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RESUMO
Este ensaio é composto por parte da biografia de Ariano Suassuna, o autor da obra
Auto da Compadecida. Retrata de maneira breve, porém sucinta a influência e a
contextualização do coronelismo presente na obra, visando trazer ênfase tanto para esse
sistema de governo que regia o estado como trazer as consequências causadas por tal governo
e como afetou diretamente a população. É citado um pequeno fragmento do texto em que
comprova a presença de tal regime presente na referida obra, além de descrever algum dos
desserviços provocados pelo Coronelismo. E por fim, as considerações finais com breves
palavras tornando nítido as consequências e resquícios que tal governo deixou até os dias
atuais.
Diante desse contexto, o que resta para os personagens é usarem o único recurso que
tem em mãos: a inteligência. Em um trecho da cena do julgamento, quando João Grilo
procura recorrer a mais uma esperteza. A inteligência e a forma astuta de viverem foram o
que permitiu Chicó e João Grilo sobreviverem em um lugar repleto de desigualdade. Vemos
ao longo de toda a história como Chicó e João Grilo sofrem em meio a um cotidiano duro,
marcado pela seca, pela fome e pela exploração do povo a época do Coronelismo.
Para além dos requisitos econômicos, uma forte característica presente nos coronéis
que se tornou algo cultural no coronelismo era a postura que incumbiam a si mesmo como
dominadores, “durões”, estabelecedores de ordens. Em outras palavras, eram verdadeiros
monarcas, pois dominavam determinadas regiões, nas quais estabeleciam suas próprias regras
e ditavam as leis. A justiça da região era exercida segundo o que o coronel considerava justo,
ou seja, se algo escapasse aos seus olhos ou se algo ocorresse diferente daquilo que
planejava, a correção vinha por meio de suas próprias mãos, ou das mãos dos capangas a seu
serviço. A justiça dos coronéis correspondia àquele famoso ditado popular: “olho por olho,
dente por dente”. Para explicar essa postura assumida pelos coronéis, Queiroz utiliza um
termo cunhado por Max Weber:
Neste pequeno fragmento acima, pode-se perceber que o cachorro que pertencia na
verdade a mulher do padeiro está doente e ele pede que Chicó chame o padre para benzer o
animal. De início, o padre resisti e se nega a benzer o animal, tratando a situação com
desprezo e só muda de ideia quando João Grilo mente de quem seria o animal, a fim de se
vingar do padeiro e sua esposa que eram péssimos patrões, e o padre com buscava acertar as
contas. Assim disse ao padre que o cachorro pertencia ao Major Antônio Moraes figura que
representava poder e riqueza no sertão e, também era figura temida e respeitada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GALVÃO, André Luís Machado. O coronelismo nas narrativas de Wilson Lins: espaços
de poder. Feira de Santana, 2010, 120 p. Dissertação (Mestrado em Literatura e Diversidade
Cultural). PPgLDC, UEFS, 2010.
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/coronelismo.htm