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Manual Saude Da Comunidade
Manual Saude Da Comunidade
Email: direccao.academica@unisced.edu.mz
Website: www.unisced.edu.mz
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Ficha técnica
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Conteúdo
Visão geral da disciplina de Saúde da Comunidade ......................................................... 1
Avaliação ....................................................................................................................... 6
Prática ......................................................................................................................... 17
Bibliografia ...................................................................................................................... 19
Prática ......................................................................................................................... 39
Bibliografia ...................................................................................................................... 42
Prática ......................................................................................................................... 68
Bibliografia ...................................................................................................................... 70
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Saúde da Comunidade
Objectivos específicos
• Identificar o campo de aplicação de alguns indicadores de saúde utilizados em Saúde
da Comunidade.
• Reconhecer a importância do diagnóstico comunitário de saúde, e sua aplicação na
área de Nutrição.
• Identificar indicadores utilizados no diagnóstico comunitário do estado nutricional.
• Reconhecer a relevância da vigilância em saúde, e sua aplicação na área de Nutrição.
• Descrever os procedimentos da vigilância nutricional.
• Páginas introdutórias;
• Um índice completo;
• Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para melhor estudar. Recomendamos
vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo,
como componente de habilidades de estudos;
• O conteúdo da disciplina;
• Outros recursos.
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Saúde da Comunidade
Outros recursos
A equipa dos académicos e pedagogos da UnISCED, pensando em si, num cantinho,
recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e limitações no seu
processo de aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu
módulo para você explorar. Para tal a UnISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros ou
módulos, CD, CD-ROM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico disponível
na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital Moodle para alargar mais ainda as
possibilidades dos seus estudos.
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Saúde da Comunidade
Comentários e sugestões
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados aspectos, quer de
natureza científica, quer de natureza didáctico-pedagógica, etc., sobre como deveriam
ser ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes
ícones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem
indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança
de actividade, etc.
Habilidades de estudo
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. Aprender
aprende-se.
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos
conteúdos (ESTUDAR).
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Saúde da Comunidade
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um
determinado período de tempo; deve estudar cada ponto da matéria em profundidade
e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior.
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber
tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com
profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo.
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma
hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de
descanso (chamase descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias.
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório pode conduzir
ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula
um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que
estuda tanto, mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se
achar injustamente incapaz!
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser
estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para
responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo,
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se
formar.
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve
estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar
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Saúde da Comunidade
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para
o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens
pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que
está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas,
nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à
compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre
que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar.
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra razão, o material de
estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros
de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página
trocada ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio
ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo,
escreva mesmo uma carta participando a preocupação.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos
a distância, é muita importância, na medida em que lhe permite situar, em termos do
grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se
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Saúde da Comunidade
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos
prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que
a nota dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da
disciplina/módulo.
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docente.
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à letra
de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem o citar é considerado plágio. A
honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem
caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante da UnISCED).
Avaliação
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles
fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor! Nós dissemos: Sim é muito
possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consistente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90%
do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo
de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de avaliação.
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Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras
pessoas, sem prévia autorização.
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Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um)
(exame).
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LEMBRE
O nível primário é o primeiro ponto de contacto entre a Comunidade
e o Serviço Nacional de Saúde.
ATENÇÃO Os cuidados primários de saúde vão para além das equipas alocadas
aos centros de saúde. A nível das comunidades, é comum o
envolvimento de actores comunitários nas acções da atenção
primária. Estes actores (agentes polivalentes elementares, activistas,
líderes comunitários) são essenciais na ligação entre as autoridades
de saúde e a comunidade, e na provisão dos cuidados de saúde
primários.
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Saúde da Comunidade
Atributo Descrição
Primeiro contacto Os serviços deste nível são normalmente
requeridos cada vez que o paciente necessita
de atenção em caso de doença ou consultas
de controlo rotineiro.
Longitudinalidade Implica uma interacção clínico-paciente ao
longo da vida, na presença ou ausência da
doença.
Abrangência ou Reconhecimento de amplo espectro de
integralidade necessidades, tendo em conta o âmbito
orgânico, psíquico e social da saúde, dentro
dos limites de actuação pessoal de saúde.
Coordenação Coordenação das diversas acções e dos
serviços essenciais para resolver necessidades
menos frequentes e mais complexas.
Orientação para a Conhecimento das necessidades de saúde da
comunidade população-alvo, tendo em conta o contexto
económico e social, os problemas de saúde e
recursos existentes na comunidade.
