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..................................................................................................................... Objetivos
• Rever aspectos da anatomia, fisiologia e Semiologia da pele
• Discutir aspectos da terapêutica dermatológica;
• Discutir aspectos quanto à Fotoproteção
........................................................................................................................ Pele
− Proteção física: barreira de proteção para as estruturas internas do organismo; também impede
perdas de água e eletrólitos
− Proteção imunológica: Imunidade humoral e celular
− Termorregulação: através da sudorese e também da constrição e dilatação da rede vascular
cutânea
− Percepção: através da vasta rede nervosa cutânea → órgão receptor sensitivo do calor, frio, dor
e tato (receptores que ela apresenta)
− Secreção: manto hidrolipídico; propriedades antimicrobianas; precursor da vitamina D
− Social: relação com o outro
− Inspeção: todo o tegumento, cabelo, unhas e mucosas; necessário ter boa iluminação; visão
geral: examinar entre um e 2 metros; exame próprio – lupa (para ampliar o tamanho das
alterações ali presentes)
− Palpação: especialmente aquelas de conteúdo subcutâneo para identificar consistência, relevo,
sintomas associados (dor, por exemplo)
− Alerginização aos tópicos: pele é dos órgãos que facilmente se sensibilizam → efeitos alérgicos
desde locais até sistêmicos
− Dermatite de contato – princípios ativos/base/preservativos
− Evitar o uso tópico de substâncias de uso parenteral – sulfas/penicilina
− Alergia cruzada – mesmo radical sensibilizador
− Adequação ao aspecto morfológico da lesão/veículo: lesão de característica exsudativa
(componente de secreção mais intenso) → preferência ao creme (óleo/água) devido a ação
hidrofílica (carreia mais efetivamente o princípio ativo ao alvo); lesão seca (aspecto mais
crostoso) – usar pomada (água/óleo) devido a ação lipofílica (carreia melhor no meio ressecado)
− Os efeitos adversos mais marcantes ocorrem em tratamentos com doses altas e por longos
períodos → pode-se manifestar efeitos sistêmicos, mesmo com aplicação tópica (desde que
inadequada)
− Alterações metabólicas: diabetes, elevação de triglicérides, aumento de peso e disposição típica
da gordura com predomínio no tronco e a fácies em lua cheia (efeitos cushingóides dos
corticoides)
− Alterações músculo-esqueléticas: osteoporose (especialmente em mulheres menopausadas),
miopatia da cintura pélvica e escapular (corticoesteroides fluorados); necrose asséptica (cabeça
do fêmur e demais ossos por microêmbolos das artérias subcondrais → usualmente em
corticoterapia prolongada – 6-12 meses) → mais comum em homens
− Alterações renais: urolitíase – aumento da excreção urinária de cálcio
− Alterações hematológicas: aumento de leucócitos e plaquetas, diminuição de eosinófilos e
linfócitos → tromboses/tromboflebites
− Alterações oculares: catarata subcapsular (uso por mais de um 1 ano, com doses acima de 10
mg/dia de prednisona); glaucoma (corticoterapia ocular tópica)
− Alterações endócrinas: supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal → em doses maiores
que 1mg/kg/dia, por períodos maiores de 10 dias; alterações menstruais (frequentes); prejuízo
de crescimento (crianças)
− Alterações GI: estrongiloidíase disseminada (em corticoterapia sistêmica, em altas doses);
esofagite, úlcera péptica, sangramentos GI (esses de maior risco quando associados aos AINEs)
− Alterações cutâneas: uso crônico de corticoides, especialmente nas áreas de dobras → pode
gerar atrofia, telangiectasias, púrpuras, estrias, hirsutismo, retardo na cicatrização (ação nos
fibroblastos)
− Alterações imunológicas: infecções por fungos, bactérias, vírus e parasitas/ TB/ estrongiloidíase
................................................................................................................... Fotoproteção
− A camada de ozônio impede a chegada das radiações UVC e filtra, parcialmente, as UVB
− Radiações solares que chegam à nós: 290-700nm
− UV – C, B e A
− UVB ultrapassa o estrato córneo, ganhando a
epiderme
− UVA passa estrato córneo, epiderme e chega
à derme; na junção epiderme/derme estão
as células basais, que renovam o epitélio
− Dano da UVA é maior do que o da UVB
− Quanto maior o comprimento de onda,
maior a penetração da radiação
DEM = dose eritematosa mínima → variável de acordo com o subtipo da pele (melhor explicado
abaixo)
− Todos os tipos de pele têm a mesma quantidade de melanócitos, mas a capacidade de produzir
melanina é diferente (quantidades diferentes de melanina)
− Uma parte da melanina produzida é armazenada em melanossomos, que a libera conforme
estímulo
− Bronzeamento: é a consequência da foto-oxidação da melanina existente. É, ainda, um estímulo
para a formação de nova melanina
a) FPS
− O Fator de Proteção Solar (FPS) é o principal dado para quantificação da eficácia fotoprotetora
de um filtro solar, sendo universalmente aceito
− É baseado na determinação da DEM, definida como sendo a menor quantidade de energia
necessária para o desencadeamento de eritema em áreas de pele protegidas e não protegidas
pelo produto em estudo
− O valor do FPS é calculado como a razão numérica entre a DEM da pele protegida e a da pele
não protegida
− FPS = DEM (pele protegida) / DEM (pele não protegida)
− Mas, o número do FPS não é a potência de proteção → fotoprotetor de FPS 30 não tem o dobro
de proteção do 15
Prazo máximo de reaplicação – 2-3h mediante pouca transpiração e ausência de banhos em água
→ compostos do fotoprotetor são degradados mediante à fotoexposição, por isso demandam
reaplicação em determinado período de tempo pré-estabelecido