Você está na página 1de 7

- John Rawls (morreu com 81 anos)

John Rawls (Nasceu em Baltimore,Maryland/EUA em 21 de fevereiro de


1921 — faleceu em Lexington, Massachusetts/EUA em 24 de novembro de
2002) foi filósofo, pedagogo e professor de filosofia política na Universidade de
Harvard.
Em 1943, Rawls é admitido na Universidade de Princeton. Os campos de
interesse de Rawls variaram bastante, passando por química, matemática e
história da arte, para finalmente se dedicar à filosofia.
Depois disso, foi convocado pelas forças armadas para combater na Segunda
Guerra Mundial e, após um período de treinamento na infantaria, é enviado
para o Pacífico por dois anos, onde serviu em Nova Guiné, nas Filipinas e
quatro meses nas forças que ocuparam o Japão. Embora praticamente não
tenha enfrentado combate, Rawls teve um momento mais crítico em uma
situação de emboscada no Japão. Rawls desiste de seguir a carreira no
exército, saindo em 1946, ano em que começa seus estudos de graduação em
filosofia, novamente na Universidade de Princeton. Depois de três semestres,
passa um ano (1947-48) na Universidade de Cornell. Depois volta para
Princeton (1948-49) para escrever sua dissertação sob a orientação de Walter
Stace. No período 1949-50, Rawls continua em Princeton e dedica-se a outras
áreas que não a filosofia. Nos dois anos seguintes passar a ensinar em
Princeton, e através de Urmson que Rawls consegue passar os anos de 1952 e
1953 em um programa de convênio em Oxford. Depois da volta de Oxford, em
1953, Rawls foi nomeado como professor assistente na Universidade de
Cornell, onde também foi, em 1956, nomeado como professor efetivo. É na
Universidade de Cornell que Rawls se torna editor do famoso jornal
Philosophical Rewiew.
Em 1959, teve a oportunidade de ir para Harvard como professor convidado, e
neste mesmo ano o MIT lhe oferece uma vaga de professor efetivo. Em 1961,
Rawls é convidado para ir dar aulas em Harvard. Espera mais um ano para
acabar suas atividades no MIT e vai para Harvard em 1962, onde deu aula até
1991, ano de sua aposentadoria.
A sua obra é essencialmente uma reflexão sobre os domínios da ética e da
teoria política. Na sua obra Teoria da Justiça, ressuscita a ideia de Contrato
Social que, de uma ou outra forma, tinha sido alvo de reflexão por parte de
Hobbes, Locke e Jean-Jacques Rousseau. O seu objetivo é o de ultrapassar o
utilitarismo dominante na época moderna. O conceito de justiça não diz
somente respeito a princípios morais, mas também a um conjunto mais vasto
da atividade humana: as instituições políticas, os sistemas jurídicos, as formas
de organização social. A este respeito diz Rawls: "a justiça é a primeira virtude
das instituições sociais, como a verdade o é em relação aos sistemas de
pensamento."

Obras:

 Uma Teoria da Justiça (A Theory of Justice,1971)


 Liberalismo Político (Political Liberalism, 1993)
 O Direito dos Povos (The Law of Peoples: with "The Idea of Public Reason
Revisited.", 1999)
 História da Filosofia Moral (Lectures on the History of Moral Philosophy,
2000)
 Justiça como Equidade: uma reformulação (Justice as Fairness: A
Restatement, 2001)

- Cicero Araújo
Cicero Romão Resende de Arajo

Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1984),


mestrado em Filosofia pela mesma Universidade (1989) doutorado em Filosofia
(1994) e Livre-docência (2004) pela Universidade de São Paulo.

É professor titular do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo.


Atua no campo da teoria Política, onde suas pesquisas concentram-se nos
seguintes temas: moralidade política, pensamento republicano clássico e
contemporâneo, democracia e justiça. Mais recentemente, tem feito
investigações sobre o constitucionalismo moderno e contemporâneo, através
da qual vem abrindo um diálogo com os estudos das instituições e da política
brasileira.
Araújo, C. (2002). Legitimidade, justiça e democracia: o novo
contratualismo de Rawls. Lua Nova: Revista De Cultura E Política, (57),
73–85.

Obras

ARAUJO, CICERO. Verdade e ia Interesse na Cosmogonia de Descartes.


Cadernos de História e Filosofia da Ciência (UNICAMP), Campinas, v. 2,
n.especial, p. 1-100, 1990.
ARAUJO, CICERO. Algumas reflexões sobre Descartes e Maquiavel.
Transformação, São Paulo, v. 17, p. 113-132, 1994.
ARAUJO, CICERO. A moral humeana em contexto. Educação e Filosofia
(UFU. Impresso), Uberlândia, v. IX, n.18, p. 45-58, 1995.
ARAUJO, CICERO. Rawls e a politização do Liberalismo. Educação e
Sociedade, Campinas, v. 57, n.especial, p. 674-685, 1996.
ARAUJO, CICERO. Hume on virtues and rights. Manuscrito (UNICAMP) ,
Campinas, v. XIX, n.2, p. 145-164, 1996.
ARAUJO, CICERO. As virtudes do interesse próprio. Lua Nova. Revista de
Cultura e Política, São Paulo, v. 38, p. 77-95, 1996.
- Nancy Fraser (76 anos)

Nancy Fraser nasceu em Baltimore/EUA, em 20 de maio 1947, é uma filósofa


americana afiliada à escola de pensamento conhecida como teoria crítica,
feminista e professora.

Graduou-se em 1969 no Bryn Mawr College, uma faculdade privada exclusiva


para mulheres, e defendeu seu doutorado em 1980 na City University of New
York (CUNY).
Lecionou no departamento de filosofia da Universidade de Northwestern por
muitos anos antes de se mudar para a New School for Social Research, em
1995, onde é professora titular de filosofia e política. Também já foi professora
visitante em universidades na Alemanha, França, Espanha e Holanda.

Fraser possui doutorado honorário de quatro universidades em três países e


ganhou o Prêmio Alfred Schutz de 2010 em Filosofia Social da American
Philosophical Association. Ela foi presidente da Divisão Leste da American
Philosophical Association no mandato de 2017–2018.

Além de suas muitas publicações e palestras, Fraser é ex-co-editora da


Constellations, uma revista internacional de teoria crítica e democrática, onde
ela continua sendo um membro ativo do Conselho Editorial.

Amplamente conhecida por sua crítica da política de identidade e seu trabalho


filosófico sobre o conceito de justiça, Fraser também é uma crítica ferrenha do
feminismo liberal contemporâneo e seu abandono das questões de justiça
social. Expoente do feminismo, tema com o qual trabalha desde o início da
carreira e pelo qual milita politicamente, e da teoria crítica, a autora publicou
diversos trabalhos de grande impacto nessas e em outras áreas da filosofia
política e social. Preocupada com as concepções de justiça, Fraser argumenta
que a justiça é um conceito complexo que deve ser entendido sob três
dimensões separadas, embora interrelacionadas: a distribuição (de recursos
produtivos e de renda), o reconhecimento (na linguagem e em todo o domínio
do simbólico) e a representação (na política e no poder de tomar decisões).
FRASER, Nancy. From Redistribution to Recognition? Dilemmas of
Justice in Post-Socialist Age. New Left Review, Londres, n. 212, p. 68-93,
1995.

Obras:

 Unruly Practices: Power, Discourse, and Gender in Contemporary Social


Theory (1989)
 Revaluing French Feminism: Critical Essays on Difference, Agency, and
Culture (co-editado com Sandra Bartky, 1992)
 Feminist Contentions: A Philosophical Exchange (com Seyla Benhabib,
Judith Butler e Drucilla Cornell, 1994)
 Justice Interruptus: Critical Reflections on the "Postsocialist" Condition
(1997)
 The Radical Imagination: Between Redistribution and Recognition (2003)
 Redistribution or Recognition? A Political-Philosophical Exchange (escrito
com Axel Honneth, 2003)
- Axel Honneth (73 anos)
Axel Honneth (Essen/Alemanha, 1949) é um filósofo e sociólogo alemão.
Desde 2001, é diretor do Institut für Sozialforschung (Instituto para Pesquisa
Social) da Universidade de Frankfurt. Também é professor de Filosofia Social
na mesma universidade, desde 1996.

Estudou filosofia e sociologia em Bonn(1969-1974) e Bochum(1969-1974).


Prosseguiu sua carreira acadêmica na Universidade Livre de Berlim(1974-
1976) e no Instituto Max Planck de Munique, sob a orientação de Jürgen
Habermas. Ensinou na Universidade Livre de Berlim e na New School for
Social Research, em Nova York, antes de se transferir para a Universidade de
Frankfurt, em 1996.

Honneth foi assistente de Habermas - o filósofo frankfurtiano da "segunda


geração" – entre 1984 e 1990, e é a figura mais destacada do que pode ser
chamada a "terceira geração" da Escola de Frankfurt.

O trabalho de Honneth concentra-se em Filosofia Social, Política e Moral,


especialmente nas relações de poder, reconhecimento e respeito.

Luta por reconhecimento: A gramática moral dos conflitos sociais. Trad.


Luiz Repa. São Paulo: Ed. 34, 2003 (Kampf um Anerkennung, 1992).

Obras:

 Social Action and Human Nature, co-authored with Hans Joas (Cambridge
University Press, 1988 [1980]).
 The Critique of Power: Reflective Stages in a Critical Social Theory (MIT
Press, 1991 [1985]).
 Pathologies of Reason: On the Legacy of Critical Theory (2009).
 The Pathologies of Individual Freedom: Hegel's Social Theory (2010).
 The I in We: Studies in the Theory of Recognition (2012).
 Freedom's Right (2014).
 The Idea of Socialism (2016).

Você também pode gostar