Envolvimento da comunidade na tomada de
decisões sobre a saúde.
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Saúde da Comunidade
Os cuidados de saúde primários são apoiados pelo nível secundário, mais diferenciado
e desenvolvido em termos técnicos e organizacionais. Este nível garante ainda a
possibilidade de resolver alguns casos mais complexos que não foram resolvidos no
primeiro nível por falta de recursos humanos e/ou materiais adequados. Localiza-se nas
capitais distritais, e tem como área de responsabilidade todo o distrito, e não apenas a
sua capital. A equipa de saúde deste nível é coordenada por um médico. Uma das
principais funções do nível secundário é providenciar apoio directo aos centros de saúde
do distrito, especificamente supervisão técnica, apoio organizacional, administrativo e
material.
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Saúde da Comunidade
SAIBA MAIS Algumas dessas especialidades contam com o apoio dos especialistas
do nível terciário. Contam ainda com auxílio de um laboratório
diferenciado e serviços de radiologia.
Este nível tem a sua sede nas capitais provinciais, e é responsável por toda a província.
Para além da sua responsabilidade sob áreas muitos extensas, tem funções de
programação e avaliação das actividades a nível provincial, incluíndo a recolha e análise
de dados epidemiológicos. É caracterizado pela existência de estruturas específicas de
apoio aos diferente programas de saúde, nomedamente: laboratório de análise da
qualidade de água de consumo (contaminação química e bacteriológica), armazéns para
vacinas, laboratórios clínicos, centros de reabilitação nutricional).
Neste nível, são incluídas especialidades médicas mais complexas: medicina interna,
cirurgia geral, traumatologia, pediatria, ginecologia-obstetrícia, estomatologia,
oftalmologia, otorrinolaringologia, infecciologia, cuidados intensivos, psiquiatria,
dermatologia, medicina física e reabilitação.
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Saúde da Comunidade
No que concerne aos cuidados curativos, é composto por quatro hospitais centrais que
que respondem as demandas das três regiões do país. Na região norte, encontra-se o
Hospital Central de Nampula; A região Centro conta com dois hospitais, um na Cidade
de Quelimane, província da Zambézia (Hospital Central de Quelimane) e outro na Cidade
da Beira, província de Sofala (Hospital Central da Beira); e por fim o Hospital Central de
Maputo, localizado na região sul do país. Estes hospitais oferecem serviços de
especialiades ainda mais complexas, como neurocirurgia, ortopedia, cirurgia plástica e
reconstrutiva, cirurgia cardio-vascular, cirurgia maxilo-facial, entre outras. São também
incluidos hospitais psiquiátricos, e serviços individualizados de reabilitação e
radioterapia. Os meios de diagnóstico neste nível são mais complexos e diferenciados
do que os dos níveis anteriores.
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Saúde da Comunidade
1.1.4 Sumário
A atenção em saúde é estruturada em função da sua capacidade e complexidade
tecnológica. De acordo com o MISAU, o modelo em vigor em Moçambique é o de
hierarquias, apresentando quatro níveis de atenção às comunidades, nomeadamente
nível primário, que é o primeiro ponto de contacto entre a comunidade e as autoridades
de saúde, e apresenta menor densidade tecnológica; nível secundário, que apoia o nível
primário, e atende casos comuns de algumas especialidades médicas; nível terciário,
que é caracterizado pela existência de estruturas específicas de apoio aos diferentes
programas de saúde, e pela inclusão de especialidades médicas complexas; e nível
quaternário, que apresenta alta densidade tecnológica, e oferece serviços de
especialiades ainda mais complexas.
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Prática
Caracterização das unidades sanitárias no contexto de Moçambique.
Introdução da prática
Dada a necessidade de se estabelecer a caracterização técnica das diversas instituições
do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Ministério da Saúde (MISAU) definiu normas
orientadoras para a caracterização e classificação das instituições do SNS. Nesta
actividade prática irá rever as normas orientadoras do MISAU, e caracterizar as unidades
sanitárias no contexto de Moçambique.
Resultado esperado
• Todas as unidades sanitárias do país caracterizadas em termos de aspectos
técnicos e funções.
• Quadro resumo da capacidade técnica e das funções das unidades sanitárias do
país, por tipo e nível.
Material
• Computador, conexão à internet, documento de referência (ver procedimento).
Procedimento
• Pesquisa bibliográfica. Documento de referência: Diploma Ministerial 127/2002
de 31 de Julho.
