e tros;
termos do artigo 34, inciso II, c/c 59 do Decreto nº 4.176, de 28 de normas para a reorganização da Atenção e Gestão Hospitalar. § 1º Hospital-dia: estabelecimento autônomo ou um serviço
março de 2002, minuta de Portaria que aprova a Política Nacional de Parágrafo único. A PNHOSP tem como finalidade promover inserido em um hospital geral ou especializado, com limite mínimo
Atenção Hospitalar. o desenvolvimento sistemático das estratégias de aprimoramento dos de 05 (cinco) leitos, destinado ao atendimento de curta duração, de
O texto em apreço encontra-se disponível, também, no en- processos assistenciais e gerenciais na atenção hospitalar, mediante caráter intermediário entre a atenção ambulatorial e a internação, para
dereço http://www.saude.gov.br/consultapublica. A relevância da ma- um planejamento cooperativo e solidário entre as esferas governa- realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e te-
téria recomenda a sua ampla divulgação a fim de que todos possam mentais, visando à construção de soluções integradas. rapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na unidade por
contribuir para o seu aperfeiçoamento. CAPÍTULO I um período inferior a 24 horas.
Eventuais sugestões poderão ser encaminhadas ao Ministério DOS OBJETIVOS § 2º O hospital especializado em psiquiatria pode ser acio-
da Saúde no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data de pu- Art. 2º A PNHOSP tem como objetivo geral estabelecer as nado para o cuidado das pessoas com sofrimento mental nas regiões
blicação desta Consulta Pública, exclusivamente para o endereço ele- diretrizes para a reorganização da Atenção Hospitalar no SUS visando de saúde enquanto o processo de implantação e expansão da Rede de
trônico cghosp@saude.gov.br, com especificação do número desta fortalecer as práticas assistenciais e gerenciais estratégicas, uso ra- Atenção Psicossocial ainda não se apresente suficiente, devendo ser
Consulta Pública e do nome "PNHOSP" no título da mensagem. cional de recursos, incorporação de tecnologias em saúde e qua- priorizada a expansão e qualificação dos demais pontos de atenção da
As contribuições deverão ser fundamentadas, inclusive com lificação dos processos de trabalho, proporcionando cuidado integral RAPS para dar continuidade ao processo de substituição dos leitos
material científico que dê suporte às proposições. Deve ocorrer, quan- em saude com resolutividade, atuação em rede, participação social e em hospitais psiquiátricos.
do possível, o envio da documentação de referência científica e, transparência. Art. 7º Os hospitais no SUS são classificados de acordo com
quando não for possível, o envio do endereço eletrônico da citada Art. 3º São objetivos específicos da PNHOSP: sua esfera administrativa em:
referência científica para verificação na internet. I - Reformular o atual modelo de gestão e atenção hospitalar I - Hospital Público:
O Departamento de Atenção Especializada (DAE/SAS/MS) no SUS; - Federal: hospital de propriedade federal, que pode ser ad-
coordenará a avaliação das proposições apresentadas e a elaboração II - Definir e classificar os estabelecimentos hospitalares; ministrado de forma direta ou por terceiros, sob gestão estadual ou
da versão final consolidada da política Nacional de Atenção Hos- III - Estabelecer os mecanismos de articulação entre os hos- municipal.
pitalar para fins de posterior aprovação e publicação, com vigência pitais e os demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde - - Estadual: hospital de propriedade estadual, que pode ser
em todo o território nacional. RAS; administrado de forma direta ou por terceiros, sob gestão estadual ou
IV - Estabelecer as competências de cada esfera de gestão no municipal.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA processo de reorganização, execução e acompanhamento da PNHOSP - Municipal: hospital de propriedade municipal, que pode ser
no SUS. administrado de forma direta ou por terceiros, sob gestão estadual ou
ANEXO CAPÍTULO II municipal.
DA ORGANIZAÇÃO DO HOSPITAL NA REDE DE II - Hospital Privado:
PORTARIA Nº XXXX, DE XX DE XXXXXXX DE 2012 ATENÇÃO À SAÚDE a)sem fins lucrativos: hospital constituído como pessoa ju-
Seção I rídica de direito privado, reconhecido como entidade beneficente,
Institui a Política Nacional de Atenção Das Diretrizes com a finalidade de prestação de serviços na área de saúde, sob
Hospitalar,estabelecendo as diretrizes e Art. 4º São diretrizes da PNHOSP: gestão municipal ou estadual, podendo ser certificado como Entidade
normas para a organização do modelo da I - Garantia da universalidade, equidade e integralidade na Beneficente de Assistência Social na Área da Saúde - CEBAS.
Atenção Hospitalar no Sistema Único de atenção hospitalar no SUS; b)com fins lucrativos: hospital de direito privado, organizado
Saúde (SUS). II - Regionalização da atenção hospitalar com abrangência como empresa privada com fins lucrativos, sob gestão municipal ou
territorial e populacional; estadual.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atri- III - Longitudinalidade do cuidado por meio da articulação Parágrafo único. Certificado de Entidade Beneficente de As-
buições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. do hospital com os demais pontos de atenção, promovendo ações sistência Social - CEBAS é um certificado, emitido pela esfera de
87 da Constituição, e coordenadas e contínuas; governo federal para o reconhecimento de entidades privadas sem fins
Considerando o disposto nos artigos de 196 a 200 da Cons- IV - Acesso regulado de acordo com o estabelecido na Po- lucrativos como beneficente de assistência social que atuem na área
tituição de 1988, que estabelece as ações, serviços assistenciais e lítica Nacional de Regulação do SUS; de assistência social e/ou saúde e/ou educação, que atenderem ao
atribuições da saúde que integram uma rede regionalizada e hie- V - Modelo de atenção centrado no usuário; disposto da Lei 12.101 de 27 de novembro de 2009 e regulamen-
rarquizada que constituem o Sistema Único de Saúde - SUS; VI - Atenção multiprofissional e interdisciplinar; tações posteriores.
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, VII - Atenção humanizada em consonância com a Política Art. 8º Os hospitais públicos ou privados sem fins lucrativos,
que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu- Nacional de Humanização; independente do perfil assistencial, poderão ser certificados como
peração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços VIII - Garantia de acessibilidade; Hospital de Ensino.
correspondentes; IX - Acolhimento com classificação de risco e atendimento a Parágrafo único. São Hospitais de Ensino - HE aqueles que
Considerando o disposto na Lei nº 8142 de 28 de dezembro vulnerabilidades especificas; pertencem ou são conveniados a uma Instituição de Ensino Superior
de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do X - Integração dos processos de gestão, assistência, ensino e - IES, pública ou privada, servindo de campo para a prática de
Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergo- pesquisa; atividades curriculares na área da saúde e que forem certificados
vernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras XI - Transparência e eficiência na aplicação de recursos; conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde e Ministério da Edu-
providências; XII - Gestão participativa e democrática; cação.
Considerando o Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, XIII - Monitoramento e avaliação de desempenho das ações Subseção I
que Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para gerenciais e assistenciais; Dos Leitos Hospitalares
dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o XIV - Participação e controle social no processo de pla- Art. 9º Os leitos hospitalares são classificados da seguinte
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação in- nejamento e avaliação; forma:
terfederativa, e dá outras providências; XV - Participação do hospital no planejamento e efetivação I - Leito de internação: destinado às internações por um
Considerando a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de de- de projetos estratégicos relacionados às situações coletivas de perigo período igual ou superior a 24 horas, nas seguintes tipologias:
zembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede iminente, desastres, calamidades públicas e catástrofes, assim como a.Clínico: destinado aos usuários em internação hospitalar,
de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde; de projetos relevantes para implementação e consolidação das redes que necessitem de atenção multiprofissional compreendendo as se-
Considerando a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de de atenção a saúde do SUS ; guintes áreas: infectologia, cardiologia, clínica geral, dermatologia,
2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a XVI - Intersetorialidade. geriatria, hansenologia, hematologia, neurologia, nefrologia, nefrou-
Rede Cegonha; Seção II rologia, oncologia, pneumologia, ginecologia e leitos de unidade de
Considerando a Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de Das Definições e Classificações acidente vascular cerebral.
2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e Art. 5º Os hospitais são instituições complexas, com alta b.Cirúrgico: destinado aos usuários pré e pós-cirúrgicos com-
institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde densidade tecnológica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, preendendo as seguintes áreas: buco maxilo facial, cardiologia, ci-
- SUS; vinculados a uma população de referência com base territorial, res- rurgia geral, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, nefrolo-
Considerando a Portaria nº 1.970/GM/MS, de 16 de agosto ponsáveis pela assistência aos usuários de perfil agudo ou crônico, gia/urologia, neurocirurgia, oftalmologia, oncologia, ortopedia/trau-
de 2011, que dispõe sobre o processo de Certificação das Entidades que apresentem potencial de instabilização e de complicações de seu martologia, otorrinolaringologia, plástica, cirurgia torácica, vascular e
Beneficentes de Assistência Social na área da Saúde (CEBAS-SAÚ- estado de saúde, exigindo assistência contínua em regime de in- transplante.
