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LÓGICA I _ Notas de Aula para P1 (22/1)

1) Aspectos históricos:
a. Lógica surge no século IV com Aristóteles.
b. Veio da filosofia, mas é uma disciplina autônoma.
c. Origem do termo “Lógica”: de Logos, discurso. (Mas não é um bom caminho para definir a disciplina).
d. Aristóteles chamava a Lógica de Analítica.
e. No Século XIX, a Lógica vai passar por processo de matematização e formalizações.

2) Capítulo 1 Mortari. Definições.


a. Lógica: ciência que estuda princípios e métodos de inferências com o objetivo de determinar se certas coisas
são consequências de outras.
b. Inferência: manipular a informação disponível gerando consequências. Com isso, tem novas informações.
c. Sentença: formulação de palavras com pelo menos um verbo, / Sequências gramaticais de palavras.
i. Não é necessariamente proposição.
ii. Para nós, não faz diferença se é sentença, proposição ou enunciado. Importa que seja uma sentença
declarativa, ou seja, que possamos dar valor de verdade.
d. Argumento: conjunto finito de proposições contendo premissas e conclusão; sequência finita de proposições
contendo 1 conclusão.
i. Sequências de premissas e ao menos uma conclusão.
ii. Proposição isolada não é nem premissa nem conclusão.
iii. Função de um argumento: apresentar uma ideia acompanhada de uma prova da sua aceitabilidade.
iv. Convencer alguém racionalmente de alguma coisa.
e. Enunciado: proposição feita por alguém em certo momento. Datado.
i. É proposição. Sujeito a verdadeiro e falso.
ii. Ciências trabalham com enunciados. Podem ser verdadeiros num dia e falsos em outro e vice-versa.
São verdadeiros provisoriamente.
1. História das ciências: história de como os enunciados se tornaram proposições.
iii. Proposição se torna enunciado quando colocado num contexto (local, pessoa, ambiente...)
f. Proposição: podem ser verdadeiras ou falsas, afirmadas ou negadas.
i. Sempre uma sentença declarativa.

3) Argumento: não é verdadeiro nem falso. É válido ou inválido.

4) Lógica é o estudo dos argumentos.

5) Raciocínio x Inferência:
a. Raciocínio: Pessoal.
b. Inferência: pode ser colocado objetivamente e ser estudado pela Lógica.

6) Objeto Lógico: Inferência (no nosso curso, inferência dedutiva).

7) Na lógica é preciso justificar as asserções. Mas é preciso partir de algum ponto, senão retroagiríamos eternamente.

8) Asserções que não precisam de justificativas:


a. Constatação imediata.
b. Axiomas:
c. Suposições: não é verdadeiro nem falso.
d. Grandes crenças.

9) Princípios da Lógica Clássica:


a. Identidade: proposição sempre igual a ela mesma.
b. Não-Contradição: Não pode ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo.
c. Terceiro Excluído: Ou é verdadeiro ou é falso, não pode ser uma terceira coisa.
d. Princípio da bivalência: verdadeiro e falso.
e. Normativa: procura o verdadeiro e evita o falso.

10) Lógica clássica:


a. Lógica Proposicional (criada pelos estoicos)
b. Lógica de Predicados. (Lógica aristotélica: caso particular de lógica de predicados.)
11) Matéria e forma: no curso: olhar para a forma, não para o conteúdo, não para a matéria. Veremos relação formal das
premissas com a conclusão.

12) Linguagem é fundamental para a Lógica.

13) Sinal: objetivo: mudar mental; impacto. Transmite informação específica.

14) Sinal. Dois sentidos.


a. Veículo de certo significado: Ex: Mesa.
b. Elementos para construções mais complexas. Ex: letras que formam a palavra mesa. Elas não possuem
significado isolado.
i. Obs: Letras do alfabeto: símbolos mesmo sem significado.

15) Processo semiótico: sinal torna-se significado para alguém.


a. Conjunto de fenômenos cognitivos.
i. Na lógica, esses fenômenos não importam. A lógica quer a relação dos sinais com os objetos.

16) Conceito: num processo semiótico é preciso que o sujeito o entenda; e entenda para que serve; tem que entender o
contexto.
a. Todo objeto que gera uma reação pode funcionar como conceito.