Demonstração
• Não aplicável.
Acompanhamento
• Serão realizadas sessões tutoriais para esclarecer as dúvidas, e orientar os
estudantes na execução da prática.
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Saúde da Comunidade
Questões
1. Quais são os critérios e mecanismos para a classificação das unidades sanitárias
nos diferentes níveis?
2. Quais são as funções das unidades sanitárias do nível primário? Agrupar a
resposta pelos diferentes tipos existentes.
3. Caracterize as unidades sanitárias do nível terciário em termos de capacidade
técnica.
4. Quais são as funções dos hospitais psiquiátricos?
5. Quais são as capacidades técnicas dos hospitais centrais?
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Bibliografia
1. Ministério da Saúde. Cuidados de Saúde Primários em Moçambique. Maputo.
2. Ministério da Saúde. Diploma Ministerial 127/2002, de 31 de Julho (Regulamento
que define a caracterização técnica e enunciado das funções do Serviço Nacional de
Saúde), BR n. 14, Suplemento. Ministério da Saúde Maputo (Mozambique); 2002.
3. Morais CMGJAS. Saúde como política colonial: os Serviços de Saúde da colônia de
Moçambique entre 1933 e 1975. 2020(21).
4. Giovanella L, Escorel S, Lobato LdVC, de Carvalho Noronha J, de Carvalho AI. Políticas
e sistema de saúde no Brasil: SciELO-Editora FIOCRUZ; 2012.
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2.1.6 Sumário
Antes da realização do diagnóstico comunitário é crucial analisar o perfil da comunidade,
e avaliar como trabalhar com os diferentes culturais para resolver os problemas
existentes. O diagnóstico comunitário de saúde é um processo de análise contínua da
situação de Saúde da população assistida no nível primário. Este processo implica a
recolha de indicadores, que são variáveis quantitativas ou qualitativas utilizadas para
medir a situação de saúde da comunidade. Os indicadores apenas são utilizados quando
se mostram relevantes, e podem ser agrupados em diferentes categorias,
nomeadamente: indicadores demoráficos, indicadores de morbilidade, indicadores de
mortalidade, indicadores do estado nutricional, indicadores de cuidados de saúde,
indicadores ambientais, indicadores sócio-económicos, entre outros. Os resultados do
diagnóstico comunitário servem para informar as intervenções da assistência sanitária
através dos programas de saúde. Por isso, é fundamental garantir dados com qualidade
para que decisões adequadas sejam tomadas.
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Domínio Dados/indicadores
Características gerais Contexto histórico; Clima; Vegetação; Meio ambiente;
Habitação; Escolas; Meios de comunicação; Transporte; Vias
de circulação.
Situação demográfica Tamanho da população; Taxa líquida de migração; Índice de
masculinidade; Razão de dependência; Taxa de crescimento;
Taxa bruta de natalidade; Taxa geral de fecundidade; Taxa
específica de fecundidade; Taxa de fecundidade total; Taxa
global de reprodução; Taxa bruta de mortalidade; Taxa
específica de mortalidade; Proporção de mortes por causa
específica; Taxa de mortalidade infantil; Taxa de mortalidade
neonatal; Taxa de mortalidade em menores de 5 anos; Taxa
de mortalidade materna.
Situação Taxa de pobreza; Taxa de desemprego; Rendimento familiar
socioeconómica médio; Percentagem de adultos de mais de 24 anos com
menos do que o ensino médio; Segregação racial; Densidade
de organizações voluntárias de base comunitária; Material
de construção da habitação; Percentagem de agregados
familiares com acesso óptimo de água, saneamento e
higiene; Tipos de religião.
Situação nutricional Alimentos disponíveis; Hábitos alimentares; Desnutrição em
crianças; Fontes de rendimento na comunidade;
Aleitamento materno exclusivo; Suplementação de rotina
com Vitamina A; Peso à nascença; Índice de massa corporal.
Situação sanitária Legislação sanitária; Prioridades de saúde; Níveis de
atenção; Actividades de saúde; Acesso aos serviços de saúde
(distância da unidade sanitária mais próxima); Rácio de
profissionais de saúde e população (desagregado pela
categoria profissional); Praticantes de medicina tradicional.
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SAIBA MAIS Para cada indicador seleccionado, deve-se elaborar uma folha de
referência contendo a seguinte informação: definição, objectivo,
linha de base, dados necessários e respectivas fontes, cálculo e
interpretação, e os níveis de desagregação quando necessário. Para
mais detalhes sobre a folha de referência, consulte bibliografia
relevante da área de monitoria e avaliação.
