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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ESCOLA DE DIREITO, NEGÓCIOS E COMUNICAÇÃO
CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE TRABALHO DE CURSO
ARTIGO CIENTÍFICO

DESJUDICIALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO CIVIL: ANÁLISE A PARTIR DO


PROJETO LEI N. 6204/2019

ORIENTANDA: GISLAINE DE SOUZA RODRIGUES

ORIENTADORA: PROFª DRª MIRIAM MOEMA DE CASTRO MACHADO RORIZ

GOIÂNIA-GO

2022

GISLAINE DE SOUZA RODRIGUES


DESJUDICIALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO CIVIL: ANÁLISE A PARTIR DO
PROJETO LEI N. 6204/2019

Artigo Científico apresentado à disciplina Trabalho


de Curso II, da Escola de Direito, Negócios e
Comunicação da Pontifícia Universidade Católica
de Goiás Prof.ª Orientadora: Drª MIRIAM MOEMA
DE CASTRO MACHADO RORIZ

GOIÂNIA-GO

2022

GISLAINE DE SOUZA RODRIGUES


DESJUDICIALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO CIVIL: ANÁLISE A PARTIR DO
PROJETO LEI N. 6204/2019

Data da Defesa: ____ de __________ de _______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________

Orientador (a): PROFª DRª Miriam Moema De Castro Machado Roriz Nota

______________________________________________________

Examinador (a) Convidado (a): PROFª DRª Carolina Chaves Soares Nota
DESJUDICIALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO CIVIL: ANÁLISE A PARTIR DO
PROJETO LEI N. 6204/2019

GISLAINE DE SOUZA RODRIGUES1

A pesquisa tem como pressuposto o estudo de mecanismo que possa garantir a


eficácia e efetividade no processo de execução civil, respeitando os limites
estabelecidos no Código de Processo Civil e nos princípios norteadores que
potencializam o processo executivo de forma mais célere e satisfatória. Isso porque,
o aumento de conflitos que demandam solução pelo Poder Judiciário teve um
significativo crescimento no número de ações de execução civil e foi se tornando um
grande acúmulo e sobrecarregando a máquina do judiciário, que cada vez se
tornava mais lenta e inalcançável a obtenção da tutela pretendida. Que em resposta
a superlotação do acervo processual, o acesso ao Poder Judiciário deixou de ser
suficiente para que se obtenha a efetivação da prestação jurisdicional de forma
satisfativa e em prazo razoável, que deu início a uma onda de incertezas aos
jurisdicionados. Para isso, existe uma pretensão em utilizar-se de medidas que
induza a autocomposição extrajudicial, a autotutela ou transfiram a
heterocomposição para entes externos ao Poder Judiciário. Para isso, a metodologia
utilizada na elaboração envolve dados e relatórios através de pesquisa bibliográfica.
Sendo abordada na forma quali-quantitativa, e explorativa do referido mecanismo
objeto de estudo. Neste contexto, visando diminuir a morosidade da execução, abriu
espaço para discussão em torno de reduzir a atuação do Judiciário, com o
movimento chamado de desjudicialização da execução, que pretende delegar a
condução da execução ao chamado agente de execução. Uma análise dos
fundamentos, pontos positivos e negativos do projeto, combinado com os princípios
processuais já estabelecidos pela Constituição Federal de 1988, bem como aqueles
tragos pelo Código de Processo Civil de 2015.
Palavras-chave: Dejudicialização. Execução Civil .Princípios.

1
Graduanda do curso de direito.
DEJUDICIALIZATION OF CIVIL ENFORCEMENT: ANALYSIS BASED ON DRAFT
LAW N. 6204/19

ABSTRACT

Assuming the applicability and inescapability of access to the Judiciary, with this, the
application of the right to access to justice has brought a natural increase in legal
relations in the civil sphere. And with that, the increase of conflicts that demand
solution by the Judiciary. The growth in the number of civil enforcement actions was
becoming a large accumulation and overloading the judiciary machine, which was
becoming slower and more unattainable to obtain the intended protection. However,
in response to the overcrowding of the procedural collection, access to the Judiciary
is no longer sufficient to obtain the effectiveness of the jurisdictional provision in a
satisfactory manner and within a reasonable period, which started a wave of
uncertainty for the jurisdictions. there is a pretension to use measures that induce
extrajudicial self-composition, self-protection or transfer the heterocomposition to
entities external to the Judiciary.
In this context, in order to reduce the length of execution, it opened space for
discussion around reducing the role of the Judiciary, with the movement called
dejudicialization of execution, which intends to delegate the conduct of execution to
the so-called enforcement agent. An analysis of the fundamentals, positives and
negatives of the project, combined with the procedural principles already established
by the Federal Constitution of 1988, as well as those brought by the Code of Civil
Procedure of 2015.
Keywords: Dejudicialization. Civil Enforcement .Principle
1

