Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Orientações iniciais
2. Sugestão de questões diárias. Quantas horas você tem por dia para
estudar?
Horas de
1h-2h 2h-4h 4h-6h 6h ou +
estudos
5-10 10-20 20-30 +30
Questões
questões questões questões questões
Damiana da Rocha Cordeiro
3. Recomendo
LINK - adquirirem
1ª FASE OABo livro: - MÉTODO INFALÍVEL
PARA A SUA APROVAÇÃO - RESOLUÇÃO DE QUESTÕES (2023). Que tenho
a honra de ser a coordenadora, digo que é uma obra para a vida dos
estudantes da área jurídica pois, além de questões da OAB comentadas por
um time de especialistas, possui questões recentes da FGV de concursos
jurídicos (Procurador, Promotor, Magistratura, Defensor, Delegado, etc.) e
também possui o super material de ÉTICA (DESAFIO 8 em 30) que
estudaremos também por aqui no cronograma.
• Passo 01: Ei, sabe aquele amigo que já passou ou aquela livraria
de livros usados perto da sua casa? Perfeito, é com eles que você irá
conseguir seu Vade Mecum. isso mesmo, para quem não quer gastar
1
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
2
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
3
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Teoria do Erro:
Espécies de Erro –
ERROS
ESSENCIAIS e
Administração ACIDENTAIS.
Tributária. Concurso de
Ação Civil e Ação
Garantias e Pessoas e Concurso Da ordem dos
de Crimes. Teoria e Penal. Sist. Prob. E
Privilégios do Contratos. Direito processos.
Procedimentos. Ética:
Crédito Tributário. Aplicação da pena. Damiana daÉtica:
das Coisas. Rocha Cordeiro
Recursos.
Assunto Teoria e Execução Dia 26 (RGOAB- Art. 115
Execução Fiscal e Dia 24 (RGOAB- Art. Ética: Dia 25
ao 150). Ética: Dia 27
Processo 74 ao 90).da pena & (RGOAB-
Dos Art. 91 ao
(RGOAB- Art. 151 ao Ótima prova, no
Tributário Ética: Crimes Contra a 114). Domingo!!!
Vida. Das Lesões 156-D).
Dia 22 (RGOAB- Art.
55 ao 61). Corporais. Da
Periclitação da Vida
e da Saúde. Ética:
Dia 23 (RGOAB-
Art. 62 ao 73).
Arts. 24 ao 87 do CPP.
Súmula 146 e 714 do
Arts. 20, 21, 29,
STF.
Arts. 186 a 30, 33, 43, 44, CPC, arts. 926-
Súmula 542 STJ. Arts.
Leitura 193, 194 a 49, 50, 51, 61 a No material. 1.044. CPC, 513 a
155 a 159, 161, 167,
208 a do CTN. 68, 69, 71 a 78, 538 e 771 a 925.
170, 185 a 187, 197,
121 137 do CP.
198, 200, 231 e 245
do CPP.
4
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Sumário
SEGUNDA-FEIRA – 03/07 ......................................................................................... 6
5
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
TERÇA-FEIRA – 04/07............................................................................................. 18
QUARTA-FEIRA – 05/07.......................................................................................... 39
QUINTA-FEIRA – 06/07 ........................................................................................... 51
SEXTA-FEIRA – 07/07............................................................................................. 62
SEGUNDA-FEIRA – 03/07
DIREITO TRIBUTÁRIO.
Ética: Dia 22 (RGOAB- Art. 55 ao 61).
6
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
TÍTULO IV
Administração Tributária
CAPÍTULO I
Fiscalização
CF:
Art. 37. XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado,
exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 145 § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Art. 167. São vedados: Damiana da Rocha Cordeiro
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e
159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, §
2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
7
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
informa que não procede a escrituração do livro requisitado, nenhuma punição lhe pode
ser aplicada. Todavia, se mantem o livro – tanto é que o fiscal o viu – não pode se negar
a apresentá-lo, sob pena de configuração de embaraço a fiscalização ou ilícito mais
grave”. (Alexandre, Ricardo, Direito Tributário 13 edição pág. 626)
8
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de
informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a
observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação,
por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão
do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros
e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199,
os seguintes:
I – requisição (ordem) de autoridade judiciária no interesse da justiça; CPI’s
podem determinar quebra do sigilo fiscal.
II – solicitações (certo grau de discricionariedade) de autoridade administrativa
no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o
objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de
infração administrativa.
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública,
será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita
pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência
e assegure a preservação do sigilo.
Damiana da Rocha Cordeiro
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a:
I – representações fiscais (pois oriunda de autoridade fiscal) para fins
penais (ao MP, titular exclusivo da AÇÃO PENAL PUBLICA);
Súmula Vinculante 24
9
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
CAPÍTULO II
Dívida Ativa
10
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
CAPÍTULO III
Certidões Negativas
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do
interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que
tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do
requerimento na repartição.
STJ – Valida a recusa de CND quando descumprido obrigação acessória,
desde que tal consequência esteja prevista em lei, como o caso da GRFGTS e
GFIP, nos termos previstos pelo art. 32 IV e parag. 10 da Lei 8.212/91 (Resp.
1.042.585-RJ).
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que
conste a existência de: CERTIDAO POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA
11
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
CAPÍTULO VI
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito
Damiana da Rocha
tributário Cordeiro
não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da
natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não
altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que
sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade
dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu
espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus
ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare
absolutamente impenhoráveis.
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas,
ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido
reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida
inscrita.
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar
nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos,
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e
entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao
registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do
mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a
ordem judicial.
12
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
13
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
EXAME XXVIII - O médico João da Silva está há 4 (quatro) anos sem pagar a
anuidade cobrada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Diante desse cenário,
o CRM poderá
a) inscrever o débito em dívida ativa de natureza tributária, depois promovendo a
competente ação de execução fiscal, regida pela Lei nº 6.830/80, para cobrança.
b) promover a competente ação de execução fiscal regida pela Lei nº 6.830/80, sem
necessidade de inscrição em dívida ativa, por serem as certidões de
inadimplemento de anuidades expedidas pelos conselhos profissionais dotadas de
natureza de título executivo extrajudicial.
c) promover a competente ação de cobrança das anuidades, regida pelo Código de
Processo Civil, a partir da comprovação do não pagamento das anuidades em atraso.
d) promover a competente ação de execução das anuidades, regida pelo Código de
Processo Civil, por serem as certidões de inadimplemento de anuidades expedidas
pelos conselhos profissionais dotadas de natureza de título executivo extrajudicial.