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𝑵𝒖𝒎𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓
𝑰𝒏𝒅𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓 = 𝑫𝒆𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒅𝒐𝒓 ∗ 𝒌, numerador podem ser actividades, intervenções ou
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2.2.10 Sumário
Oito fases de diagnóstico comunitário foram descritas neste manual, sendo a primeira
delas a constituição da equipa de diagnóstico. Nesta fase, é crucial o envolvimento de
todas as pessoas interessadas na melhoria da situação de saúde da comunidade,
incluindo os membros desta. Depois de criada a equipa, seguem-se as outras fases,
nomeadamente: definição dos objectivos, estabelecimento dos indicadores,
identificação das fontes de dados e ferramentas de recolha dos dados, recolha dos
dados, análise e interpretação dos indicadores, estabelecimento das prioridades, e
preparação de planos de acção.
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Prática
Indicadores recolhidos durante o diagnóstico comunitário do estado nutricional.
Resultados esperados
• Relatório de revisão bibliográfica sobre os indicadores recolhidos durante o
diagnóstico comunitário do estado nutricional.
• Folha de referência dos indicadoresrecolhidos durante o diagnóstico
comunitário do estado nutricional.
Material
• Computador; conexão à internet; bibliografia relevante.
Procedimento
• Revisão bibliográfica.
Demonstração
• Saiba mais sobre indicadores, e folhas de referências dos mesmos em:
https://www.measureevaluation.org/rbf/indicator-references.html
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Acompanhamento
• Serão realizadas sessões tutoriais para esclarecer as dúvidas, e orientar os
estudantes na execução da prática.
• Capa
• Objectivo do diagnóstico comunitário do estado nutricional
• Indicadores-chave do diagnóstico comunitário do estado nutricional
• Fontes de dados dos indicadores
• Instrumentos de recolha dos indicadores
• Análise e interpretação dos indicadores
• Anexo: Folha resumida de referência do indicador (ver estrutura abaixo)
Indicador
Definição
Propósito
Linha de base N/A para esta actividade.
Alvo
Colheita de dados
Ferramenta
Frequência
Responsável
Reporte
Controlo da qualidade
Questões
1. Qual é o objectivo do diagnóstico comunitário do estado nutricional? Explique
por suas próprias palavras.
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Bibliografia
1. Ahmad I. ABCDE of Community Nutritional Assessment. Gomal Journal of Medical
Sciences. 2019;17.
2. Boothe VL, Sinha D, Bohm M, Yoon PW. Community health assessment for
population health improvement; resource of most frequently recommended health
outcomes and determinants. 2013.
3. Jeffery B, Abonyi S, Hamilton C, Lidguerre T, Michayluk F, Throassie E, et al.
Community Health Indicators Toolkit, 2nd edition2010.
4. Saúde OP-Ad. Indicadores de Saúde: Elementos conceituais e práticos. OPAS
Santiago; 2018.
5. Muecke MA. Community health diagnosis in nursing. Public health nursing (Boston,
Mass). 1984;1(1):23-35.
6. Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Epidemiologia: teoria e prática2001. p.
596-.
7. Ervin NE, Kulbok PA, Levin PF, Kub JE, McNaughton DB, Cowell JM, et al. Community
Diagnosis: Analysis and Synthesis of Data and Information. New York: Springer
Publishing Company; 2018. p. 181-200.
8. Normando D, Tjäderhane L, Quintão CCAJDPJoO. A escolha do teste estatístico-um
tutorial em forma de apresentação em PowerPoint. 2010;15:101-6.
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3.1.8 Sumário
Vigilância é um processo contínuo e sistemático de recolha, análise, interpretação, e
disseminação de dados de saúde. Este proceso visa descrever e monitorar os problemas
de saúde nas comunidades/áreas de saúde, para informar acções de planificação,
implementação, e avaliação de intervenções e programas de saúde. Entre as principais
aplicações da vigilância destacam-se: monitorar, investigar e controlar os problemas de
saúde; planificar e avaliar as intervenções de prevenção e controlo; gerar hipóteses e
estimular pesquisa em saúde.
