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DO PAVIMENTO
Dimensionamento do Pavimento
Neste item será estudado o
dimensionamento de pavimentos flexíveis.
Será abordado o método de
dimensionamento adotado pelo DNER
(DNIT) denominado método do Engenheiro
Murilo Lopes de Souza.
Os eixos dianteiros direcionais são sempre com rodagem singela. A legislação contempla a montagem de
dois eixos dianteiros direcionais. Os eixos traseiros dos veículos comerciais normalmente são com rodagem
dupla.
Configuração das Suspensões
TANDEM NÃO TANDEM
Existem dois tipos de suspensão: Bogie, utilizada em veículos com tração 6X4. Balancim utilizada em
veículos com tração 6X2. Nos dois modelos, os eixos trabalham em conjunto. Quando passam em alguma
depressão, o primeiro eixo desce enquanto que o outro sobe (igual a uma balança) - vantagem de que
sempre os pneus estão em contato com o solo.
No modelo “não tandem”, os eixos são independentes e a capacidade de pesos para as duas configurações
(tandem e não tandem) são diferentes.
Figura 5 - Configurações dos eixos de semi-reboques
Configuração dos Eixos semi-reboques
Convencional
Semi-reboques convencionais poderão ter 1, 2 ou 3 eixos e a distância entre seus centros ser
superior a 1,20 metros e inferior a 2,40 metros.
Distanciada
Para serem considerados semi-reboques com eixos distanciados, as distâncias entre os centros de seus eixos
deverá ser superior a 2,40 metros e poderão ter 2 ou 3 eixos.
Para esse caso, a lei os considera como eixos independentes, portanto com pesos diferentes dos
semi-reboques com eixos convencionais.
Capacidade legal, veículos com 2 eixos
10.000 kg
6.000 kg 17.000 kg
6.000 kg 17.000 kg
Para as configurações que ultrapassarem esse valor (treminhão ou rodotrem) será necessário uma
AET - Autorização Especial de Trânsito.
Figura 11 - Dimensões (Resumo)
Dimensões ( RESUMO )
Figura 12 - Carga máxima (Resumo)
Carga Máxima ( RESUMO )
Distância Carga
Configuração Qtde. de Qtde. de Suspensão máxima
entre eixos
Eixos Pneus autorizada
(ee)
1 2 6
1 4 10
2 4 12
Tandem 17
Maior que 1,20 e
2 8
menor que 2,40 m Não
15
Tandem
Designação do
Caminhões e
veículo tipo Veículos Caminhões e Semi-
ônibus Reboques
leves ônibus reboques
convencionais (RE)
(VP) longos (O) (SR)
(CO)
Características
As rodas dos pneumáticos (simples ou duplas) são acopladas aos eixos, que podem ser classificadas da
seguinte forma:
Eixos Simples:
Um conjunto de duas ou mais rodas, cujos centros estão em um plano transversal vertical ou podem ser
incluídos entre dois planos transversais verticais, distantes de 100 cm, que se estendam por toda a
largura do veículo. Pode-se ainda definir:
Entende-se por configuração básica a quantidade de unidades que
compõem o veículo, os números de eixos e grupos de eixos,
independentemente da rodagem, apresentados sob a forma de
silhueta.
As diversas classes são representadas por um código alfanumérico,
por exemplo 2S3. No código adotado, o primeiro algarismo
representa o número de eixos do veículo simples ou da unidade
tratora, enquanto que o segundo algarismo, caso exista, indica a
quantidade de eixos da(s) unidade(s) rebocada(s).
quantidade de eixos da(s) unidade(s) rebocada(s).
As letras significam:
I = veículo trator + semi-reboque com distância entre-eixos > 2,40 m (eixos isolados);
X = veículos especiais;
B = ônibus.
Exemplos:
2S3 = caminhão trator (cavalo mecânico) com 2 eixos + semi-reboque com 3 eixos
3T6 = caminhão trator com 3 eixos + 2 ou 3 semi-reboques com 6 eixos - rodotrem ou tri-
trem
3X6 = caminhão trator com 3 eixos + reboque com 6 eixos - carga excepcional
2CB – exclusiva para ônibus dotado de 2 (dois) eixos, sendo o traseiro de rodagem dupla.
3CB - exclusiva para ônibus dotados de conjunto de eixos traseiro duplo, um com 4
(quatro) e outro com 2 (dois) pneumáticos;
E1 = ES, RS, CM = 6t
E2E3 = ES, conjunto de eixos em
3 23(24,2) 3C
tandem duplo TD, CM = 17t
E1 = ES, RS, CM = 6t
3 26(27,3) 2S1
E2 = ED, RD, CM = 10t
E3 = ED, RD, CM = 10t
E1 = ES, RS, CM 6t
E2E3E4 = conjunto de eixos em tandem
4 31,5(33,1) 4C
triplo TT; CM = 25,5t
d12>2,40
1,20m < d23, d34 2,40m
CAMINHÃO DUPLO DIRECIONAL
TRUCADO
E1 = ES, RS, CM 6t
4 33(34,7) E2 = ED, RD, CM 10t 2S2
E3E4 = TD, CM = 17t
fator preponderante que leva os pavimentos ao final de sua vida útil é este
efeito acumulado.
Portanto, o parâmetro de tráfego é um dado necessário ao
dimensionamento de pavimentos, uma vez que o mesmo é
função basicamente do índice de suporte do subleito e do trá-
fego do trânsito sobre o mesmo.
É o número de repetições (ou operações) dos eixos dos veí-
culos, equivalentes às solicitações do eixo padrão rodoviário
de 8,2 tf durante o período considerado de vida útil do
pavimento.