INTRODUÇÃO

Visto de forma primordial, o Estado sempre assumiu o exercício das


atividades de proporcionar a tutela jurisdicional aos jurisdicionados. Tendo como
pressuposto a aplicabilidade e inafastabilidade do acesso ao Poder Judiciário.
Sendo que, a amplitude do direito ao acesso à justiça trouxe um aumento natural de
relações jurídicas no âmbito civil. E com isso, o aumento de conflitos que demandam
solução pelo Poder Judiciário.
O crescimento do número de ações de execução civil foi se tornando um
grande acumulo e sobrecarregando a máquina do judiciário, que cada vez se
tornava mais lenta e inalcançável a obtenção da tutela pretendida.
Partindo da premissa que, o processo executivo serve a uma finalidade
relacionada à efetiva satisfação do direito material e à pacificação social dos
conflitos. A técnica processual é vista como garantia da tutela jurisdicional.
No entanto, em resposta a superlotação do acervo processual o acesso ao
Poder Judiciário deixou de ser suficiente para que se obtenha a efetivação da
prestação jurisdicional de forma satisfativa e em prazo razoável, que deu início a
uma onda de incertezas aos jurisdicionados.
Com a naturalização do ato de executar, veio à ineficácia das coações
processuais, e o devedor passou a dificultar a execução e os meios de pressão que
a lei estabelece, tornando-se então, insuficientes para intimidá-lo. Com um simples
ato de evadir-se de suas responsabilidades e prolongarem o processo pela não
localização de bens passíveis de penhora, combinado com o longo prazo de
tramitação da ação de execução civil.
O atual diploma da lei n. 13.105/2015 (Código de Processo Civil), trouxe
avanços com características à celeridade processual, o princípio da razoável
duração do processo, e a expressa concepção de que o sistema processual civil
deve proporcionar o reconhecimento e a efetivação dos direitos, ameaçados ou
violados, com intencionalidade de harmonizar as garantias constitucionais do
devedor e o direito expresso do credor, porém ainda com tais avanços o problema
de sobrepeso na maquina do judiciário tem sido recorrentes e crescendo cada vez
mais.
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A dificuldade e a demora na solução dos litígios, em conjunto com a


insatisfação de todos os envolvidos, desde aquele que busca o crédito até aquele
que é acionado, faz surgir um esforço cada vez maior por parte dos magistrados,
juristas e de todos os envolvidos diretamente com o direito e comprometidos com o
desenvolvimento do sistema, para a busca de alternativas que tragam um processo
efetivo, célere, pouco gravoso e satisfatório para os litigantes.
Então, que a busca por soluções que almejem um processo mais fluido e
célere, capaz de proporcionar uma jurisdição em período razoável, tomaram formas.
Com enfoque nas técnicas extrajudiciais, que visam desobstruir o Poder Judiciário e
acelerar a solução de litígios retirando processos da via judicial, afastando-os do
Estado-juiz. Para isso, existe uma pretensão em utilizar-se de medidas que induza a
autocomposição extrajudicial, a autotutela ou transfiram a heterocomposição para
entes externos ao Poder Judiciário.
Neste contexto, visando diminuir a morosidade da execução, abriu espaço
para discussão em torno de reduzir a atuação do Judiciário, com o movimento
chamado de desjudicialização da execução, que pretende delegar a condução da
execução ao chamado agente de execução. Praticando os serviços notariais e de
registros, exercidos por profissionais do direito dotados de fé pública, cujo exercício
de atividade almeja garantir publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos
atos jurídicos.
Desta feita, almeja-se submeter como objeto de análise o Projeto de Lei n.
6.204/2019, pressuposto contributivo no processo de desjudicialização da execução
civil de título executivo judicial e extrajudicial. Uma análise dos fundamentos, pontos
positivos e negativos do projeto, combinado com os princípios processuais já
estabelecidos pela Constituição Federal de 1988, bem como aqueles tragos pelo
Código de Processo Civil de 2015.
Uma vez que, admitidos os parâmetros do Projeto de Lei n. 6.204/2019, seja
implementado sem violar os princípios processuais e os direitos das partes, expondo
as possíveis adequações que precisam de aprimorado debate. Trazendo a
relevância da corrente desjudicialização como procedimento para solução dos
conflitos para conceder celeridade na tramitação processual, com a nova
sistemática.
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1 TEORIA GERAL DO PROCESSO DE EXECUÇAO E OS PRINCÍPIOS