DE); ternação, por meio de ações que abrangem a promoção da saúde, a c.Pediátrico: destinado aos usuários menores de 18 anos de
Considerando a Portaria nº 2.029/GM/MS, de 24 de agosto prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. idade para internação clínica, pré e pós-cirúrgica, compreendendo as
de 2011, que institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema § 1º Os hospitais prestam atendimento ininterrupto, 24 (vinte seguintes áreas: clínico, cirúrgico e neonatologia.
Único de Saúde - SUS; e quatro) horas por dia, todos os dias da semana, por demanda d.Obstétrico: destinado as usuárias em situação de pré ou pós
Considerando a Portaria nº 2.395, de 11 de outubro de 2011, referenciada e/ou espontânea. parto clínico ou cirúrgico.
que organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Ur- § 2º Os hospitais devem ter densidade tecnológica, estrutura e.Leito de hospital-dia: destinado ao atendimento clínico,
gências no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS; física, processos organizativos e profissionais adequados ao seu perfil cirúrgico, diagnóstico ou terapêutico de curta duração por um período
Considerando a Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de assistencial e contar com, no mínimo, 50 (cinqüenta) leitos. inferior a 24 (vinte quatro) horas.
2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para atenção às § 3º Excepcionalmente, os hospitais especializados em pe- f.Leito de UTI: destinado aos usuários em situação clínica
pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades diatria e cuidados prolongados e as maternidades podem contar com grave ou de risco, clínico ou cirúrgico, necessitando de cuidados
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do um quantitativo mínimo de 40 (quarenta) leitos. intensivos, assistência médica, de enfermagem e fisioterapia, inin-
Sistema Único de Saúde; § 4º Os Hospitais gerais ou especializados com, no mínimo, terruptas, monitorização contínua durante as 24 (vinte e quatro) horas
Considerando a Portaria nº 793 de 24 de abril de 2012 que 50 leitos e os Hospitais especializados em pediatria, cuidados pro- do dia, além de equipamentos e recursos humanos especializados,
institui a Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência no âmbito do longados e maternidades com, no mínimo, 40 leitos, deverão abranger podendo ser: adulto, pediátrico, neonatal, coronariano e unidades de
SUS; uma população de pelo menos 50.000 (cinquenta mil) habitantes. queimados.
Considerando a Portaria n° 841/GM/MS, de 2 de maio de Art. 6º Os hospitais são classificados de acordo com seu g.Leito de UCI: destinado ao usuário em situação clínica de
2012, que publica a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde perfil assistencial em: risco, que ainda requer atenção especial diferenciada da adotada na
(RENASES) no âmbito do Sistema Único de Saúde; I - Hospital Geral: destinado à prestação de assistência à unidade de internação clínica, necessitando de cuidados semi-inten-
Considerando a Portaria nº 1.559/GM/MS, de 1º de agosto saúde na modalidade de internação nas quatro clínicas básicas (clínica sivos, monitorização contínua durante as 24 (vinte e quatro) horas do
de 2008, que institui a Política Nacional de Regulação do Sistema médica, pediatria, ginecologia/obstetrícia e cirurgia geral), obriga- dia, além de equipamentos e recursos humanos especializados, po-
Único de Saúde - SUS; toriamente nas áreas de clínica médica e clínica cirúrgica, dispondo dendo ser: adulto, pediátrico ou neonatal.

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012012110500040 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
40 ISSN 1677-7042 1 Nº 213, segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Considerando a Política Nacional de Humanização - Hu- de Serviço de Atendimento Diagnóstico e Terapêutico (SADT), po-
Ministério da Saúde maniza-SUS; dendo contar com serviço de Urgência/Emergência, Unidade de Te-
.
Considerando a Portaria n° 1.097/GM/MS, de 22 de maio de rapia Intensiva, hospital-dia, serviço ambulatorial e outros;
2006, que define o processo da Programação Pactuada e Integrada da II - Hospital Especializado: destinado à prestação de as-
GABINETE DO MINISTRO Assistência à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS; sistência à saúde na modalidade de internação em uma ou mais
Considerando a necessidade de reorganizar e qualificar a especialidades, excetuando-se clínica médica e cirurgia geral, dis-
CONSULTA PÚBLICA Nº 19, atenção hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, pondo de Serviço de Atendimento Diagnóstico e Terapêutico
DE 1º DE NOVEMBRO DE 2012 resolve: (SADT), podendo contar com serviço de Urgência/Emergência, Uni-
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Atenção Hos- dade de Terapia Intensiva, hospital-dia, serviço ambulatorial e ou-
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, torna pública, nos pitalar - PNHOSP no âmbito do SUS, estabelecendo as diretrizes e tros;
termos do artigo 34, inciso II, c/c 59 do Decreto nº 4.176, de 28 de normas para a reorganização da Atenção e Gestão Hospitalar. § 1º Hospital-dia: estabelecimento autônomo ou um serviço
março de 2002, minuta de Portaria que aprova a Política Nacional de Parágrafo único. A PNHOSP tem como finalidade promover inserido em um hospital geral ou especializado, com limite mínimo
Atenção Hospitalar. o desenvolvimento sistemático das estratégias de aprimoramento dos de 05 (cinco) leitos, destinado ao atendimento de curta duração, de
O texto em apreço encontra-se disponível, também, no en- processos assistenciais e gerenciais na atenção hospitalar, mediante caráter intermediário entre a atenção ambulatorial e a internação, para
dereço http://www.saude.gov.br/consultapublica. A relevância da ma- um planejamento cooperativo e solidário entre as esferas governa- realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e te-
téria recomenda a sua ampla divulgação a fim de que todos possam mentais, visando à construção de soluções integradas. rapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na unidade por
contribuir para o seu aperfeiçoamento. CAPÍTULO I um período inferior a 24 horas.
Eventuais sugestões poderão ser encaminhadas ao Ministério DOS OBJETIVOS § 2º O hospital especializado em psiquiatria pode ser acio-
da Saúde no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data de pu- Art. 2º A PNHOSP tem como objetivo geral estabelecer as nado para o cuidado das pessoas com sofrimento mental nas regiões
blicação desta Consulta Pública, exclusivamente para o endereço ele- diretrizes para a reorganização da Atenção Hospitalar no SUS visando de saúde enquanto o processo de implantação e expansão da Rede de
trônico cghosp@saude.gov.br, com especificação do número desta fortalecer as práticas assistenciais e gerenciais estratégicas, uso ra- Atenção Psicossocial ainda não se apresente suficiente, devendo ser
Consulta Pública e do nome "PNHOSP" no título da mensagem. cional de recursos, incorporação de tecnologias em saúde e qua- priorizada a expansão e qualificação dos demais pontos de atenção da
As contribuições deverão ser fundamentadas, inclusive com lificação dos processos de trabalho, proporcionando cuidado integral RAPS para dar continuidade ao processo de substituição dos leitos
material científico que dê suporte às proposições. Deve ocorrer, quan- em saude com resolutividade, atuação em rede, participação social e em hospitais psiquiátricos.
do possível, o envio da documentação de referência científica e, transparência. Art. 7º Os hospitais no SUS são classificados de acordo com
quando não for possível, o envio do endereço eletrônico da citada Art. 3º São objetivos específicos da PNHOSP: sua esfera administrativa em:
referência científica para verificação na internet. I - Reformular o atual modelo de gestão e atenção hospitalar I - Hospital Público:
O Departamento de Atenção Especializada (DAE/SAS/MS) no SUS; - Federal: hospital de propriedade federal, que pode ser ad-
coordenará a avaliação das proposições apresentadas e a elaboração II - Definir e classificar os estabelecimentos hospitalares; ministrado de forma direta ou por terceiros, sob gestão estadual ou
da versão final consolidada da política Nacional de Atenção Hos- III - Estabelecer os mecanismos de articulação entre os hos- municipal.
pitalar para fins de posterior aprovação e publicação, com vigência pitais e os demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde - - Estadual: hospital de propriedade estadual, que pode ser
em todo o território nacional. RAS; administrado de forma direta ou por terceiros, sob gestão estadual ou
IV - Estabelecer as competências de cada esfera de gestão no municipal.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA processo de reorganização, execução e acompanhamento da PNHOSP - Municipal: hospital de propriedade municipal, que pode ser
no SUS. administrado de forma direta ou por terceiros, sob gestão estadual ou
ANEXO CAPÍTULO II municipal.
DA ORGANIZAÇÃO DO HOSPITAL NA REDE DE II - Hospital Privado:
PORTARIA Nº XXXX, DE XX DE XXXXXXX DE 2012 ATENÇÃO À SAÚDE a)sem fins lucrativos: hospital constituído como pessoa ju-
Seção I rídica de direito privado, reconhecido como entidade beneficente,
Institui a Política Nacional de Atenção Das Diretrizes com a finalidade de prestação de serviços na área de saúde, sob
Hospitalar,estabelecendo as diretrizes e Art. 4º São diretrizes da PNHOSP: gestão municipal ou estadual, podendo ser certificado como Entidade
normas para a organização do modelo da I - Garantia da universalidade, equidade e integralidade na Beneficente de Assistência Social na Área da Saúde - CEBAS.
