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Exames e Testes Intermédios de Filosofia (2018)

Exame 2017, 2ªFase

7. A principal finalidade do método proposto por Descartes é

(A) descobrir quais são as ideias claras e distintas.

(B) estabelecer os fundamentos do conhecimento.

(C) provar que os sentidos nos enganam.

(D) mostrar que existe um ser perfeito.

1. Apresente uma proposição que, de acordo com Hume, não possa ser refutada por meio da
experiência.

Justifique. Na sua resposta, indique se a proposição apresentada é uma relação de ideias ou


uma questão de facto.

2. Leia o texto seguinte.

O senhor Hume tem defendido que só temos esta noção de causa: algo que é anterior ao
efeito e que, de acordo com a experiência, foi seguido constantemente pelo efeito.
Seguir-se-ia desta definição de causa que a noite é a causa do dia e o dia a causa da noite. Pois,
desde o começo do mundo, não houve coisas que se tenham sucedido mais constantemente.
Seguir-se-ia [também] desta definição que tudo o que seja singular na sua natureza, ou que
seja a primeira coisa do seu género, não pode ter uma causa.
2.1. Neste texto, apresenta-se e critica-se a noção de causa considerada por Hume. Explique as
falhas apontadas no texto a essa noção de causa.
Exames e Testes Intermédios de Filosofia (2018)

2.2. De acordo com Hume, a observação de conjunções constantes de acontecimentos não


justifica racionalmente a crença de que há relações causais na natureza. Porquê?

2016, 1ªFase
8. Hume considera que
(A) as impressões são cópias das ideias.
(B) as ideias são cópias das impressões.
(C) não há distinção entre impressões e ideias.
(D) não há relação entre impressões e ideias.
2016, 2ªFase
2. Leia o texto.
Quando pensamos numa montanha de ouro, estamos apenas a juntar duas ideias
consistentes, a de ouro e a de montanha, as quais já conhecíamos anteriormente. Podemos
conceber um cavalo virtuoso porque, a partir dos nossos próprios sentimentos, podemos
conceber a virtude, e podemos uni-la à forma e à figura de um cavalo, animal que nos é
familiar. […]
A ideia de Deus, no sentido de um Ser infinitamente inteligente, sábio e bondoso, deriva da
reflexão sobre as operações da nossa própria mente e de aumentar sem limites aquelas
qualidades de bondade e sabedoria.
Hume dá uma explicação empirista da origem de todas as ideias.
Partindo do texto, justifique a afirmação anterior.
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2016, Época Especial

10. De acordo com Hume, as ideias acerca da natureza só estão adequadamente justificadas
quando se apoiam

(A) no princípio da uniformidade da natureza.

(B) na razão.

(C) na experiência.

(D) em argumentos indutivos fortes.

1. Leia o texto.

Agora, vou considerar com mais exatidão se não encontrarei em mim outros conhecimentos
de que porventura não me tenha apercebido. Estou certo de que sou uma coisa que pensa.
Mas não saberei também o que se requer para que eu tenha a certeza de alguma coisa? Neste
primeiro conhecimento [sou uma coisa que pensa] nada mais se encontra além de uma
perceção clara e distinta daquilo que conheço; a qual seguramente não seria suficiente para
me dar a certeza da verdade dessa coisa, se pudesse alguma vez revelar-se falsa uma coisa que
eu compreendesse assim tão clara e distintamente. E, por consequência, parece-me que já
posso estabelecer, como regra geral, que é verdadeiro tudo aquilo que compreendemos tão
claramente e tão distintamente.

Reconstitua o argumento de Descartes apresentado no texto.

2015 1ªFase

1. Leia o texto.

Todos os objetos da razão ou da investigação humanas podem ser naturalmente divididos em


dois tipos, a saber, as relações de ideias e as questões de facto. [...] O contrário de toda e
qualquer questão de facto continua a ser possível, porque não pode jamais implicar
contradição, e a mente concebe-o com a mesma facilidade e nitidez, como se fosse
perfeitamente conforme à realidade. Que o Sol não vai nascer amanhã não é uma proposição
menos inteligível nem implica maior contradição do que a afirmação de que ele vai nascer.

1.1. Distinga as questões de facto das relações de ideias.


Exames e Testes Intermédios de Filosofia (2018)

1.2. Tendo em conta que «o Sol não vai nascer amanhã não é uma proposição menos
inteligível nem implica maior contradição do que a afirmação de que ele vai nascer», como
explica Hume que estejamos convencidos de que o Sol vai nascer amanhã?

2015 2ªFase

1. Leia o texto.

Existe uma espécie de ceticismo, anterior a qualquer estudo ou filosofia, muito recomendado
por Descartes e outros como sendo a soberana salvaguarda contra os erros e os juízos
precipitados. Este ceticismo recomenda uma dúvida universal, não apenas quanto aos nossos
princípios e opiniões anteriores, mas também quanto às nossas próprias faculdades, de cuja
veracidade, diz ele, nos devemos assegurar por meio de uma cadeia argumentativa deduzida
de algum princípio original que seja totalmente impossível tornar-se enganador ou falacioso.
Mas nem existe qualquer princípio original como esse, […] nem, se existisse, poderíamos
avançar um passo além dele, a não ser pelo uso daquelas mesmas faculdades das quais se
supõe que já suspeitamos.

1. Explicite a crítica de Hume, apresentada no texto, ao ceticismo «recomendado por


Descartes».

1.2. Distinga, no que respeita à fundamentação do conhecimento, a perspetiva racionalista de


Descartes da perspetiva empirista de Hume.
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2015, EE

1.Leia o texto.

