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-Deus, sendo perfeito, não pode ser enganador. Enquanto perfeição, Deus é garantia
da verdade das nossas ideias claras e distintas (por exemplo: 2+2=4 ou «penso,logo,
existo»).
-Se Deus é perfeito e criador do homem e da realidade, então é também o criador das
verdades incontestáveis e o fundamento da certeza.
-Deus é a perfeição, ou seja, é o bem, a virtude, a eternidade, logo, não poderá ser o
autor do mal nem responsável pelos nossos erros.
-Se Deus não existisse e não fosse perfeito, não teríamos a garantia da verdade dos
conhecimentos produzidos pela razão, nem teríamos a garantia de que um
pensamento claro e distinto corresponde a uma evidência, isto é, a uma verdade
incontestável. Se Deus não é enganador, então as nossas evidências racionais são
absolutamente verdadeiras.
-Se Deus não existisse, para Descartes, seria «o caos» e nunca poderíamos ter a
garantia do funcionamento coerente da nossa razão nem ter noção de como se tornou
possível a nossa existência.
-Os erros do ser humano resultam de um uso descontrolado da vontade, quando esta
se sobrepõe à razão.
-Erramos quando usamos mal a nossa liberdade e quando aceitamos como evidentes
afirmações que o não são, logo, Deus não é responsável pelos nossos erros mas é
garantia das verdades alcançadas pela razão humana.
Círculo cartesiano
Descartes diz que a ideia de Deus é o que justifica a veracidade de todas as ideias
claras e distintas. Mas, por outro lado, afirma que esta mesma ideia de Deus também é
uma ideia clara, pelo que se tem de justificar a si mesma para depois justificar a
veracidade das demais ideias incorrendo assim numa petição de princípio, num
argumento circular que dá nome a esta falácia.
Impressões e Ideias
As impressões constituem as experiências obtidas quando o indivíduo
observa, sente, ama, odeia, deseja ou tem vontade de algo. Hume descreve
este tipo de percepções como sendo mais ‘vívido’ do que as ideias, termo
com que o filósofo parece querer afirmar que as impressões são mais claras
e mais pormenorizadas do que as ideias. As ideias, por sua vez, são cópias
das impressões. Trata-se dos objectos do pensamento humano quando os
indivíduos recordam a sua experiência ou exercitam a sua imaginação.
Descartes considera que a experiência, dados os erros dos sentidos, não pode ser
fonte credível de conhecimentos, melhor dizendo, as suas informações não podem constituir
(dado que muitas vezes são enganadoras) crenças básicas que possam conduzir a outros
conhecimentos. O saber constrói-se com base em ideias inatas e, desde que siga um método
correto e Deus garanta o normal funcionamento da nossa razão, podemos alcançar verdades
objetivas (claras e distintas) sobre o mundo. Esta rejeição dos sentidos é uma convicção
fundamental de Descartes e marca a sua orientação claramente racionalista inspirada no
modelo dedutivo das matemáticas.
Para Hume, todas as ideias têm uma origem empírica. Todos os nossos conteúdos
mentais são perceções. Estas são de dois tipos: impressões e ideias. As nossas ideias são cópias
das nossas impressões e por isso não há ideias inatas.
2 —A possibilidade do conhecimento.
Quanto à objetividade das leis naturais defendida por pensadores não racionalistas como
Locke e Newton, o filósofo escocês argumenta que qualquer generalização, baseando-se em
factos passados e pretendendo valer para o que ainda não foi objeto de experiência, é incerta.
Nada podemos saber acerca do futuro porque nada nos garante que o futuro seja semelhante
ao passado. Não há conhecimento, propriamente falando, do que ultrapassa a nossa
experiência atual ou passada: o que aconteceu não serve como fundamento seguro da
previsão do que ainda não aconteceu.
Ceticismo? Sim, no sentido em que o nosso conhecimento não é certo e seguro. Mas uma
coisa é o valor científico dos nossos conhecimentos e outra a sua utilidade prática e vital:
sabemos que os nossos «conhecimentos científicos» são mais pretensão e desejo de
segurança do que saber, mas não podemos viver sem essas sábias ilusões.
3 — Os limites do conhecimento.
Descartes afirma que a razão apoiada na veracidade divina e nas ideias inatas pode
conhecer a realidade na sua totalidade ou, melhor dizendo, os princípios gerais de toda a
realidade: Deus, alma (cogito) e mundo são realidades que podem ser conhecidas.
4— Ciência e metafísica
Questões epistemológicas
O que é a ciência?
O que é o conhecimento científico?
O conhecimento científico é verdadeiro?
A filosofia determina que uma área do saber, para ser considerada ciência,
dever ter um método definido.
Foi o próprio Aristóteles quem definiu que as ciências (no plural) estão relacionadas à
maneira de realização do ideal de cientificidade de acordo com os fatos investigados e
os métodos empregados.
Senso comum
O senso comum é a união dos saberes do cotidiano. É subjetivo, varia de pessoa para
pessoa e de grupo para grupo.
É baseado nos fatos reguladores da rotina sem buscar a explicação científica para que
ocorram.