Atenção Hospitalar no Sistema Único de atenção hospitalar no SUS; b)com fins lucrativos: hospital de direito privado, organizado
Saúde (SUS). II - Regionalização da atenção hospitalar com abrangência como empresa privada com fins lucrativos, sob gestão municipal ou
territorial e populacional; estadual.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atri- III - Longitudinalidade do cuidado por meio da articulação Parágrafo único. Certificado de Entidade Beneficente de As-
buições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. do hospital com os demais pontos de atenção, promovendo ações sistência Social - CEBAS é um certificado, emitido pela esfera de
87 da Constituição, e coordenadas e contínuas; governo federal para o reconhecimento de entidades privadas sem fins
Considerando o disposto nos artigos de 196 a 200 da Cons- IV - Acesso regulado de acordo com o estabelecido na Po- lucrativos como beneficente de assistência social que atuem na área
tituição de 1988, que estabelece as ações, serviços assistenciais e lítica Nacional de Regulação do SUS; de assistência social e/ou saúde e/ou educação, que atenderem ao
atribuições da saúde que integram uma rede regionalizada e hie- V - Modelo de atenção centrado no usuário; disposto da Lei 12.101 de 27 de novembro de 2009 e regulamen-
rarquizada que constituem o Sistema Único de Saúde - SUS; VI - Atenção multiprofissional e interdisciplinar; tações posteriores.
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, VII - Atenção humanizada em consonância com a Política Art. 8º Os hospitais públicos ou privados sem fins lucrativos,
que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu- Nacional de Humanização; independente do perfil assistencial, poderão ser certificados como
peração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços VIII - Garantia de acessibilidade; Hospital de Ensino.
correspondentes; IX - Acolhimento com classificação de risco e atendimento a Parágrafo único. São Hospitais de Ensino - HE aqueles que
Considerando o disposto na Lei nº 8142 de 28 de dezembro vulnerabilidades especificas; pertencem ou são conveniados a uma Instituição de Ensino Superior
de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do X - Integração dos processos de gestão, assistência, ensino e - IES, pública ou privada, servindo de campo para a prática de
Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergo- pesquisa; atividades curriculares na área da saúde e que forem certificados
vernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras XI - Transparência e eficiência na aplicação de recursos; conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde e Ministério da Edu-
providências; XII - Gestão participativa e democrática; cação.
Considerando o Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, XIII - Monitoramento e avaliação de desempenho das ações Subseção I
que Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para gerenciais e assistenciais; Dos Leitos Hospitalares
dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o XIV - Participação e controle social no processo de pla- Art. 9º Os leitos hospitalares são classificados da seguinte
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação in- nejamento e avaliação; forma:
terfederativa, e dá outras providências; XV - Participação do hospital no planejamento e efetivação I - Leito de internação: destinado às internações por um
Considerando a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de de- de projetos estratégicos relacionados às situações coletivas de perigo período igual ou superior a 24 horas, nas seguintes tipologias:
zembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede iminente, desastres, calamidades públicas e catástrofes, assim como a.Clínico: destinado aos usuários em internação hospitalar,
de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde; de projetos relevantes para implementação e consolidação das redes que necessitem de atenção multiprofissional compreendendo as se-
Considerando a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de de atenção a saúde do SUS ; guintes áreas: infectologia, cardiologia, clínica geral, dermatologia,
2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a XVI - Intersetorialidade. geriatria, hansenologia, hematologia, neurologia, nefrologia, nefrou-
Rede Cegonha; Seção II rologia, oncologia, pneumologia, ginecologia e leitos de unidade de
Considerando a Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de Das Definições e Classificações acidente vascular cerebral.
2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e Art. 5º Os hospitais são instituições complexas, com alta b.Cirúrgico: destinado aos usuários pré e pós-cirúrgicos com-
institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde densidade tecnológica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, preendendo as seguintes áreas: buco maxilo facial, cardiologia, ci-
- SUS; vinculados a uma população de referência com base territorial, res- rurgia geral, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, nefrolo-
Considerando a Portaria nº 1.970/GM/MS, de 16 de agosto ponsáveis pela assistência aos usuários de perfil agudo ou crônico, gia/urologia, neurocirurgia, oftalmologia, oncologia, ortopedia/trau-
de 2011, que dispõe sobre o processo de Certificação das Entidades que apresentem potencial de instabilização e de complicações de seu martologia, otorrinolaringologia, plástica, cirurgia torácica, vascular e
Beneficentes de Assistência Social na área da Saúde (CEBAS-SAÚ- estado de saúde, exigindo assistência contínua em regime de in- transplante.
DE); ternação, por meio de ações que abrangem a promoção da saúde, a c.Pediátrico: destinado aos usuários menores de 18 anos de
Considerando a Portaria nº 2.029/GM/MS, de 24 de agosto prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. idade para internação clínica, pré e pós-cirúrgica, compreendendo as
de 2011, que institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema § 1º Os hospitais prestam atendimento ininterrupto, 24 (vinte seguintes áreas: clínico, cirúrgico e neonatologia.
Único de Saúde - SUS; e quatro) horas por dia, todos os dias da semana, por demanda d.Obstétrico: destinado as usuárias em situação de pré ou pós
Considerando a Portaria nº 2.395, de 11 de outubro de 2011, referenciada e/ou espontânea. parto clínico ou cirúrgico.
que organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Ur- § 2º Os hospitais devem ter densidade tecnológica, estrutura e.Leito de hospital-dia: destinado ao atendimento clínico,
gências no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS; física, processos organizativos e profissionais adequados ao seu perfil cirúrgico, diagnóstico ou terapêutico de curta duração por um período
Considerando a Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de assistencial e contar com, no mínimo, 50 (cinqüenta) leitos. inferior a 24 (vinte quatro) horas.
2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para atenção às § 3º Excepcionalmente, os hospitais especializados em pe- f.Leito de UTI: destinado aos usuários em situação clínica
pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades diatria e cuidados prolongados e as maternidades podem contar com grave ou de risco, clínico ou cirúrgico, necessitando de cuidados
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do um quantitativo mínimo de 40 (quarenta) leitos. intensivos, assistência médica, de enfermagem e fisioterapia, inin-
Sistema Único de Saúde; § 4º Os Hospitais gerais ou especializados com, no mínimo, terruptas, monitorização contínua durante as 24 (vinte e quatro) horas
Considerando a Portaria nº 793 de 24 de abril de 2012 que 50 leitos e os Hospitais especializados em pediatria, cuidados pro- do dia, além de equipamentos e recursos humanos especializados,
institui a Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência no âmbito do longados e maternidades com, no mínimo, 40 leitos, deverão abranger podendo ser: adulto, pediátrico, neonatal, coronariano e unidades de
SUS; uma população de pelo menos 50.000 (cinquenta mil) habitantes. queimados.
Considerando a Portaria n° 841/GM/MS, de 2 de maio de Art. 6º Os hospitais são classificados de acordo com seu g.Leito de UCI: destinado ao usuário em situação clínica de
2012, que publica a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde perfil assistencial em: risco, que ainda requer atenção especial diferenciada da adotada na
(RENASES) no âmbito do Sistema Único de Saúde; I - Hospital Geral: destinado à prestação de assistência à unidade de internação clínica, necessitando de cuidados semi-inten-
Considerando a Portaria nº 1.559/GM/MS, de 1º de agosto saúde na modalidade de internação nas quatro clínicas básicas (clínica sivos, monitorização contínua durante as 24 (vinte e quatro) horas do
de 2008, que institui a Política Nacional de Regulação do Sistema médica, pediatria, ginecologia/obstetrícia e cirurgia geral), obriga- dia, além de equipamentos e recursos humanos especializados, po-
Único de Saúde - SUS; toriamente nas áreas de clínica médica e clínica cirúrgica, dispondo dendo ser: adulto, pediátrico ou neonatal.

