Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
DISCIPLINA DE ISOSTÁTICA
PROF.: MARIVAN DA SILVA PINHO

GRELHAS ISOSTÁTICAS APLICADAS À


ENGENHARIA

RODRIGO DA COSTA CARDOSO

PELOTAS, MAIO DE 2023

1
RODRIGO DA COSTA CARDOSO

GRELHAS ISOSTÁTICAS APLICADAS À


ENGENHARIA

Trabalho apresentado ao professor


Marivan da Silva Pinho na disciplina
de Isostática da Universidade Federal
de Pelotas, como requisito parcial à
obtenção da aprovação.

PELOTAS, MAIO DE 2023.

2
SUMÁRIO

Introdução.............................................................................................................4

Grelhas isostáticas................................................................................................5

Aplicação das grelhas isostáticas na Engenharia..............................................6

Conclusão.............................................................................................................13

3
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar o desenvolvimento de um


exercício contextualizado nas grelhas isostáticas na área de engenharia. Foi
proposto o desenvolvimento de um exercício e aplicarmos os conceitos
aprendidos em sala de aula. Sendo assim, uma ótima oportunidade para
consolidar os conhecimentos sobre esse tema.
As grelhas isostáticas são estruturas planas formadas por elementos que
se encontram em equilíbrio estático. Essas estruturas são muito utilizadas na
engenharia civil e mecânica para suportar cargas e resistir a deformações.
Com base nessa premissa, o presente exercício propõe a resolução de um
problema prático envolvendo a análise de grelhas isostáticas. O objetivo é que
possamos aplicar os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula para resolver
problemas reais.
Ao longo deste exercício, haverá vários desafios, como identificar as cargas
atuantes nas estruturas, calcular as reações de apoio, determinar as forças
internas nos elementos da grelha e verificar o equilíbrio estático.

4
GRELHAS ISOSTÁTICAS

As grelhas isostáticas são estruturas de suporte utilizadas em engenharia


e construção para distribuir cargas de forma uniforme, independentemente das
variações de carga. Elas são feitas de materiais resistentes, como aço ou
concreto, e possuem uma geometria que permite que a carga seja distribuída
uniformemente em todas as direções.
A característica principal das grelhas isostáticas é que elas possuem uma
rigidez igual em todas as direções, o que significa que não importa de onde
venha a carga, ela será distribuída igualmente por toda a estrutura. Isso as torna
ideais para aplicações em que a carga é incerta ou variável, como em
plataformas offshore, pontes e viadutos, e estruturas de suporte de
equipamentos pesados.
As grelhas isostáticas são projetadas para suportar grandes cargas com a
mínima quantidade de material, tornando-as mais leves e mais econômicas do
que outras estruturas de suporte. Elas também oferecem maior resistência à
fadiga e à corrosão em comparação com outros tipos de estruturas de suporte,
tornando-as uma opção popular em muitas aplicações industriais.

5
APLICAÇÃO DAS GRELHAS ISOSTÁTICAS NA ENGENHARIA

Um produtor deseja construir um suporte para a caixa d'água de sua


propriedade usando o princípio das grelhas isostáticas. A caixa a ser utilizada
possui a capacidade de 5.000l, ele planeja construir com 4 metros de altura, irá
construir hastes de concreto cada uma com uma seção transversal quadrada de
40 cm x 40 cm, posicionando cada haste a 120º uma da outra, formando o círculo
necessário para a sustentação da caixa. Podemos ver mais detalhes nas
imagens a seguir.

Figura 1: Vista frontal da estrutura.

Figura 2: Vista lateral da estrutura.

6
Figura 3: Vista superior da estrutura.

Figura 4: Vista inferior da estrutura.

Após feita a projeção, podemos ver onde serão empregadas as grelhas


isostáticas, além disso, podemos ver quais os cálculos devem ser feitos, na
figura a seguir, temos mais detalhes todos os locais a serem calculados.

7
Figura 5: Ilustração demonstrando a grelha e seus respectivos valores.

Figura 6: Representação da Barra AE

Logo abaixo, realizaremos os cálculos das reações:

∑𝐹𝑍 = 0
20 ∗ 8 − 160 + 𝐷𝑧 + 𝐸𝑧 = 0
0 + 𝐷𝑧 + 𝐸𝑧 = 0
𝑫𝒛 = −𝑬𝒛

Como 𝐷𝑧 = −𝐸𝑧, podemos fazer o cálculo do Momento Fletor em


Relação a 𝐸𝑧.
∑𝑀𝐸 = 0
160 ∗ 4 − 160 ∗ 8 − 𝐷𝑧 ∗ 3 = 0
640 − 1280 = 3 𝐷𝑧
−640
𝐷𝑧 =
3
𝑫𝒛 = −𝟐𝟏𝟑, 𝟑𝟑

Dessa forma, sabendo que 𝐷𝑧 = −𝐸𝑧, sabemos que 𝐸𝑧 = 213,33.


