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Disponível em: https://50licoes.blogspot.com/2014/05/deducao-e-
inducao_25.html?fbclid=IwAR1CjT5jZ435bsfg0MPgngipFZDN9pbRC63DKT9-XgX3snmYh3H8sxj-S_w Acesso em 16/11/20.
Adaptado.
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Prof. de Filosofia na Universidade Federal de Ouro Preto/MG (UFOP).
Tarefa de estudos dirigidos a
distância
Não é possível que alguns corvos sejam animais bonitos sem que ao mesmo tempo alguns animais
bonitos sejam corvos. Contudo, é possível que todos os corvos observados até hoje sejam pretos, sem que todos
os corvos sejam pretos: talvez tenhamos visto mal. Esta é a mais importante diferença entre a validade dedutiva
e a indutiva: a primeira exclui a falsidade da conclusão quando as premissas são verdadeiras; a segunda não
exclui tal coisa, mas torna-a improvável.
São muito frequentes os argumentos dedutivos em que se parte de premissas gerais e se chega a uma
conclusão particular. Mas nem sempre é assim. E também são muito frequentes os argumentos indutivos em
que se parte de premissas particulares e se chega a uma conclusão geral. Mas, mais uma vez, nem sempre isso
acontece. Assim, o que distingue os argumentos dedutivos dos indutivos não é a generalidade relativa das
premissas e conclusões. Isto confirma-se com os seguintes exemplos:
Dedução do particular para o particular: “Algumas ideias filosóficas são difíceis. Logo, algumas ideias
difíceis são filosóficas”.
Dedução do geral para o geral: “Nenhuma divindade é mortal; logo, nenhum mortal é uma divindade”.
Indução do geral para o particular: “Todos os corvos observados até hoje são pretos. Logo, o corvo do
Luís é preto”.
Outra diferença importante entre a dedução e a indução é esta: quando temos um argumento
dedutivamente válido, qualquer argumento que tenha a mesma estrutura será também válido (há exceções a esta
afirmação, mas não vamos preocupar-nos com elas.) Por exemplo, o argumento "Alguns seres humanos são
filósofos, logo alguns filósofos são seres humanos" é dedutivamente válido. Isto significa que qualquer
argumento com a mesma estrutura é também válido. É o caso dos argumentos "Algumas cidades são bonitas,
logo algumas coisas bonitas são cidades" e "Alguns carros são perigosos, logo algumas coisas perigosas são
carros". Mas isso não acontece no caso dos argumentos indutivos: quando temos um argumento indutivamente
válido, há outros argumentos com a mesma estrutura que são inválidos. Por exemplo, o argumento "Todos os
corvos observados até hoje são pretos, logo todos os corvos são pretos" é indutivamente válido, mas o
argumento seguinte, apesar de ter a mesma estrutura, é inválido: "Todos os seres inteligentes observados até
hoje são terrestres, logo todos os seres inteligentes são terrestres".
1. Tarefa: responda as questões abaixo.
i) Qual é a diferença entre argumentos dedutivos e indutivos?
ii) Formule dois exemplos (originais, próprios) de argumentos dedutivos e dois de argumentos indutivos.
iii) Nos 10 primeiros minutos da aula do Prof. Walter Carnielli (UNICAMP/) – disponível no vídeo em
“Material complementar” – são explicados três tipos diferentes de indução. Explique-os com suas próprias
palavras.
Material complementar:
-Aula Prof. Walter Carnielli:
https://www.youtube.com/watch?v=v0zvPoneIrc&fbclid=IwAR244zd7iE29hAzUJiOOb09mjUsSnEN2aQjTU
bfByfHiCB3vBi10nr-zlo0&ab_channel=InstitutoModal
Gabarito da Semana 32
A) O que é um argumento? Apresente (de forma explícita) dois exemplos.
Argumento é um conjunto de proposições relacionadas entre si em que alguma (s) tem o papel de
premissa (s) e outra de conclusão e serve para defender uma ideia, um ponto de vista, uma perspectiva sobre
algo.
Exemplos de argumentos explícitos:
P.1: Todo cavalo é quadrúpede.
P. 2: Pé de pano é um cavalo.
C: Pé de pano é um quadrúpede.
P.1: Usar a vida de outros animais como meio para alcançar a felicidade humana não é correto.
P.2: Os animais de estimação dão certo conforto e felicidade para os seres humanos.
P. 3: As pessoas usam os animais de estimação como meio para alcançar sua felicidade.
C: A forma com que as pessoas se relacionam com os animais de estimação, os usam como meio, não é
correta.
Obs.: ainda não começamos a debater sobre o que mais interessa na lógica: a validade dos argumentos.
Estamos apenas aprendendo a reconhecer e a construir argumentos, sem a preocupação sobre a validade e a
consistência deles. Provavelmente aprenderemos sobre validade dos argumentos no ano que vem.
B) O que é premissa? Apresente ao menos um exemplo. A premissa é uma razão que apresento para
sustentar a tese (conclusão) de meu argumento. No segundo exemplo acima, P. 3, temos uma premissa.
C) Explique o que é uma conclusão e apresente ao menos um exemplo. É a tese, a ideia principal que se
pretende defender, sustentar através do argumento. Na questão A), acima, temos dois exemplos de conclusões
(C).
D) Identifique as premissas e as conclusões dos seguintes argumentos:
i) Não podemos comer carne porque todo assassinato é um crime e matar animais é um assassinato.
P.1: Todo assassinato é um crime.
P2. Matar animais é um assassinato.
C: Não podemos comer carne.
ii) Os artistas podem fazer o que bem entendem. É por isso que é impossível definir arte.
P: Os artistas podem fazer o que bem entendem.
C: É impossível definir arte.