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ESCOLA DE ARTILHARIA DE COSTA E ANTIAÉREA

Aqui formamos o Artilheiro do Primeiro Minuto!

Berço da Artilharia de Costa e Defesa Antiaérea


1.2 Evolução da Guerra Eletrônica
OBJETIVOS
- Identificar a utilização da GE na Batalha Naval de Tsushima através dos sistemas de
comunicações;
- Identificar a utilização da GE na Primeira e Segunda Guerras Mundiais contra os
sistemas de comunicação e radar;
- Identificar a utilização da GE na Guerra do Vietnã e as mudanças de concepção
ocorridas na época;
- Identificar a utilização da GE por Israel na Guerra dos Seis Dias, Guerra do Yom
Kippur e Batalha do Vale de Bekká;
- Explicar a utilização da GE por parte dos argentinos e ingleses durante a Guerra
pelas Falklands (Malvinas);

Berço da Artilharia de Costa e Defesa Antiaérea


OBJETIVOS
- Identificar a mudança de concepção de emprego da GE e sua importância na Guerra
do Golfo Pérsico;
- Identificar a evolução histórica dos radares

Berço da Artilharia de Costa e Defesa Antiaérea


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares
CONCLUSÃO

Berço da Artilharia de Costa e Defesa Antiaérea


INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO
Embora o desenvolvimento do radar como equipamento tecnológico completo não
tenha ocorrido até a Segunda Guerra Mundial, o princípio básico de detecção do radar é
tão antigo como o do eletromagnetismo.
Com o desenvolvimento dos radares e dos equipamentos de comunicações, a guerra
eletrônica surgiu como um elemento de apoio ao combate e vem crescendo de
importância com o tempo.
Nesta instrução serão apresentados exemplos de emprego da guerra eletrônica em
alguns conflitos militares do século XX.

Berço da Artilharia de Costa e Defesa Antiaérea


DESENVOLVIMENTO

Berço da Artilharia de Costa e Defesa Antiaérea


DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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1. Batalha Naval de Tsushima
Em fevereiro de 1904, era deflagrado o conflito bélico, fruto do jogo de interesses entre
Petrogrado (então Capital da Rússia Czarista) e Tóquio sobre áreas da Península da Coréia e
Manchúria.
Considera-se oficialmente como sendo o primeiro relato de emprego de GE de que se
tem noticia refere-se a Batalha Naval de Tsushima. A Batalha ocorreu em 27 de maio de
1905, no estreito da Coréia, próximo à ilha de Tsushima, entre a Esquadra Japonesa do
Almirante Togo (31 navios) e a Esquadra Russa do Almirante Rozhestvensky (59 navios), que
se deslocavam do golfo da Finlândia para Vladivostok, na costa oriental da Sibéria.
O Almirante Togo, estabeleceu um serviço de vigilância, com navios em patrulhamento
contínuo, e designou um velho encouraçado para desempenhar o papel de estação
repetidora.

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1. Batalha Naval de Tsushima
O comandante da frota russa, Almirante
Rotgesvensky, seguindo a doutrina russa já vigente,
ordenara a não utilização do radio, a fim de não ser
descoberto pelos japoneses.
O Cruzador Auxiliar Shimano Maru, um dos navios
patrulha, avistou um navio hospital Russo e, seguindo-o,
encontrou o restante das embarcações da frota inimiga.
Imediatamente, o comandante do navio japonês passou a
transmitir ao comando da Frota Japonesa, por meio
telegráfico, a localização, rumo e toda a constituição da
esquadra russa.

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1. Batalha Naval de Tsushima
Tais informações possibilitaram à força japonesa
interceptar a esquadra russa em condições altamente
favoráveis, provocando a quase total destruição daquela
frota (apenas 3 embarcações chegaram a Vladivostok).
O aspecto operacional interessante ocorrido
durante esse episódio é que os operadores de rádio
russos interceptaram as mensagens iniciais do navio
patrulha japonês, antes mesmo que ele obtivesse
sucesso, pois o navio japonês, inicialmente, teve
bastante dificuldade em estabelecer a ligação com o
encouraçado "repetidor".

