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FÍSICA EXPERIMENTAL I-A

(IC169)

RELATÓRIO 4:
Atrito Estático

Alunos:

Emanoel Inácio - 20200027781

Gabriel Fernandes - 20200010514

Letícia Dias - 20200011656

Vinícius Pontes - 20200015172

Professor:

Maurício Cougo dos Santos


Objetivos
Determinar o coeficiente de atrito estático, em um sistema de plano inclinado,
envolvendo um bloco de madeira disposto em uma superfície de alumínio. Fazer diversas
medições dos ângulos em graus (total de 100 medições) em que se inicia o movimento
do bloco de madeira, para então observar quantas vezes ocorrem esses ângulos em
determinadas classes (total de 10 intervalos), e assim denotar o número de ocorrência
dessas medições para cada um desses intervalos. A partir dessas constatações, obter
também um gráfico e um histograma relativo às ocorrências dos ângulos.

Fundamentos Teóricos
A força de atrito é a resistência encontrada durante o movimento de um corpo
sobre uma superfície, ou através de meios como o ar e água, essa força age de
forma contrária ao movimento. A força do atrito é calculada utilizando a força
normal (N), a força de atrito (Fat) e o coeficiente de atrito (μ). Assim, temos:

𝐹𝑎𝑡 = μ · 𝑁 (1) .

Quando um corpo está parado e sofre uma força que o empurra


paralelamente a uma superfície que está apoiado, temos o atrito estático, essa força
é calculada de forma similar com a fórmula (1), onde (N) é a força normal e (μe) é
o coeficiente de atrito estático. Logo, temos:

𝐹𝑎𝑡𝑒 = μ𝑒 · 𝑁 (2).

Um plano inclinado é uma superfície reta, que é disposta segundo um ângulo


oblíquo em relação a direção horizontal, em que colocamos um corpo que será
sujeito a ação das forças peso e atrito, onde a força de atrito é produzida pela
força normal.

fonte: https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php

Para calcularmos a força de atrito estático podemos usar as seguintes


fórmulas, onde (Fe) é a força de atrito estático, (P) a força peso, (N) a força
normal e μe o coeficiente de atrito estático:
Equações normais:
𝐹𝑒 − 𝑃𝑠𝑒𝑛 θ = 0 (3)
𝑁 − 𝑃𝑐𝑜𝑠 θ = 0 (4)

𝐹𝑒 = μ𝑒 · 𝑁 (2)
𝐹𝑒 𝑠𝑒𝑛 θ
μ𝑒 = 𝑁
⇒ μ𝑒 = 𝑐𝑜𝑠 θ
⇒ μ𝑒 = 𝑡𝑔 θ (5).

Referências:
RAYMOND, JOHM, V.1 – Princípios de Física mecânica clássica, 3ªed
(Editora Thonson. – São Paulo) pg. 140
https://www.stoodi.com.br/blog/fisica/forca-de-atrito-o-que-e/
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php

Montagem experimental
Utilizamos um equipamento nomeado “Plano Inclinado Aragão”, de fabricação no
Brasil pela empresa MMECL - Maxwell Metalurgia e Equipamentos Científicos Ltda.
Trata-se de um plano inclinado completo, equipamento composto principalmente por
uma base de suporte com uma rampa de inclinação (que representa nosso plano inclinado)
e por uma haste com um dispositivo tracionador que controla a inclinação da rampa.
Na rampa de inclinação, temos uma superfície de alumínio. Nessa superfície,
colocamos um bloco de madeira, disposto livremente na metade da superfície da rampa.
O instrumento conta ainda com uma escala em graus que acompanha o ângulo em
que se encontra inclinada nossa rampa, ou seja, a medição do ângulo que a rampa faz com
a base de suporte. Essa escala vai de 0 a 40 graus, com precisão de 1 grau, e devemos ter
cuidado com o nosso próprio ângulo de visão ao observar essas medições (nosso ângulo
de visão pode influenciar na observação das medidas - “Paralaxe”).
Observação importante: o nosso plano inclinado continha alguns problemas no
sistema tracionador da haste que controla a inclinação do plano. Devido a isso, houve
algumas dificuldades na estabilização do sistema e, consequentemente, nas aferições dos
ângulos. Isso se refletirá no nosso histograma, que poderá não refletir a distribuição
esperada das ocorrências.
Experiência (passo a passo da prática)
A experiência consistia em analisar e calcular o coeficiente de atrito estático a partir
do uso do equipamento e das medições realizadas. Para isso, primeiro foi medida a
angulação entre a superfície e um sólido de madeira, através de um equipamento de plano
inclinado. Tal medida foi realizada 100 vezes. Tendo anotado as medições, o próximo passo
foi analisar e calcular o número da discrepância entre a maior medição e a menor. Após
calcular a variação em graus entre o maior grau e o mínimo, foi calculado o número de
classes, sendo ela a raíz da quantidade de medições realizadas. E com o número de
classes e a variação, podemos calcular a tabela de ocorrências (no registro de dados). Após
isso, o próximo passo foi analisar quantas ocorrências se encaixavam em cada um dos
intervalos. Então foi realizado um histograma com as ocorrências para que fosse feita uma
distribuição gaussiana. Onde a partir disso, iríamos analisar onde seria calculada a
angulação ideal com base nas 100 medidas. Tendo então a angulação, a decomposição da
força peso, e a massa do objeto, então seria possível calcular o coeficiente de atrito
estático. (Lembrando que por problemas no aparelho, ficou impossível atingir uma boa
medição)
Registro de dados
Plano Inclinado
Medidas θ(Graus)±0,5

