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Solução Geotécnica para Tratamento do Solo de Fundação na

Crítica Zona Portuária de Manaus, AM.


Eng. M.Sc. Joaquim Rodrigues - Geotecnia
Engegraut Geotecnia e Engenharia, Rio de Janeiro, Brasil, joaquim@engegraut.com.br

RESUMO: O conhecimento da estabilidade dos aterros/taludes na zona portuária de Manaus, AM,


seria viável se fosse possível determinar a real geometria dos taludes ribeirinhos e, principalmente,
as verdadeiras condições dos aterros que geram enormes fontes de incertezas e histórico de
rupturas, além do fenômeno das terras caídas. Análises computacionais e tabelas permitiriam ao
Eng Geotécnico refinar soluções, para estas críticas áreas, em duas ou três dimensões. Este
documento descreve a execução de serviços de reforço do solo de fundação com CPR,
Consolidação Profunda Radial, em extensa área portuária de Manaus, sujeita ao conhecido histórico
de rupturas catastróficas provocadas, inicialmente, pelo fenômeno das terras caídas e agravado
pelos subsequentes aterros na região portuária ribeirinha. A elevação da cota do Rio Negro, a
alturas de até 15m e o rápido esvaziamento no período de 6 meses é a causa de todos os problemas.
A extensão da intervenção atinge mais de 1km, em uma área e aproximadamente 220.000m 2, com
profundidade de tratamento de 30m. Cinco situações chamam a atenção neste documento. As
condições do solo de fundação com fartas características geotécnicas de rupturas desconhecidas, o
projeto do reforço do solo com CPR que, basicamente, objetivou reduzir/neutralizar as forças
atuantes e aumentar as forças resistentes, as dificuldades pertinentes à execução dos serviços,
função das heterogeneidades dos aterros superpostos a profundas camadas de solo mole, junto à
margem do Rio Negro, a instabilidade presente função das tensões provocadas no solo pela
intervenção e, por último, as particularidades da certificação do reforço do solo.

PALAVRAS-CHAVE: Rápido esvaziamento, bulbos de compressão, pressiômetro, terras caídas,


consolidação.

1 INTRODUÇÃO repetidas rupturas. A opção pelo CPR foi


justificada pelas sucessivas rupturas ocorridas,
Diversas técnicas de reforço de solo tem sido principalmente nos meses de setembro e
aplicadas na zona portuária ribeirinha de outubro, em regiões anteriormente tratadas com
Manaus (figura 1), caracterizada por sucessivos outras tecnologias, sem sucesso, quando o Rio
aterros e taludes com diferentes características. Negro chega a sua cota mais baixa. A figura 3
Poucas técnicas, no entanto, tem conseguido mostra a execução dos serviços CPR na área
sucesso frente ao enorme desafio geotécnico portuária de Manaus.
proposto pelas condições locais, caracterizadas
por antigos planos de ruptura presentes nos
aterros e, principalmente, pelo cíclico fenômeno
do rápido esvaziamento das águas do Rio Negro
(figura 2). As condições geológicas e
Figura 1. Vista panorâmica da região portuária de
geotécnicas da região portuária são Manaus.
completamente afetadas pelos sucessivos
aterros executados, seguidos de consequentes e
Figura 2. Situação de ruptura típica da região portuária de Manaus.

Figura 3. Serviços de CPR sendo executados em região


pós-ruptura.

A moderna tecnologia do CPR Grouting é


específica para tratamento de solos moles, e tem
como base geotécnica a consolidação do solo,
assentada na teoria da expansão de cavidades, e
com a particularidade da não geração de resíduos.
O CPR é a principal tecnologia de melhoramento
de solos hoje no Brasil, com eficiência média de
95%, extremamente rápida em sua execução,
particularmente para estradas, aeroportos,
ferrovias e áreas portuárias e industriais.