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012012110500040 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
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h.Leitos de Cuidados Prolongados: destinados a usuários em Seção I XI.Garantia de padrões clínicos para melhor efetividade do
situação clínica estável, necessitando de reabilitação e/ou adaptação a Do Modelo de Gestão Hospitalar Participativa cuidado hospitalar, conforme o perfil de necessidades e vulnerabi-
sequelas decorrentes de um processo clínico, cirúrgico ou trauma- Art. 16. O modelo de gestão hospitalar no SUS deverá ser lidades dos usuários;
tológico. pautado na garantia do acesso e qualidade da assistência, eficiência e XII.Implantação de mecanismos de desospitalização, visando
i.Leitos de Psiquiatria: destinado aos usuários com sofri- transparência na aplicação dos recursos, planejamento participativo e alternativas às práticas hospitalares como as de cuidados domici-
mento mental, incluindo aqueles decorrentes do uso de álcool, crack democrático e no cumprimento de metas pactuadas para o alcance de liares;
e outras drogas instalado em Hospital Especializado em Psiquiatria. resultados e impacto nas necessidades de saúde dos usuários, me- XIII.Valorização e Incentivo à prática do autocuidado;
j.Leito de Saúde Mental em Hospital Geral: destinado ao diante: XIV.Consideração de fatores subjetivos e sociais na prática
cuidado dos usuários com sofrimento mental e com necessidades de I. Desenvolvimento de estratégias para transparência geren- clínica, dentre outros.
saúde decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas instalado cial e institucional; Art. 19. Os Hospitais que prestam serviço ao SUS deverão
em Hospital Geral. II. Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços organizar a atenção na perspectiva da clínica ampliada e gestão da
k.Isolamento: destinado ao usuário com suspeita ou portador hospitalares por meio de indicadores de desempenho que garantam a clínica, com vistas à qualificação dos processos assistenciais e ge-
de doenças transmissíveis, instalado em ambiente adequado ao iso- resolutividade da atenção; renciais.
III. Instituição de educação permanente em saúde de acordo Art. 20. A clínica ampliada é um dispositivo de atenção à
lamento por meio de barreiras que impeçam a contaminação, de com os princípios da integralidade e humanização do cuidado;
acordo com legislação vigente. saúde, centrado nas necessidades singulares de cada usuário e no seu
IV. Garantia do registro e atualização dos dados dos sistemas contexto, que incorpora e articula um diversificado conjunto de sa-
II - Leito de observação: de informação;
a.Urgência e Emergência: destinado à observação do usuário V. Utilização da Informação, no processo de planejamento e beres, responsabilidades e práticas para potencializar a capacidade de
em situação de urgência e emergência hospitalar, sob supervisão mé- gestão do hospital; atuação dos profissionais, assegurando maior envolvimento e reso-
dica e de enfermagem, para fins diagnósticos ou terapêuticos, por VI. Avaliação da satisfação dos usuários e trabalhadores no lutividade na abordagem dos problemas de saúde por meio da im-
período inferior a 24 horas. âmbito do hospital; plantação das equipes de referência, construção de vínculo e ela-
b.Pós-anestésico: destinado a observação de usuários no pós VII. Racionalização e modernização dos processos gerenciais boração de projetos terapêuticos compartilhados com os usuários bus-
anestésico imediato, aguardando liberação para o leito cirúrgico, clí- para definição de necessidades e aquisição dos equipamentos e in- cando ampliar os recursos de intervenção sobre o processo saú-
nico, pediátrico, obstétrico, de UTI ou alta hospitalar. sumos hospitalares; de/doença.
Parágrafo único. Os leitos hospitalares nas suas diversas ti- VIII. Garantia da padronização de medicamentos, de acordo Art. 21. A gestão da clínica é uma tecnologia de articulação
pologias e especialidades deverão seguir as Portarias específicas que com a Relação Nacional de Medicamentos - RENAME, como parte das práticas assistenciais e gerenciais desenvolvida a partir do re-
normatizam sua organização e funcionamento. do plano de aplicação medicamentosa institucional; conhecimento das necessidades de saúde dos usuários, promovendo a
Art. 10. Os estabelecimentos hospitalares deverão realizar IX. Estabelecimento de Plano Diretor do Hospital; construção de modelos institucionais com reformulação das práticas
censo hospitalar diário do número de leitos ocupados e vagos nas X. Garantia da manutenção preventiva e corretiva de equi- de saúde no âmbito da gestão e da assistência por meio da co-
unidades de internação e serviços, levando-se em consideração os pamentos; responsabilização das equipes, avaliação de indicadores de desem-
leitos bloqueados e os leitos extras. XI. Desenvolvimento de estratégias de avaliação e incor- penho, de processos e resultados, visando o aprimoramento da qua-
§ 1º Na realização do censo hospitalar, deverá ser conta- poração tecnológica; lidade assistencial.
bilizado o número de internações, altas, óbitos, transferências internas XII. Implementação de gestão de risco no ambiente hos- Subseção I
e externas, evasões e desistências de tratamento ocorridas nas 24 pitalar, por meio de projetos de gerenciamento de risco; Da Admissão Hospitalar
(vinte e quatro) horas relativas ao censo. XIII. Implementação de contratos internos de gestão como Art. 22. A admissão ao hospital deverá ser realizada de
§ 2º Deverá ser realizado censo dos leitos de observação, um dispositivo de diálogo e estabelecimento responsabilidades, trans- forma regulada pelo gestor local ou por demanda espontânea em caso
com fins de controle e gestão de leitos para agilização das altas e das formando as relações de trabalho, compartilhando e formando com- de Urgência e Emergência, respeitando-se critérios de classificação de
transferências dos usuários para as unidades de internação, levando-se promissos entre os profissionais e equipes para melhoria da aten- riscos e vulnerabilidades especificas.
ção; § 1º Independente da forma de admissão ao hospital, o usuá-
em consideração a superlotação das Unidades de Urgência e Emer- XIV. Implementação de gestão participativa visando à in-
gência e o prolongado período de permanência dos usuários, além das rio deverá receber um atendimento acolhedor e que respeite a sub-
tegração entre gestores das unidades de internação e equipes de re- jetividade e suas especificidades sócio-culturais.
24 (vinte e quatro horas). ferência para avaliação, elaboração de projetos e decisões estraté-
CAPÍTULO III § 2º A equipe de saúde deverá se responsabilizar integral-
gicas; mente pelo usuário a partir do momento de sua chegada, garantindo
DA INSERÇÃO DO HOSPITAL NA REDE DE ATENÇÃO XV. Prevenção e controle de riscos e danos para usuários e
À SAÚDE atenção resolutiva e articulada com os demais serviços internos do
trabalhadores da saúde; hospital e/ou outros Pontos de Atenção da RAS.
Art. 11 Rede de Atenção à Saúde - RAS são arranjos or- XVI. Integração da atenção, de gestão e de apoio técnico-
ganizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades § 3º As Portas Hospitalares de Urgência e Emergência de-
administrativo; verão implementar acolhimento e protocolo de classificação de risco
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, XVII. Implementação de ambiência hospitalar acolhedora,
logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado, garantindo acesso com equidade, transparência, compromisso, res-
com espaços que respeitem a subjetividade dos usuários e traba- ponsabilidade, ética e solidariedade, induzindo uma atenção à saúde
conforme definido na Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de lhadores da saúde.
Seção II com maior qualidade e efetividade, permitindo que o critério de
2010.
Do modelo de atenção hospitalar priorização da atenção seja o agravo à saúde e/ou o grau de so-
Parágrafo único. As RAS representam uma malha que in- frimento e não a ordem cronológica de chegada.
tegra os diversos pontos de atenção em determinado território, or- Art. 17. O modelo de atenção define a compreensão do
processo saúde e doença a partir do conhecimento das necessidades Subseção II
ganizando-os sistematicamente para que os diferentes níveis e den- Da Atenção à Saúde no Hospital
sidades tecnológicas estejam articulados e adequados para o aten- de saude da população, da forma como se organiza a oferta de
serviços, e suas formas de intervenção por meio dos modelos de Art. 23. A atenção ao paciente hospitalizado, em qualquer
dimento ao usuário. um dos serviços ou unidades de internação deverá ser pautada pela
Art. 12. A gestão e a atenção hospitalar no SUS deverão se práticas profissionais e institucionais estruturadas para o atendimento
de necessidades de saúde, individuais e coletivas, espcecíficas para garantia do acesso, desenvolvimento de cuidado multiprofissional
organizar a partir dos seguintes pressupostos: centrado no usuario, longitudinalidade e efetividade clinica, contri-
I - O hospital deve se organizar como um ponto de atenção um determinado contexto histórico e social.