17) Denotado:
a. exterior à linguagem.
b. Informações distintas podem ter o mesmo denotado. Ex: número 6. Pode ser VI ou 6.

18) Ícone: características do objeto que está sendo designado. É sempre um sinal artificial.

19) Lógica Contemporânea: chamada de “simbólica”. Sinais convencionais.


a. Símbolo não depende de relação física; ou estrutura (como depende o ícone).

20) Perguntas: Não são nem verdadeiras nem falsas. Não podem ter valor de verdade. Portanto, não fazem parte da análise
lógica.

21) Sentenças imperativas não podem receber valor de verdade.

22) Para lógica, há necessidade de afastamento da linguagem natural e aproximação da linguagem formal

23) Elementos subjetivos não podem estar presentes na análise lógica. Não estamos preocupados com aspectos subjetivos
da linguagem ou com a função expressiva.

24) Tautologia: proposição sempre verdadeira. Exemplo: hoje está chovendo ou não.

25) Lógica: raciocínio dedutivo (indutivo não é objeto da lógica).


a. Método indutivo pode ter premissas verdadeiras e chegar a conclusões falsas.
b. Inferência indutiva: conclusões extrapolam as premissas.

26) Em lógica, supomos que os dados são verdadeiros. Saber se são verdadeiros não é tarefa da lógica.

27) VER PPT COM EXEMPLOS. (AULA 8 DE 22/03/2022)

28) Inferências: válidas ou inválidas.

29) Proposições: falsas ou verdadeiras.

30) Não importa o conteúdo das proposições. O que importa é o aspecto formal.

31) Forma canônica: primeiro premissas e depois conclusão.


a. Mas, informalmente pode apresentar a conclusão primeiro.

32) Validade. É o que nos interessa. Argumento precisa seguir regras. Sempre formais.
a. Se o argumento é falácia, acabou a discussão. Não passou no primeiro critério que é apresentar argumentos
válidos.

33) VER PRINTS. EXERCÍCIOS AULA 10.

34) Argumento: duas classes: apoiam ou não nossas conclusões.


35) Premissas e Conclusões:
a. Premissas: razões e evidências.
b. Conclusões: apoiadas, se seguem das premissas.
i. Atentar que premissa pode vir antes de um “porque”.
c. Da premissa para a conclusão há uma inferência, um nexo entre elas.
i. Inferência pode ser dedutiva ou indutiva. Em lógica, quase sempre é dedutiva. Na indutiva, o nexo
pode acontecer ou não.
1. Ciências usam muito inferências indutivas. Problema: Conclusão extrapola as premissas.

36) VER PRINTS. EXERCÍCIOS AULA 12. Separação entre premissas e conclusões.

37) Forma canônica: premissas seguidas de conclusão.

38) Argumento complexo: tem mais de uma conclusão (tem etapas]. Uma primeira conclusão passa depois a ser uma
premissa. VER PRINTS AULA 12. VER EXEMPLO ANOTADO POR ESCRITO NA AULA 12.

39) Conceito: construção mental (construtos).


a. Unidades básicas das proposições. (Proposições: construtos que podem ser avaliados quanto ao ser valor de
verdade.).

40) Conceitos, como unidades, não são verdadeiros ou falsos. (proposições podem ser verdadeiras ou falsas). Conceito
não pode ser falso. Pode ser mal ou bem definido. Eu crio o conceito.

41) Contexto: Conjunto de proposições formadas por conceitos com referentes comuns.
a. Contexto também é um construto.

42) Teoria: contexto fechado com respeito às operações lógicas; é um conjunto de proposições ligadas logicamente entre si
e que possuem referentes em comum.
a. Objetivo de dizer que é de um modo e não de outro.
b. Teoria depende do contexto.

43) Conceito: fundamental para estabelecer os nexos entre teorias lógicas, epistemológicas e metafísicas.
a. Prof.: “Conceito é tudo na filosofia”.

44) Significado do contexto depende da teoria na qual ele se encontra.

45) Construtos:
a. Conceitos:
b. Proposições:
c. Contextos:
i. Abertos.
ii. Fechados (teorias).