2 CONDIÇÕES DO SOLO NA ÁREA


PORTUÁRIA

Toda a extensão portuária foi motivo de várias


campanhas de sondagens SPT, que deu como
característica variações de areia argilosa ou argila
muito mole, variando de 2 a 15 golpes, com
camadas resistentes de argila / areia média e
grossa argilosa até 30m de profundidade. A figura
4 apresenta sondagens típicas do tipo de solo Figura 4. Sondagens SPT, que caracterizam o solo de
apresentado na região portuária analisada. fundação da região portuária de Manaus.
De forma característica, em toda a extensão da
área portuária, há predominância de cerca de 3 a
7m de aterro com pedregulhos, restos de
construção, etc. Nas regiões planas, pavimento de
concreto executado sobre camada de base de brita
e sub-base de rachão com cerca de 1m de
espessura. Nas regiões de taludes e ribeirinhas,
denominadas "praias", há presença de aterro Figura 6. Detalhamento básico do tratamento CPR na
arenoso com restos de construção. Não há Zona Portuária.
maiores informações sobre as propriedades
geotécnicas do solo mole. O projeto CPR desenvolvido procurou
A resistência ao cisalhamento não drenada, ao alcançar ao máximo os seguintes parâmetros:
longo dos 30m de profundidade, obtida com  Acesso as propriedades e o comportamento
sondagens pressiométricas de certificação do geomecânico da área portuária (análise
CPR, antes do tratamento, variava de 2kPa a pressiométrica).
20kPa. O nível do Rio Negro, apresenta variação  O mecanismo e a tipologia do histórico de
de vasante de cerca de 15m, entre os meses de rupturas, incluindo a velocidade, as direções
junho a novembro e, de forma característica, as dos movimentos e as geometrias das
rupturas ocorrem nos meses de setembro e rupturas.
outubro, caracterizando o fenômeno das terras  Os fatores geológicos, hidrológicos, a
caídas. magnitude e as dimensões influentes na
instabilidade da região, e que motivam os
permanentes estados de ruptura.
3 OS TRABALHOS DE REFORÇO DO
 Os níveis freáticos, as pressões da água na
SOLO DE FUNDAÇÃO NA REGIÃO
extensão em questão, além da
PORTUÁRIA
permeabilidade através das sondagens SPT
existentes.
O histórico de rupturas e deformações, associado
 Os fatores ambientais e o histórico da ação
ao risco permanente de instabilidade na região
humana no local.
portuária de Manaus exige serviços de reforço de
solo, preferencialmente, com base em seu  A premência da intervenção
adensamento de forma ativa. A solução adotada  A futura modificação da geometria dos
para essa região foi o CPR. A execução dos taludes, o processo de drenagem consequente
serviços CPR está mostrada na figura 5. e, por fim:
 O projeto CPR, sua adequabilidade, função
do reforço do solo e antigos
planos/superfícies de ruptura, culminando
com a estruturação do solo de fundação, com
aumento significativo de sua rigidez.

Até o presente momento, em 3 anos de


serviço, a área de tratamento atingiu 220.000m 2,
contando-se áreas planas de armazenagem com
pavimento rígido e áreas de taludes, além de
"praias", totalizando cerca de 88.000 verticais de
geodrenos cravados e cerca de 33.000 verticais
com bulbos de compressão e adensamento do
solo, todos com aproximadamente 30m de
Figura 5. Panorama dos serviços CPR na Zona Portuária,
pós-ruptura. profundidade. As figuras 7, 8 e 9 apresentam a
sequência de serviços realizados na execução da
Na figura 6, apresenta-se um detalhe do projeto. solução CPR.
A malha de geodrenos projetada foi de 1,50m
x 1,50m em triângulo e a malha de verticais com
bulbos de compressão e adensamento, de 3m x
3m, também em triângulo. Como pode-se
observar, pelo projeto abaixo (figura 10), o
tratamento CPR abrange a retroárea portuária
além da região das praias, onde é feito, a seguir,
um muro. A sequência executiva de formação das
colunas de compressão e adensamento, calculada
de forma a provocar o mínimo de tensões no solo,
de modo a não induzir rupturas, particularmente
nos meses de vasante máxima, foi feito com total
sucesso.
Figura 7. Trabalhos de pré-furo, com ar comprimido, até
a profundidade de 30m, seguido da posterior formação de
bulbos de compressão do solo de modo a adensá-lo.

Figura 10. Projeto básico de reforço do solo de fundação,


com CPR, na Zona Portuária, abrangendo 2 segmentos de
tratamento, onde o segundo segmento serve de suporte a
um muro de contenção com cerca de 8m de altura.