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1. Batalha Naval de Tsushima
De posse dessa informação, alguns comandantes dos navios russos, solicitaram
autorização para romper o silencio e transmitir na mesma frequência, a fim de interferir na
transmissão. Entretanto, o Almirante Rotgesvensky negou autorização para tal procedimento,
o que permitiu que o navio japonês conseguisse enviar suas informações.

Somente depois daquele


demorado trafego entre o
"Shimano Maru" e o
comandante da esquadra
japonesa, é que os
comandantes russos, por sua
própria iniciativa, resolveram
tentar a interferência. Porém,
já era demasiado tarde.
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DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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2. GE nas I e II Guerras Mundiais
I GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
Foram os austríacos os primeiros a compreender que a interceptação das transmissões
de Rádio eram um meio de excelente para adquirir informações militares e políticas, que até
então buscavam através de ações de inteligência (espionagem) custosas e perigosas.
Nos anos que antecederam a Primeira Grande Guerra, o serviço secreto francês
interceptava e registrava todas as transmissões que as embaixadas estrangeiras em Paris
faziam aos seus respectivos governos.
Durante a I GM guerra surgiu, também, o precursor de uma família de aparelhos que se
tornariam fundamentais na GE: o radiogoniômetro, aparelho este que determinava a direção
de uma emissão de rádio frequência (RF); era possível, por interseção avante obter a região
de onde se originavam aquelas emissões.

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2. GE nas I e II Guerras Mundiais
Os Alemães utilizaram-se de agentes infiltrados na Gra-
Bretanha os quais dotados de transmissores portáteis, usavam
as emissões eletromagnética para guiarem os dirigíveis que iam
bombardear Londres. Os Ingleses por sua vez, perceberam a
presença de emissões estranhas antes dos ataques, e através de
radiogoniometria, localizaram e desmantelaram a rede
clandestina alemã.

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2. GE nas I e II Guerras Mundiais
II GUERRA MUNDIAL (1939-1945)
Nos anos que antecederam o início do segundo conflito mundial, diversos países
iniciaram estudos, na tentativa de obter um aparelho que operasse segundo o princípio
enunciado por Heirinch Hertz, em 1888, o qual afirmava que as ondas eletromagnéticas
podiam ser refletidas, originando um eco de retorno passível de ser captado – o Radar.
Em 1937, 20 estações de radares estavam distribuídas ao longo da Costa Leste e Sudeste
da Inglaterra, tornando-se o primeiro Sistema de Alarme Antecipado Eletrônico operacional.
Pouco antes do início da II GM, em 1939, os alemães enviaram um de seus últimos
dirigíveis na direção da Costa Inglesa a fim de realizar a escuta daquelas “estranhas antenas”
assinaladas pelo serviço secreto, (missão de MAGE).

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2. GE nas I e II Guerras Mundiais
Todavia, assim que o dirigível foi detectado e reconhecido como tal, as estações
silenciaram e as missão fracassou. Preocupados com a guerra que chegava, os alemães
subestimaram os valores daqueles engenhos.
Assim, a Segunda Grande Guerra foi o palco inaugural dos sistemas eletromagnéticos de
detecção de aviões, os radares. Com a introdução do radar nas operações militares durante a
Segunda Guerra Mundial, a guerra eletrônica adquiriu uma nova dinâmica. Com muita
propriedade, as operações envolvendo o espectro eletromagnético foram batizadas de
"Batalha dos Feixes de Energia"

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DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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3. GE Guerra do Vietnã
A atual ênfase dedicada a guerra eletrônica,
que pode ser creditada à sua influencia na guerra
aérea, começou em 1965, quando as aeronaves da
Força Aérea dos Estados Unidos iniciaram os seus
ataques ao Vietnã no Norte, enfrentando um
fenomenal sistema de defesa aérea, instalado
pelos russos, composto de inúmeros radares de
longo alcance e diretores de tiro para SAM
(Siatema SA-2 GUIDELINE) de diversos canhões de
AAAe.

