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Material Teórico
Revestimentos Cerâmicos; Revestimentos Pétreos;
Revestimentos Pétreos Compostos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Revestimentos Cerâmicos;
Revestimentos Pétreos;
Revestimentos Pétreos Compostos
• Revestimentos Cerâmicos;
• Características dos Revestimentos Cerâmicos;
• Classificação dos Revestimentos Cerâmicos;
• Instalação de Revestimentos Cerâmicos;
• Cobogós e Elementos Vazados;
• Revestimentos Pétreos;
• Instalação de Revestimentos Pétreos;
• Conservação e Manutenção dos Revestimentos Pétreos;
• Revestimentos Mistos e Compostos;
• Granilite;
• Mármore Composto;
• Corian.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar ao aluno os principais tipos de revestimentos cerâmicos, pétreos e compostos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Revestimentos Cerâmicos; Revestimentos Pétreos;
Revestimentos Pétreos Compostos
Revestimentos Cerâmicos
Histórico
A cerâmica é uma mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas quei-
madas em altas temperaturas. É produzida há séculos e destinada a variadas apli-
cações, como para fins utilitários (louças, tijolos cerâmicos) e estéticos (esculturas).
Sua aplicação à arquitetura, com o uso dos revestimentos cerâmicos, tem início
com as civilizações do Oriente.
Edifício revestido em azulejo, século XIX. Aveiro, Portugal. Disponível em: https://bit.ly/2JpTXBL
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Com o advento da industrialização, o Brasil se tornou um grande produtor de
revestimento cerâmico de alta qualidade. A partir do século XIX, o emprego da ce-
râmica no Brasil passa a ser largamente difundido e até a atualidade é empregado
no revestimento de pisos e paredes de ambientes internos e externos, em formatos,
texturas e cores variadas.
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Revestimentos Pétreos Compostos
Processo de fabricação
Os pisos e revestimentos cerâmicos são peças constituídas normalmente por
material de natureza argilosa e porosidade variável, com ou sem uma cobertura de
natureza vítrea.
Por ser um material de origem argilosa, o processo de extração das matérias primas
é semelhante ao descrito na Unidade 1, no tópico dedicado as alvenarias em tijolos,
com a argila extraída normalmente em fundo de rios próximos aos locais de fabrica-
ção. O material passa então por uma fase de purificação para livrá-lo de impurezas.
A próxima etapa é a queima (link abaixo), que pode ser por processo único, mo-
noqueima, onde o esmalte é queimado simultaneamente com a base cerâmica, ou
por biqueima, em que se queima primeiro a base cerâmica para depois ser aplicado
o esmalte e novamente queimar os dois materiais juntos.
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O processo de biqueima é o mais tradicional, gerando maior ligação entre es-
malte e base, melhor resistência à abrasão e à flexão. Para peças mais detalhadas,
pode ser executada uma terceira queima, onde decora-se o esmalte já queimado.
A peça então vai pela terceira vez ao forno sob temperaturas mais baixas, para
obter o design definitivo.
Importante! Importante!
As peças cerâmicas são elementos modulares que se repetem pela extensão de toda a
superfície a ser revestida. Assim, a qualidade e características de superfície estão dire-
tamente relacionadas à uniformidade dos componentes individuais. Grandes diferenças
dimensionais e irregularidades dentro de um mesmo tipo pode comprometer a aparên-
cia e a funcionalidade do ambiente a ser revestido.
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Existe, por parte do público leigo, a confusão entre os termos pisos e azulejos.
A grosso modo, os revestimentos cerâmicos utilizados no piso das edificações são de-
nominados Pisos Cerâmicos. Por sua vez, os revestimentos cerâmicos utilizados nas
paredes são denominados de Azulejos. A diferenciação de uso do revestimento cerâ-
mico significa diferenciar também características de resistência à abrasão e a ruptura.
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Para paredes, aceita-se o PEI 0 como resistência característica de desempenho à
abrasão. Já para os pisos, em função do tráfego de pessoas, é necessário observar
outras características não exigidas para as paredes, como a resistência à abrasão;
a resistência à ruptura; o coeficiente de atrito, resistência às manchas e a facilidade
de limpeza.
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de molho desde o dia anterior a aplicação. Atualmente, este procedimento é con-
traindicado. O responsável pela instalação deve então verificar no projeto o ponto
de início da paginação no piso e nas paredes.
O rejunte deve ser executado com as peças limpas, livres de pó, óleos e gorduras.
Prepara-se a argamassa de acordo com as instruções do fabricante e a aplicação é
realizada com desempenadeira ou espátula, pressionando-as contra as juntas para
que se obtenha um preenchimento uniforme. O acabamento deve ser executado
após pelo menos 40 minutos, passando esponja limpa e umedecida em água sobre
as juntas. A limpeza final é feita após 72 horas com estopa limpa e umedecida.
