Você está na página 1de 11

DOM ALBERTO

GILMARA PENICHE

Família e sociedade no processo de educação inclusiva: uma análise do contexto


brasileiro

Ananindeua-PA
2023
DOM ALBERTO

GILMARA PENICHE

Família e sociedade no processo de educação inclusiva: uma análise do


contexto brasileiro

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título de
Especialista em Atendimento
Educacional Especializado e Salas
de Recursos Multifuncionais.

Ananindeua-PA
2023
FAMÍLIA E SOCIEDADE NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA
ANÁLISE DO CONTEXTO BRASILEIRO

Gilmara da Silva Peniche1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

Este artigo tem como objetivo ser um estudo breve acerca do processo de oficialização
da educação inclusiva no contexto brasileiro. A pesquisa que se segue busca analisar,
por meio do processo histórico, como que a sociedade e a família conceberam a
necessidade de existir uma forma de educar diferente, que considera as especificidades
de cada estudante e o contexto em que o ensino ocorre. Assim, ressalta-se que
constam duas sessões para divisão deste trabalho; a primeira trata do processo
histórico literal da educação nacional, sendo ressaltado as tendência pedagógicas de
cada período, afim de estabelecer uma linha do tempo do “modos operante” da
educação brasileira; a segunda tem como objetivo dissertar sobre a educação inclusiva
nas leis, dando destaque para a Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 - Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Tal trajeto tem como finalidade destacar a
figura da família e da sociedade no processo de educação inclusiva nacional.

PALAVRAS-CHAVE: Educação.História.Sociedade.Família.Inclusão.

1
ghilpeniche2015@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
A educação inclusiva é uma abordagem pedagógica que procura alcançar a
igualdade na escolarização de crianças e adolescentes e baseia-se em uma
metodologia pela qual o direito a uma boa educação possa ser usufruído por todos sem
restrições. O conceito de educação inclusiva não é isolar os alunos pelas suas
diferenças, mas sim valorizar a qualidade de cada indivíduo, integrar a particularidade
de cada estudante e criar um ambiente de convivência mais diversificado. Assim, além
de promover o acesso a uma boa educação para pessoas com deficiência, a proposta
também ajuda a aumentar a inclusão, à medida que as pessoas passam a
compreender que, apesar das diferenças, todos têm capacidade e atributos para
aprender.
É possível observar que na atual conjutura a questão da inclusão na educação está
sendo mais discutida, tanto nos meios de comunicação, como jornais e programas de
televisão quanto nas redes sociais (instagram, facebook, youtube). Assuntos como TDH,
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e superdotação alcançam um grande público,
interessado em saber como funciona a realidade dos portadores e questões que
rodeiam o assunto.
Essa realidade não é igual a de anos atrás, onde o portador de alguma deficiência
não era visto como uma pessoa comum, um trabalhador normal ou estudante comum,
mas sim como um indivíduo a parte dos outros, sem identidade e descriminalizado. Este
artigo tem como objetivo dissertar acerca da visão da sociedade e da família ante a tal
temática, buscando-se no estudo histórico da educação nacional a mudança do
pensamento discriminatório para uma nova visão: a inclusiva.
Ao longo das pesquisas que basearam este trabalho foi possível observar a influência
das tendências pedagógicas no “modos operantes” do ensino. De acordo com a
realidade histórica e cultural de cada época é possível perceber uma forma de educar,
bem como uma maneira diferente de enxergar o aluno, suas peculiaridades e
dificuldades.
O objetivo central desta pesquisa é analisar, por meio do processo histórico, como
que a visão da família e sociedade ante a necessidade da educação especial/inclusiva
evolui e se desenvolve no meio educacional brasileiro. Buscando-se identificar e
interpretar os fatos apresentados.
Justifica-se que a relevância deste artigo está em levantar o arcabouço histórico-
social da realidade educacional inclusiva no Brasil, permitindo visualizar a interferência
do pensamento filosófico e cultural em todos os aspectos da sociedade, posto que a
visão de homem definirá a como será o mode de ensinar de cada época, até chegar a
culminância ideal: a promulgação de uma Lei.
Para realizar a escrita deste artigo foi realizada pesquisa bibliográfica, considerada
por Lakatos e Marconi (2007, p.43) como o levantamento de grande parte da
bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas, impressas e
escritas sobre um determinado assunto. Grifa-se que o presente possui caráter
unicamente qualitativo.
Destarte, observa-se que o presente obedecerá a seguinte divisão: primeira seção,
que demarcará o estudo histórico do prcesso educacional brasileiro, segunda seção, na
qual se fará uma análise da educação inclusiva na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação e, ao fim as considerações conclusivas que esse trabalho gerou.
2. FAMÍLIA E SOCIEDADE NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
A história da educação nacional é marcada por diversos momentos que individualizou
e estruturou o modelo de educação previsto na atual conjuntura, bem como
estabeleceu novos conceitos e formas de educar. A organização dessas etapas
permitirá analisar o papel da sociedade e da família no meio educacional brasileiro, afim
de destacar como a educação inclusiva se oficializou no ambiente escolar.
A priori, faz-se relevante grifar que o conceito de educação permiti dois sentidos, um
social e outro individual Haydt (2010). Quanto ao social, a educação é vista como a
ação que as gerações adultas exercem sobre as gerações jovens, ou seja, a forma
sistemática do processo formativo, a qual se estabelece em instituições próprias. Já em
relação à individual, Haydt (2010) entende-se que é relativa ao desenvolvimento de
aptidões e potencialidades de cada indivíduo, tendo em vista o aprimoramento de sua
personalidade.
A partir dos conceitos estabelecidos, faz-se plausível iniciar a escrita da linha do
tempo da educação nacional, percorrendo os principais modelos de educar até chegar
na modalidade inclusiva. Diversas são as raízes geradoras das tendências pedagógicas
brasileira, as quais exerceram papel significativo no conceito de educação em voga na
sociedade do atual tempo.
O século XVI dá início ao processo educacional brasileiro, com a vinda dos
missionários religiosos jesuítas para o Brasil visando a catequização dos povos nativos.
Tal acontecimento ocorre em razão do período de colonização das terras sul
americanas, a descoberta de um novo mundo com riquezas desconhecidas inicia a
colonização do Brasil pelo grande Império Português. A Compahia de Jesus foi uma
instituição religiosa de padres fundada com o objetivo de difundir a fé cristã católica em
todo o mundo, a fim de conduzir povos nativos não cristãos para o catolicismos. Os
jesuítas desembarcaram em solo brasileiro em 1549, sob o comando de Padre Manoel
de Nóbrega. Desde então a Compahia de Jesus fica sobre o comando da educação dos
nativos, conforme afirma Cardoso 2004:
[...] o período compreendido entre meados do século XVI (1549) e meados do século XVIII
(1759) é conhecido como período “jesuítico”, uma vez que o ensino ficava ao encargo da
Companhia de Jesus, instituição religiosa que ministrava um ensino básico nas “escolas de ler,
escrever e contar”, como eram denominadas então as escolas do ensino fundamental.
(CARDOSO, 2004, p.179).