Os empiristas aceitam que algumas verdades podem ser conhecidas a priori, mas essas
verdades são consideradas […] não-instrutivas […]. Ao tomarmos conhecimento de que os
solteiros são homens não-casados, não aprendemos nada de substancial acerca do mundo […].

Compare as posições de Descartes e de Hume acerca da importância do conhecimento a priori.


Na sua resposta, integre a informação do texto.

2014, 1ª Fase

1.Leia o texto seguinte.

Em suma, todos os materiais do pensamento são derivados do nosso sentimento externo e


interno. Apenas a mistura e a composição destes materiais competem à mente e à vontade.
Ou, para me expressar em linguagem filosófica, todas as nossas ideias ou perceções mais
fracas são cópias das nossas impressões, ou perceções mais vívidas. [...] Se acontecer, devido a
algum defeito orgânico, que uma pessoa seja incapaz de experimentar alguma espécie de
sensação, verificamos sempre que ela é igualmente incapaz de conceber as ideias
correspondentes. Um cego não pode ter a noção das cores, nem um surdo dos sons. Restitua-
se a qualquer um deles aquele sentido em que é deficiente e, ao abrir-se essa nova entrada
para as suas sensações, abrir-se-á também uma entrada para as ideias, e ele deixará de ter
qualquer dificuldade em conceber esses objetos.

1.1. Explicite as razões usadas no texto para defender que a origem de todas as nossas ideias
reside nas impressões dos sentidos.

1.2. Concordaria Descartes com a tese segundo a qual «todas as nossas ideias […] são cópias
das nossas impressões»? Justifique a sua resposta.
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2014, 1ªFase

09. Hume defendeu que todas as nossas ideias têm origem em

(A) impressões.

(B) pensamentos.

(C) sentimentos.

(D) hábitos.

1. Leia o texto seguinte.

Se perguntar a mim próprio «Estou a beber?» ou «Está ele a pensar?», a resposta pode ser
«Sim», «Não» ou «Talvez». Mas se perguntar a mim próprio «Estou a pensar?», a resposta
apenas pode ser «Sim». Fazer essa pergunta a mim próprio é o mesmo que eu pensar. Seria
autorrefutante perguntar a mim próprio «Estou a pensar?» e responder «Não».

1.1. Justifique, a partir do texto, que o cogito é uma certeza irrefutável.

1.2. Explique o argumento de Descartes para duvidar dos seus raciocínios matemáticos mais
evidentes.

2013, 1ªFase

8. Considere os seguintes enunciados relativos à comparação entre as teorias do


conhecimento de Descartes e de David Hume.

1. Para o primeiro, todas as ideias são inatas; para o segundo, nenhuma ideia é inata.

2. Os dois autores defendem que há ideias que têm origem na experiência.

3. Para o primeiro, o conhecimento tem de ser indubitável; para o segundo, pode não ser
indubitável.

4. Os dois autores defendem que não há conhecimento sem experiência.


Exames e Testes Intermédios de Filosofia (2018)

Deve afirmar-se que

(A) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.

(B) 1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto.

(C) 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.

(D) 1, 3 e 4 são corretos; 2 é incorreto.

1. Leia o texto seguinte.

Todas as ideias são copiadas de impressões ou de sentimentos precedentes e, onde não


pudermos encontrar impressão alguma, podemos ter a certeza de que não há qualquer ideia.
Em todos os exemplos singulares das operações de corpos ou mentes, não há nada que
produza qualquer impressão e, consequentemente, nada que possa sugerir qualquer ideia de
poder ou conexão necessária. Mas quando aparecem muitos casos uniformes, e o mesmo
objeto é sempre seguido pelo mesmo evento, começamos a ter a noção de causa e de conexão

A partir do texto, exponha a tese empirista de Hume sobre a origem da ideia de conexão
causal. Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto.

Teste intermédio 2012/2013

Leia o texto seguinte.

Descartes defendeu que o pensamento era a essência da mente; não este ou aquele
pensamento, mas o pensamento em geral. Isto parece ser absolutamente ininteligível, uma
vez que tudo o que existe é particular e, portanto, devem ser as nossas perceções particulares
que compõem a mente. Digo, compõem a mente, não pertencem à mente. A mente não é uma
substância, à qual as perceções sejam inerentes. Esta noção é tão ininteligível como a noção
cartesiana segundo a qual o pensamento, ou a perceção em geral, é a essência da mente. Não
temos noção alguma de substância de qualquer espécie, uma vez que só temos ideia do que
deriva de alguma impressão e não temos impressão de substância alguma, seja material ou
espiritual. Não conhecemos nada a não ser qualidades e perceções particulares.

Hume defende a tese de que «só temos ideia do que deriva de alguma impressão» (linhas 7-8).
Redija um texto argumentativo em que discuta a tese acima enunciada, a partir das posições
de Descartes e de Hume.
Exames e Testes Intermédios de Filosofia (2018)

Teste intermédio 2011/2012

2.Leia o texto seguinte.

TEXTO E

Quando lanço um pedaço de madeira seca numa lareira, o meu espírito é imediatamente
levado a conceber que ele vai aumentar as chamas, não que as vai extinguir. Esta transição de
pensamento da causa para o efeito não procede da razão […]. E como parte inicialmente de
um objeto presente aos sentidos, ela torna a ideia ou conceção da chama mais forte e viva do
que o faria qualquer devaneio solto e flutuante da imaginação.

2.1. Explicite, a partir do exemplo do texto, em que se baseia a ideia da relação de causa e
efeito, segundo Hume.

2.2. Compare as posições de Hume e de Descartes relativamente à origem do conhecimento


humano. Na sua resposta deve integrar, pela ordem que entender, os seguintes conceitos:

− razão;

− sentidos;

− ideias;

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