Homilia 13-04

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Homilia 13/04

Caríssimos, nesta quinta-feira da Oitava da Páscoa, nesta semana de um dia só, como
dizem alguns... Neste dia que o Senhor fez para nós, somos convidados a contemplar com
maior atenção o grande mistério da Ressureição que ainda estamos celebrando. O Círio Pascal
é este sinal visível que nos acompanha, sinalizando a presença de Cristo a Iluminar a nossa
inteligência, dissipar as trevas do pecado, a fortalecer nossa Vontade.

Na primeira leitura, retirada dos Atos dos Apóstolos, vemos Pedro a explicar ao povo
confuso, que a cura de um certo paralítico não era ação própria dele, mas de Deus mesmo. É a
Fé no Nome de Jesus que fortalece, que cura; é Cristo que age. Para Deus agir é preciso
libertar-se do pecado que impede a ação divina. Vemos que a missão dada por Cristo já
começou, e os apóstolos já estão a cumprir o mandado divino. Desfazendo também as
confusões de pensamentos diante dos prodígios. Percebemos que muitos estavam confusos
ainda, e começavam a buscar os apóstolos por interesses secundários, não pelo fato mesmo da
Fé.

No Evangelho, podemos acompanhar uma das primeiras aparições de Nosso Senhor


Ressuscitado. Os dois discípulos ficaram assustados e cheios de medo... Cristo que conhece os
pensamentos, percebe a fraqueza deles em acreditar, então lhes mostra as mãos e os pés,
revelando seu triunfo sobre a morte, relembra as escrituras, pede comida. Nosso Senhor
demonstra paciência, condescendência ao estado de ânimo daqueles a quem se manifesta, vai
aos poucos demonstrando que é real, que Ele agora ressuscitado não é um fantasma, é Ele
mesmo. Nosso Senhor tem a delicadeza de por caminhos tão diversos ir conduzindo os
discípulos, à certeza da Ressureição, que é o ponto central da Fé. São Beda, assim explica esta
passagem:

É com intento, portanto, que aquele que triunfou sobre a morte não quis
destruir os sinais que a morte lhe imprimira no corpo. E o fez, primeiro,
para tornar mais firme a fé dos discípulos na ressureição; em segundo
lugar para que quando for interceder junto ao Pai em nosso nome, possa
lhe mostrar o tipo de morte que sofreu pela salvação dos homens; por
terceiro, para deixar à vista dos que foram redimidos pela sua morte, a
grande caridade que teve para com eles mostrando-lhes os sinais da sua
Paixão. Finalmente para provar a justiça com que serão condenados os
ímpios no dia do Juízo.

Ao final do relato do Evangelho, Nosso Senhor recorda aos discípulos a missão de


testemunharem agora o que viram e ouviram, impele os expectadores a cooperarem no
anúncio da Ressureição. Somos nós hoje também convidados a olhar com Fé, sem medo, o
corpo do Ressuscitado, buscar a verdadeira paz, o entendimento, e refúgio nas suas chagas
luminosas, para que assim possamos nós também testemunharmos com nossa vida, a Fé Nele.

Que Maria Santíssima, Nossa Senhora da Luz, nos ajude a compreender e a pôr em
prática as lições desta Santa Liturgia.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

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