Resposta: A anuidade devida ao CRM possui natureza tributária (é uma contribuição
de interesse das categorias profissionais ou econômicas) logo, deve seguir o
procedimento de cobrança previsto na Lei de Execução Fiscal (Lei Federal nº
6.830/80), que exige a inscrição do débito em dívida ativa e a conseguinte propositura
da Ação de Execução Fiscal, regida pela referida lei.
14
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Letra a.
(...)
EXAME XXVI - Em execução fiscal ajuizada pela União, a contribuinte ABC ofereceu
Damiana
seguro-garantia para garantir da Rocha
a execução, Cordeiro
correspondente ao valor da dívida,
acrescido de juros, multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa.
Por meio de publicação no órgão oficial, a União foi instada a se manifestar quanto à
garantia oferecida pela executada, deixando de se manifestar no prazo que lhe foi
assinalado.
Diante disso, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível o oferecimento de seguro-garantia para garantir a execução fiscal. No
entanto, a intimação da União por meio de publicação no órgão da imprensa oficial
foi regular.
b) É possível o oferecimento de seguro-garantia para garantir a execução fiscal, tendo
sido regular a intimação da União por meio de publicação no órgão da imprensa
oficial.
c) Não é possível o oferecimento de seguro-garantia para garantir a execução fiscal, nem
a intimação da União por meio de publicação no órgão oficial, pois qualquer
intimação ao representante judicial da Fazenda Pública deve ser feita por carta
registrada com aviso de recebimento.
d) É possível o oferecimento de seguro-garantia para garantir a execução fiscal, porém,
na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública
será feita pessoalmente.
Resposta: A primeira parte da afirmativa está correta, pois é legalmente possível o
oferecimento de seguro-garantia para garantir a execução fiscal. A segunda parte da
afirmativa também está correta, pois qualquer intimação ao representante judicial da
Fazenda Pública deve ser feita pessoalmente.
Letra d.
15
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Súmula 547 do STF: Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito
adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas
atividades profissionais.
EXAME XXIV - A pessoa jurídica A declarou débitos de Imposto sobre a Renda (IRPJ)
que, no entanto, deixaram de ser quitados. Diante do inadimplemento da
contribuinte, a União promoveu o protesto da Certidão de Dívida Ativa (CDA)
decorrente da regular constituição definitiva do crédito tributário inadimplido.
Com base em tais informações, no que tange à possibilidade de questionamento por
parte da contribuinte em relação ao protesto realizado pela União, assinale a
afirmativa correta.
a) O protesto da CDA é indevido, uma vez que o crédito tributário somente pode ser
cobrado por meio da execução fiscal.
b) O protesto da CDA é regular, por se tratar de instrumento extrajudicial de
cobrança com expressa previsão legal.
c) O protesto da CDA é regular,
Damianapor
dase tratarCordeiro
Rocha de instrumento judicial de cobrança
com expressa previsão legal.
d) O protesto da CDA é indevido, por se tratar de sanção política sem previsão em
lei.
Resposta: De fato, o protesto da CDA é regular, pois é legalmente previsto no art. 1º
da Lei Federal nº 9.492/97, cuja constitucionalidade já foi declarada pelo STF. Além
da Ação de Execução Fiscal (instrumento judicial de cobrança), a Fazenda Pública
também pode utilizar o protesto (que é um instrumento extrajudicial de cobrança).
Letra b.
Link de Questões
Sugestão: Faça no mínimo 5 questões de cada assunto.
Nº de Questões: Acertos: Erros:
16
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
17
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
TERÇA-FEIRA – 04/07
DIREITO PENAL
Ética: Dia 23 (RGOAB- Art. 62 ao 73).
8. Teoria do Erro: Espécies de Erro – ERROS ESSENCIAIS e ACIDENTAIS.
Questões já cobradas sobre o tem: 11.
Arts. 20, 21, 73, 74 do CP
Grupo 1) Erros Essenciais: Ocorre em um elemento essencial do conceito de Crime.
a) Erro do tipo incriminador (art. 20 caput CP). Presente no FATO TÍPICO.
b) Erro de tipo permissivo (art. 20 § 1º CP). Presente na EXCLUDENTE DE
ILICITUDE.
c) Erro de Proibição (art. 21 CP). Presente na CULPABILIDADE.
Art. 20 CP - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
✓ Evitável – O agente Damiana
respondeda deRocha
formaCordeiro
culposa;
✓ Inevitável
-se o dolo e a culpa.
– Fato atípico, afasta
Ex.: Transportar cocaína na bolsa achando que na verdade se trata de farinha de
trigo.
b) Erro de tipo permissivo (Art. 20, § 1º, do CP):
Art. 20 § 1º CP - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não
há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
culposo.
✓ Incide sobre elementos integrantes de um tipo penal autorizador;
✓ incide sobre elementos que compõem uma excludente de ilicitude (ex.: agressão
na legítima defesa), gerando a chamada descriminante putativa (ou
imaginárias, presumíveis, só existe na cabeça do agente).
✓ Evitável – Culpa imprópria, pois há dolo na conduta (o agente quer atingir o
suposto agressor), mas esse dolo será afastado para punir “impropriamente” a
forma culposa do crime.
✓ Culpa Imprópria - É a única hipótese no nosso direito penal em que se admite
falar em tentativa de crime “culposo”. Isso porque, por exemplo, quando,
acreditando estar agindo em legítima defesa (legítima defesa putativa), o
agente, com dolo de matar o suposto agressor, erra o disparo e este sobrevive,
ocasionando assim uma tentativa de homicídio doloso, porém afasta-se o dolo
em razão do erro de tipo permissivo, punindo, assim, a tentativa de homicídio
(doloso), mas na forma culposa.
Ex.: Agente mata seu desafeto que só colocou a mão no bolso para pegar o celular,
mas achava-se que pegaria uma arma para matá-lo. Logo, agiu em legítima defesa
putativa (imaginária, só existiu na sua cabeça).
c) Erro de proibição (Art. 21 do CP): Erro sobre a ilicitude do fato. Erro sobre a
valoração sobre o caráter proibido.