4 A CAUSA DE TODO O PROBLEMA: O


Figura 8. Serviços de pré-furo na região das "praias" do FENÔMENO DO RÁPIDO
porto. ESVAZIAMENTO DO RIO NEGRO

O fenômeno do rápido esvaziamento, crítico


nesta região do Amazonas, e causa de todos os
problemas de ruptura, se apresenta de 3
maneiras distintas, conforme condições
climáticas e a condição do solo nas regiões
ribeirinhas (figura 11):

Figura 9. Área portuária tratada com CPR e com muro


gabião com cerca de 8m de altura definindo o novo cais.
Notar que o nível do rio está em sua cota máxima e o
aterro apenas aguardando a base granular para Figura 11. As três modalidades de esvaziamento do Rio
assentamento do piso de concreto. Negro ao longo da região portuária, de acordo com o tipo
de aterro empregado.
Na condição lento e completo, a situação do
fluxo e da poropressão ficam ambas equilibradas
(condição hidrostática). Na condição rápido e
completo o solo, tipicamente aterros argilosos
compactados, funciona como não drenado, o NA
permanece na condição inicial superior, em
grande parte do período de esvaziamento. Para a
condição transiente, a superfície do NA é
curvilínea dentro do maciço, dependente da
velocidade de esvaziamento do Rio Negro e, Figura 13. Os serviços de reforço CPR neutralizam a
compressibilidade do solo e a ação piezométrica,
principalmente das propriedades do solo (aterro), restituindo a segurança necessária.
assim como sua condutividade hidráulica,
porosidade, etc. Consequentemente, a 5 O CONVÍVIO COM A PERMANENTE
poropressão remanescente no maciço é do tipo POSSIBILIDADE DE RUPTURA
transiente, ou seja, varia com o tempo e com a
capacidade dos aterros reterem a água. A grande extensão portuária e os frequentes e
O fenômeno do rápido esvaziamento do Rio históricos problemas de ruptura de seus maciços
Negro, descendo cerca de 15m de altura em (figura 14) fazem com que se tomem medidas de
apenas 6 meses, talvez seja a mais severa segurança apropriadas, através da instalação de
condição a que um talude pode se submeter, razão considerável quantidade de inclinômetros, de
do conhecido fenômeno das "terras caídas" em modo a se monitorar a resposta do solo ao
toda a região amazônica. Durante o esvaziamento tratamento CPR, ao longo da profundidade, frente
rápido do Rio Negro, que pode chegar a cerca de ao nível de tensões aplicado a cada metro de
15cm por dia, perde-se o efeito estabilizante da profundidade, através da formação de bulbos de
água na região superior dos taludes e piers das compressão e adensamento do solo, via teoria da
áreas portuárias, permanecendo alta a poropressão expansão de cavidades, em meio drenante
no interior dos maciços portuários. O resultado é a artificial.
redução da estabilidade desses maciços e taludes,
seguido de processos de ruptura.
A variação das características do aterro, ao
longo dos anos em toda a extensão portuária, é
crítica e influencia enormemente a dissipação da
poropressão. Aterros arenosos drenam rápido
durante o esvaziamento do Rio, já aterros argilosos
confinam a água, fazendo com que a descida da
superfície piezométrica não acompanhe a do nível
da água livre do Rio, causando rupturas repentinas
de toda a massa de aterros, taludes e "praias" da
região portuária. A figura 12 mostra a situação de
cheia em aterros argilosos. Já, na figura 13, é
Figura 14. Processo de ruptura, na região portuária, com
mostrada a execução do CPR. perda considerável de bens e até vidas.

6 A CERTIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS


DE CPR

Melhoramento ou reforço de solos moles é a


modificação de suas características, de modo a
atender a performances desejadas, seja de forma
Figura 12. Nível piezométrico alto quando da cheia do localizada ou ao longo de grandes áreas. A
Rio Negro.
tecnologia CPR de tratamento de solos moles
baseia-se na teoria da consolidação do solo, ou Assim, todo o serviço CPR é aferido antes e
seja, induzindo-o a perder água e volume de depois com análises pressiométricas que,
modo a modificar sua resistência e, basicamente, utiliza sonda cilíndrica inflável,
consequentemente, adicionando rigidez. A posicionada a diversas profundidades. O
estratégia de compressão do solo baseia-se na pressiômetro utiliza unidade de controle
teoria de expansão de cavidades, que possibilita hidráulico para carregar a sonda, monitorando a
atuar ao longo de toda a profundidade do depósito resposta do solo na profundidade ensaiada. As
de solo mole. figuras 16 e 17 mostram essas análises sendo
O modelo de tratamento CPR pode ser executadas.
explicado pela célula unitária composta por
quatro bulbos de compressão e adensamento,
realizados via expansão de cavidades, que acabam
por isolar um bulbo de solo em seu centro,
comprimindo-o, confinando-o e consolidando-o
(figura 15).