§ 1° O modelo de Atenção Hospitalar no SUS deve garantir buindo para a autonomia e protagonismo do cidadão, da família e
das RAS, de forma regionalizada, articulada, integrada e regulada; comunidade utilizando dispositivos e tecnologias para maior qua-
II - A gestão hospitalar deverá ser participativa, transparente a atenção às condições agudas, crônicas e crônicas agudizadas e a
continuidade do cuidado em outros pontos de atenção da RAS, cen- lificação e resolutividade da atenção.
e democrática; Paragrafo único. As Equipes de Referência deverão ser a
trado em equipe multiprofissional, no acesso regulado, na horizon-
III - A Atenção Hospitalar deverá ser baseada nos pres- talização das equipes de referência e baseado na organização de estrutura nuclear dos serviços de saúde do hospital, formadas por
supostos da clínica ampliada e gestão da clínica. linhas de cuidado a partir das necessidades dos usuários. profissionais de diferentes áreas e saberes, essenciais para a abor-
Art. 13. Os hospitais que compõem o SUS são pontos de § 2° O sistema de saúde organizado por Linhas de Cuidado dagem assistencial e acompanhamento longitudinal de determinados
atenção estratégicos na RAS, oferecendo assistência de forma in- é a estratégia que viabiliza a integralidade da assistência, por meio de perfis de usuários e que irão compartilhar informações e decisões de
tegrada e articulada com os demais pontos de atenção, na perspectiva um conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao en- forma horizontal buscando atingir objetivos comuns, estabelecendo-se
da integralidade da assistência, continuidade do cuidado e univer- frentamento de riscos, agravos ou demais condições específicas do como referência para os usuários e familiares, apoiadas no vínculo
salidade do acesso, organizados conforme as necessidades locais e ciclo de vida ou outro critério sanitário, a serem ofertados de forma terapêutico, interdisciplinaridade e gestão colegiada.
regionais, de forma racional, harmônica, sistêmica e regulada. oportuna, articulada e contínua, abrangendo os campos da promoção, Art. 24. As equipes multidisciplinares deverão elaborar, de
§ 1° O hospital deve estar articulado com a Atenção Básica prevenção, tratamento e reabilitação. forma negociada, Plano Terapêutico, especialmente, quando se tratar
de Saúde, que tem a função de coordenadora do cuidado e ordenadora § 3° A horizontalização do cuidado é a forma de organização de um usuário com quadro clínico complexo ou de alta vulnera-
da Rede de Atenção à Saúde, com a demanda organizada por meio de do trabalho em saúde, na qual existe uma equipe multiproffissional de bilidade, devendo ser o resultado da discussão de caso em equipe,
fluxos regulados definidos pelos gestores. referência que atua diariamente no serviço, em contraposição à forma com o objetivo de reavaliar diagnósticos e riscos de forma conjunta,
§ 2° Os Hospitais devem funcionar como retaguarda para os de organização do trabalho em que os profissionais têm uma carga redefinindo as linhas de intervenção terapêutica, tarefas e encargos
demais pontos de atenção da RAS, atendendo à demandas de urgência horária distribuída por plantão. dos especialistas envolvidos no cuidado.
e emergência ou eletivas. Art. 18. O modelo de atenção hospitalar deve contemplar Art. 25. As equipes dos serviços hospitalares deverão atuar
§ 3° Os hospitais que contarem com serviços de Urgência e uma diversidade de dispositivos de cuidado e de gestão visando o por meio de apoio matricial, com interconexão entre as diversas
Emergência, caracterizados como Portas de Entrada Hospitalares de aprimoramento da qualidade em saude, tais como: equipes dos serviços, propiciando retaguarda e suporte nas respectivas
Urgência e Emergência podem atender à demanda regulada e/ou es- I.Garantia da implantação das diretrizes clínicas para maior especialidades para as equipes de referência, visando atenção integral
pontânea. efetividade do cuidado hospitalar; ao usuário.
Art. 14. As responsabilidades, a configuração da missão e do II.Gerenciamento clínico dos casos como tecnologia de ges- Parágrafo único. Apoio matricial se configura como um su-
perfil assistencial dos hospitais serão definidos conforme as neces- tão do hospital de maneira articulada com os demais pontos da rede
para prevenção, controle de riscos e complicações; porte técnico especializado que é ofertado a uma equipe interdis-
sidades locais e regionais de saúde estabelecidas nos planos de saúde ciplinar de saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar
municipais e estaduais e nos Planos de Ação Regional - PAR das III.Realização de auditoria clínica no processo assistencial
hospitalar; suas ações, invertendo a lógica da fragmentação dos saberes.
Redes Temáticas. Art. 26. As equipes multiprofissionais do hospital deverão
IV.Gerenciamento dos leitos para integração da prática clí-
Parágrafo único. Os hospitais no SUS constituem-se também nica no processo de internação e de alta; compartilhar o Prontuário Unificado, que é o conjunto dos docu-
como espaço de educação, formação de recursos humanos, pesquisa e V.Definição dos fluxos hospitalares em articulação com as mentos em saúde padronizados e ordenados, destinados ao registro
avaliação de tecnologias em saúde para a RAS. redes locais e regionais de saúde; dos cuidados que foram prestados aos usuários por todos os pro-
CAPÍTULO IV VI.Efetivação da horizontalização do cuidado multiprofis- fissionais de saúde da equipe.
MODELOS DE GESTÃO E ATENÇÃO HOSPITALAR sional, assegurando o vínculo da equipe com o usuário e familiares; Art. 27. Cabe ao hospital identificar e divulgar os profis-
Art. 15. A atenção e a gestão hospitalar deverão ser im- VII.Acolhimento com classificação de risco e atendimento à sionais que são responsáveis pelo cuidado do usuário, nas unidades de
plementadas para promover a integração entre a gestão participativa e vulnerabilidades especificas; internação, nos Prontos Socorros, nos ambulatórios de especialidades
o cuidado, centradas no modelo das necessidades do usuário, no auto- VIII.Garantia de visita aberta, da presença do acompanhante e nos demais serviços.
cuidado e resgate da autonomia do sujeito, com a utilização de ar- e de sua família; Art. 28. As visitas hospitalares deverão ser abertas e or-
ranjos que possibilitem a cogestão da equipe, vinculação e respon- IX.Garantia do direito de brincar para toda criança inter- ganizadas de forma a garantir a ampliação do acesso dos visitantes ao
sabilização com os problemas do usuário, socialização de conhe- nada; Pronto Socorro e às unidades de internação, assegurando o elo entre
cimentos, articulação com outros pontos de atencao das RAS na X.Garantia de alta responsável do ambiente hospitalar em o usuário, familiares e rede social de apoio e a equipe de refe-
perspectiva da integralidade do cuidado. articulação com os demais pontos de atenção da RAS; rência.

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Art. 29. O hospital adotará as Diretrizes Clínicas e Pro- Art. 37. A regulação de acesso à atenção hospitalar será XI.Estabelecer de forma pactuada tripartite, mecanismos de
tocolos Assistenciais para garantir intervenções seguras e resolutivas, realizada pelas centrais de regulação, que atuarão de forma integrada, controle, regulação, monitoramento e avaliação das ações realizadas
além de evitar intervenções desnecessárias, qualificando a assistência garantindo transparência e equidade no acesso, independente da es- no âmbito hospitalar, através de indicadores de desempenho, de pro-
prestada ao usuário sob sua responsabilidade. fera administrativa, da natureza jurídica ou da esfera de gestão do cessos e resultados;
Subseção III hospital. XII.Estabelecer a contratualização das instituições hospita-
Gestão e Formação dos Processos de Trabalho no Hospital Parágrafo único. A internação hospitalar deverá ser realizada lares sob sua gerência e realizar o monitoramento e avalição das
Art. 30. As equipes multiprofissionais deverão participar de por meio de regulação e pela definição de protocolos assistenciais e metas pactuadas no contrato, convênio ou congênere;
Programas de Educação Permanente em saúde, que poderão ser rea- de acesso, preferencialmente por meio de central de regulação uni- XIII.Organizar, executar e gerenciar os serviços de atenção
lizados pelo hospital em parceria com os gestores, instituições de ficada e regionalizada. hospitalar sob sua gerência no seu território;
ensino e outras organizações com esta finalidade, a partir das ne- Art. 38. O gestor municipal ou estadual deverá organizar a XIV.Prestar assessoria técnica aos estados, Distrito Federal e
cessidades de formação de cada categoria profissional. regulação da atenção hospitalar em seu território de acordo com a municípios no processo de qualificação da atenção e gestão hos-
Parágrafo único. O programa de educação permanente em missão de cada hospital estabelecida no instrumento contratual, con- pitalar;
saúde oferecido aos profissionais de saúde das equipes dos hospitais forme pactuações locais e regionais e a Política Nacional de Re- XV.Prestar assessoria técnica aos hospitais no processo de
deverá ser baseado no aprendizado em serviço, no qual o aprender e gulação estabelecida pelo Ministério da Saúde. qualificação da atenção e gestão hospitalar;
ensinar se incorporam ao cotidiano dos hospitais e das equipes. CAPÍTULO IV XVI.Viabilizar parcerias com organismos internacionais e o
Art. 31. Os hospitais deverão contar com serviço de Ou- DA CONTRATUALIZAÇÃO HOSPITALAR setor privado para o fortalecimento da Atenção Hospitalar no SUS.
