EDUCARE - CONGRESSO DE PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA

SOBRE EDUCAÇÃO - 2023

Edição Remoto – 04 a 06 de agosto de 2023
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
https://www.reconectasolucoes.com.br/

NA ESCOLA COM O POVO CIGANO OU ROMANI: REFLEXÕES

A RESPEITO DA LEI 13.935/2019

Elaine Pereira1

Resumo

Neste artigo se exercitam reflexões a partir de estudos sobre o povo Romani 2,

popularmente chamado de cigano, entretecidas com os ensinamentos da área do Serviço
Social e com a possibilidade de inserção de profissionais desta formação na educação
pública após a lei 13.935/2019. A partir de alguns problemas apresentados em estudos
sobre a entrada e permanência de alunos/as de etnias ciganas na educação formal,
reflete-se sobre as ações e as possiblidades que assistentes sociais podem atuar a favor
da escolarização desta população, em vista de suas características. Advinda ao país em
algumas levas, sabe-se perseguida pelo preconceito desde sua chegada ao mundo
ocidental, vinda de diáspora(s) da Índia, por quais motivos ainda ignorados e
investigados, passando pelo continente europeu, também rumando para as Américas, se
fixando e itinerando por localidades diversas, sendo o Brasil o segundo país com maior
número desta população mundial.
Então, para tratar do posto, optou-se pela abordagem qualitativa e bibliográfica,
A princípio, de forma sucinta, trata-se de definir de quem tratamos, o povo tradicional
cigano/Romani, colocando-se algumas características que o torna peculiar e que o
define ao longo dos séculos, passadas de geração a geração e que o protege ao mesmo
tempo que afasta da rede de serviços do Estado, quer por necessidade, quer pelo
preconceito que o persegue. A partir destas características esboçadas sobre esta
população, que costuma evadir a escola ou ser expulsa, conforme o ponto de vista de
quem exclui ou é excluído, visando abordagens educativas proponentes do respeito a tal
cultura que a permita permanecer e se expressar. Em terceira momento, se reflete sobre
o Código de Ética do Serviço Social e das possibilidades que a inserção de seus
profissionais nas escolas pode propiciar a esta população tradicional. Para fechamento,
são apresentadas as (in) conclusões, baseadas nos estudos e experiências estudadas,
registrando assim algumas reflexões parciais sobre aspectos culturais de povos ciganos,
principalmente quanto aos conceitos de liberdade, de autonomia, em relação aos
mesmos na obra de Paulo Freire, em relação ao mundo e à Educação construídos na
sociedade contemporânea e os impactos educativos decorrentes dessas práticas.

1
Especialista em Educação para a Diversidade, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
elaine8hillgmail.com.
2
Optou-se por utilizar o mesmo termo da Portaria nº 4.384, de 28 de dezembro de 2018, que instituiu, no
Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Povo Cigano/Romani.
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Edição Remoto – 04 a 06 de agosto de 2023
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
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Palavras-chave: Povos tradicionais. Povo cigano/Romani. Educação. Inserção de

assistentes sociais na Educação. Lei 13.935/2019.