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3. GE Guerra do Vietnã
Naquela época, a única aeronave da USAF com a capacidade para ações de medidas de
ataque eletrônico era o EB-6C Prowler. Inicialmente, o esforço de contramedidas eletrônicas
dos EB-6C foi orientado sobre os radares terminais de controle de mísseis e direção de tiro da
AAAe. Posteriormente, foram desviados contra os radares de vigilância, à medida que as
aeronaves de ataque recebiam interferidores em “pods” (casulos) e assumiam a tarefa de
eliminar os radares diretores de tiro.
No princípio, as aeronaves EB-6C penetravam profundamente em território inimigo,
acompanhando as forças de ataque. Ficou claro a necessidade de desenvolver Sistemas de
Guerra Eletrônica Aerotransportados, capazes de neutralizar os radares do sistema SA-2.
EB-6C Prowler Esquadrão F4-C

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3. GE Guerra do Vietnã
Ocorreu, ainda na guerra do sudeste asiático, a introdução nas aeronaves de combate
das versões modernas de receptores de alarme contra radar (RWR- Radar Warning
Receiver”) que, como o próprio nome indica, tem como objetivo alertar ao piloto quer a sua
aeronave está sendo detectada por um radar.

Radar Warning Receiver - RWR

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DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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4. Emprego de GE por Israel nas guerras
GUERRA DOS SEIS DIAS
Nos primeiros meses de 1967, após uma série de incidentes entre os israelenses e seus
vizinhos árabes, a situação de paz começou a deteriorar-se rapidamente no Oriente Médio.
As unidades de Frota Naval Soviética no Mediterrâneo, a VI Frota Americana e os
Britânicos, a partir da ilha de Chipre, estavam na escuta em todas as frequências do espectro
eletromagnético, para acompanhamento da situação. Estavam em alerta as 23 Estações de
Radar Egípcias, algumas desdobradas na Península do Sinai.
Os israelenses, por seu turno, permaneciam em escuta ininterrupta, tanto das
frequências de comunicações como das faixas radar. Israel já conhecia o desdobramento da
Força Aérea Árabe, o alcance e os ângulos mortos de seus radares, possibilitando-lhe
planejar rotas seguras de incursão até ao Cairo.

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4. Emprego de GE por Israel nas guerras
Às 7h e 45min da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelenses atacaram
nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão.

GUERRA DO YOM KIPPUR


Em outubro de 1973, Egípicios e Sírios desencadearam violenta operação ofensiva
aproveitando o feriado judeu do Yom Kippur, subjulgando as defesas israelenses da Linha
Bar-Lev (linha defensiva estabelecida no Sinai), ao mesmo tempo que travavam desesperado
combate nas Colinas de Golã.
Os mísseis SA-6 surgiram como a maior surpresa tecnológica da Guerra e foram um
desafio para os projetistas de medidas de ataque eletrônico israelenses. Tais mísseis
empregavam um radar de micro-ondas utilizando técnicas Doppler, sendo altamente efetivos
contra aviões voando a baixa altura.