vidoria e/ou realizar pesquisa de satisfação junto aos usuários e tra- Art. 39. Os gestores de saúde deverão formalizar a relação § 2° Compete às Secretarias Estaduais e do Distrito Fe-
balhadores com o objetivo de avaliar a qualidade da assistência e com o conjunto dos hospitais que prestam serviços ao SUS por meio deral:
resolutividade do serviço. de instrumento de contrato, convênio ou congênere, independente de I.Coordenar, no âmbito estadual ou distrital, a implantação, o
Art. 32. Os estabelecimentos hospitalares deverão adotar um sua natureza jurídica, esfera administrativa e de gestão. monitoramento e a avaliação da Política Nacional de Atenção Hos-
modelo de gestão participativa e democrática, garantindo a parti- Parágrafo único. Contratualização é o processo pelo qual as pitalar de forma pactuada com a Comissão Intergestores Bipartite -
cipação dos membros ou representantes das equipes, com as seguintes partes, o gestor municipal ou estadual do SUS e o representante legal CIB e Comissões Intergestores Regionais - CIR;
finalidades: do hospital, estabelecem metas quantitativas e qualitativas que visem II.Estabelecer, no Plano de Saúde Estadual e do Distrito
I - Elaborar o Plano Diretor de Gestão ou Plano de Ação o aprimoramento do processo de atenção à saúde e de gestão hos- Federal, metas e prioridades para a organização da atenção hospitalar
Gerencial da Instituição; pitalar, vinculadas aos recursos financeiros, possibilitando um pro- no seu território;
II - Democratizar a Gestão; III.Estabelecer, de forma pactuada com os municípios, o de-
III - Acompanhar e monitorar a execução do Plano. cesso organizativo e sistêmico de acompanhamento e avaliação dos senho da rede de atenção à saúde, definindo os pontos de atenção
Art. 33. Os estabelecimentos hospitalares que contarem com indicadores com suas respectivas metas. hospitalar e suas atribuições;
Porta de Entrada Hospitalar de Urgência e Emergência deverão cons- Art. 40. O processo de contratualização tem por finalidade IV.Co-financiar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
tituir Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar - NAQH com a acompanhar a resolutividade do cuidado hospitalar de maneira trans- V.Ser co-responsável, junto ao Ministério da Saúde, pelo
finalidade de garantir a qualidade da gestão do serviço de urgência e parente e de forma articulada com os outros pontos de atenção da monitoramento da utilização dos recursos destinados à atenção hos-
emergência e dos leitos de retaguarda às urgências, composto por, no RAS, de acordo com as seguintes diretrizes: pitalar no seu território de atuação;
mínimo, os seguintes membros: I.Formalização, garantindo respaldo legal na relação entre VI.Estabelecer em conjunto com os municípios a Progra-
I - Coordenador da Urgência/Emergência do hospital; gestores e prestadores hospitalares de serviços de atenção à saúde; mação Pactuada Integrada - PPI e o Plano de Ação Regional - PAR
II - Coordenador da UTI; II.Vinculação de recursos financeiros ao estabelecimento de das Redes Temáticas em seu território, a partir das necessidades de
III - Coordenador das Unidades de internação; metas quantitativas e qualitativas; saúde da população;
IV - Coordenador da central de internação do hospital; e III.Aprimoramento do processo de atenção à saúde e de VII.Estabelecer a contratualização das instituições hospita-
V - Representante do gestor local. gestão hospitalar; lares sob sua gestão e realizar o monitoramento e avalição das metas
Parágrafo único. As diretrizes do NAQH estão dispostas na IV.Estabelecimento de um processo organizativo e sistêmico pactuadas no contrato, convênio ou congênere;
Portaria GM nº 2.395 de 11 de outubro de 2011. de acompanhamento, avaliação, controle e regulação; VIII.Organizar, executar e/ou gerenciar os serviços de aten-
Subseção IV V.Programação Orçamentária e Financeira; ção hospitalar sob sua gestão no seu território;
Da Alta Hospitalar Responsável VI.Adequação dos serviços conforme a demanda e neces- IX.Contribuir para a reorganização do modelo de atenção
Art. 34. A alta hospitalar é a transferência e a continuidade sidades do gestor local de saúde; hospitalar, centrado no usuário, com atuação multiprofissional e ar-
do cuidado entre o hospital e outro ponto de atenção na RAS, na qual VII.Transparência na relação com o gestor local do SUS; ticulado em redes;
o paciente, após período de internação, deverá ser encaminhado a VIII.Participação e controle social; X.Elaborar as prioridades e fomentar a realização de ensino
outro serviço, constando todas essas informações no Relatório de IX.Participação e comprometimento da equipe técnica do e pesquisa que fortaleçam a assistência hospitalar aos usuários do
Alta. hospital com as metas estabelecidas. SUS, em consonância com as realidades epidemiológicas e demo-
§ 1º A alta por desistência de tratamento é a saída do usuário Art. 41. A contratualização dos hospitais no SUS deverá ser gráficas em sua área de atuação;
do hospital motivada pela sua decisão ou de seu responsável em formalizada por um dos seguintes instrumentos: contrato, convênio, XI.Estabelecer de forma pactuada com municípios os me-
encerrar a assistência, comunicando o fato formalmente à equipe de protocolo de cooperação ente entes públicos, contrato de gestão, ter- canismos de controle, regulação, monitoramento e avaliação das
referência. mo de compromisso ou congênere. ações realizadas no âmbito hospitalar, por meio de indicadores de
§ 2º Em caso de alta hospitalar por evasão, quando a saída Parágrafo único. A contratualização deve abranger os eixos desempenho e qualidade;
do usuário do hospital ocorre sem a liberação da equipe, o hospital da gestão, assistência, avaliação, ensino e pesquisa. XII.Prestar assessoria técnica aos municípios e unidades hos-
tem a responsabilidade de comunicar o fato à família ou aos res- Art. 42. O gestor local deverá contratualizar os estabele- pitalares no processo de qualificação da atenção e gestão hospitalar
ponsáveis. cimentos hospitalares conforme o seguinte critério de priorização: no seu território;
§ 3º Em caso de alta por óbito, o hospital é responsável por I.Hospitais públicos (federais, estaduais ou municipais); XIII.Propor diretrizes estaduais de Educação Permanente e
comunicar o fato aos familiares ou responsáveis, além do médico de II.Hospitais de direito privado sem fins lucrativos, que pres- disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos em consonância
referência emitir a declaração de óbito de, de acordo com o Conselho tam 100% (cem por cento) dos seus serviços ao SUS; com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde;
Federal de Medicina e legislação vigente. III.Hospitais de direito privado sem fins lucrativos com Cer- XIV.Registrar e atualizar as informações relativas aos es-
Subseção V tificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de tabelecimentos hospitalares nos Sistemas Nacionais de Informação
Da Ambiência Saúde / CEBAS- SAÚDE; em Saúde.