01 20,0

02 22,0

03 25,0

04 25,0

05 20,0

06 18,0

07 25,0

08 17,0

09 23,0

10 18,0

11 19,0

12 24,0

13 16,0

14 20,0

15 17,0

16 25,0

17 20,0

18 21,0

19 21,0

20 24,0

21 17,0

22 21,0

23 23,0

24 22,0

25 25,0

26 17,0

27 16,0
28 19,0

29 26,0

30 20,0

31 26,0

32 25,0

33 21,0

34 22,0

35 16,0

36 16,0

37 26,0

38 25,0

39 23,0

40 21,0

41 22,0

42 17,0

43 18,0

44 19,0

45 18,0

46 20,0

47 25,0

48 17,0

49 18,0

50 22,0

51 19,0

52 19,0

53 24,0

54 17,0

55 25,0

56 16,0

57 18,0

58 19,0
59 18,0

60 21,0

61 18,0

62 17,0

63 25,0

64 19,0

65 23,0

66 16,0

67 20,0

68 20,0

69 23,0

70 25,0

71 20,0

72 16,0

73 18,0

74 18,0

75 16,0

76 22,0

77 17,0

78 16,0

79 25,0

80 25,0

81 23,0

82 23,0

83 16,0

84 18,0

85 26,0

86 17,0

87 26,0
88 21,0

89 26,0

90 18,0

91 25,0

92 20,0

93 18,0

94 18,0

95 20,0

96 17,0

97 22,0

98 22,0

99 21,0

100 23,0

Tabela de Ocorrências
θ(Graus) Ocorrência

(16,0; 16,9] 15

(16,9; 17,8] 10

(17,8; 18,7] 11

(18,7; 19,6] 6

(19,6; 20,5] 5

(20,5; 21,4] 7

(21,4; 22,3] 16

(22,3; 23,2] 8

(23,2; 24,1] 14

(24,1; 25,0) 8
Resultados Obtidos
A distribuição Gaussiana é o modelo probabilístico utilizado para descrever
de uma forma generalizada qual a frequência com que ocorrem valores em um
histograma. Em nosso caso temos 100 medidas, então o número de classes será
10. Nosso menor ângulo é 16,0° e o maior ângulo é 25,0°, portanto a variação é 9.
Assim, para definir os intervalos calculamos a variação dividido pelo número de
classes e iremos obter 0,9. Então teremos 10 intervalos espaçados por 0,9
começando em 16,0° e terminando em 25,0°.

O ângulo de 22,0° foi escolhido por ser o centro do gráfico da distribuição


gaussiana. Nosso ângulo θ é 22,0°, logo o seno é igual a 0,374, o cosseno é igual a
0,927 e o μ𝑒 = tg θ é igual a 0,404.

Apesar de ter erros de medição discrepantes pelo fato do equipamento


precário, ao analisar a distribuição gaussiana percebemos que o centro do gráfico
tende a ser mais denso. Logo, ao tomarmos o ângulo 22,0º como o ângulo máximo
onde o bloco está na iminência do movimento, podemos calcular o coeficiente de
atrito estático, ou μ𝑒.
Sabendo que μ𝑒 = tg θ. Então, como a tangente de 22,0º é igual a
0.404, o μ𝑒 também vai ser igual a 0.404 . Tendo feito isso e a tabela de
ocorrência, percebemos uma relação entre o histograma e a tabela de
ocorrências. Isso ocorre pelo fato da tabela de ocorrências ser exatamente
uma forma diferente de se analisar um histograma. Tendo calculado tais
fatores, como o senθ, cosθ, tgθ e feito a distribuição gaussiana, finalizamos o
trabalho.
Conclusão
Percebemos, através do experimento, como se obter um coeficiente de
atrito estático através apenas de medições dos ângulos em que um bloco,
num plano inclinado, inicia seu movimento, rompendo a inércia. Como em
várias medições diferentes ao longo do experimento observava-se variações
nesse ângulo, foi possível, através das classes de ocorrências, obter de
forma mais estatística qual seria um ângulo que se associa a esse coeficiente
de atrito, no nosso caso o ângulo de 22,0 graus.

Também podemos observar a influência de possíveis erros e/ou


discrepâncias nas medições aferidas, e como isso influencia na obtenção da
distribuição gaussiana, visto que nosso sistema de plano inclinado continha
problemas como já citado.

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