ABRANGENTES

O processo de execução brasileiro passou por mudanças consideráveis


nos últimos anos e o objetivo, em tese, foi conferir uma maior celeridade no
procedimento em um todo, tornando mais próximo o direito à sua satisfação.
Com a evolução do tempo, houve modificações no tocante ao acesso à
justiça e seus mecanismos. O acesso passou a medir-se quanto à possibilidade de
estimular o Estado-Juiz e de obter uma tutela jurisdicional em tempo razoável, que
veio junto com a declaração lato sensu do direito de satisfação da pretensão outrora
resistida.
A tutela executiva se faz apropriado quando há um direito confirmado ao
credor. Pois, assim que se nasce uma obrigação certa, líquida e exigível, estabelece
o direito do exequente e o dever do devedor.
Neste caso a tutela jurisdicional executiva resume-se a uma contribuição
jurisdicional cujo desígnio é satisfazer a pretensão do autor da ação. Ao passo que
a tutela cognitiva corrobora com o direito da parte, a executiva provê
coercitivamente o cumprimento do direito.
Após a obrigação ser firmada, e os deveres estabelecidos, cabe ao
devedor cumprir com o pactuado visando à satisfação desse direito, de forma
espontânea, ou de forma forçada, por imposição do judiciário.
Apenas quando o obrigado não cumpre de forma voluntariamente a
obrigação pactuada é que abre-se lugar a intervenção do órgão judicial executivo.
Daí caracteriza a execução forçada, adotada pelo Novo Código de Processo Civil,
em seu artigo 778, à qual se contrapõe a ideia de execução voluntária ou
cumprimento da prestação, que vem a ser o adimplemento.
Sobre o processo de execução, a doutrina esclarece:

O processo de execução apresenta-se como o conjunto de


atos coordenados em juízo tendentes a atingir o fim da
execução forçada, qual seja, a satisfação compulsória do
direito do credor à custa de bens do devedor. Esse processo,
tal como se dá com o de conhecimento, é, em si mesmo, uma
relação jurídica continuativa de direito público, que vincula
devedor, credor e o Estado, na pessoa do juiz ou Tribunal.
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Trata-se, pois, do continente da atividade executiva em juízo.


(THEODORO JÚNIOR, 2018, p. 236)

Deste modo, atividade jurisdicional executiva consiste em fazer atuar no


plano dos fatos o resultado previsto abstratamente no ordenamento jurídico, o que
significa que a execução forçada nada mais é do que o caráter prático da jurisdição.
Por consequência, pode-se dizer que é através da execução que o autor
postula a realização fática de um direito já reconhecido pela atividade jurisdicional
pura – de jurisdictio: dizer o direito.
Esta ação constitui na modalidade que visa satisfazer o direito do credor,
representado no título executivo. O processo de execução é um procedimento ativo,
que visa uma relação jurídica processual para atos que satisfaça a pretenção, nos
termos denominados no artigo 797 do Código de Processo Civil.
Neste caso, a literatura sustenta que o processo de execução resta
cumprir atos em desfavor do executado (devedor), em favor do exequente (credor).
Na execução, o que era conceito, ou seja, o direito reconhecido em abstrato torna-se
real, que é o direito satisfeito na prática.
A execução se inicia por meio da provocação do exequente, podendo tal
iniciativa partir da utilização de procedimentos expropriatórios e constritivos, para
fins de reaver o direito do exequente, ante o inadimplemento do próprio executado,
mediante mecanismos do poder judiciário, podendo ser aplicados até por
espontaneidade do juiz, quando entender necessário (execução ex officio).
A certeza que na execução ambas as partes tem direitos, importante
mencionar que o executado também tem direitos a serem preservados, inclusive o
de se opor à execução, mas levando em conta que já tem direito reconhecido, o
credor goza de posição processual privilegiada em relação ao devedor. Nesse
ponto, o desequilíbrio entre as partes e o processo executivo é quase todo voltado
para a satisfação do direito do credor (LEAL, 2021).
Nesse âmbito, o processo executivo é regido por princípios específicos na
busca pela efetividade da prestação jurisdicional. Devendo-se tramitar de forma
célere, evitando atrasados, e atos que se façam inúteis ou delongas desnecessárias.

