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As autoras trazem uma paráfrase de Paulo Freire em que para o autor, a leitura
de um texto, “tomada como pura descrição de um objeto, é feita no sentido de
memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de
que o texto fala”. (FREIRE, 1989, p.12). Esta fala retrata a superficialidade de práticas
de leitura realizadas em sala de aula, e é justamente a partir desse ponto que as autoras
baseiam seu pensamento: no pressuposto de que as práticas de leitura na escola são
múltiplas, plurais, ainda que o processo de escolarização tensione no sentido de uma
homogeneidade e univocidade.
Sendo assim, a pesquisa mostrou-se notável pela forma como foi realizada: as
autoras dispuseram de um semestre letivo inteiro para observar e analisar as práticas de
leitura desta turma específica. Entretanto, ainda que os conceitos e pressupostos tenham
sido explicados de maneira clara e concisa, há uma falta de desenvolvimento em relação
aos resultados obtidos nesta investigação, de modo que a conclusão deste texto é curta e
não traz maiores reflexões. Ainda em relação à conclusão do artigo, as autoras
reafirmam os pressupostos já defendidos e fomentam a necessidade de aprofundamento
nas pesquisas e estudos na área, mas não trazem um resultado concreto e bem detalhado.