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4. Emprego de GE por Israel nas guerras
A F Ae israelense lançou-se com todo o ímpeto
sobre as vanguardas egípcias, notadamente as pontes
sobre o Canal. Acontece, porém, que os egípcios
haviam estabelecido um escudo DA Ae poderosíssimo
com Msl e Can russos, verdadeira muralha contra
aviação israelense. Os sistemas de Msl SA-2 e SA-3 SA-6 egípcio

eram conhecidos do Vietnã, e o serviço de informações


israelenses possuía suficientes dados para implementar
o uso de MAE eficazes desde o início das operações,
todavia os Msl SA-6 não eram conhecidos e operavam
com radar em CW, fora das faixas de frequências que os
equipamentos israelenses de MAGE e MAE operavam. Mirage III C israelense

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4. Emprego de GE por Israel nas guerras

AS-6 Gainful egípcio


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4. Emprego de GE por Israel nas guerras
Mesmo os ARM Shrike recebidos dos EUA foram inúteis contra os SA-6. As baixas foram
pesadas, Israel perdeu 107 Anv, 75% nos primeiros dias. Destas, apenas 4 foram abatidos em
combate aérea, o restante pela AAAe.
Para os israelenses, a situação permaneceu difícil, até que mudaram suas táticas de
ataque aéreo, passando a usar pods (casulos) subalares de proteção eletrônica e
introduzindo helicópteros como interferidores estáticos . A combinação de uma melhor
tática de guerra eletrônica com melhores equipamentos de medidas de ataque eletrônico
mudou gradualmente o curso inicial dos combates.

BATALHA DO VALE DO BEKAA


Em 6 de junho de 1982 os israelenses iniciaram um ataque no sul do Líbano com a
finalidade de criar uma faixa de segurança de 50 km ao longo de suas fronteiras, visando
impedir os frequentes ataques terroristas contra seu território.

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4. Emprego de GE por Israel nas guerras
O combate foi tremendamente desigual do ponto de vista tecnológico, em particular no
aspecto da Guerra Eletrônica. Após dois dias, os israelenses haviam derrubado os 60 aviões
sírios e destruído todas as baterias de mísseis antiaéreos, deixando os blindados sem
qualquer defesa. Deve-se fazer menção nessas ações, ao emprego intensivo, pelos
israelenses, de miniaviões pilotados remotamente, em missões das mais variadas, tais como:
a) Reconhecimento e vigilância do campo de batalha, empregando câmeras de TV
dotadas de “zoom”;
b) Simulação de Aeronaves de combate, através de geração de falsos ecos de radar; e
c) Interceptação de comunicações no interior do território inimigo.

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DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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5. GE na Guerra das Malvinas
A Guerra das Malvinas ou Guerra das Falklands foi um conflito armado entre a
Argentina e o Reino Unido ocorrido nas Ilhas Malvinas (em inglês Falklands), Geórgia do
Sul e Sandwich do Sul, entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982.
Enquanto na superfície enfrentavam-se argentinos e ingleses, no espaço, americanos e
soviéticos travavam outro tipo de combate. Dois dias antes da invasão argentina, em 2 de
abril de 1982, a União Soviética lançou dois satélites programados para monitorar a atividade
militar na área.
Aparentemente, os soviéticos haviam descoberto, através do seu serviço de
informações, os preparativos argentinos para o ataque. A partir do dia D, os soviéticos
lançaram pelo menos 06 (seis) outros satélites de reconhecimento e ELINT, com órbitas
passando pelo atlântico Sul, onde foi possível a observação tanto dos movimentos argentinos
quanto britânicos.

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5. GE na Guerra das Malvinas

Rastreamento do satélite soviético COSMOS 1365 lançado em 15 de maio de 1982:


http://www.satflare.com/track.asp?q=13175#TOP

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5. GE na Guerra das Malvinas
Os satélites de reconhecimento operaram em funções múltiplas: dois interceptavam
comunicações, outros dois eram satélites sensíveis a emissões radar, com a finalidade de
coletar as transmissões dos radares, particularmente dos navios; os outros, na maioria, eram
satélites de reconhecimento foto, que fotografavam objetos, tanto na terra quanto no mar, e
ejetavam cápsulas contendo os filmes utilizados ao passar sobre território soviético para
revelação.
Os ingleses tiveram acesso à maioria das informações dos satélites americanos, como
aliados da OTAN, possibilitando, por exemplo, aos comandantes navais britânicos, o
conhecimento de cópias das mensagens transmitidas pelo Ministério da Defesa Argentino,
praticamente de imediato.
Quanto às informações fornecidas pelos soviéticos aos argentinos, não há evidências
que as comprovem. Mas restam fortes suspeitas de que a localização dos navios ingleses foi
transmitida pelos soviéticos para a aviação platina.