18
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
19
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
A. Autoria DIRETA:
✓ Autor executor:
✓ Autor intelectual: Liame Subjetivo: Coautoria
Obs.: 2 autores executores = coautoria; 1 autor executor + 1 autor intelectual =
coautoria.
B. Autoria INDIRETA: Aquele que possui o domínio do fato se utiliza de um
terceiro (não responde pelo fato), que não possui domínio dos fatos, para
realizar a conduta. Exemplos: Coação Moral Irresistível, Obediência
Hierárquica. Não há Liame Subjetivo. Não há coautoria.
20
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
9.1.3 – Participação:
• Colaboração dolosa no ato principal do autor mediante acordo de vontades
(Liame Subjetivo), entretanto, sem o domínio do fato, apenas de forma
acessória.
• Teoria Monista (art. 29 CP), o partícipe responderá pelo mesmo crime que o
autor do fato.
• Teoria da acessoriedade limitada: A conduta principal do autor deve ser típica
e ilícita. Ex.: Não se aplicará pena ao participe que emprestou a arma para o
agente matar seu desafeto “A”, mas antes disso, no dia anterior, o desafeto “A”
tentou matá-lo primeiro e o agente agiu em legítima defesa para se defender,
logo, excludente de ilicitude, não haverá crime.
• Não há participação em crime culposo. Não há domínio do fato.
• Espécies:
Damiana da Rocha Cordeiro
A. MORAL:
✓ aInduzimento
: Criar a ideia, vontade na cabeça do autor.
✓ Instigação: Ampliar a vontade já existente na cabeça do autor.
✓ Auxílio moral: Dicas, Conselhos.
• Institutos importantes:
21
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
1) várias condutas:
Link de Questões
22
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
23
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Obs.: inquéritos policiais ou ações penais em curso anteriores, não podem gerar
antecedentes criminais e alterar a pena-base na primeira fase da nossa
dosimetria!
24
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Obs.: Não haverá reincidência se, entre a data do término do cumprimento da pena
ou de sua extinção (sursis ou livramento condicional) e o novo crime, se passarem
mais de 5 anos (art. 64 do CP).
B. Pena de Multa:
25
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
26
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
27
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
✓ Crimes Comuns:
I – 16%: primário + crime sem violência ou grave ameaça;
Obs.: Antiga regra geral de 1/6. O que antes era para todas as situações,
atualmente é só pra essa.
II – 20%: reincidente + crime sem violência ou grave ameaça;
III – 25%: primário + crime com violência ou grave ameaça;
IV – 30%: reincidente+ crime com violência ou grave ameaça;
✓ Crimes Específicos:
V – 40%: Crime HEDIONDO ou equiparado, se for primário;
Obs.: Antiga regra dos 2/5. (Lei 11.464/2007).
VI – 50%:
a) Crime HEDIONDO ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional.
Damiana da Rocha Cordeiro
, de organização
b) Exerce o comando, individualcriminosa
ou coletivo
Crime HEDIONDO
estruturada ou equiparado.
para a prática de
c) Crime de constituição de milícia privada.
LEP: Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos,
quando o condenado:
28
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
29
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
b) Detenção: prevista para crimes menos graves, já que não admite o regime
inicial fechado, somente o semiaberto ou o aberto.
Obs.: Pena de até 4 anos de Reclusão + Reincidente. O que era para iniciar no
Regime Fechado, inicia-se no semiaberto.
• O início de pena em Regime aberto (art. 33 par 2º C do CP) se dá para:
a) O não reincidente, condenado a uma pena de detenção ou reclusão
concreta de até 4 anos.
30
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Link de Questões
11. Dos Crimes Contra a Vida. Das Lesões Corporais. Da Periclitação da Vida
e da Saúde.
Questões já cobradas sobre o tema: 34.
Arts. 30, 65, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132,
133, 134, 135, 135-A, 136, 137 do CP.
Matar alguém.
Pena: reclusão de 6 a 20 anos.
O bem jurídico tutelado é a vida, bem indisponível (não admite consentimento do
ofendido).
Sujeito ativo
Sujeito passivo
Qualquer pessoa (ser humano vivo). Somente a partir do início dos procedimentos
de parto. Antes disso, será considerado crime de aborto.
Tipo subjetivo
Consumação
31
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Feminicídio
VII – Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição:
32
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Obs.: O homicídio culposo na direção de veículo automotor será tratado pelo Código de
Trânsito Brasileiro (art. 302 da Lei 9.503/1997).
• Causas de aumento de pena (art. 121, § 4º – aumento de 1/3)
✓ No homicídio culposo (§ 4º, 1ª parte):
a) Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício
(para imprudência ou negligência do profissional, não se aplicando a imperícia, que
é a FALTA de capacidade técnica).
b) Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
c) Não procura diminuir as consequências do seu ato.
d) Foge para evitar prisão em flagrante.
✓ No homicídio doloso (§ 4º, 2ª parte):
a) menor de 14 (quatorze).
Damiana da Rocha Cordeiro
b) maior de 60 (sessenta) anos.
• Causa especial de aumento de pena (art. 121, § 6º, do CP):
§ 6º: a pena é aumentada de um terço até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo
de extermínio.
*Homicídio será considerado crime hediondo (art. 1º, I, da Lei 8.072/1990) nas
seguintes hipóteses:
✓ O homicídio simples (art. 121, caput), quando praticado em atividade típica
de grupo de extermínio.
✓ O homicídio qualificado (art. 121, § 2º, do CP) será sempre crime hediondo
✓ Homicídio e crime continuado: é possível a continuidade delitiva em crimes
de homicídio (Súmula 605 do STF não é mais aplicada).
✓ Homicídio e latrocínio (art. 157, § 3º, do CP):
✓ No crime de latrocínio, a finalidade (dolo) do agente é a subtração da coisa,
mas para isso acaba matando.
✓ A morte no latrocínio pode ser por dolo (direto ou eventual) ou por culpa
(crime preterdoloso).
✓ Transmissão da Aids: para o STF não configura tentativa de homicídio
prática de relação sexual, sem preservativo, por pessoa portadora do vírus
HIV (há divergência no STJ), podendo ser aplicado o art. 131 do CP.
33
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
• A partir da nova Lei (PACOTE ANTCRIME), aquele que induz, instiga ou auxilia
outrem a se suicidar ou se automutilar, mesmo que não ocorra nenhum
resultado lesivo oriundo dessa tentativa de suicídio, ou de automutilação, ou
ainda se ocorrerem apenas lesões corporais leves, responderá pelo caput do
Art. 122 do CP.
Sujeito passivo: O filho nascente (durante o parto) ou neonato (logo após o parto).
Obs.: Não há forma culposa, mas a mãe poderá, em certos casos, responder por
homicídio culposo comum caso a morte ocorra por imprudência ou negligência
produto do puerpério.
D. Aborto (arts. 124, 125 E 126 do CP):
*Tipo objetivo
a) Art. 124 do CP: é a conduta da gestante que provoca a morte do próprio feto
ou autoriza que outrem a provoque, punida com pena de 1 a 3 anos de detenção.
Entretanto, com exceção da teoria monista, aquele (coautor) que praticar o aborto
junto com a mãe, e autorizado por ela (consentir que outrem lhe provoque),
responderá pelo crime do art. 126 do CP (aborto com consentimento), e a mãe
pelo autoaborto (art. 124 do CP).
34
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
b) Art. 125 do CP: Aborto provocado por um terceiro mediante violência, grave
ameaça ou fraude, sem a autorização da gestante que nesse caso também é
vítima, punido com pena de 3 a 10 anos de reclusão.
Sujeitos ativos
Nos arts. 125 e 126 será qualquer pessoa que realizar o aborto.
Sujeito passivo
O produto da concepção (ovo, embrião ou feto) após a nidação (14 dias depois da
fecundação) e antes dos procedimentos de parto e no aborto sem o consentimento
da gestante (art. 125), além do feto,
Damiana da também a mãe.
Rocha Cordeiro
Consumação
Tipo subjetivo
Nos crimes previstos nos arts. 125 e 126 do CP as penas são aumentadas de
1/3 se, do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, resultar lesão
corporal de natureza grave; e são duplicadas se sobrevier a morte da gestante.
Substituição da pena (multa) na lesão corporal leve (art. 129, § 5º, do CP).
É possível substituir a pena privativa de liberdade pela multa quando na lesão
corporal:
I – ocorrer qualquer das hipóteses de lesão corporal privilegiada;
II – se as lesões corporais são recíprocas.
Lesão corporal culposa (art. 129, § 6º, do CP – pena: 2 meses a 1 ano de detenção).
36
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Link de Questões
Sugestão: Faça no mínimo 5 questões de cada tema.
37
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
38
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
QUARTA-FEIRA – 05/07
DIREITO CIVIL.
Ética: Dia 24 (RGOAB- Art. 74 ao 90).
3. Contratos em Geral e Contratos em Espécie.
Questões: 57.
Arts. 113, 187, 412, 441-446, 447-457, 474, 476, 478-480, 481-532, 533,
534-537. 538-564, 565-578, 579-592, 593-609, 610-626, 627-652, 653-692
do CC.
✓ CONTRATOS EM GERAL:
3.1 Princípios:
B. Força obrigatória (pacta sunt servanda): “O contrato faz lei entre as partes”.
CC: Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e
os usos do lugar de sua celebração.
CC: Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
39
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
3.2 Classificação:
3.3 Garantias:
Aplicação
Deve ser originado antes da tradição (transferência).
Não importa se o alienante
Damianasabia ou não
da Rocha do vicio, sua responsabilidade
Cordeiro
subsiste. Se sabia responderá também por perdas e danos.
Defeitos ocultos que desvalorizam a coisa ou tornam-na imprestável para o
uso proposto.
Recebida a coisa com vícios, o que fazer? Optar por uma das ações,
inacumuláveis e irrevogáveis.
I. Estimatória (Quanti Minoris):
• Meio para obter abatimento do preço;
• Efeito: redução do preço (não há a resolução).
II. Redibitória:
• Meio para enjeitar a coisa pelos vícios;
• Efeito: resolução do contrato;
• Direito à restituição do preço pago e ao reembolso das despesas pelo
contrato.
Prazos:
A. Bens Móveis: 30 dias (contados a partir da tradição);
B. Bens Imóveis: 1 ano (contado a partir da tradição).
Obs.: Exceções:
1. Se o sujeito já estava na posse do bem o prazo cai pela metade, contado da
conclusão do negócio.
2. Quando o vício se conhece posteriormente, começa a contar o prazo do seu
conhecimento (limita-se o prazo total a 180 dias para bens móveis e 1 ano
bens imóveis).
3. Não corre o prazo na constância da cláusula de garantia.
40
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
• O art. 476 estabelece que nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes
pode exigir o cumprimento da parte do outro, antes de cumprida a sua própria
obrigação. É a chamada exceção de contrato não cumprido (exceptio non
adimpleti contractus).
• Somente aos contratos bilaterais aplica-se a exceção de contrato não
cumprido.
41
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
3.5 Revisão:
1. Revisão.
• Para que o contrato seja reequilibrado;
• Previsão: art. 479 do CC.
2. Resolução.
• Extinção do contrato, para evitar mais efeitos danosos;
• Previsão: art. 478 do CC.
✓ CONTRATOS EM ESPÉCIE:
Retrovenda/Recobro:
•
Vendedor pode reservar-se o direito de recobrá-la.
•
Somente bens imóveis.
•
Prazo: decadencial de 3 anos.
•
Valor: preço recebido e as despesas do comprador.
•
Se comprador seDamiana
negar a da
revender ao vendedor, este pode depositar o
Rocha Cordeiro
preço e haver a coisa para si, forçosamente.
Preempção/Preferência:
•
Comprador tem que oferecer o bem ao anterior vendedor quando for
vender a terceiro.
• Bens móveis e imóveis.
• Prazo: não superior a 180 dias se bem móvel ou 2 anos, se imóvel, se
não estipulado, caducará em 3 dias para bem móvel e 60 dias se imóvel.
• Valor: preço que o terceiro se propõe a pagar.
Venda com reserva de domínio:
CC: Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com
as seguintes modificações:
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as
despesas com o instrumento da troca;
II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem
consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante.
42
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Resolução:
Revogação:
• A locação é:
✓ um contrato bilateral (presente o sinalagma);
✓ oneroso (se gratuito, torna-se comodato);
✓ consensual (não exige a entrega da coisa);
✓ não solene (sequer exige forma escrita);
✓ de trato sucessivo ou de execução continuada (impossível a execução
instantânea) e
✓ impessoal (morrendo uma das partes, prossegue a avença).
✓ Em regra, o contrato de locação não é personalíssimo, embora possa se
tornar mediante consentimento das partes. Transmite-se aos herdeiros
somente se for por tempo determinado, por aplicação do art. 577.
43
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
• O prazo limite para a prestação é de 4 anos, mesmo que o contrato tenha por
causa o pagamento de dívida de quem o presta, ou se destine à execução de
certa e determinada obra. Se o serviço ultrapassar esse prazo, dar-se-á por
findo contrato, mesmo que não concluído o serviço.
• Na empreitada de edifícios
Damiana edaoutras
Rochaconstruções
Cordeiro consideráveis, o empreiteiro
de materiais e execução (empreitada mista) responderá pela solidez e
segurança do trabalho, assim em razão dos materiais como do solo, durante o
prazo de 5 anos,
Link de Questões
44
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
4.1 Classificação:
45
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
GENERALIDADES:
• Não se limitam a discutir a posse (mas também indenização e multa,
mesmo sob rito especial.
• Caráter dúplice (decide de quem é a posse, e não a mera procedência do
pedido.
• Rito especial (
• prazo de ano e dia tem rito mais célere.
INTERDITO POSSESSÓRIO;
• Ação de caráter preventivo (turbação ou esbulho).
MANUTENÇÃO DE POSSE:
• Serve ao possuidor no caso de turbação (ato que embaraça, dificulta,
atrapalha o livre exercício da posse);
REINTEGRAÇÃO DE POSSE:
46
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
4.3 Propriedade:
A. Propriedade imobiliária:
• Regula-se pelos arts. 1.238 a 1.259 do CC/2002. O Código desenha três modos
de aquisição de propriedade imobiliária: usucapião, registro e acessão.
1. Usucapião: A usucapião, modo de aquisição originário da propriedade, faz
predominar a situação de fato, de uso, sobre a situação formal.
1.1 Ordinária: Exige-se 10 anos de posse, considerada de boa-fé, com o chamado
"justo título", sendo tratada no art. 1.242, caput do CC/2002.
1.2 Extraordinária: Chamada assim por ser independente de boa-fé e justo título,
sendo tratada no art. 1.238. Justamente por ser independente desses requisitos, o
tempo de posse é maior (15 anos).
1.3 Especial:
A. Imóveis urbanos:
Artigo 183 da CF/88 e artigo 1.240 do CC.
Se for possuidor de área urbana de até 250 m2 , por 5 anos ininterruptos, sem
oposição, utilizando-se para moradia sua ou de sua família, adquire o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel.
B. Imóveis rurais:
Damiana da191
Artigo Rocha Cordeiro
da CF/88 e artigo 1.239 do CC.
Deve haver posse por 5 anos ininterruptos, sem oposição, de área de terra (em
perímetro rural) de até 50 hectares, tornando-se produtiva e tendo nela sua
moradia.
2. Registro:
• Modo de aquisição derivada da propriedade.
• O registro gera uma presunção da propriedade, como determina o art. 1.245,
§2º, do CC/2002.
3. Acessão:
• Modo de aquisição originária da propriedade. Ela, acessão, pode ser entendida
como uma força externa que aumenta a coisa do proprietário, seja construção,
seja plantação.
A. Formação de ilhas: Ocorre quando em um rio forma-se uma ilha naturalmente
(art. 1.249 CC).
B. Aluvião: Acréscimo paulatino de terras do rio na propriedade ribeirinha
(“assoreamento”).
C. Avulsão: Por força violenta da natureza, uma porção de terras desloca-se de
uma propriedade para outra, sem intervenção humana (art. 1.251).
D. Álveo abandonado: Ocorre quando um rio ou lago que dividia duas
propriedades para de correr, seca ou é desviado (art. 1.252).
E. Construções e Plantações: Tudo aquilo que se constrói num imóvel pertence,
presumivelmente, ao proprietário, pelo princípio do superfície solo cedit (art. 1.253).
B. Propriedade Mobiliaria:
47
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
48
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Direitos de vizinhança
Imóvel em ruinas
Árvores limítrofes
Passagem forçada
Canos e tubulações
Águas
Tapagem
Direito de Construir
A. Penhor: Ocorre quando o devedor entrega a posse efetiva da coisa ao credor, para
a garantia de seu débito. Só pode ser empenhada coisa móvel. Como em regra o bem
fica na posse do credor, terá ele direito aos frutos.
B. Hipoteca: incidirá sobre bem imóvel, atual, futuro ou condicionado, e poderá ter
por objeto: imóveis e os acessórios; domínio direto; domínio útil; estradas de ferro;
49
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
recursos naturais; navios; aeronaves; direito de uso especial para fins de moradia;
direito real de uso; propriedade superficiária.
B.1 Convencional.
B.2 Legal.
B.3 Judicial.
B.4 Vias Férreas.
Link de Questões
Sugestão: Faça no mínimo 6 questões.
Nº de Questões: Acertos: Erros:
50
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
QUINTA-FEIRA – 06/07
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Ética: Dia 25 (RGOAB- Art. 91 ao 114).
51
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
52
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
53
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
54
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
55
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
56
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Link de Questões.
57
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
58
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
59
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
60
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
61
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
SEXTA-FEIRA – 07/07
DIREITO PROCESSUAL PENAL.
62
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
A ação penal serve para examinar a ocorrência de uma infração penal. Pode ser
pública ou privada.
• Pública: quando a infração causa reflexos na sociedade, por isso o próprio
Estado tem interesse na sua punição. Neste caso o MP é o detentor da ação.
• Privada: quando é o próprio ofendido é quem pede a punição do ofensor, pois
o bem violado é exclusivamente privado, como no caso do crime de calúnia
(crime contra a honra).
63
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
A regra é que a iniciativa da ação penal seja pública, pois cabe ao Estado tutelar e
pacificar a sociedade diante das infrações penais cometidas.
Assim, ao dar ao ofendido a titularidade para propor a ação penal, o Estado passa a
abrir mão de tutelar os bens jurídicos protegidos pelo Direito Penal, pois o início da
ação se dará apenas se a vítima o fizer.
A distinção básica que se faz entre ação penal privada e ação penal pública reside na
legitimidade ativa. Nesta a legitimidade é do MP e naquela é do ofendido ou
representante legal.
Parágrafo único – A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode
ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro
ou impedimento, anule o casamento.
Aqui o promotor de justiça deixa de exercer sua titularidade, ou seja, ele fica inerte,
não faz nada, e por isso o ofendido pode fazer a sua vez para que o processo corra.
Passados os 5 dias no caso de acusado preso, ou 15 dias no caso de acusado solto,
inicia-se o prazo de 6 meses para que o ofendido inicie a ação. Perceba que é o mesmo
prazo que o ofendido possui na ação privada.
64
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
PÚBLICA PRIVADA
Obrigatoriedade Disponibilidade (perdão e perempção)
Divisibilidade Oportunidade (pode renunciar)
Indisponibilidade Indivisibilidade
Oficialidade
Macete: lembre-se que na ação penal pública o promotor fica com ÓDIO, e a ação
Damiana
penal privada DÓI na vítima, da Rocha
pois ela Cordeiro
tem que dar início a ação.
Princípios: Oficialidade;
Princípios: Conveniência ou
Obrigatoriedade;
oportunidade; disponibilidade,
Indisponibilidade; instranscedência.
indivisibilidade; instranscedência.
Obs.: Na ação pública condicionada à
representação, esta deve ser oferecida
Obs.: A queixa deve ser oferecida no
no prazo de 06 meses a contar da data
prazo de 06 meses, a contar do
do conhecimento da autoria do fato.
conhecimento da autoria do fato – Art.
É possível a retratação da
38 CPP + Art.103 CPP
representação – art. 25 CPP + 102,
CPP.
65
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
RENÚNCIA
Se a renúncia faz com que o processo sequer inicie, significa que ela é pré-processual.
Essa característica é a principal diferença entre a renúncia e o perdão.
PERDÃO
Demonstra que o ofendido superou o ocorrido e por isso não quer mais que o autor
da infração seja punido. Porém, o perdão somente é cabível nos casos ação penal
privada.
Por outro lado, serão tácitos quando o ofendido ou seu representante legal
praticarem atos incompatíveis com o desejo de que o autor do crime seja punido. É
o exemplo clássico do ofendido que convida o autor do crime para ser seu padrinho
de casamento. Se o autor Damiana
foi convidado para Cordeiro
da Rocha ser padrinho de casamento do ofendido,
é razoável imaginar que houve um perdão? Claro que sim! Mesmo que não tenha
havido qualquer manifestação expressa acerca disso, estaremos diante de um perdão
tácito.
Sobre a sua aceitação pelo autor do crime, a renúncia é um ato unilateral, ainda
que não personalíssimo. Logo, o autor do crime não será intimado para se manifestar
sobre a renúncia, visto que sua manifestação não é considerada.
Já o perdão é um ato bilateral, o qual exige a intimação do autor do crime para que
ele aceite ou recuse, no prazo de 3 dias. Caso não se manifeste, a lei presume a
aceitação do perdão.
Mas por qual motivo o perdão exige a aceitação do ofendido? Por se tratar de um ato
processual, ou seja, o processo já nasceu, o autor pode optar por querer seguir com
a ação penal até o fim, com o intuito de provar sua inocência, por exemplo, e por isso
não aceitar o perdão do ofendido.
PEREMPÇÃO:
Visto que a perempção ocorre em razão da desídia do autor da ação, ela só existirá
durante o processo penal, ou seja, após o oferecimento da queixa crime. Existem
quatro causas para sua ocorrência.
66
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
PRINCIPAIS PONTOS:
RENÚNCIA: PERDÃO:
Antes da queixa (Pré- processual) Após iniciada a ação penal (Processual)
Unilateral Bilateral (deve haver a aceitação da
outra parte)
Art. 49 CPP
Até o trânsito em julgado de sentença
condenatória.
Damiana da Rocha Cordeiro
Art. 51 CPP
67
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Art. 48 do CPP: A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 49 do CPP: A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um
dos autores do crime, a todos se estenderá.
Exemplo:
OAB XIV - Fábio, vítima de calúnia realizada por Renato e Abel, decide mover ação
penal privada em face de ambos. Após o ajuizamento da ação, os autos são
encaminhados ao Ministério Público, pois Fábio pretende desistir da ação penal
privada movida apenas emDamiana
face dedaRenato
Rochapara
Cordeiro
prosseguir em face de Abel.
Diante dos fatos narrados, assinale a opção correta.
Resposta: A ação penal privada é indivisível; logo, Fábio não poderá desistir da ação
penal apenas em face de Renato.
Súmula 542 STJ - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. (Súmula 542,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 26/08/2015, DJe 31/08/2015)
Art. 51 do CPP: O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem
que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
Sobre o PERDÃO:
- É bilateral. Logo, pode ser recusado pelo querelado.
- Pode ser expresso ou tácito.
- Se concedido a um, a todos aproveita (que aceitarem), pois a ação privada é regida
pelo princípio da indivisibilidade. Não é meio para vinganças e perseguições.
- Extingue a punibilidade.
68
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
como autor do delito. Tiago, então, procura seu advogado e informa a este as
conclusões 1 (um) mês após os fatos.
69
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
OAB- XXXIII Carlos, em relatório final conclusivo de inquérito policial, foi indiciado
pela prática do crime de receptação qualificada (Art. 180, §1º, CP – pena: 3 a 8 anos
de reclusão e multa). Recebido o procedimento investigatório, o Promotor de Justiça
verificou, na Folha de Antecedentes Criminais, que Carlos possuía uma única
anotação e era tecnicamente primário, mas que teria sido beneficiado, oito anos
antes da suposta nova prática delitiva, por proposta de suspensão condicional do
processo em relação a crime de estelionato. Considerando as informações expostas,
você, como advogado(a) de Carlos, deverá esclarecer que, de acordo com o Código
de Processo Penal,
70
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Não esquecer:
✓ Reparação do dano deverá ser feita se for possível fazer!
✓ Prestação de serviços à comunidade será pelo prazo da pena mínima diminuída
de 1 a 2 terços. Não é o prazo da pena mínima!! A pena mínima deverá ser
diminuída de 1 a 2 terços!!!
✓ Sobre a pena mínima de 4 anos, considera-se as majorantes e atenuantes, ou
seja, não se trata da pena abstrata, mas a pena imposta na condenação.
Período Depurador: 5 anos sem ter sido beneficiado por algum instituto de
barganha (ANPP, Transação, Sursis, Delação).