O ensino jesuítico ficou conhecido como Ratio Studio rum ou Plano de Estudos da
Companhia de Jesus Burci (2017). O surgimento das primeiras instituições de ensino no
Brasil colônia é decorrente do trabalho dos padres jesuítas, os quais presavam pela
vertente religiosa tradicional como estratégia de controle dos povos indígenas. No
entanto, apesar da grande influencia da igreja e desses religiosos o modelo jesuíta
chega ao fim com as medidas tomada por Marquês de Pombal em 1749, iniciando,
assim, a chamada era pombalina, marcada por várias reformas no modelo educacional
e da sociedade como um todo, sobre tal questão Amaral (2006) afirma:
Durante o Reinado de D. José I e do seu primeiro-ministro, os princípios governamentais
estavam repletos de aspirações de cunho econômicos e culturais. Para tanto, Pombal
governava com mãos de ferro para que esses objetivos não se perdessem. Durante esse
período, todo e qualquer indivíduo que se colocasse oposto aos ditames portugueses, poderia
ser preso com a justificativa de ser contra o reino. E, é nessa vertente que encontramos o
Marquês, com um dos maiores embates de sua era: a expulsão da Companhia de Jesus.Para
ele, o afastamento dos jesuítas dessa região significava tão somente, assegurar o futuro da
América Portuguesa através do povoamento estratégico. O interesse de Estado acabou
entrando em choque com a política protecionista dos jesuítas para com os índios e
melindrando as relações com Pombal, tendo este fato entrado para a história como “uma
grande rivalidade entre as idéias iluministas de Pombal e a educação de base religiosa
jesuítica (SECO; AMARAL, 2006. p.05).
Dessa forma, a vertente religiosa é retirada do “modos operante” da educação
nacional, dando lugar a vertente leiga-laica da pedagogia tradicional, a qual tem como
objetivo resgatar o poder de Portugal em relação ao Brasil para desenvolver o poder
econômico Burci (2017).
A realidade tradicional leiga é definida por Saviani (2021) como vertente não crítica,
que define a escola como antídoto à ignorância, equacionando o problema da
marginalidade, dentro da perspectiva da laicidade e democracia. No entanto, nesse
contexto a escola ainda ocupa-se da simples transmissão do conhecimento acumulado
pela humanidade, sem considerar a realidade individual de cada estudante.
O professor é responsável por transmitir esse conhecimento dentro de uma lógica
pré-estabelecida, restando ao aluno somente assimilar aquilo que é transmitido, a figura
central do processo pedagógico nesse contexto é o professor, detentor de todo o
conhecimento, e figura de maior autoridade dentro de classe. O método utilizado em tal
vertente é o expositivo, o qual visa a mera exposição de certo conteúdo, não havendo
diálogo ou relação entre professor e aluno.
Dentro dessa realidade, a sociedade em geral e grandes estudiosos da educação e
psicologia entenderam que a escola tradicional não é mais eficaz, sendo necessário
uma renovação no modelo de ensino utilizado até então. Foi a partir do século XX que
essas mudanças tomaram forma, com as contribuições das ciência do comportamento
dentro da pedagogia Haydt (2010). O movimento de renovação dentro dos preceitos
pedagógicos tradicionais é conhecido como movimento da escola nova, que busca
uma compreensão mais objetiva do desenvolvimento humano em termos físicos,
intelectuais, emocionais e uma maior compreensão da importância das diferenças
individuais, das necessidades das crianças, das motivações e mecanismos de
aprendizagem e dos fatores ambientais e sociais na vida humana Haydt (2010).
A partir desse contexto, inicia-se a escrita de um documento que enfatiza as
questões citadas acima, trazendo para o âmbito brasileiro as mudanças idealizadas no
meio europeu. O documento recebe o nome de Manifesto dos Pioneiros, idealizado por
nomes como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Cecília Meireles, entre outros. O
manifesto defendia, resumidamente, a universalização da escola pública, laica e
gratuita e um ensino mais inclusivo, levando em consideração os estudos das ciências
do comportamento, representadas principalmente, por Jean Piaget e Lev
Semenovitch Vygotsky.
Figura 1: Jean Piaget

Fonte: Biography

Fiura 2: Lev Vygotsky

Fonte: Blogspot.com
3. A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO E O ENSINO INCLUSIVO
A priori, faz-se necessário estabelecer qual a importância que uma Lei possui ante ao
circuito social, afim de entender qual o real papel de nossas normas de convívio
coletivo. Para tanto, grifa-se o pensamento de Montesquieu (1973) ao fazer relação
entre as Leis e os seres vivos:
“as leis, em seu significado mais extenso, são as relações necessárias que derivam da
natureza das coisas; e, neste sentido, todos os seres têm suas leis; a Divindade possui suas
leis, o mundo material possui suas leis, as inteligências superiores ao homem possuem suas
leis, os animais possuem suas leis, o homem possui suas leis.” (MONTESQUIEU, 1973. p.
160).
A partir de tal definição, infere-se o caráter equacional das Leis, sendo o poder maior
que gera o equilíbrio e justiça na sociedade, visto que o homem é um ser social. A Lei
9.394, de 20 de Dezembro de 1996, Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional
(LDB), é escrita com o objetivo de acompanhar o movimento de renovação educacional
do século XX, o qual culminou em diversas mudanças no meio da educação. A LDB é
decorrente do cenário de lutas para mudanças na educação nacional, é idealizada por
grandes educadores, como Anísio Teixeira, os quais objetivam a democratização e
extensão do ensino.
Destaca-se que a universalização, gratuidade e laicidade do ensino são princípios
alcançados pela LDB, no entanto, a mesma sanciona direitos que até então não haviam
sido alcançados em uma esfera nacional, dentre eles estão o direito a uma educação
inclusiva e acolhedora. O Artigo 4º trata do dever do Estado com a educação escolar
pública, garantido no inciso III:
“Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis,
etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;” (Redação dada pela Lei
nº 12.796, de 2013). (BRASIL, 1996, p. 3)