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5. GE na Guerra das Malvinas

Ilhas Malvinas (Falklands)

HMS Sheffield inglês


atingido por um míssil
Exocet argentino de
fabricação francesa

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DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
Com a deflagração da guerra no Golfo Pérsico (EUA + aliados X Iraque), iniciada
pelo ataque das forças aliadas em 17 de janeiro de 1991, pode-se observar a ação da mais
poderosa força mundial, no que tange a tecnologia e desenvolvimento.
Precedendo os primeiros ataques aéreos que deflagraram o conflito, violenta ação
de interferência eletrônica foi desencadeada sobre sistemas iraquianos de comunicações e
não-comunicações. A supressão de defesa antiaérea foi realizada por aeronaves Wild Weasel
F4G “Fhantom”, F-15 “Eagle” e F-16, que descobriram posições de radares iraquianos e
lançaram mísseis antirradiação para destruí-las e o que dificultou ainda mais o sistema de
detecção Iraquiano, permitindo o ataque dos aviões de ataque, foi o sobrevoo das aeronaves
de alarme aéreo antecipado E-2C “Hawkeye”.

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6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
Foram utilizados pelos aliados cerca de 76
Satélites em proveito das ações no Golfo, com funções
principais de escuta eletrônica” e comunicações.
Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) e
sensores infravermelhos (IV) foram empregados para E-2C Hawkeye decolando do
USS Nimitz (CVN 68)
espionar movimentos de tropas de dia e a noite.
Este conflito permitiu observar-se que a
necessidade do domínio do espectro eletromagnético
na guerra moderna é cada vez mais premente. Somente
desta forma uma força poderá ser empregada em sua
plenitude, sem que os sistemas de detecção e
destruição inimigos causem pesadas perdas.
E-2C Hawkeye

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DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. Batalha naval de Tsushima
2. GE nas I e II Guerras Mundiais
3. GE na Guerra do Vietnã
4. Emprego da GE por Israel em guerras
5. GE na Guerra das Falklands (Malvinas)
6. GE na Guerra do Golfo Pérsico
7. Evolução dos radares

CONCLUSÃO

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7. Evolução dos Radares
Entre os anos de 1885 e 1888, o físico alemão Heinrich
Rudolph Hertz demonstrou pela primeira vez o fenômeno da
reflexão das ondas eletromagnéticas em corpos metálicos e
dielétricos (não-metálicos), que foi enunciado pelo físico britânico
James Clerk Maxwell em sua “Teoria Dinâmica do Campo
Eletromagnético”, publicada pela primeira vez em 1864. Hertz
Heinrich Rudolph Hertz
utilizou um equipamento similar em seu princípio de funcionamento
a um Radar pulsado com frequências próximas a 455 MHz.
Em 30 de abril de 1904, Hülsmeyer patenteou um sistema
de navegação que usava os ecos produzidos por ondas de rádio. O
aparelho, chamado de Telemobiloscópio era capaz de detectar um
barco a distâncias entre 3 e 4 Km aproximadamente e poderia ser
James Clerk Maxwell
aproveitado como um sistema anticolisão.