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Importante! Importante!
A junta seca não deve ser executada em áreas molhadas, pois a passagem de água pelos
cantos das peças danifica a argamassa de assentamento, podendo gerar descolamento das
peças ou infiltração nos substratos, caso a superfície abaixo não possuir impermeabilização.
O cobogó tem sua origem ligada à cultura árabe, baseado nos muxarabis, cons-
truído em madeiras que eram utilizados como divisórias em ambientes internos,
bem como elementos de transição entre espaços abertos e fechados (Figura 6).
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Figura 7 – Edifícios do Parque Guinle, Rio de Janeiro. Projeto
arquitetônico de Lucio Costa 1948-1954
Fonte: Reprodução | Nelson Kon
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Revestimentos Pétreos
Características dos revestimentos Pétreos
O uso de rochas na construção de abrigos e habitáculos vem desde o princípio
da humanidade. Juntamente com a madeira, foi o primeiro material de construção
utilizado pelo homem (Figura 9).
Figura 9 – Dólmen da Cerqueira em Portugal, estimasse que tenha sido construído entre 4.000/3.000 a.C.
Fonte: Wikimedia Commons
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No Brasil, as rochas utilizadas predominantemente são o mármore e o granito
(Figura 11). Os granitos são rochas compactas, capazes de receber polimento e
constituídas predominantemente de minerais com dureza de 6 a 7 na escala de
Mohs, principalmente o quartzo e o feldspato.
Figura 11 – Granito
Fonte: Getty Images
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O polimento das rochas ornamentais é constituído por uma série de etapas que
procuram reduzir, ao máximo, a rugosidade da superfície a ser trabalhada, dando-
-lhe o maior brilho possível. São utilizados equipamentos nos quais os rebolos são
fixados em cabeçotes rotativos que circulam sobre a superfície sob determinada
pressão e rotação controladas. O polimento é feito sob fluxo constante de água
para refrigerar o equipamento e a rocha, além de permitir o escoamento de re-
síduos. Após o polimento, aplica-se cera à base de carnaúba com a finalidade de
promover o brilho das placas, melhorando a aparência final do produto. As placas
são então enviadas para o comércio que as cortam nos tamanhos e comprimentos
apropriados para o uso comercial e doméstico.
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Figura 13 – Assentamento de revestimento pétreo com argamassa
Fonte: CARDOSO, 2003
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Revestimentos Pétreos Compostos
Para manter uma superfície com alto brilho na maioria das pedras, não se
recomenda a utilização de ceras acrílicas ou outros tipos de materiais que formem
películas na superfície da pedra.
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Revestimentos Mistos e Compostos
Desenvolvidos a partir de rochas e minerais e em decorrência do grande de-
senvolvimento tecnológico durante o século XX e início do século XXI, existe uma
enorme gama de matérias desta categoria, compostos por fragmentos de rochas
naturais e agregados como cimentos, compostos sintéticos e resinas. Esses pro-
dutos são comercializados tanto sob a forma de placas como aplicados “in loco”
através de massas que, após sua consolidação, são polidas e lustradas.
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Granilite
O Granilite (Figura 15) é um piso de alta resistência por ser constituído à base
de cimento (branco ou cinza) e granilhas (pedras moídas de origem calcária ou
basáltica e/ou agregados de diversas cores e granulometrias), que após aplica-
do sofre sucessivos polimentos até ficar com a superfície lisa, pronta para ser
impermeabilizada. Possibilita a execução de piso monolítico (fundido no local e
com grande espaçamento entre juntas de dilatação), oferece elevada resistência
a abrasão e impacto, cores variadas com ilimitadas combinações decorativas e
facilidade de limpeza.
Mármore Composto
O Mármore Composto é produzido
pela mistura de partículas de mármore
natural e agentes aglutinantes, resultando
em um material aparentemente similar ao
mármore natural.
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Corian
Corian é um material sólido, não poroso, homogêneo, composto por resina
acrílica de minerais naturais. O principal mineral é TriHidrato de Alumina (ATH),
derivado da bauxita, da qual o alumínio é produzido. O material pode ser termo-
moldado em moldes de madeira ou metal e em temperaturas controladas para
criar objetos de design em 2D ou 3D. Efeitos de relevo também podem ser criados
usando a técnica de moldagem por pressão. O Corian pode ser trabalhado como
madeira, usando ferramentas típicas da marcenaria.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Assentar granitos em parede, fácil, rápido e com qualidade
https://youtu.be/-FqTC5Hlsc8
Arquitetura e Cia – Dicas Sobre os Cobogós
https://youtu.be/ALsSM4UelXU
Corian Thermoforming
https://youtu.be/kE9xcIUULvc
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13817 Placas ce-
râmicas para revestimento – Classificação. Rio de Janeiro. 2016.
AZEREDO, H. A. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 1987.
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