Antes do artigo quarto, o terceiro artigo, que trata dos princípios da educação, prevê
no inciso XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das
pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva Brasil (1996) - princípio que
proporciona a valorização das pessoas com deficiência auditiva, visual e fonológica,
posto que observa a linguagem de sinais e cultura surda/surdo-cega como dignas de
serem contempladas como fator identitário de uma determinada comunidade.
É perceptível notar que a Lei abrange os estudantes portadores de deficiência de
forma literal, de modo mais específico solicita que o aluno portador transcorra as etapas
da educação escolar no ensino regular, de modo que não seja diferenciado das outras
crianças de maneira pejorativa, mas que seja visto como um aluno que requer cuidados
particulares.
Considera-se a LDB uma Lei de conquista da educação brasileira, pois, de modo
oficial a República Federativa do Brasil institui o funcionamento igualitário, democrático
e inclusivo, antagônico ao previsto nos primeiros séculos da cultura brasileira,
possibilitando dar voz e vez para aqueles que até então eram marginalizados pelo
berço social.
4. CONCLUSÃO
Analisar a história da educação brasileira permite compreender a dinâmica que
culminou no modelo de educação previsto atualmente, ao passo que também é
possível vislumbrar o processo de melhorias que paulatinamente alcançou o sistema
educacional. A educação inclusiva é um largo passo para a maior equidade dentro da
escola fazendo parte de um dos aspectos evolutivos do cenário pedagógico nacional.
Atualmente é de conhecimento geral que o processo formativo abrange inúmeras
questões, tais como: o ambiente, o contexto, o individual do aluno, suas limitações e
facilidades. No entanto, esses fatores nem sempre foram considerados, tornando o
processo pedagógico excludente e sem sentido, uma vez que a finalidade máxima da
educação é levar o individuo ao ápice do saber, ou seja, do encontro com o
conhecimento. Para tanto, duas perguntas devem ser colocadas em destaque: como
que se aprende? Como devo ensinar?.
Ao longo deste trabalho, buscou-se destacar algumas tendências pedagógicas, a
tradicional religiosa, tradicional leiga e escola nova, cada uma tem uma resposta
diferente para as perguntas sublinhadas no parágrafo acima, visto que a visão das três
sobre os participantes do processo pedagógico, professor e aluno, são diferentes. Para
a vertente tradicional a figura central do processo é o professor, já para a escola nova a
centralidade está no aluno. Essa questão inaugura o pensamento inclusivo, uma vez
que pensar para quem ministra-se uma aula torna-se essencial, pois parte-se do
irrefutável fato de que não existem pessoas iguais, a diferença constituí uma identidade.
Nesse âmbito, as ciência do comportamento colaboraram de maneira significativa
para o aprofundamento desse debate, o estudioso Jean Piaget inaugura uma nova
forma de pensar em como um indivíduo aprende, separando esse processo por idade e
sempre estabelecendo a diferença no tempo de aprendizagem, antogônico e
diversificado. Porrtanto a figura do aluno que precisa ser incluído passa a ter mais
destaque e valorização, culminando nas Leis e medidas que garantem o acesso e
permanência desse estudante na escola.
REFERÊNCIAS
BURCI, Taissa Vieira Lozano. Educação Brasileira: Do Ensino Jesuítico As Aulas
Régias. Universidade Estadual de Maringá – UEM, Faculdade de Astorga, Pedagogia,
Maringá, PR, 2017.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23
dez. 1996. Seção 1, p. 33-44.
CARDOSO, Tereza Fachada Levy. As aulas régias no Brasil. In: STEPHONOU, Maria;
BASTOS, Maria Helena Câmara. Histórias e memórias da educação no Brasil: Vol.
ISéculos XVI – XVIII, 2004.
SECO, A. P. e AMARAL, T. C. I. do. Marquês de Pombal e a reforma educacional
brasileira. 2006.
HAYDT, Regina Célia. Curso de Didática Geral. Editora Ática, 2010.
MARCONI E LAKATOS; Maria de Andrade; Eva Maria. Fundamentos da Metodologia
Científica. Atlas, 2007.
MONTESQUIEU, Charles Louis de. Do Espírito das Leis – in Coleção Os Pensadores
- Montesquieu. São Paulo, Abril Cultural, 1973.

Você também pode gostar