1.2 PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE OU DA SATISFAÇÃO


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Desse modo, um dos principais princípios norteadores a tutela executiva é


o da efetividade. Isso porque, o propósito da execução é efetivar o direito do credor.
Na tutela executiva, o estado detém poder para satisfazer direitos já reconhecidos,
observando as regras e normas que os conduzam à satisfação do credor e ao
adimplemento, forçado ou sub-rogado, da obrigação.
Neste princípio, pode-se dizer que serve para garantir o direito
fundamental e prioritário quanto à tutela executiva, que nada mais, que a exigência
de um sistema completo de tutela executiva, que se refere aos meios executivos
qualificados para proporcionar integralmente a satisfação do direito merecido.
No Brasil, o direito a um processo efetivo tem respaldo constitucional,
seja em virtude da leitura do princípio da eficiência encontrado no art. 5º, incisos
XXXV, LIV, LV e LXXVIII, da CF de 1988, bem como aparece expressamente no
novo Código de Processo de Civil (CPC), de 2015. 
É certo que o princípio da efetividade do processo torna-se verdadeira
essência da jurisdição; principalmente porque um processo tardio, ineficaz e sem
real impacto no mundo dos fatos, fracassando na tutela e na realização do direito
material, não terá proporcionado nem a paz social, nem o almejado adequado
desfecho da resolução de conflitos (DINAMARCO, 2008). 

1.3 PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE

Já quando se fala a respeito do princípio da patrimonialidade, segundo o


qual o patrimônio do executado responde pelo cumprimento da obrigação (arts.
789 e 921, III, CPC). Nesse sentido, a responsabilidade patrimonial é um vínculo
de direito público processual que consiste, basicamente, na sujeição dos bens do
devedor a serem destinados a satisfazer o credor que não recebeu a prestação
devida, através do manejo da via executiva. Isto significa que o devedor responde
por suas obrigações com os bens que se encontram em seu patrimônio.
Mesmo na execução das obrigações de fazer, não fazer e dar, em não
sendo possível a tutela específica nem o resultado prático equivalente, resta ao
credor se satisfazer com a expropriação patrimonial do executado. Portanto, no
final das contas, é com o seu patrimônio, ou seja, bens que tem no presente, que
pode vir a ter no futuro, e os que se desfez no passado, que responderá o devedor,
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conforme preceitua o artigo 591 do Código de Processo Civil. Falamos, aí, em


responsabilidade patrimonial.
Esse princípio remonta a Lex Poetelia-Papiria, prerrogativa já extinta, em
que consiste no credor investir contra a própria pessoa do devedor como garantia
pela obrigação inadimplida. Portanto, neste principio se traduz que o cumprimento
da obrigação se restringe ao patrimônio do devedor, sendo totalmente intocável
sua liberdade e integridade.
Notoriamente, há exceções específicas a essa regra, havendo ainda
algumas restritas hipóteses de prisão civil por dívida.

1.4 PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE CONCOMINADO COM O


PRINCÍPIO DO RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Outros princípios fundamentais regente do processo de execução, que


protege a dignidade da pessoa humana, sendo muito encontrado na doutrina e na
jurisprudência de tutelas executivas, na essência de que a execução não poderá
conduzir o executado à condição não compatível com esse direito fundamental.
Pode se dizer que ambos caminham lado a lado, pois a menor
onerosidade são medidas executivas menos gravosas ao executado. Previsto no
artigo 805 do Código de Processo Civil, o texto legal explica que se puder a
execução ser concretizada de diversas maneiras deve o magistrado optar pela que
for menos onerosa ao devedor.
Portanto, respeitando amplamente a essencialidade de sobrevivência da
pessoa humana, compete ao magistrado equilibrar os interesses das partes,
dispondo-se à satisfação do credor por meios mais benéficos para o devedor, sem
comprometer e submeter a efetividade da medida. Dessa forma, ao aplicar os atos
executivos, deve, ao mesmo tempo, observar o interesse do credor, que busca o
adimplemento da obrigação, e o interesse do devedor, que não deve ser onerado
demasiadamente.
Não cabível a execução ser manuseada como instrumento para causar a
ruína, a fome e o desabrigo do devedor e sua família. Nessa acepção, institui o
Código de Processo Civil, em seu artigo 833, a impenhorabilidade de certos bens
categorizados como fundamentais para sobrevivência.
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1.5 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO

No sistema processual brasileiro, o princípio da cooperação tem seu


encabeçamento no devido processo legal, com redação expressa no artigo 6º do
Novo Código de Processo Civil.
Parte dos pressupostos referente uma base eficaz e célere, exercido
tanto pelo juiz como por ambas as partes. É soma da participação e contribuição
de forma efetiva e colaborativa, para que alcance a finalidade processual
(resolução da lide), tornando-as, portanto, coparticipantes do processo e o Juiz,
atuando ativamente, não mais se limitando ao fiscal, mas sim decisor da medida:
Os tribunais já discerniram expressamente a praticabilidade do princípio
e pontam na jurisprudência, decisões que se aplicam:

CIVIL. PROCESSO CIVIL. BUSCA E APREENSÃO. CONVERSÃO EM


EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE EXECUTIVIDADE. NÃO
VERIFICADA. PRINCIPIO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL. VIOLADO.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA CASSADA.