8
Agora, iremos calcular Momento fletor da sessão de 0 ≤ 𝑥 ≤ 5.

Figura 7: Representação do corte 0 ≤ 𝑥 ≤ 5.

𝑥
𝑀𝑓 + 20𝑥 ∗ − 160𝑥 = 0
2

𝑀𝑓 + 10𝑥 2 − 160𝑥 = 0
𝑀𝑓 = −10𝑥 2 + 160𝑥
𝑀𝑓 = −10 ∗ 52 + 160 ∗ 5
𝑴𝒇 = 𝟓𝟓𝟎

Agora, iremos calcular o Cortante do corte de 0 ≤ 𝑥 ≤ 5.

−𝑄 − 20𝑥 + 160 = 0

−𝑄 = 20𝑥 − 160

𝑄 = 160 − 20𝑥

𝑄 = 160 − 20 ∗ 5

𝑸 = 𝟔𝟎

Logo, calcularemos a derivada do momento fletor, com esse cálculo,


encontraremos o ponto máximo.

𝑑𝑀𝑓
=0
𝑑𝑥
−20𝑥 = −160
𝒙=𝟖

9
Agora, vamos calcular Momento fletor da sessão de 5 ≤ 𝑥 ≤ 8.

Figura 8: Representação do corte 5 ≤ 𝑥 ≤ 8.

𝑥
𝑀𝑓 + 20𝑥 ∗ + 213,33 ∗ (𝑥 − 5) − 160 ∗ 𝑥 = 0
2

𝑀𝑓 + 10𝑥 2 + 213,33 − 1066,65 − 160𝑥 = 0


𝑀𝑓 + 10𝑥 2 + 53,33𝑥 − 1066,65 = 0
𝑀𝑓 = −10𝑥 2 − 53,33𝑥 + 1066,65
𝑀𝑓 = −10 ∗ 82 − 53,33 ∗ 8 + 1066,65
𝑀𝑓 = −640 − 426,65 + 1066,65
𝑴𝒇 = 𝟎

Vamos realizar o cálculo do Cortante da sessão de 5 ≤ 𝑥 ≤ 8.

160 − 213,33 − 20𝑥 − 𝑄 = 0

−𝑄 = 20𝑥 + 213,33 − 160

𝑄 = −20𝑥 − 213,33 + 160

𝑄 = −20 ∗ 5 − 213,33 + 160

𝑄 = −100 − 213,33 + 160

𝑄 = −313,33 + 160

𝑸 = −𝟏𝟓𝟑, 𝟑𝟑

10
Após a realização de todos os cálculos, já é possível determinarmos os
diagramas de Esforço Cortante e Momento Fletor. Logo abaixo, já temos o
diagrama de Momento Fletor.

Figura 9: Diagrama do Momento Fletor.

Da mesma forma, logo abaixo, temos o diagrama do Esforço Cortante.

Figura 10: Diagrama do Esforço Cortante

11
Assim, através dos cálculos, conseguimos dimensionar uma estrutura
resistente o suficiente para o fim desejado.
É importante destacar que realizamos os cálculos apenas da barra AE,
entretanto, dependendo da visão do observador, os cálculos valem para todas
as barras, na figura a seguir, veremos mais detalhes.

Figura 11: Representação da grelha vista pelo observador.

Conforme destacado acima, para que os cáculos se apliquem à todas as


três barras, o observador deve seguir a ilustração acima, observando sempre da
esquerda para a direita.

12
CONCLUSÃO

A partir deste trabalho, podemos concluir o quão importante é o cálculo e


análise de estruturas. Por meio de sua utilização, é possível determinar as
cargas que serão suportadas por cada elemento da estrutura, garantindo sua
estabilidade e segurança.
Com base nos estudos e análises realizados, pudemos observar que as
grelhas isostáticas se destacam pela simplicidade de seu modelo e pela
eficiência de seus resultados. Além disso, também foram evidenciadas suas
vantagens com a possibilidade de cálculos mais precisos e a economia de
materiais.
Por fim, destacamos a importância do conhecimento teórico e prático sobre
o uso das grelhas isostáticas para a concepção e construção de estruturas.
Dessa forma, é possível garantir a segurança, durabilidade e eficiência das
construções, contribuindo para um ambiente construído mais seguro e
sustentável.

13

Você também pode gostar