Figura 16. Análise pressiométrica executada na "praia" da


Zona Portuária

Figura 15. Célula unitária representativa do CPR


(Almeida e Marques, 2010).
Figura 17. Análise pressiométrica executada na área
Desta forma, naturalmente torna-se obrigatório pavimentada da Zona Portuária
analisar esta célula através de testes que
privilegiam a deformação, com ensaio Os dados coletados de cada ensaio são
pressiométrico, que possibilitará analisar todo o utilizados para determinar a pressão limite, que
contexto da célula unitária, ou seja, o solo calcula a capacidade de carga do solo e o módulo
compósito, através da mesma teoria da expansão pressiométrico, que informa o nível de rigidez
de cavidades. Equivocadamente, ensaios tipo SPT obtido, além da resistência ao cisalhamento.
e CPT, que privilegiam a ruptura, não conseguem Piezômetros de cordas vibrantes, instalados na
analisar de maneira completa a célula unitária do área portuária, monitoram o excesso de
CPR. A presença crescente de material poropressão, parâmetro crítico durante o processo
argiloso/siltoso afeta a investigação do grau de de formação dos bulbos de compressão do solo,
reforço obtido, particularmente com relação a informando se a dissipação ocorria rápida o
resistência de ponta do CPT, que é relativamente suficiente.
insensível como medidor de incrementos de Todas as áreas tratadas, bem identificadas,
resistência e rigidez, conforme pesquisa de foram submetidas a análises pressiométricas antes
Campanella et al (1982).
e após o tratamento CPR de maneira a certificá- fundação, ao longo de toda a profundidade
las. A distribuição dos ensaios varia de acordo tratada, onde se observam mudanças de densidade
com o tamanho da área, obedecendo-se diretrizes e do regime de tensões, que interferem e alteram o
normativas inerentes. Os resultados, apresentados histórico de tensões das camadas de solo pouco
na tabela 1, dão uma ideia exata do nível de competentes.
melhoramento/reforço imposto ao solo de

Tabela 1. Resultados de Ensaios Pressiométricos: planilha com valores pressiométricos típicos obtidos pré e pós CPR.
Prof PL h,o PL* G Su
Item Ensaio DATA Es (kPa)  Condição
(m) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa)
1 PMT01_Pré 3,0 115,0 28,4 86,7 696,00 0,40 248,6 23,4
2 PMT01_Pré 5,0 190,0 47,3 142,8 1.992,00 0,40 711,4 34,1
30-jan-13 Pré-CPR
3 PMT01_Pré 7,0 245,0 66,2 178,9 1.974,00 0,40 705,0 41,3
4 PMT01_Pré 9,0 180,0 85,1 95,0 1.013,00 0,40 361,8 32,7
5 PMT02_Pós 5,0 427,3 47,3 380 2.995,00 0,40 605,4 55,1
6 PMT02_Pós 7,0 31-jan-13 486,2 66,2 420 2.982,00 0,40 886,4 59,6 Pós-CPR
7 PMT02_Pós 9,0 561,5 85,1 480 2.906,00 0,40 823,6 54,5
14 PMT05_Pré 3,0 145,0 28,4 116,7 1.003,00 0,40 358,2 27,8
15 PMT05_Pré 5,0 141,0 47,3 93,8 820,00 0,40 292,9 27,3
03-fev-13 Pré-CPR
16 PMT05_Pré 7,0 151,0 66,2 84,9 550,00 0,40 196,4 28,7
17 PMT05_Pré 9,0 210,0 85,1 125,0 927,00 0,40 331,1 36,8
18 PMT06_Pós 2,0 57,9 18,9 390,0 3.246,00 0,40 87,9 21,7
19 PMT06_Pós 9,0 12-abr-13 495,1 85,1 410,0 4.275,00 0,40 812,5 62,9 Pós-CPR
20 PMT06_Pós 11,0 906 104,0 802,0 12.552,00 0,40 4482,9 177,3

Os ensaios pressiométricos indicam, Tabela 2. Tabela de referência (Briaud, 1992).