I. O rol estabelecido no artigo 585 do Código de Processo Civil é


meramente exemplificativo, podendo a lei conferir o status de título
executivo extrajudicial a outros documentos, que não os previstos no
mencionado dispositivo.

II. Fere o princípio da cooperação processual, a atitude do magistrado de


influenciar a parte a converter o feito e, posteriormente, indeferir a inicial,
sobre o argumento de que o título não é hábil ao procedimento adotado.

III. Recurso Provido para cassar a sentença de primeiro grau. (TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, 2015)

Portanto, é atribuição de todos os sujeitos do processo cooperar entre si,


para fins de se obter em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. E
possivelmente agir de forma que, os atos processuais não sejam apenas
protocolos, mas sim para o fortalecimento das alegações favoráveis à teoria da
relação triangular do processo.

1.6 PRINCÍPIO DA ECONOMIA DA EXECUÇÃO

O significativo princípio, presente no Código de Processo Civil, em seu


artigo 620, esclarece que quando por diversos meios o exequente puder promover
a execução, o magistrado fará pelo menos gravoso para o executado.
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Este princípio, como destaca Teori Albino Zavascki (ano), é a


representação exemplar da linha humanizadora do sistema de execução. Que
fundamentam o deferimento ou não, dos atos serem praticados desnecessariamente
contra o devedor. Toda execução deve ser econômica, preponderando a realização
de forma satisfatória e menos prejudicial.
Motivo pelo qual, se passa a análise de que na atualidade os processos
executivos tem sido um grande responsável de gastos por parte do Estado e de
acumulado aos arquivos do Poder Judiciário.

1.7 PRINCÍPIO DA GARANTIA AO ACESSO À JUSTIÇA

A justiça é a busca pela satisfação que os sujeitos buscam no conflito de


interesse, já a jurisdição é o ato de dizer o direito como uma solução a lide. Nestes
termos, o acesso ao Poder Judiciário assegura não somente o acesso á justiça
deixando a possibilidade de distribuição da ação, ou a conservação dos tribunais à
disposição da população.
Mas também, um complexo sistema de informação legal e também o
patrocínio de defesa aos hipossuficientes, meios que possibilitem a igualdade de
todos e, acima de tudo, uma justiça célere em prol do jurisdicionado.

2 CONGESTIONAMENTO DAS AÇÕES DE EXECUÇÃO CIVIL NO ATUAL


ACERVO JUDICIÁRIO

Segundo o relatório Justiça em Números de 2019 do CNJ (Conselho


Nacional de Justiça), uma grande parcela da sobrecarga do Judiciário, são as
execuções. Todo esse acúmulo representa 17% dos processos de execuções civis
fundadas em títulos extrajudiciais e judiciais em trâmite perante o Poder Judiciário
atualmente.
Normalmente, a execução tem um período de tramitação de 4 anos e 9
meses em média, enquanto o processo de conhecimento de 1 ano e 6 meses. Esses
dados só confirmam o fato de que a máquina judiciária encontra-se sufocada e ao
mesmo tempo, dependendo de enormes cifras de custo do Estado.
Aproximadamente R$ 65 bilhões, considerando-se os 13 milhões de execuções civis
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pendentes, a um custo médio de R$ 5.000,00 por processo. Esse cenário