CÁLCULO ADOTADO PELO DNIT
O Parâmetro “N” – número de repetições do eixo padrão é determinado
utilizando-se a seguinte expressão:
N = 365 x TMDA x FV x FR x FD
Onde:
Os valores “P” são determinados por pesagens de eixos em balanças fixas ou móveis, em
Tabela 44 - Dados de pesagens do trecho
EXERCÍCIO
CARGAS POR EIXO (t)
Ônibus Veículos de Carga
2C 3C 2C 3C 4C 2S3 3S3
Eixo Diant. Eixo Traz. Eixo Diant. Eixo Traz. Eixo Diant. Eixo Traz. Eixo Diant. Eixo Traz. Eixo Diant. Eixo Eixo Diant. Eixo Cent. Eixo Eixo Diant. Eixo Cent. Eixo
ESRS ESRD ESRS ETD ESRS ESRD ESRS ETD ESRS Traz.ETT ESRS ESRD Traz.ETT ESRS ETD Traz.ETT
CARGAS POR EIXO
Pesagem 1 2,1 3,3 2,4 5,3 3,0 6,2 3,2 8,4 3,9 19,1 3,7 6,5 18,3 4,9 13,7 18,4
Pesagem 2 2,5 3,5 2,7 5,7 3,3 6,1 3,5 8,7 4,4 19,4 4,2 7,4 19,7 4,9 14,0 19,9
Pesagem 3 3,4 4,5 3,3 5,8 3,3 5,9 3,8 8,3 3,8 18,7 3,3 6,8 18,5 4,3 13,2 18,1
Pesagem 4 3,7 4,8 3,8 6,1 4,2 7,3 4,4 9,8 5,3 20,1 5,6 8,4 20,2 5,9 14,8 19,9
Pesagem 5 4,2 5,4 4,1 9,2 4,7 7,4 4,9 9,7 5,6 20,8 5,1 7,9 19,5 4,9 14,1 19,7
Pesagem 6 4,8 5,7 4,9 10,0 5,4 8,8 5,9 10,2 5,9 20,7 6,0 9,1 21,3 4,4 13,7 20,3
Pesagem 7 4,1 5,8 3,9 8,7 4,3 7,1 4,0 9,3 4,9 19,7 4,9 7,7 19,4 4,9 14,1 19,7
Pesagem 8 3,5 4,8 3,3 8,2 4,1 7,4 4,6 9,3 5,1 20,3 5,7 8,5 20,9 5,8 14,5 20,2
Pesagem 9 2,8 3,9 2,7 7,9 3,5 7,7 3,2 8,4 4,6 19,9 5,2 8,0 21,0 5,6 14,7 20,5
Pesagem 10 2,2 4,5 2,1 7,7 2,8 5,6 2,7 7,6 4,7 19,6 5,6 8,9 20,4 5,9 15,0 20,8
Carga Média 3,33 4,62 3,32 7,46 3,86 6,95 4,02 8,97 4,82 19,83 4,93 7,92 19,92 5,15 14,18 19,75
Determinação das Espessuras do Revestimento (R)
A espessura da camada de revestimento asfáltico é por sua vez um dos
pontos ainda em aberto na engenharia rodoviária, quer se trate de
proteger a camada de base dos esforços impostos pelo tráfego, quer se
trate de evitar a ruptura do próprio revestimento por esforços repetidos
de tração na flexão. As espessuras apresentadas na tabela a seguir,
visam, especialmente, as bases de comportamento puramente granular
e são ditadas pelo que se tem podido observar.
Espessuras Mínimas de Revestimentos Asfálticos
N (repetições) do ESRD de 80 kN Tipo de Revestimento Espessura (mm)
6
10 Tratamentos superficiais 15 a 30
6 6
10 < N 5 x 10 CA, PMQ, PMF 50
6 7
5 x10 < N 10 Concreto asfáltico 75
7 7
10 < N 5 x 10 Concreto asfáltico 100
7
N 5 x 10 Concreto asfáltico 125
No caso da adoção de tratamentos superficiais, as bases
granulares devem possuir coesão, pelo menos aparente, seja
devido a capilaridade ou a entrosamento de partículas.
ÁBACO PARA DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS- DNER (1981) Supõe-se, sempre, que há
0 uma drenagem
10
superficial adequada e
20
que o lençol freático foi
30
20 rebaixado a, pelo menos,
40 15
1,50m em relação do
Espessura Equivalente (cm)
12
50
10
greide de regularização.
100
3
110
120
130
2
140
150
1,E+03 1,E+04 1,E+05 1,E+06 1,E+07 1,E+08 1,E+09
Número de Repetições de carga - N
10
20
30
20
40 15
Espessura Equivalente (cm)
12
50
10
100
3
110
120
130
2
140
150
1,E+03 1,E+04 1,E+05 1,E+06 1,E+07 1,E+08 1,E+09
Número de Repetições de carga - N
esentado na figura 01 a simbologia
É apresentado na figura 01 a simbologia utilizada no
utiliza
onamento do pavimento,
dimensionamento onde:
do pavimento, onde:
R Revestimento Asfáltico
H20 Base - CBR 60%
B
Hn Sub-base - CBR=20%
h20
Hm Reforço do subleito - CBR=n%
hn
Subleito - CBR = m%
Figura 01 – simbologia das camadas
Os coeficientes
Os coeficientes estruturais são designados,
estruturais genericamente
são designados, por:
genericamente por:
Revestimento = KR
Revestimento KR
Base = KB
Sub-base =Base
KS KB
Reforço = KRef
Sub-base KS
Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn e H20 pelo ábaco e a espessura
de R pela tabela, as espessuras da base (B), sub-base (h20) e reforço do
subleito são obtidas pela resolução sucessiva das seguintes inequações: