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Argumento metodológico Turma 1703

Com base nos estudos de Keith Swanwick sobre o modelo "C(L)A(S)P", que seria
uma fórmula teórica sobre o ensino musical, e suas classificações de diferentes
tipos de docente, minha estratégia de ensino se enquadra no que diz respeito ao
"professor agente cultural": uma abordagem de ensino voltada para uma educação
mais centrada no estudante.

Essa metodologia de ensino tem como foco a prática e a bagagem cultural dos
alunos. Nela, o aluno deixa de ser receptor e passa a ter um papel mais ativo em
sala de aula, o que torna a aprendizagem mais imersiva e envolvente. Trabalhando
em dentro, e até mesmo fora, de sala de aula a partir desse método, mediante
conteúdos previamente selecionados por mim, acredito que haverá uma
participação maior dos alunos, que poderão escolher músicas para criação de
repertório, instrumentos, improviso coral, com exposição da sua arte à turma, dentre
outras atividades que explorem e valorizem o saber individual de cada discente.

“[...] a música, a dança, as artes em geral, vinculadas aos diferentes grupos étnicos
e à composições regionais típicas,são manifestações culturais que a criança e o
adolescente poderão conhecer e vivenciar”. (LINS, p. 116) Desse modo, trabalhar a
diversidade em sala de aula é essencial para professores que buscam a
aprendizagem por meio da educação centrada no estudante.

Outro ponto a ser abordado em sala de aula será a conscientização sobre o meio
ambiente e, para isso, irei trabalhá-lo de uma forma mais artística: principalmente
com a criação de instrumentos musicais com material reciclável, mas, não se
restringindo somente a isso. Penso, também, em usá-los para montagem de
cenários, figurinos e outros itens para as apresentações previstas ao longo do ano.

Por sua vez, tais apresentações servirão como uma forma de avaliação. Para tal,
levarei em consideração a participação, o interesse e, claro, o compromisso em
levar os materiais para sala de aula.

Um dos objetivos do curso é que o aluno se torne capaz de compreender a cultura


africana como fonte primária da cultura brasileira (Lei n 10.639) e a sua influência no
nosso dia a dia, desde suas manifestações mais claras – como um toque de um
atabaque, ou uma cantiga de roda – ou algo mais estrutural – como ritmos e
síncopes, muito explorados em diferentes culturas afrobrasileiras (o samba, funk,
rap e outros estilos musicais).

C(L)A(S)P

Optei por analisar e trabalhar as músicas "Tambores de Minas", "Pedrinha de


Aruanda", "Conhecendo Bumba meu boi" e "O canto das 3 raças", justamente por
estarem ligadas ao ritmo e outras características da música africana. Assim,
faremos uma análise profunda dos elementos da música e como eles se
comportam.

Na música "Tambores de Minas", por exemplo, há presença de dialeto africano. Por


isso, irei propor uma pesquisa sobre as línguas africanas, na qual irei dividir a turma
em grupos e cada um representará um dialeto africano. Em sala de aula, os alunos
trarão as palavras que gostaram e que se veem usando no dia a dia, além das
manifestações artística e religiosa do povo a ser apresentado. É válido lembrar
também que muitas dessas línguas foram extintas por conta da colonização;
portanto, essa pesquisa além de trará de volta a memória e a importância desses
povos para a nossa cultura. E, claro, também servirá como avaliação, levando em
consideração a participação e o comprometimento com o trabalho a ser proposto.

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