desencadeia morosidade e ineficácia ao processo executivo.
Sendo elevados os números de processos que ficam acumulados e
estagnados na fase executiva, diante a impossibilidade de satisfação, pela não
localização de bens exequíveis por meio das medidas coercitivas disponíveis aos
credores.
Em relatórios realizados pelo Banco Mundial Doing Business, revelou que
as disputas nas varas cíveis do Brasil são mais onerosas e mais demoradas do que
a média dos países de alta renda. Inclusive, o mesmo sugeriu um aprimoramento do
cenário brasileiro nessa área, estão: melhor gestão de processos; instituição de
procedimentos de execução mais eficientes, com bases de dados menos
fragmentadas; e maior automação dos tribunais e mecanismos de autocomposição
de conflito mais efetivos, com centros judiciários especializados e com qualificação
de profissionais de conciliação e mediação.
Isso porque, dados apresentados também pelo CNJ (Conselho Nacional
de Justiça), uma porcentagem de 14,9% dos processos de execução atingem sua
satisfação primordial, apesar do congestionamento corresponder a 85,1%.
Ainda, no relatório elaborado em 2021 a situação não era diferente, os
dados mostram que, apesar de ingressar no Poder Judiciário quase duas vezes
mais casos em conhecimento do que em execução, no acervo a situação é inversa:
a execução é 32,8% maior. Os casos pendentes na fase de execução apresentaram
uma clara tendência de crescimento do estoque entre os anos de 2009 e 2017 e
permanece quase que estável até 2019.
No mais, devido o crescente ingresso de ações e o aumento no estoque,
o Poder Judiciário encontra-se com uma sobrecarga nos julgamentos das ações de
execução civil, visto que até 2021 as ações de execuções extrajudiciais totalizavam
em 29.956.483 processos pendentes, 6.175.341 processos suspensos e 3.132.328
processos novos. Já as ações de execuções judiciais totalizavam em 9.449.805
processos pendentes e 3.338.051 de novos processos.
Isto contribui com que muitas ações em tramite não esteja atendendo os
princípios essenciais da execução, como mencionado acima. O tempo e custos
exigidos por essa ação não atendem a celeridade, efetividade e economia
processual desejada.
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3 DESJUDICIALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO CIVIL COMO FORMA DE


DESCOMPRIMIR O JUDICIÁRIO E GARANTIR A EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO

A desjudicialização consiste no fenômeno em que os litígios ou atos da


vida civil que normalmente dependem necessariamente da intervenção do judiciário
para a sua solução, passam a uma possibilidade de solução perante agentes
externos ao Poder Judiciário. Trata-se, de mecanismo facilitador do acesso à justiça
fora dos tribunais, ou seja, do acesso à justiça extra muros.
Uma análise em ordenamentos estrangeiros é possível conferir uma certa
tendência de reduzir o papel do juiz na prática de atos executivos. Podendo ser
atribuindo ao próprio exequente, a ente particular, a ente vinculado ao Poder
Executivo ou a órgão integrante do Poder Judiciário, como forma de aliviar as muitas
demandas dos tribunais.
Embora de maneira muito tímida e singela, pode-se identificar tendência
análoga no ordenamento jurídico brasileiro. Há casos em que se pode excluir
completamente a participação do magistrado, como uma execução integralmente
desjudicializada, e em outros casos a participação do juiz é apenas reduzida ou
parcial.
Nas duas hipóteses, preserva-se a possibilidade de o Poder Judiciário ser
provocado para examinar a regularidade e legalidade das atividades executivas, em
homenagem à garantia de amplo acesso à Justiça. Ainda, são mantidos os atos de
força realizados por entes públicos, na forma e preservar o monopólio do uso da
força pelo Estado de Direito.
Sendo essa medida aceitável, para que outras serventias extrajudiciais
sejam consideradas legitimas para prestação de jurisdição conforme bem construído
pela doutrina.
Mesmo que a jurisdição seja desmembrada para utilizar-se dos atos de
outras serventias, a defesa do executado não seria impedida, ao passo que o
executado continuará investido de poder de apresentar, em juízo, as defesas
processuais e de mérito que entender cabíveis, conforme revela alguns dados no
tocante aos instrumentos de defesa do executado, o IPEA e o CNJ apuraram que
somente 4,4% dos executados opõem objeção de pré-executividade, ao passo que
6,5% deles manejam embargos à execução, e raras às vezes em que ao fim do
processo assiste razão ao executado.
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Essa caminhada para evolução processual e melhorias procedimentais


vem sendo realizada a muito tempo. E a era digital só tem contribuído para essa
automatização, como por exemplo, a utilização dos sistemas eletrônicos de
pesquisas de bens.
Esse avanço veio também em partes no novo Código de Processo Civil,
quando na realização da penhora, principalmente de dinheiro, imóveis e automóveis
(arts.655-A e 659, §6o), na realização da hasta pública por meio da rede mundial de
computadores (art.689-A), a previsão da averbação premonitória (artigo 799, IX), o
protesto de sentença judicial (artigo 517), da penhora de percentual de faturamento
de empresa (art. 866), da possibilidade de parcelamento da dívida no prazo para a
oposição de embargos (art. 916) e também à penhora eletrônica de dinheiro
depositado em instituições financeiras (art.870), e outras possibilidades tragas nos
arts. 853, 895, II e 897.
Em alguns casos, uma solução extrajudicial pode ser mais vantajosa, ou
então pode ser cabível um tipo de ação mais rápida. Por esse motivo que muito
tem se falado na desjudicialização.

