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Formula 1

Piloto britânico, sete vezes campeão do mundo de Formula 1, disse


em seu perfil no Twitter que é preciso 'focar em mudar mentalidade'

um canal do YouTube repostou o trecho de uma entrevista


de Nelson Piquet a Ricardo Oliveira em 3 de novembro do
ano passado. Na conversa, o piloto comenta um acidente
entre Lewis Hamilton e Max Verstappen, ocorrida no último
Grande Prêmio da Grã-Bretanha, no circuito de Silverstone. Ao
se referir ao piloto da Mercedes, Piquet usa um termo racista,
“neguinho”.
A lembrança repercutiu e causou revolta, com consequências e
notas de repúdio imediatas da Fórmula 1, da Federação
Internacional de Automobilismo (FIA) e das escuderias
Mercedes e Ferrari. Hamilton deu sua resposta pelas redes
sociais nesta terça-feira, 28. Depois de retuitar um fã que
sugeriu que o heptacampeão publicasse a frase “Quem diabos é
Nelson Piquet?” e fechasse os comentários, ele escreveu em
português: “Vamos focar em mudar a mentalidade”.
A mulher nos esportes de luta

Edinéia Camargo tem 27 anos, e começou a praticar Kung Fu Wushu aos 7. Em 2006
ela começou a competir pelo Sanda, vertente do esporte destinada a combates.

O interesse veio pelos filmes que assistia, e com o apoio da família encontrou a
modalidade que era certa para ela. “Eu assistia os filmes de luta e queria lutar. Como era
pequena e não sabia qual modalidade eu queria, minha família me levou para assistir e
fazer aulas experimentais de várias e não gostei de nenhuma. Vi uma aula do wushu,
achei uma luta bonita e diferente. Gostei e estou nele até hoje”, disse.

Edinéia é hexa campeã brasileira e campeã Pan Americana da modalidade, além de ser
bicampeã sul-americana e já ter participado de três mundiais. Ela faz parte da seleção
brasileira desde 2007.

Para ela, o preconceito por ser mulher partia mais da sociedade do que das pessoas
ligadas ao esporte. Hoje ela não vê mais descriminação por ser mulher e lutar. “Quando
comecei não tinha a quantidade de mulheres que tem hoje na luta. As pessoas falavam
que eu era muito pequena, porque eu estava fazendo luta, porque eu não ia para o balé
que era mais delicado. Mas não chegou a ser algo mais forte, de não querer uma mulher
lutando. Hoje já se tornou algo mais comum com as mulheres disputando o MMA e as
lutas no UFC”.

A lutadora acredita que as mulheres estão conseguindo buscar seu espaço dentro dos
esportes. “Estamos mostrando que nós podemos fazer o que a gente quiser, que somos
capazes de atuar em qualquer área do esporte”.
O esporte para as pessoas com deficiência
Diretor do Instituto Athlon, uma organização não governamental e
sem fins lucrativos, Kelvin Gyulo Bakos defende o esporte como uma
das ferramentas para ajudar pessoas com deficiência a superarem
barreiras psicológicas, buscando uma integração com a sociedade.

“A gente percebeu que é possível combater o preconceito com o


esporte, e isso ficou ainda mais evidente durante as Paralimpíadas.
Muitas pessoas não sabiam nem mesmo que existia esporte para
deficientes até 2016, quando os Jogos Paralímpicos foram
transmitidos na TV, o que ajudou a quebrar barreiras”, afirma Kelvin.

O Instituto Athlon trabalha no desenvolvimento de deficientes, a partir


de atividades esportivas, desde 2011. Ao longo desses anos, seus
atletas conquistaram mais de 2.000 medalhas em diversas
competições, tornando-se referência na gestão e no desenvolvimento
de modalidades paradesportivas em São José dos Campos (SP).

“A reabilitação para um deficiente é algo muito interno e escondido. E


o esporte tem ajudado a romper barreiras e combater o preconceito.
A partir dos desafios, que são combatidos diariamente, nossos atletas
manifestam melhorias contínuas e superam as dificuldades”, destaca
Kelvin.
O esporte na vida de Alan

Alan Alex Nogueira, jogador de goalball

O esporte também ajudou Alan Alex Nogueira, 30 anos. Deficiente

visual, ele também defende a prática esportiva como um caminho


para lutar pela inclusão social das pessoas com deficiência.

Alan desenvolveu glaucoma congênito ainda no útero de mãe, após


ela ter contraído rubéola. Com isso, perdeu totalmente a visão ainda
antes de nascer.

Quando tinha dois anos, Alan foi morar em Paraibuna com a avó e
chegou a fazer tratamentos para recuperar a visão, mas desistiu
tempos mais tarde. Aos 12 anos, foi para São José dos Campos
estudar e acabou conhecendo o esporte.

“Comecei a treinar goalball e gostei. Em 2009, participei da Seleção


Brasileira juvenil e disputei o Parapanamericano na Colômbia. Desde
que comecei a praticar esportes, me esforcei para ser um bom
profissional e enfrentar a vida com naturalidade”, explica.

Casado, Alan também tem um filho, de nove anos. Além de jogar,


também é formado em locução e produção, e trabalha

desenvolvendo comerciais para rádios em um estúdio em sua própria


casa.

Além do esporte, a inclusão deve estar também nos pequenos


detalhes, ele pede: “Quando vou comprar uma roupa, os vendedores
raramente me perguntam o modelo que eu quero provar; sempre se
direcionam para quem está me acompanhando. Mas eu consigo
responder, sei quais são os meus gostos. São as coisas simples que
fazem a diferença. Nós queremos ser vistos como pessoas normais,
não como deficientes”, explica.

Por fim, o esporte vai muito além dos jogos de futebol, das olimpíadas e outras competições e
modalidades, ele é um meio de veículo que podemos usar para combater as discriminações e
preconceitos, também é o meio que podemos usar para incluirmos pessoas tímidas, anti
sociais, excluídas pelas pessoas e pela sociedade, e o esporte é um dos muitos meios que nós
tempos para quebrar essas barreiras, e preconceitos.

O esporte é para todos como costumamos dizer, mas também é um meio de cuidarmos de
todos, e não apenas usar esse jargão “o esporte é para todos”. Porque o que adianta ser para
todos porém nem todos se sentirem parte dele por causa de palavras negativas e ofensivas,

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