46) Contradição (se anulam) x contrariedade. Caravaggio é contrário à Picasso, não se anulam. Não é “pintura e não-
pintura”.

47)

Universo Empírico Universo Lógico Universo Metafísico


Ponto de Partida Causa Premissa Fundamento
Nexo Lei Regra Princípio
Ponto de Chegada Efeito Conclusão Derivação

48) Conceitos: Possuem Conteúdo e Volume.


a. Conteúdo: propriedades, indícios ou notas. Indícios ou notas: farão com que os objetos se diferenciem ou se
assemelhem.
i. Indícios Substanciais: imprescindíveis. Caracterizam o objeto ou a classe de objetos. Ex: ser humano:
racionalidade.
ii. Indícios Não-Substanciais. Ex: usar relógio.
iii. Indícios distintos e não-distintos:
1. Distintos: distinguem objetos e classes de objetos.
2. Não-distintos: ajudam a estabelecer semelhanças.
3. Ex: possuir vida. É substancial para todo animal. Mas não é distintivo entre homem e raposa.

49) Processo lógico de formação de conceitos: 4 (quatro) etapas:


a. Análise: espécie de separação mental do objeto (os indícios)
b. Síntese: junção das partes.
c. Comparação: estabelece semelhanças e diferenças.
d. Abstração: separação de indícios de um objeto e separação de outros; separação de indícios substanciais e
não-substanciais.
i. Na análise poderia estar inseguro ainda sobre os indícios substanciais.

50) Generalização: potência de reunir objetos.

51) Volume: classe de objetos generalizados pelo conceito.

52) Prof.: Conteúdo = regra; Volume = todo mundo que está adequado àquela regra.

53) Quanto maior o conteúdo de um conceito, menor o volume. Relação inversa entre volume e conteúdo.

a. Na filosofia: conceito de ser é o que capta mais objetos.

54) Conceito x Termo:


a. Conceito: construto mental.
b. Termo: é a palavra usada para representar o conceito.

55) Classificação de Conceitos: por Volume ou por Conteúdo.

56) Classificação por Volume:


a. Gerais (Mais de um elemento): Ex: Carro. Casa
i. Gerais universais (volume igual a uma classe universal; todos os objetos num mesmo ramo do
conhecimento). Ex: números naturais na aritmética.
b. Singulares (um só elemento). Ex: Capital do Brasil.
c. Vazios (volume nulo). Ex: homem de 200 anos.

57) Classificação por Conteúdo:


a. Concretos e Abstratos:
i. Concreto: objetos de forma completa, em sua totalidade. Ex: Carro, testemunha, vendaval.
1. Obs: epistemologia: objeto concreto está no espaço e no tempo. Testemunha é uma ideia.
Ou seja, há conceitos que são concretos, mas materialmente abstratos.
ii. Abstratos: Não refletem objetos na sua totalidade, por inteiro. Ex: injustiça, brancura.
1. Podem ser propriedades de um objeto (roupa branca é concreto. Brancura é abstrato).
2. Podem ser relação: “estar entre”; “estar embaixo”.
b. Dependentes e Independentes:
i. Dependentes: para existirem, pressupõem a existência de outros objetos. Ex: pai depende do
conceito de filho. Obs: cadeira é independente.
ii. Independentes: objetos autônomos, existem per se. Ex: Aldeia.
c. Positivos e negativos:
i. Positivos: caracterizam relação ou presença de propriedade de objetos; apontam no objeto uma
propriedade ou relação. Ex: Finito é positivo. Infinito é negativo. Negação do que tem fim.
ii. Negativos: ausência de propriedade ou relação no objeto.
1. Obs: “aluno atrasado” é positivo. É o contrário de pontual e não é a negação. É uma
propriedade do aluno.
d. Coletivos e Não-Coletivos:
i. Coletivos: grupo de objetos. Conjunto. Ex: Constelação, equipe, time.
ii. Não-coletivos: estrelas.
iii. Obs: Coletivos podem ser singulares. Ex: biblioteca nacional.
58) VER AULA 17. PRINTS DE PROVAS ANTIGAS. VER NOTAS ESCRITAS.

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