4 ANÁLISE DO PROJETO LEI 6204 DE 2019 EM PARALELO AOS PRINCÍPIOS


ESSENCIAIS DA EXECUÇÃO CIVIL

Percebe-se então, que a desjudicialização da execução é um movimento


necessário para um descongestionamento do Poder Judiciário e consequentemente
a resolução com maior celeridade e efetividade processual. Portanto, deve-se
observar meios para que a desjudicialização seja eficiente, porém sem incorrer em
inobservância de direitos e garantias fundamentais das partes. Devendo apenas
contribuir na retirada de determinadas atividades meramente burocráticas e que
atrapalham o exercício da função jurisdicional.
E se tratando da atual crise em ações de execução civil, foram surgindo
debates e nascendo novas tendências no processo civil. Uma dessas tendências é
justamente a desjudicialização, termo esse que ganho grande espaço no cenário
jurídico brasileiro, que ganho um destaque ainda maior com o Projeto Lei 6204/19,
de autoria da Senadora Soraya Thronicke.
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Objetivando atacar e solucionar gradativamente o problema do acúmulo


de demandas de execução civil de título executivo judicial e extrajudicial. O fio
condutor do projeto lei consiste em atribuir ao tabelião de protesto, ou chamado
agente de execução, o exercício de atos executivos na esfera extrajudicial.
Mantendo a possibilidade de controle do Poder Judiciário em relação aos atos
executivos, sempre que solicitado pelas partes, na forma de suscitação de dúvida ou
se caso o próprio tabelião carecer de consulta, no intuito de desobrigar o Estado e
tornar o procedimento mais eficiente, visando também reduzir as despesas do poder
público.

4.1 PONTOS POSITIVOS

A princípio, a proposta oferecer um procedimento mais ágil a ser


conduzido pelos tabeliães de protesto, eis que são agentes do direto dotados de fé
pública, habituados aos títulos de créditos, que detém atribuição privativa  por
determinação legal, conforme texto disposto na Lei 8.935/94, art. 3, art. 11 e outros,
bem como o art. 3º da Lei 9.492/97.
Visa abrir margens para garantir eficiência na tutela jurisdicional, vez que
a recuperação dar-se-á de forma mais rápida em relação aos títulos líquidos, certos
e exigíveis.
O projeto que atualmente esta em votação, demonstra certa valorização a
mecanismos que sejam eficientes ao cumprimento das obrigações, conferindo ao
tabelião de protesto a tarefa de verificação dos pressupostos da execução, promover
a citação do devedor, receber o pagamento e dar quitação para extinção do
procedimento executivo extrajudicial, e quando necessário realizar penhora e
alienação dos bens do executado.
Em se tratando da constitucionalidade do projeto, uma parte da doutrina
diz que a desjudicialização das execuções constitui uma opção legislativa que não
viola qualquer garantia constitucional. Por certo, o direito fundamental de acesso à
jurisdição (CF, artigo 5º, XXXV) passa por ressignificação, pois nesse momento não
se limita mais às atividades exclusivas do Poder Judiciário, abrindo portas aos
jurisdicionados.
O direito fundamental do acesso à jurisdição atesta o direito de ingresso
ao Poder Judiciário, que em resposta o processo seja célere, justo e efetivo. Desta
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forma, a tentativa de redução da litigiosidade repetitiva, bem como da morosidade


será oportuna e necessária, visto que assegurará com maior sucesso os valores
materiais do acesso à justiça.
Vale destacar que no PL 6204/19 o controle do Poder Judiciário
permanecerá, pois em relação aos atos executivos, havendo necessidade de
consulta ou suscitação de dúvida pelas partes ou até mesmo pelo agente de
execução, poderão ser solicitados a qualquer tempo. É o que prevê a redação dos
artigos 20 e 21, portanto, embora desjudicializada, a execução continuará sob o
controle e a fiscalização dos magistrados.
Ainda, trás em seu artigo 18, a previsibilidade de oposição à execução por
meio de embargos a serem apresentados ao juízo competente. Que atende o
contraditório ao abrir margens para defesa do executado.