71
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
OAB XXVII
Carlos foi indiciado pela prática de um crime de lesão corporal grave, que teria
como vítima Jorge. Após o prazo de 30 dias, a autoridade policial elaborou relatório
conclusivo e encaminhou o procedimento para o Ministério Público. O promotor
com atribuição concluiu que não existiam indícios de autoria e materialidade, razão
pela qual requereu o arquivamento. Inconformado com a manifestação, Jorge
contratou advogado e propôs ação penal privada subsidiária da pública.
Resposta: Nesse caso, é correto afirmar que a queixa proposta deve ser rejeitada
pelo magistrado, pois não houve inércia do Ministério Público.
Art. 44 do CPP: A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento
Damianadodamandato o nome do querelante e a menção do
Rocha Cordeiro
fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que
devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
72
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Emendatio Libelli:
Tal instituto deve ser aplicado no momento da sentença, sendo possível ser utilizada
em grau de recurso, desde que não se viole o princípio da vedação a reformatio in
pejus.
Está consignado no Art. 383 do Código de Processo Penal, que: “O juiz, sem modificar
a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição
jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008)”.
§ 1º - Se, em consequência de definição
Damiana da Rochajurídica diversa, houver possibilidade de
Cordeiro
proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o
disposto na lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2º - Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão
encaminhados os autos. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Mutatio Libelli:
Descrição nova dos fatos. No decorrer do processo verifica-se que os fatos narrados
na denúncia não estão de acordo com o que realmente aconteceu.
73
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Você percebeu, no exemplo, que houve uma mudança nos fatos narrados? Os fatos
mudaram, logo não se trata mais de furto, mas de roubo, por ter havido violência e
grave ameaça.
Na Mutatio Libelli o juiz não edita os fatos nem a tipificação como na Emendatio,
aqui o juiz dá um prazo para o próprio Ministério Público retificar estes FATOS.
74
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
A Ação Civil “Ex Delicto” pode ser definida simploriamente como uma ação ajuizada
na esfera cível, requerendo a indenização de dano moral ou material juridicamente
reconhecido em infração penal.
Essa ação somente será cabível nas hipóteses em que a repercussão da infração penal
também atingir a esfera da responsabilidade civil.
Apesar da legislação penal não tratar o tema de acordo com sua amplitude e
relevância, o Código Penal prevê em seu artigo 91 a obrigação de reparação do dano
quando houver condenação.
75
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
É importante lembrar que o CPP ao tratar deste tipo de ação prevê meios mais eficazes
para a vítima buscar a reparação, além de prever a utilização do sequestro, da busca
e apreensão, do arresto e da hipoteca legal.
Espécies de Reparação
Restituição
Ressarcimento
Reparação
Será cabível quando não for possível ressarcir o dano em espécie, ou seja, quando
não puder ser valorado em dinheiro, por sua natureza não patrimonial, com o intuito
de confortar a dor sofrida pelo ofendido.
Indenização
É um meio de compensação por dano causado por ato ilícito praticado pelo Estado.
É o caso da absolvição em revisão, em que o Estado tem o dever de indenizar o
interessado pelos danos sofridos.
Art. 83
Art. 91,
Art.63 Art.64 Art.65 Art.66 Art.67 Art.68, IV do
I do CP.
CP.
76
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Na ação civil “ex delicto” o ofendido visa reparar os danos sofridos em decorrência
do ilícito penal. Para ter jus a indenização deve a vítima demonstrar o dano moral
ou patrimonial sofrido.
A ação civil ex delicto pode ser ajuizada concomitante a ação penal OU após o
trânsito em julgado!
Damiana da Rocha Cordeiro
Leitura atenta aos artigos modificados pelo pacote Anticrime: Art. 157, 158-A ao 158-
F, do CPP.
Art.
Art.155 Art.156 Art.158 Art.159 Art.161 Art.167 Art.170
157
Art. Art.
Art. 186 Art. 197 Art. 198 Art. 200 Art. 231 Art. 245
185 187
*CPP.
1. ÔNUS DA PROVA:
O ônus da prova nada mais é do que o encargo que alguém tem de sustentar as suas
afirmações e pedidos por meio de documentos ou testemunhas que justifiquem e
verifiquem o que ela apresenta. É basicamente o seguinte: quem alega é quem tem
que provar.
77
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Uma vez que a acusação consegue comprovar que o autor praticou um fato típico,
haverá a presunção de que este fato também é ilícito e culpável. Provando isso, aí sim
caberá à defesa comprovar o contrário.
Ou seja, a partir da comprovação de que houve um fato típico, a defesa, caso alegue
o contrário, aí sim terá que provar a não existência do fato típico, ilícito e culpável.
EX: um homem foi encontrado morto em uma rua qualquer e um desafeto deste
homem é o principal suspeito. A investigação apura que de fato o principal suspeito
é o autor do homicídio, o MP oferece a denúncia que é recebida pelo juiz, e a ação
penal é iniciada. O acusado, diante das provas, não nega a autoria do homicídio, mas
alega tê-lo cometido em legítima defesa. Segundo ele, no momento do fato, a vítima
tentou matá-lo com uma faca, e para não ser morto, pegou uma pedra e bateu com
ela na cabeça do homem, que caiu morto.
Perceba que neste exemplo a acusação acusou e provou. Caso contrário o acusado
não poderia ser considerado autor do crime. Mas o acusado afirma ter cometido a
conduta para se defender.Damiana
Neste caso, aí sim,Cordeiro
da Rocha o acusado terá que provar a excludente
alegada.
Resumindo:
Caberá a acusação: provar a autoria, materialidade, causas de exasperação da
pena e dolo ou culpa.
Caberá à defesa: provar se há excludentes de ilicitude, de culpabilidade, elementos
de mitigação da pena e causas extintivas de punibilidade.
O ônus de provar cabe a quem fizer a alegação, ou seja, o MP acusa e tem que provar
suas alegações, o réu se defende e também tem que provar as alegações de sua defesa.
O ônus cabe à ambas as partes, não integralmente à acusação.
78
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Havendo uma só prova o juiz já pode usá-la para condenar, mas nunca poderá
com base somente em elementos que não passaram pelo crivo do contraditório e
ampla defesa.
Então, provas são aqueles elementos que estão sujeitos ao contraditório e ampla
defesa, certo? Logo, se há contraditório e ampla defesa estamos falando de ação penal
iniciada, pois a fase investigativa possui caráter inquisitivo. Diante disso, podemos
chegar à conclusão de que provas só existem na AÇÃO PENAL, ou seja, no decorrer
do PROCESSO JUDICIAL. Mas, como quase tudo no Direito Penal, há exceções.
Existem 3 tipos de provas que são admitidas antes da ação penal, são elas:
79
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Provas não repetíveis: não pode ser produzida novamente, ou seja, ela só
pode ser produzida naquele momento ou irá se perder. É o exemplo do exame de
corpo de delito, que deve ser feito o quanto antes. Não depende de autorização
judicial.
Provas antecipadas: essa prova já seria colhida no processo, ela só será
antecipada. É o exemplo clássico da testemunha que está doente em estado terminal.
Esta testemunha já está arrolada para ser ouvida no momento certo, mas pelo fato
dela estar sofrendo de uma doença em estágio terminal, o depoimento dela poderá
ser realizado antes, pois ela pode falecer no decorrer do processo. Precisa de
autorização judicial.
PROVAS ILEGAIS:
As provas ilegais são divididas em ilícitas e ilegítimas. Vamos relembrar alguns
aspectos importantes sobre elas.
ILICITAS: ofendem o direito material, uma garantia do cidadão (vida, liberdade,
dignidade da pessoa humana).
Exemplos de provas ilícitas: uma prova obtida por meio de tortura; um juiz que não
informa o acusado sobre seu direito ao silêncio, e este acusado, na ocasião, confessa
a autoria do crime. São provas obtidas por meio de violação de direitos e garantias.
Essas provas serão desentranhadas do processo, segundo o CPP em seu artigo 157.
ILEGÍTIMAS: Ofendem direito PROCESSUAL. Exemplo: Advogado que apresenta
documentos fora do prazo; uma testemunha que prestou depoimento sem ter jurado
compromisso de dizer a verdade. Ambos são casos que feriram procedimento.
Nem sempre essas provas serão desentranhadas pois, em regra, podem ser
corrigidas.
Teoria dos frutos da arvore envenenada: se uma arvore está estragada, tudo que
tem nela também estará contaminada.
80
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido
os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento
da verdade.
81
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
: Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem
Unificado XXXIV - Primeira Fase
José, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pela prática do crime de
receptação simples (pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa). Após ser certificado
que o denunciado estava em local incerto e não sabido, foi publicado edital com
objetivo de citá-lo. Mesmo após passado o prazo do edital, José não compareceu
em juízo nem constituiu advogado.
Não é necessário provar os fatos notórios- aqueles que todos sabem; os fatos
autoexplicativos ou axiomáticos, bem como os fatos inúteis ao processo.
82
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
CADEIA DE CUSTÓDIA:
Cadeia de custódia vem sendo cobrada com frequência em provas, e sobre este tema
é importante levar para a prova NO MÍNIMO a sua definição e as etapas. Mas leia os
artigos 158 ao 169 para estar ciente de todos os detalhes sobre este tema.
O CPP dispõe que a decisão não pode ser fundamentada exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação.
83
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
QUESTÃO 03: Com base nas disposições do Código de Processo Penal (CPP) acerca
de provas, julgue o seguinte item.
QUESTÃO 04: Com base nas disposições do Código de Processo Penal (CPP) acerca
de provas, julgue o seguinte item.
84
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Leve para a prova os pontos mais relevantes sobre estes procedimentos. São
eles:
ORDINÁRIO:
Seguirá o procedimento ordinário quando se tratar de infração penal
que tenha pena máxima igual ou superior a 4 anos. Um exemplo é o
crime de roubo.
Neste procedimento serão admitidas até 8 testemunhas.
Audiência será realizada em no máximo 60 dias, contados do art. 399,
ou seja, após recebida a denúncia ou queixa.
O juiz rejeitará a peça inicial caso esta seja inepta, falte condição ou
pressuposto processual ou haja falta de justa causa.
Após citado, o réu irá dispor de 10 dias para apresentar a sua resposta
à acusação.
SUMÁRIO:
Seguirá o procedimento Sumário quando se tratar de infração penal que
tenha pena máxima menor de 4 anos.
Damiana da Rocha Cordeiro
5 testemunhas
Neste procedimento serão admitidas até .
Audiência será realizada em no máximo 30 dias, contados do art. 399,
ou seja, após recebida a denúncia ou queixa.
SUMARÍSSIMO:
O procedimento sumaríssimo está na lei dos juizados especiais 9.099,
não no CPP, e servirá nos casos de contravenções ou crimes com penas
de até 2 anos.
O número de testemunhas não está estipulado em lei, sendo adotado
de modo geral até 5 testemunhas e em casos mais complexos pode ser
aceito até 8 testemunhas. Existem, ainda, correntes que dizem que o
número máximo deva ser 3 testemunhas, por se tratar de um
procedimento mais célere.
Lembre-se que, se o procedimento sumário ou sumaríssimo não fixarem uma
determinada regra, será aplicado o procedimento ordinário. Isso fixa a ideia de que o
procedimento comum é a base de todos os outros.
85
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
86
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
87
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
PROCEDIMENTO ESPECIAL:
São exemplos de casos de procedimento especial: Crimes dolosos contra a vida (júri),
Crimes praticados por servidores públicos contra a administração em geral, crimes
da lei de drogas, crimes falimentares e crimes contra a propriedade imaterial.
: Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA)
Hugo foi denunciado pela prática de um crime de furto qualificado praticado contra
Rosa. Na audiência de instrução e julgamento, Rosa confirmou a autoria delitiva,
mas apresentou versão repleta de contradições, inovando ao afirmar que estava
junto com Lúcia quando foi vítima do crime. O Ministério Público ouve os policiais
que participaram apenas, posteriormente, da prisão de Hugo e não deseja ouvir
novas testemunhas. A defesa requer a oitiva de Lúcia, mencionada por Rosa em
seu testemunho, já que antes não tinha conhecimento sobre a mesma, mas o juiz
indefere afirmando que o advogado já havia arrolado o número máximo de
testemunhas em sua resposta à acusação.
88
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
Art. 401, CPP. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas
arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. § 1º Nesse número não se
compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.
89
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
O procedimento comum será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada for igual ou superior a quatro anos de pena privativa de
liberdade. Certo ou Errado?
QUESTÃO 02 - Ainda com relação ao processo penal brasileiro, julgue o item que se
segue.
Os prazos no processo penal são contados em dias úteis, haja vista a aplicação
analógica do disposto no Código de Processo Civil de 2015. Certo ou Errado?
90
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse.
91