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OAT – FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL

Fisioterapia em queimados

Conteúdo:

1. Definição
2. Etiologia
3. Classificação
4. Tratamento fisioterapêutico

DEFINIÇÃO:

ETIOLOGIA:

CLASSIFICAÇÃO:

As lesões por queimaduras são classificadas tanto pela profundidade quanto pelo
grau de espessura do tecido destruído.

Na queimadura de primeiro grau, o traumatismo e a lesão celular ocorre apenas


na parte externa da epiderme. Devido à natureza avascular da epiderme externa,
não ocorrerá sangramento. Haverá uma reação eritematosa devido a irritação da
derme subjacente, mas não há lesão ao tecido dérmico.

As queimaduras de segundo grau superficial, a lesão ocorre através da epiderme


e até camadas superiores da derme. A camada epidérmica é completamente
destruída, mas a camada dérmica sofre apenas lesão leve a moderada.

Na queimadura de segundo grau profunda envolve a destruição da epiderme e


uma grave lesão também da camada dérmica.A maioria das terminações
nervosas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas serão lesionadas, com a
destruição da maioria da derme. A queimadura tem um aspecto vermelho, cor de
bronze ou branco, dependendo da profundidade da lesão. Quanto mais profunda
a lesão, mais branca.

No caso da queimadura de terceiro grau, todas as camadas epidérmicas e


dérmicas estão completamente destruídas. Ademais, a camada adiposa
subcutânea possui alguma lesão. Todo o epitélio de revestimento no local será
destruído e descartado. Devido à profundidade da queimadura, não haverá região
para a regeneração de tecido dérmico e epidérmico na área da queimadura de
espessura integral.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO:

A reabilitação do paciente queimado começa no momento em que o paciente


chega ao hospital, sendo um processo sempre mutável, que é modificado
diariamente. Com um trabalho duro e dedicação ao programa de reabilitação, o
paciente queimado pode, certamente, retornar a uma vida produtiva. Para a
maioria dos pacientes, a fase mais difícil de reabilitação ocorre após o processo
de cicatrização das feridas.

Após a avaliação inicial o fisioterapeuta dará início à avaliação da capacidade do


paciente em movimentar-se, e medirá a amplitude de movimentos disponíveis do
paciente.

Durante cada uma das sessões de hidroterapia, é apropriado e necessário utilizar


a flutuabilidade da água para ajudar na manutenção da amplitude de movimentos
em cada membro e articulação. A água serve para manter a pele úmida que está
em processo de cicatrização.

Enquanto o fisioterapeuta trabalha com o paciente, ele precisa monitorar


continuamente os sinais clínicos do paciente, para que sejam avaliadas as
respostas cardiovasculares e respiratórias ao tratamento.

A avaliação da resistência cardiovascular normalmente não ocorre, até que as


feridas tenham cicatrizado. Quando isso ocorrer e o paciente for capaz de andar
ou se exercitar sozinho em uma bicicleta ergométrica, pode ser efetuada uma
avaliação por modificados, por meio de uma bateria de testes monitorada. As
cargas devem ser aumentadas por não mais de um MET de incremento a cada
vez, e o período de exercício por carga de trabalho deve ter de 1 a 2 minutos de
duração.

A área da mão também requer muita avaliação, em pacientes que sofreram


queimaduras neste órgão. Mãos e dedos perderam os movimentos e as funções
rapidamente, precisam, pois, ser diariamente avaliados para que sejam impedidas
outras perdas de movimentos.

As metas para o tratamento reabilitativo fisioterápico são contingentes com o


prognóstico e potencial do paciente. O fisioterapeuta tem como metas: obter uma
limpa ferida por queimadura, para o desenvolvimento da cicatrização e aplicação
de enxerto; manter a amplitude de movimento; impedir complicações ou reduzir
as contraturas cicatriciais; impedir complicações pulmonares; promover total
dependência na deambulação e a independência das atividades do dia a dia;
melhorar a resistência cardiovascular.

O exercício ativo é encorajado em todas as áreas queimadas. O exercício ativo


tem início no primeiro dia. Outras formas de exercício só devem ser utilizadas
apenas se a confusão, dor ou outras complicações impedem o exercício ativo.
Todas as articulações, mesmo das regiões não queimadas, devem passar por
exercícios ativos de amplitude integral. Geralmente, a amplitude de movimentos
ativos são feitas pelo menos três vezes ao dia. Os dispositivos resistidos podem
ser usados nas áreas que não foram queimadas para a manutenção da força
muscular. Os períodos durante os exercícios na piscina são os melhores
momentos para as sessões mais agressivas, porque os curativos são retirados e
a pele está úmida. Se o paciente acabou de receber enxerto de pele, os exercícios
ativos e passivos serão suspensos por sete a dez dias.

O paciente de queimadura precisará de toda uma vida de exercícios para impedir


contraturas e perdas de movimentos.

O paciente queimado perde grande quantidade de massa corporal. O exercício


pode lançar mão de dispositivos de treinamento de exercícios e do incremento da
força, mas eles podem depender de modificações, com base no estágio do
paciente e no estágio de cicatrização das feridas.

O paciente deve ser encorajado a iniciar exercícios ativos que enfatizarão o


sistema cardiovascular, como andar desde a unidade de queimadura até a
unidade de fisioterapia, andar na bicicleta ergométrica, entre outros. Estes
exercícios não só atuarão no sistema cardiovascular como irão aumentar a
amplitude de movimento das extremidades.

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