4.2 PONTOS NEGATIVOS

O projeto baseia-se que os tabelionatos de protestos são aqueles


investidos de poderes para atuar de forma extrajudicial, mais bem estruturados,
aptos e especializados para receberem a nova atribuição.
Posto isto, a facultatividade e a obrigatoriedade da desjudicialização da
execução civil são pontos a serem reanalisados. Visto que, é previsível a
obrigatoriedade, no entanto, o contraponto mais emblemático a ser considerando
deve ser a previsibilidade da facultatividade. Pois, mesmo que em uma relação
consensual e não adversaria entre as parte, a decisão ainda fica a cargo do credor
em exigir seu direito.
Como meio paliativo o Instituto dos Advogados do Brasil - IAB, Comissão
Permanente de Direito Processual, indica que a implantação ocorra de forma
gradual. Devendo-se ampliar os números de agentes de execução e reduzindo o
número de juízos com competência jurisdicional executiva. E se implementar a
facultatividade, essa deverá ser provisória, apenas em um período de tempo
necessário para que os tabelionatos preparem estruturas para atender
adequadamente a demanda por seus serviços.
Para que, não ocorra o fenômeno de mudar o problema de lugar, pois se
a facultatividade for permanente nunca se alcançará o esperado desafogamento dos
magistrados e do judiciário em si.
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Outro grande detalhe, de reavaliação do Projeto Lei é o modo de defesa


do devedor. Eis que o principal método de defesa na execução desjudicializada é a
suscitação de dúvidas contra atos e decisões do agente de execução perante o
juízo.
Nestas condições, o artigo 21 do Projeto Lei tem recebido críticas por
estar em desencontro com a legislação atual. Vez que, a terminologia suscitação de
dúvida, pode gerar confusão entre a defesa correcional e jurisdicional. Então,
bastaria dizer que os atos podem ser impugnados, sendo certo que trata-se de
defesa cuja apreciação é de juiz jurisdicional.
Ademais, a respeito da suscitação de dúvidas, o recurso previsto é o da
apelação, conforme artigos 199 a 204 da lei 6.015/73. Tratando-se de impugnação
aos atos executivos, o recurso previsto na sistemática do Código de Processo Civil é
o recurso de agravo de instrumento, conforme artigos 1.015 a 1.020.

CONCLUSÃO

Considerando os dados dispostos no relatório justiça em números de


2021, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), seção denominada
“Gargalos da Execução”, que corresponde a maior parte dos casos em tramitação,
considerada a fase mais morosa. Mas, os novos implementos da legislação, como o
Novo Código de Processo Civil, os mecanismos de buscas de bens como sisbajud,
renajud, infojud e outros, tem mostrado melhora nos números de processos
eficazes.
Vale dizer que o estoque de execução pendente foi reduzido em 8,6% em
2020, menor que no ano anterior, portanto os mecanismos atuais tem demonstrado
eficácia na redução do estoque executivo. No entanto, ainda não tem sido capazes
de melhorar a superlotação de execuções extrajudiciais e judiciais nos tribunais,
visto que em 2021 correspondia a 52.052.008 de ações.
Diante desta estatística, interligando o procedimento e à satisfação da
pretensão executória, corrobora ao fato de que a desjudicialização é necessária para
que as partes obtenha um resultado célere e eficaz. Para isso, se mostra necessário
adoção de melhor gestão e de políticas que visam reduzir o número de processos e
a relevante porcentagem nos índices judiciais, bem como, a implementação de
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medidas que possam prevenir demandas junto ao Poder Judiciário possibilitando


soluções por outros meios, que partem do cenário principiológico da razoável
duração do processo e da celeridade.
Em consideração aos impactos que serão sentidos de ordem social,
econômica, política e jurídica, a desjudicialização se mostra necessária para que
alguns procedimentos sejam extraídos do âmbito da atividade jurisdicional do
Estado, ao possibilitar demais órgãos autonomia para atuar e contribuir com a
pretensão exigida.
Por sua vez, em análise do Projeto de Lei n. 6.204/2019 em conjunto com
os princípios norteadores da execução, observa-se que possivelmente obterá êxito.
Podendo ser adotar tal medida, pois aprimoraria a celeridade e economia
processual, utilizando-se de um tempo razoável para alcançar a satisfação.
Portanto, a análise permite observar que há elementos justificadores para
a implementação do Projeto Lei no ordenamento jurídico, como uma forma de
estimular a desjudicialização dos procedimentos executivos, ainda há outros pontos
que devem ser objeto de profundo debate e aprimoramento durante o processo
legislativo do Projeto de Lei, em especial, os que se relacionam com a interconexão
entre os atos praticados pelo agente de execução e o órgão jurisdicional.
16

REFERÊNCIAS

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APELAÇÃO. CIVIL. PROCESSO CIVIL. BUSCA E APREENSÃO. CONVERSÃO
EM EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE EXECUTIVIDADE. NÃO
VERIFICADA. PRINCIPIO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL. VIOLADO.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA CASSADA. APELANTE: BANCORBRAS
ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. APELADO: NANETO ALMEIDA DA
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