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como Salmonella e Shigella. Estes podem ou não fazer parte do sistema de notificação
obrigatória. Os laboratórios são órgãos de confirmação do diagnóstico, sendo por isso
cruciais para detectar casos de doenças de notificação obrigatória. A correcta solicitação
de exames, bem como a colheita, conservação e o envio de amostras biológicas
relevantes para as suspeitas clínicas, são elementos chave para assegurar a qualidade e
o bom desempenho deste sector. Dados laboratoriais, quando de boa qualidade, têm
um papel fundamental nas actividades de vigilância, manejo clínico dos doentes, e
investigações epidemiológicas. Contudo, os demorados tempos de resposta aos órgãos
solicitantes, muitas vezes tornam estes dados não oportunos para a tomada de decisões
informadas sobre o controlo e prevenção das doenças.
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3.2.6 Sumário
Os dados de vigilância são obtidos de diferentes fontes, incluindo sistemas de
informação em saúde, estatísticas vitais, relatórios de medicina legal, relatórios de
notificação de doenças, dados hospitalares e laboratoriais, inquéritos de saúde,
programas especícificos (saúde animal e ambiental), mídia e população, sendo a
notificação obrigatória a principal fonte de dados.
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Tempo
Os dados para este tipo de análise são, normalmente, apresentados num gráfico. O
número ou a taxa de casos ou óbitos é colocado na vertical , e o período de tempo a
avaliar é colocado na horizontal. Os eventos ocorridos que podem afectar
particularmente as doenças que estão a ser analisadas podem também ser registados
no gráfico. Os gráficos são formados por linhas (linha de tendências) ou por barras
(gráfico de barras ou histograma), para calcular o número de casos ao longo do tempo.
O histograma é construído através dos dados dos livros de registo (fichas de notificação)
e da listagem de casos. Os casos são distribuídos segundo a data do início de sintomas.
A medida que o histograma evolui vai apresentando uma curva epidémica.
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12
10
# de casos
8
6
4
2
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
Semana epidemiológica
10
8
# de casos
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Semana epidemiológica
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12
10
# de casos
8
6
4
2
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52
Semana epidemiológica
Lugar
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Pessoa
Esta análise descreve a população afectada pela doença específica, bem como as
pessoas em risco de contraírem essa condição ou de serem expostas aos factores de
risco associados. Usar os livros de registo/listagem de casos para captar as variáveis
relevantes para a doença, relacionadas com a pessoa, e fazer a distribuição dos casos.
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3.3.7 Sumário
Foram descritas quatro funções básicas da vigilância, sendo cada uma delas composta
por actividades e responsáveis específicos. A primeira função (recolha de dados), implica
a detecção de casos através da aplicação de definições de caso, e anotificação dos
mesmos obedecendo normas pré-definidas. Os dados são de seguida analisados e
interpretados de acordo com os objectivos de vigilância, e as especificidades de cada
doença/condição sob vigilância. Por fim, os dados são disseminados para os diferentes
níveis, incluindo a retro-informação, através de boletins epidemiológicos e outros
meios.
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Prática
Implementação da vigilância nutricional.
Resultados esperados
• Relatório de revisão bibliográfica sobre o processo da vigilância nutricional.
• Definições de caso usadasem vigilância nutricional na comunidade e nas
unidades sanitárias.
Material
• Computador; conexão à internet; bibliografia relevante.
Procedimento
• Revisão bibliográfica.
• Entrevista com informantes-chave do Programa de Nutrição a nível do MISAU e
das Direcções Provinciais e Distritais.
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Demonstração
• Não aplicável.
Acompanhamento
• Serão realizadas sessões tutoriais para esclarecer as dúvidas, e orientar os
estudantes na execução da prática.
• Capa
• Objectivos da vigilância nutricional.
• Detecção e notificação (definições de caso, fluxo de notificação e
responsabilidades).
• Análise e interpretação dos dados.
• Disseminação dos dados.
• Anexo: Definições de caso usadas em vigilância nutricional na comunidade e nas
unidades sanitárias.
Questões
Todas as perguntas abaixo devem ser respondidas tendo em conta a actividade prática
(contexto de Moçambique).
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Bibliografia
1. Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde. Manual de Vigilância Integrada
de Doenças e Resposta em Moçambique. 1 ed. Maputo: MISAU; 2019.
2. Dicker RC, Coronado F, Koo D, Parrish RG. Principles of epidemiology in public health
practice; an introduction to applied epidemiology and biostatistics. 2006.
3. Beaglehole R, Bonita R, Kjellström T. Basic Epidemiology: World Health Organization
Geneva; 1993.
4. Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Epidemiologia: teoria e prática2001. p.
596-.
5. Tuffrey V, Hall A. Methods of nutrition surveillance in low-income countries.
Emerging themes in epidemiology. 2016;13:4.
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