Art. 35. A ambiência hospitalar consiste no tratamento dado IV.Hospitais de direito privado sem fins lucrativos sem CE- § 3º Compete às Secretarias Municipais e do Distrito Federal
ao espaço físico do hospital, entendido como espaço social, pro- BAS -SAÚDE; e de Saúde:
fissional e de relações interpessoais, proporcionando atenção à saúde V.Hospitais privados com fins lucrativos. I.Coordenar, no âmbito municipal e do Distrito Federal a
acolhedora, resolutiva e humana. CAPÍTULO V implantação, execução, monitoramento e avaliação da Política Na-
§ 1º O planejamento da ambiência hospitalar deverá adotar DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ESFERA DE cional de Atenção Hospitalar de acordo com o pactuado na Comissão
uma arquitetura inclusiva, técnica e criativa, voltada para as ne- GESTÃO Intergestores Bipartite - CIB e na Comissão Intergestores Regional-
cessidades do tipo do estabelecimento hospitalar, da equipe de tra- Art. 43. A União, Estados, Distrito Federal e Municípios, CIR;
balho e da população de usuários, a partir de quatro eixos: representados por suas instâncias gestoras do SUS são responsáveis II.Estabelecer, no Plano Municipal e Distrital de Saúde, as
I.Conforto, privacidade e individualidade para as equipes, pela organização e execução das ações da atenção hospitalar nos seus metas e prioridades para a organização da atenção hospitalar no seu
usuários e visitantes; respectivos territórios, de acordo com os princípios e diretrizes es- território;
II.Espaço que facilite o relacionamento entre os usuários, tabelecidos na Política Nacional de Atenção Hospitalar - PNHOSP. III.Estabelecer de forma pactuada com o estado o desenho da
visitantes e equipes; § 1º Compete ao Ministério da Saúde: RAS, definindo os pontos de atenção hospitalar e suas atribuições;
III.Espaço físico que facilite o processo de trabalho, favo- I.Definir, executar, monitorar e avaliar a Política Nacional de IV.Co-financiar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
recendo a integração e otimização de recursos, garantindo a segurança Atenção Hospitalar em consonância com os pressupostos do SUS: V.Estabelecer, em conjunto com os estados e outros mu-
e a qualidade; nicípios, a Programação Pactuada Integrada - PPI e o Plano de Ação
IV.Acessibilidade. universalidade, integralidade, equidade, controle social e descentra- Regional - PAR das Redes Temáticas a partir das necessidade da
§ 2º Acessibilidade hospitalar é a condição para utilização lização com direção única em cada esfera de governo de forma população;
com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mo- pactuada com a Comissão Intergestores Tripartite - CIT; VI.Organizar, executar e gerenciar os serviços de atenção
biliários e equipamentos do hospital por uma pessoa com de?ciência II.Estabelecer, no Plano Nacional de Saúde, metas e prio- hospitalar sob sua gestão;
ou com mobilidade reduzida. ridades para a organização da atenção hospitalar no seu território; VII.Estabelecer a contratualização das unidades hospitalares
§ 3º Todo o hospital que dispõe de serviço de pediatria III.Contribuir para a reorganização do modelo atenção e de sob sua gestão e realizar o monitoramento e avalição das metas
deverá contar em sua estrutura física com um espaço de brinque- gestão hospitalar; pactuadas no contrato, convênio ou congênere;
doteca, conforme estabelecido na Lei Federal nº 11.104 de 21 de IV.Definir, monitorar e avaliar a Política de Contratualização VIII.Contribuir para a reorganização do modelo atenção hos-
março de 2005. de Atenção Hospitalar; pitalar, centrado no usuário, com atuação multiprofissional e arti-
§ 4º A ambiência dos serviços hospitalares deverá seguir as V.Co-financiar a atenção hospitalar, de forma tripartite; culado em redes;
normas e exigências das legislações vigentes. VI.Ser co-responsável pelo monitoramento da utilização dos IX.Estabelecer mecanismos de controle, regulação, monito-
Seção III recursos destinados à atenção hospitalar transferidos aos estados, Dis- ramento e avaliação das ações realizadas no âmbito hospitalar em seu
Da Regulação trito Federal e municípios; território, através de indicadores de desempenho e qualidade;
Art. 36. A regulação propicia a ordenação do acesso aos VII.Estabelecer diretrizes nacionais para a educação perma- X.Prestar assessoria técnica às unidades hospitalares sob sua
serviços de assistência à saúde por meio da alocação adequada dos nente em saúde dos profissionais de saúde de forma pactuada tri- gestão no processo de qualificação da atenção e gestão hospitalar;
recursos, baseado pelo critério de necessidade, garantindo a equidade partite; XI.Elaborar as prioridades e fomentar a realização de ensino
no acesso e a integralidade da assistência. VIII.Estabelecer prioridades e fomentar a realização de pes- e pesquisa que fortaleçam a assistência hospitalar aos usuários do
Parágrafo único. Regulação de acesso à assistência ou re- quisas que fortaleçam a atenção hospitalar aos usuários do SUS, em SUS em consonância com as realidades epidemiológicas e demo-
gulação assistencial tem como objetivo a organização, controle, ge- consonância com as realidades epidemiológicas e demográficas; gráficas em sua área de atuação;
renciamento, estabelecimento dos fluxos e priorização do acesso de IX.Fomentar a gestão de tecnologias em saúde direcionadas XII.Propor diretrizes municipais de Educação Permanente e
acordo com riscos e vulnerabilidades, além da garantia da conti- para a atenção hospitalar; disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos em consonância
nuidade do cuidado efetivada pela disponibilização de alternativas X.Articular com o Ministério da Educação mudanças cur- com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.
assistenciais mais adequadas ao usuário por meio de atendimento às riculares para os cursos de graduação e pós-graduação nas áreas da XIII.Registrar e atualizar as informações relativas aos es-
urgências e emergências, consultas, exames, internações e outras que saúde, visando à formação de profissionais com perfil adequado para tabelecimentos hospitalares no âmbito do seu território nos Sistemas
se fizerem necessárias. atuação na atenção hospitalar; Nacionais de Informação em Saúde.

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Nº 213, segunda-feira, 5 de novembro de 2012 1 ISSN 1677-7042 43
CAPÍTULO VI Considerando a Portaria nº XXXX/GM/MS, de XXX, de III. auditar, quando couber, acompanhar, controlar, avaliar e
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 2012, que institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar no Sis- regular as ações e serviços de saúde pactuados;
Art. 44. Os estabelecimentos de saúde que possuem um tema Único de Saúde (SUS); IV. prestar assessoria técnica para os municípios no processo
quantitativo inferior a 50 (cinquenta) leitos cadastrados no Sistema de Considerando a Portaria nº 161/GM/MS, de 21 de janeiro de de contratualização;
Cadastrado Nacional de Estabelecimento de Saúde - SCNES e clas- 2010, que versa sobre o Termo de Cooperação entre Entes Públi- V. assessorar tecnicamente os hospitais sob sua gestão com
sificados como Unidades Mistas, hospitais gerais e hospitais espe- cos; vistas ao cumprimento dos compromissos e metas, além dos aspectos
cializados, que tenham ou não aderido à Política Nacional de Hos- Considerando a Portaria nº 1.034/GM/MS, de 5 de maio de jurídicos dos contratos, convenios ou congeneres celebrados;
pitais de Pequeno Porte, terão um período de 03 (três) anos, a partir 2010, sobre a participação complementar das instituições privadas de VI. definir a alocação e repasse dos recursos financeiros de
da publicação desta portaria, para se enquadrarem em um dos se- assistência à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS; fonte federal e estadual, respeitando as normativas federais ;
guintes perfis: Considerando a Portaria Interministerial nº 22/MS/MEC, de Art. 7º Caberá à Secretaria Municipal da Saúde:
I.Hospital Geral ou Especializado com, no mínimo, 50 (cin- 11 de janeiro de 1999, que trata do repasse financeiro efetuado por
quenta) leitos; I. operacionalizar, monitorar e avaliar os contratos com os
meio da descentralização diretamente às respectivas Unidades Ges- hospitais sob sua gestão;
II.Hospital Especializado em Pediatria, Cuidados Prolonga- toras dos Hospitais Universitários Federais vinculados ao Ministério
dos ou Maternidade com, no mínimo, 40 (quarenta leitos); II. Garantir a execução das ações e serviços de saúde pac-
da Educação; e tuados nos contratos sob sua gestão;
III.Hospital-dia clínico e/ou cirúrgico com, no mínimo, 05 Considerando o disposto na Portaria nº 204/GM/MS, de 29
(cinco) leitos; III. Auditar, quando couber, acompanhar, controlar, avaliar e
IV.Centro de Parto normal; de janeiro de 2007, que regulamenta o financiamento e a transferência regular as ações e serviços de saúde;
V.Unidade de Pronto Atendimento - UPA; dos recursos federais para ações e serviços de saúde na forma de IV. Assumir, gradativamente, a gestão da rede hospitalar
VI.Unidade Básica de Saúde (UBS) com ou sem Sala de blocos de financiamento, com respectivo monitoramento e controle, existente em seu território;
Estabilização; resolve: V. Definir a alocação e repasse dos recursos financeiros de
VII.Centro de Atenção Psicossocial - CAPS; Art. 1º Ficam regulamentadas as diretrizes operacionais da fonte estadual, municipal e federal, respeitando as normativas es-
VIII.Clínica Especializada com ou sem Sala de Estabiliza- contratualização hospitalar no âmbito da Política Nacional de Atenção taduais e federais.
ção; Hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS). CAPÍTULO III
IX.Policlínica com ou sem Sala de Estabilização; § 1º Subordinam-se às diretrizes trazidas por esta Portaria, os DOS EIXOS OPERACIONAIS DO PROCESSO DE CON-
X.Outros. órgãos e as entidades da Administração Pública Federal, Estadual, TRATUALIZAÇÃO
§ 1º A definição da nova configuração dos estabelecimentos Municipal e do Distrito Federal, direta ou indireta e os hospitais Art. 8º O processo de contratualização hospitalar é composto
de saúde deve ser baseada nas necessidades regionais com aprovação conveniados/contratados com o SUS.
§ 2º Estados, Municípios e Distrito Federal deverão esta- pelos seguintes eixos: gestão, assistência, ensino, pesquisa e ava-
obrigatória pela Comissão Intergestores Regional - CIR e pela Co- liação.
missão Intergestores Bipartite - CIB, atendendo às portarias espe- belecer obrigatoriamente um contrato, convênio ou congênere com
todos os estabelecimentos hospitalares que prestam serviços ao Sis- Seção I
cificas. Do Eixo da Gestão
§ 2º O processo de nova configuração dos hospitais com tema Único de Saúde - SUS sob sua gestão.