também, um aumento na rigidez do solo, assim Tipo de Solo Pressão Módulo
limite líquida Presiométrico
como em sua resistência ao cisalhamento. PL* (kPa) Em (kPa)
Jamiolkowski e Pasqualini (1992) informam Argila mole 0 - 200 0 - 2.500
que a rigidez obtida em solos melhorados incide Argila média 200 - 400 2.500 - 5.000
diretamente no grau de sobreadensamento, mais Argila rija 400 - 800 5.000 - 12.000
do que qualquer aumento de densidade. A Argila muito
800 - 1.600 12.000 - 25.000
instalação de inclinômetros e placas de rija
Argila dura > 1.600 > 25.000
recalques em toda região portuária tratada, Areia fofa 0 - 500 0 - 3.500
nestes três anos, posicionam pelo total sucesso Areia
do reforço de solo com CPR. A tabela 2 medianamente 500 - 1.500 3.500 - 12.000
apresenta valores de referência de pressão compacta
limite e módulo de elasticidade de acordo com a Areia
1.500 - 2.500 12.000 - 22.500
compacta
classificação do solo. Areiam muito
> 2.500 > 22.500
compacta
Tabela 3. Módulo Pressiométrico Equivalente: conhecimento dos parâmetros de resistência,
rigidez, distribuição da poropressão,
O módulo de elasticidade equivalente
experiência acumulada com as diversificadas
(Geq), estabelece relação entre os módulos das massas de aterro e solo de fundação da crítica
colunas do solo tratado (Gs), e das colunas de
zona portuária de Manaus e, por fim, a
Geogrout (Gg). Esta relação é representada por uma
experiência adquirida, permitem viabilizar o
média ponderada entre as áreas de solo tratado e de
CPR como sistemática de tratamento seguro,
colunas de Geogrout. A média de resultados obtidos
econômico e 100% eficaz para soluções
com ensaio pressiométrico foi:
portuárias. A nível de certificação de solos, os
% da Área
Média de Módulos
unitária
estudos de Jamiolkowski e Pasqualini (1992)
(valor médio)
(m²) além de Campanella et. al. (1982) representam
Gs,antes = 900 kPa ****** verdadeira especificação técnica para os
Gs,depois = 6.600 kPa 80,3 % serviços de reforço de solos, interpretando e
Gg = 240.000 kPa 19,7 % esclarecendo em termos de ganho de rigidez e
Geq 100% resistência pela utilização do pressiômetro.
Nota: O valor de Gg é obtido em laboratório, e é
padrão do CPR.
REFERÊNCIAS
Sendo o módulo equivalente (ver figura 15)
representado por: Almeida, M. S. S. e Marques, M. E. S. (2010). Aterros
Sobre Solos Moles – Projeto de Desempenho. Ed.
Geq = 19,7% Gg + 80,3% Gs = 52.579,8kPa Oficina de Textos
Briaud, J. L. (1992). The Pressurometer. Published by:
equivalente a uma argila dura.
Taylor and Francis/Balkema. p.50.
Jamioliolkowski, M., Pasqualini, E. (1992) Compaction
of granular soils, remarks on quality control, V.2, pp.
7 CONCLUSÃO 902-914 et aussi discussion Vol. 3, pp. 85-87, in
Grouting, soil improvemet and geosynthetics, ASCE,
GSP 30, New York.
A ocorrência de deslizamentos/rupturas nos Robertson, P. K., Campanella, R. G., Gillespie, D., Rice, A.
aterros da zona portuária de Manaus tem (1986) Seismic Cpt to Measure in Situ Shear Wave
históricos exatamente por sua frequência. Não Velocity. Journal of Geotechnical Engineering 01/1986;
há nenhum mecanismo de resposta e 112(8). DOI: 10.1061 / (ASCE) 0733 – 9410 (1986) 112
acompanhamento sistemático destes sérios : 8 (791).
problemas, que identifique cada situação e suas
particularidades geológicas/geotécnicas.
Contudo, a totalidade das causas, as técnicas de
intervenção aplicadas, seu sucesso e suas falhas
são do conhecimento dos geotécnicos
portuários. Um detalhe importante neste
contexto é que pela extensão dos problemas e a
grandeza da região sintomática, somente os
casos catastróficos chegam a opinião pública,
mascarando o problema. A zona portuária de
Manaus, por sua importância crescente na vida
da cidade, tem apresentado situações
catastróficas cuja intervenção impacta em sua
população. A utilização da técnica de reforço de
solos com CPR tem demonstrado, ao longo de
dois anos ininterruptos de atuação, ser
completamente eficiente para este grande
problema da região e, por extensão, de toda a
Amazônia. Como a escolha do fator de
segurança é vital em qualquer projeto, o

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