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7. Evolução dos Radares
Em agosto de 1917, o matemático, físico e engenheiro elétrico
sérvio Nikola Tesla propôs princípios a respeito das frequências e dos
níveis de potência para possibilitar o desenvolvimento das primeiras
unidades de Radar - Radio Angle Detection And Ranging (Detecção do
ângulo e determinação da distância por rádio).
Albert Wallace Hull

Em 1920, o físico americano Albert Wallace Hull inventou a Válvula Magnetron


que, depois de aperfeiçoada, veio a possibilitar a geração de energia eletromagnética nos
níveis de potência propostos por Tesla.
Em 1922 os engenheiros elétricos americanos Albert Hoyt Taylor e Leo Clifford
Young produziram o primeiro Radar de ondas contínuas (Continuous Wave – CW), com o
qual conseguiram localizar um navio de madeira que navegava no rio Potomac. Este feito
lhes rendeu o título de inventores do Radar

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7. Evolução dos Radares

Válvula Magnetron

Aplicação civil da válvula Magnetron Válvula Magnetron seccionada


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7. Evolução dos Radares
Em 1925, o físico russo naturalizado americano Gregory Breit e o físico americano
Merle Antony Tuve desenvolveram um equipamento rádio que emitia um sinal pulsado da
superfície terrestre em direção ao espaço e que, após algum tempo, recebia um sinal de
retorno (eco). Esse aparelho comprovou, assim, a existência da ionosfera.
O físico alemão Hans Eric Hollmann e seu amigo Manfred von Ardenne, num
laboratório em Lichterfelde – Berlin, concentraram seus esforços em aperfeiçoar as
Válvulas Magnetron criadas por A. W. Hull em 1920 e os Tubos de Raios Catódicos (CRT -
Cathode Ray Tube, sistema que seria muito utilizado em televisores para apresentar imagens)
criados por Karl Ferdinand Braun em 1817.

Tubo de raios catódicos

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7. Evolução dos Radares
Em 1937, já existia o primeiro sistema de alerta antecipado britânico, conhecido
como “Chain Home” (Cadeia Pátria), composto de uma rede de 20 (vinte) radares
desdobrados ao longo da costa leste e sudeste da Inglaterra.
Apesar do pioneirismo inglês, a primeira detecção de aeronaves registrada na
Segunda Guerra Mundial foi realizada pela Força Aérea Alemã, em dezembro de 1939,
quando um Radar Freya fabricado pela empresa alemã GEMA (Gesellschaft für
elektroakustische und mechanische Apparate).
A Segunda Guerra Mundial impulsionou o desenvolvimento dos radares. Além da
modernização das válvulas Magnetrons, foram inventados e utilizados Refletores,
Parabólicos, Duplexadores e outros componentes vitais para a modernização dos sistemas
de Radar. Para tornar possível a construção dos radares de microondas, foram desenvolvidos
componentes como o guia de ondas e a Válvula Klystron.

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7. Evolução dos Radares
Após a II GM, o Radar, juntamente com o IFF (Identification Friend and Foe), se
tornaria a base do sistema de controle de tráfego aéreo.
Na Guerra dos Seis Dias (1967), na Guerra do Yom Kippur (1973) e na Guerra do
Vale de Bekaa (1982) empregou-se amplamente sistemas Radar embarcados em carros de
combate com capacidade de controle de canhões antiaéreos.
No conflito dos Balcãs, em 1998, os sérvios estabeleceram um sítio de radares
numa configuração conhecida como radares multiestáticos que permitiu a detecção quase
impossível do “avião invisível”. Esse acontecimento abriu novas perspectivas aos sistemas
radar que não estavam conseguindo acompanhar a ameaça advinda do surgimento da
chamada “tecnologia stealth”.

F-117 norte-americano
abatido pela artilharia
antiaérea sérvia

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7. Evolução dos Radares
E para finalizar, uma nova tendência vem surgindo com grande destaque nas
NCom, o conceito de LPI (Low Probability of Interception – baixa probabilidade de
interceptação) que vem sendo o padrão de radiação adotado pelos radares mais recentes.
Esse conceito veio como resposta à Guerra Eletrônica, especialmente aos MAR (mísseis
antirradiação).

Míssil antirradiação AGM-88E

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CONCLUSÃO

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O Sol é o CZA!

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