menos de 50 (cinquenta) leitos não acarretará em perda do custeio Art. 2º A contratualização é o processo de formalização da Art. 9º Na contratualização dos hospitais sob sua gestão,
para o estabelecimento. relação entre o gestor municipal e/ou estadual e/ou distrital de saúde compete às Secretarias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal:
§ 3° Fica vedada, a partir da publicação desta Portaria, o e o hospital prestador de serviços, públicos e privados com ou sem I. Definir a área territorial de abrangência e a população de
credenciamento pelo SUS de novos hospitais com menos de 50 (cin- fins lucrativos, por meio de contrato, convênio ou congênere, obe- referência dos estabelecimentos hospitalares;
quenta) leitos, a exceção de Hospitais Especializados em Pediatria, decendo ao disposto na Política Nacional de Atenção Hospitalar - II. Definir os serviços a serem contratados de acordo com o
Cuidados Prolongados (HCP) e Maternidades, que poderão contar PNHOSP. perfil assistencial do hospital e as necessidades epidemiológicas e
com um quantitativo mínimo de 40 (quarenta) leitos, em todo o Parágrafo único. O processo de contratualização objetiva me- sócio-demográficas da região de saúde;
território nacional, bem como o investimento do SUS para construção lhorar a resolutividade na atenção hospitalar com transparência e co- III. Realizar a regulação assistencial dos serviços de atenção
desse tipo de hospital. responsabilização entre gestores de saúde e prestadores de serviços à saúde contratualizados;
§ 5º Investimento para readequação física e tecnológica de hospitalares, promovendo a qualificação da assistência e da gestão IV. Controlar e avaliar as ações e serviços de saúde pres-
hospitais abaixo de 50 (cinquenta) leitos será concedido somente para hospitalar. tados, na forma de:
estabelecimentos com definição de seu novo perfil de acordo com o CAPITULO I V. dispositivos de autorização prévia dos procedimentos am-
estabelecido neste Artigo e seguirá as normas do Sistema de Con- DAS DIRETRIZES OPERACIONAIS DA CONTRATUA- bulatoriais e de internação hospitalar, salvo em situações em que
vênio e Contrato de Repasses do Fundo Nacional de Saúde. LIZAÇÃO fluxos sejam definidos a priori com autorização a posteriori;
Art. 45. A regulamentação e operacionalização do processo Art. 3º Deverão ser considerados no processo de contra- VI. monitoramento da produção, avaliando sua compatibli-
de transição dos Hospitais com menos de 50 (cinquenta) leitos terão tualizacão: dade com a capacidade operacional, complexidade do hospital, e de
suas definições em portaria especifica. I. as responsabilidades da União, Estado, Município e Dis- acordo com o previsto no POA;
CAPÍTULO VII VII. pesquisas diretas junto ao usuário buscando avaliacao da
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS trito Federal;
Art. 46. A regulamentação do processo de contratualização II. as responsabilidades dos estabelecimentos prestadores de qualidade e satisfação em relação aos servicos prestados;
terá suas definições em portaria especifica. serviços hospitalares; VIII. Estabelecer os fluxos de referência e de contra re-
Art. 47. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- III. os recursos financeiros e a forma de repasse; ferência de abrangência municipal, regional, distrital e estadual de
blicação. IV. o modelo de contrato e de plano operativo; acordo com o pactuado em CIB e/ou CIR;
Art. 48. Ficam revogadas a Portaria nº 2.224/GM/MS, de 5 V. as normas para o Incentivo a Qualificação da Gestão IX. Definir os pontos de atenção para a continuidade do
de dezembro de 2002 e a Portaria n° 312/GM/MS, de 30 de abril de Hospitalar - IQGH; cuidado após alta hospitalar;
2002. VI. a composição mínima e as competências da Comissão X. Implantar a Comissão Permanente de Acompanhamento
Permanente de Acompanhamento do Contrato. de Contratos;
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA Art. 4º O processo de contratualização hospitalar tem como XI. Prestar contas aos fóruns colegiados institucionais do
objetivos: desempenho dos hospitais contratados;
CONSULTA PÚBLICA Nº 20, DE 1º DE NOVEMBRO DE I. Definir e pactuar as ações e serviços de saúde, de ensino e XII. Cumprir as regras de alimentação e processamento dos
2012 pesquisa entre o gestor local de saúde e o estabelecimento hos- sistemas de cadastro de estabelecimentos de saúde/SCNES e da pro-
pitalar; dução das ações e serviços de saúde/ SIA e SIH, além dos demais
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, torna pública, nos II. Formalizar por meio de instrumento contratual a relação sistemas de informação estabelecidos pelo gestor no ambito da aten-
termos do artigo 34, inciso II, c/c 59 do Decreto nº 4.176, de 28 de entre o gestor local de saúde e o estabelecimento hospitalar; ção hospitalar no SUS;
março de 2002, minuta de Portaria que regulamenta as diretrizes III. Estabelecer a alocação e o repasse dos recursos finan- XIII. Financiar, de forma tripartite, as ações e serviços de
operacionais da contratualização hospitalar no âmbito da Política Na- ceiros condicionados ao cumprimento de metas quali-quantitativas; saúde executadas pelos hospitais.
cional de Atenção Hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS). IV. Aprimorar o processo de gestão e atenção hospitalar; Art. 10 Compete aos hospitais:
O texto em apreço encontra-se disponível, também, no en- V. Favorecer o controle social e a transparência; I. prestar as ações e serviços de saúde, de ensino e pesquisa
dereço http://www.saude.gov.br/consultapublica. A relevância da ma- VI. Definir, pactuar e monitorar os indicadores da gestão e estabelecidos no instrumento contratual;
téria recomenda a sua ampla divulgação a fim de que todos possam da atenção hospitalar; II. dispor de recursos humanos suficientes e qualificados
contribuir para o seu aperfeiçoamento. VII. Aprimorar os processos de Avaliação, Controle e Re- para a execução dos serviços contratados, de acordo com os pa-
Eventuais sugestões poderão ser encaminhadas ao Ministério gulação dos Serviços Assistenciais.
da Saúde no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data de pu- râmetros estabelecidos em legislações específicas;
CAPÍTULO II III. dispor de estrutura física adequada ao perfil assistencial,
blicação desta Consulta Pública, exclusivamente para o endereço ele- DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ESFERA DE
trônico cghosp@saude.gov.br, com especificação do número desta com ambiência segura e confortável para os usuários, acompanhantes
GESTÃO e trabalhadores, incluindo brinquedoteca nos hospitais que dispõem
Consulta Pública e do nome "PT Contratualização Hospitalar" no Art. 5º Caberá ao Ministério da Saúde:
título da mensagem. I. definir a alocação e repasse dos recursos financeiros de de serviços pediátricos, atendendo às legislações vigentes;
As contribuições deverão ser fundamentadas, inclusive com fonte federal; IV. dispor de parque tecnológico adequado ao perfil assis-
material científico que dê suporte às proposições. Deve ocorrer, quan- II. auditar, quando couber, acompanhar, e monitorar os con- tencial;
do possível, o envio da documentação de referência científica e, tratos, convênios e congêneres, com vistas à gestão da Política Na- V. implementar os protocolos clínicos e diretrizes terapêu-
quando não for possível, o envio do endereço eletrônico da citada cional de Atenção Hospitalar; ticas com base em evidências científicas em saúde;
referência científica para verificação na internet. III. definir o instrumento contratual entre gestores do SUS e VI. colocar as ações e serviços contratualizados à disposição
O Departamento de Atenção Especializada (DAE/SAS/MS) estabelecimentos hospitalares; das Centrais de Regulação;
coordenará a avaliação das proposições apresentadas e a elaboração IV. desenvolver metodologia de monitoramento dos contra- VII. dispor de ouvidoria e/ou serviço de atendimento ao
da versão final consolidada da portaria para fins de posterior apro- tos, convênios e congêneres; usuário;
vação e publicação, com vigência em todo o território nacional. V. desenvolver sistema de acompanhamento das ações e ser- VIII. dispor de gestão colegiada e participativa;
viços de saúde, ensino e pesquisa; IX. implantar sistema de gestão hospitalar que garanta:
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA VI. estabelecer as diretrizes para melhoria do acesso e qua- a) o monitoramento sistemático de indicadores da gestão da
lidade da atenção hospitalar; clínica, administrativa e financeira;
ANEXO VII. disponibilizar assessoria técnica aos Estados, Municí- b) o acompanhamento dos resultados internos e análise dos
pios e Distrito Federal; custos por procedimentos e serviços;
PORTARIA Nº VIII. estabelecer o conteúdo mínimo do contrato, convênio c) o planejamento e gerenciamento dos medicamentos e ma-
ou congênere e plano operativo assistencial; teriais hospitalares;
Regulamenta as diretrizes operacionais da IX. definir as normas para o Incentivo a Qualificação da X. divulgar a composição das equipes assistenciais e di-
contratualização hospitalar no âmbito da Gestão Hospitalar- IQGH. rigente do hospital aos usuários;
Política Nacional de Atenção Hospitalar no Art. 6º Caberá à Secretaria Estadual de Saúde e do Distrito XI. implantar a Comissão Permanente de Acompanhamento
Sistema Único de Saúde (SUS). Federal no âmbito da sua gestão: de Contrato;
I. operacionar, monitorar e avaliar os contratos com os hos- XII. possuir Plano Diretor do hospital ou Plano de Ação
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atri- pitais sob sua gestão; Gerencial validado a cada 02 (dois) anos;
buição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do artigo 87 da II. garantir a execução das ações e serviços de saúde pac- XIII. garantir manutenção preventiva e corretiva para equi-
Constituição Federal, tuados nos instrumentos contratuais sob sua gestão; pamentos e estrutura predial;

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