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Economia

Comportamental

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O que é?
A economia comportamental e o campo
relacionado as financas comportamentais e é
uma área interdisciplinar que combina
conhecimentos da economia, psicologia e
neurociência para entender melhor como as
Apresenação do pessoas tomam suas decisões econômicas.

tema
Como e Quando Surgiu?

pouca interação entre
Até meados do século 20, havia
os campos da economia e da psicologia – a primeira
sempre muito matemática, a segunda, baseada no
experimental.

Dos anos 1950 em diante, alguns autores começaram a


flertar com a mescla dessas disciplinas para tentar
criar modelos mais realistas de como os indivíduos
tomavam decisões econômicas.
OBJETIVO
Partindo da teoria de que, os seres humanos tomam
decisões irracionais e previsíveis de acordo com seu
cotidiano e seus hábitos, a economia
comportamental traz a importância de
compreender os gatilhos mentais capazes de
interferir nas tomadas de decisões econômicas.
Assim, na economia clássica, uma pessoa jamais
compraria um tênis se não precisasse dele. Na
prática, no entanto, nós sabemos que não é bem
assim.
COMO TOMAMOS DECISÕES

Daniel Kahneman, um dos teóricos


da economia comportamental,
publicou em 2011 o livro "Rápido e
Devagar: duas formas de pensar".
Nele, ele propõe que existem duas
formas de processamento cerebral: o
sistema 1 e o sistema 2.
SISTEMA 1 SISTEMA 2

RÁPIDO DEVAGAR
É aquele que age de forma mais rápida, É mais lento, sequencial, baseado em
intuitiva e movido pelas emoções. Há regras e cálculos conscientes. Ele
situações em que o nosso Sistema 1 age atua quando é preciso tomar uma
com maior predominância. Por decisão que tem um impacto maior.
exemplo, quando estamos dirigindo e
pisamos no freio ao ver um cachorro
atravessando a estrada, ou quando
precisamos responder a perguntas
simples, como “quanto é 2+2?”.
COMO TOMAMOS DECISÕES
OUTRA PESQUISA

Para a economia comportamental, as


pessoas decidem com base em hábitos,
experiências e regras práticas simplificadas.

A definição acima, defendida pelas


pesquisadoras Flávia Ávila e Ana Maria
Bianchi, ainda aponta outras características
das tomadas de decisões, como:
Como tomamos decisões?
característica 1 característica 2

A busca por soluções


O desejo pela
meramente
rapidez
satisfatórias

característica 3 caracteristíca 4

A dificuldade de A forte influência


equilibrar emocional e pelo
interesses de curto comportamento dos
e longo prazo outros
Como isso se 1: Paris com café da manhã incluso

aplica? 2. Roma com café da manhã incluso

3: Roma sem café da manhã incluso

Quando apresentadas às três opções, a maioria das pessoas opta por


Roma com café da manhã incluso – a presença da terceira opção,
similar, mas um pouco pior do que a segunda, faz com que a percepção
de Roma com café seja tão melhorada que supere a de Paris com café.

Essa é uma das situações descritas no livro "Previsivelmente Irracional


– Como as situações do dia a dia influenciam nossas decisões", do
professor de psicologia e economia comportamental da Duke
University, Dan Ariely. Um dos maiores especialistas na área hoje, ele
apresenta uma série de experimentos que demonstram como diferentes
circunstâncias influenciam as pessoas na hora de tomar uma decisão.
Outro exemplo
Alunos de uma universidade receberam café de graça no
refeitório por vários dias, tendo apenas que preencher um
formulário sobre o sabor e quanto estariam dispostos a
pagar.
Nos dias em que os complementos (açúcar, leite etc)
estavam em potes mais sofisticados, as respostas do
questionário eram mais positivas e o valor atribuído, mais
alto – mesmo que o café fosse o mesmo.

Ou seja, quando as pessoas já estão pré-


dispostas a acreditar que algo é bom, a
experiência tende a ser melhor.
PERGUNTA

Você prefere ganhar R$ 50 com certeza ou


tirar cara ou coroa e talvez ganhar R$ 100?
Diante dessa pergunta, estudos mostram que a
maioria das pessoas preferem ganhar R$ 50 com
certeza. Esta não é uma decisão racional, mas sim
motivada por diversos fatores emocionais, seja a
ansiedade, o medo de perder a aposta ou a satisfação
de ganhar R$ 50.
COMO A ECONOMIA
COMPORTAMENTAL AFETA OS
INVESTIMENTOS

A economia comportamental desempenha um papel importante


no campo dos investimentos, pois ajuda a compreender melhor
como os investidores tomam decisões financeiras e como essas
decisões podem ser influenciadas por fatores comportamentais.

Uma das principais contribuições da economia comportamental


para os investimentos é o reconhecimento de que os investidores
não são totalmente racionais e nem sempre agem de acordo com o
interesse próprio. Em vez disso, eles são afetados por vieses
cognitivos e emocionais que podem levar a decisões irracionais ou
subótimas.
Como usar a economia comportamental para
tomar decisões financeiras melhores?

Step 1 Step 2 Step 3

Abrace o poder do pré- Aproveite os momentos de Lide com valores pequenos


compromisso transição
As pessoas com o mesmo salário tinham
as pessoas estão mais propensas a se
propensões diferentes para guardar
comprometer para o seu eu do futuro. momentos de transição, ou inícios de
dinheiro dependendo de como
De la Rosa sugere que as pessoas novos ciclos, nos tornam mais
enxergavam o valor total: aqueles que
busquem alternativas a isso nas suas propensos a ir atrás dos nossos objetivos
viam a quantia total mensal guardavam
vidas financeiras. Uma opção é – é o que impulsiona o fenômeno das
menos, enquanto os que visualizavam o
automatizar funções de guardar metas de Ano Novo, por exemplo.
valor semanal conseguiam poupar mais.
dinheiro automaticamente na conta.

pesquisa de mercado e
economia comportamental
Basicamente, a economia comportamental nos ensina que as pessoas
tomam suas decisões com base em hábitos e gatilhos próprios que temos
em nossa mente. E as pesquisas de mercado podem ajudar a mapear
esses hábitos. Isso, claro, vai servir para prever decisões e trabalhar em
cima dessas informações para oferecer melhores soluções para as
pessoas.

Pesquisas de hábitos de consumo, por exemplo, podem ajudar nessa


tarefa. Elas vão identificar padrões nas pessoas e na forma como tomam
decisões de compra e de consumo de produtos. Até em uma pesquisa de
satisfação simples é possível entrar na mente dos consumidores do seu
produto, por exemplo, e avaliar a influência psicológica na forma como
eles avaliam o que você oferece como produto.
Fontes
ARIELY, Dan. previsibilidade irracional. Campus
- 2008.

BIANCHI, F.; ÁVILA, A. M. Guia de Economia


Comportamental e Experimental. São Paulo -
Editora Raec, 2019.

KAHNEMAN, D. rápido e devagar duas formas de


pensar. Objetiva – São Paulo 2012

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