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ARTE ACADÊMICA

Apesar de o termo Academismo se aplicar mais comumente na História da


Arte brasileira ao período acima delimitado, o sistema acadêmico de ensino
sobreviveu aos atropelos do Modernismo e das correntes vanguardistas do
século XX, embora se tenha modificado, inserindo-se no ambiente das
escolas de arte das modernas universidades, que hoje produzem e teorizam
a arte em alto nível e são filhas diretas da Escola fundada por Dom João e
os franceses.

Os principais artistas acadêmicos são:

Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu no dia 29 de abril de 1843 na


cidade de Areia, estado da Paraíba. Proveniente de uma família de poucos
recursos, juntamente com seu irmão Francisco Aurélio de Figueiredo e
Melo seguiu pelo caminho da arte desde cedo. A família, como um todo,
tinha vínculos com a arte, e o talento de Pedro Américo logo se destacou,
repercutiu pela cidade sua capacidade em desenhar. O jovem Pedro
Américo impressionou o viajante francês Louis Jacques Brunet, que
decidiu levar o talentoso menino em uma expedição. Foram vinte meses
viajando pelo Nordeste do Brasil. Em 1854, Pedro Américo foi para o Rio
de Janeiro estudar no Colégio Dom Pedro II, onde mais uma vez se
destacou. Não tardou para que entrasse na Academia Imperial de Belas
Artes e conquistasse sucesso. O próprio imperador o concedeu uma pensão
para que estudasse na Europa.

Pedro Américo de Figueiredo e Melo – Sua pintura abrangeu temas


bíblicos e históricos, mas também realizou imponentes retratos, como o De
Dom Pedro II na Abertura da Assembléia Geral, que é parte do acervo do
Museu Imperial de Petrópolis – RJ. A sua obra mais divulgada é O Grito do
Ipiranga, que atualmente no Museu Paulista.
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Victor Meirelles de Lima nasceu em 1832 em Florianópolis (Santa


Catariana). Seu primeiro mestre de desenho foi o engenheiro argentino
Marciano Moreno. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro e se matriculou
na Academia Imperial de Belas Artes onde cursou de pintura histórica.

Como ainda não havia ensino superior no país, a saída era fazer faculdade
na Europa, para quem podia pagar ou conseguia uma bolsa. Foi o caso de
Victor , que conquistou uma bolsa e foi estudar pintura na Itália e na
França, em 1853. Em Roma, assistiu às aulas dos pintores Tommaso
Minardi e Nicola Consoni .Quatro anos mais tarde, ganhou uma extensão
da bolsa e matriculou-se na Escola Superior de Belas Artes, em Paris. Nas
aulas com o mestre Leon Cogniet e com Andrea Gastaldi , entrou em
contato com a pintura purista, de desenho e cores mais suaves que na
escola neoclássica, então em voga.

Consagrado como pintor histórico, seu quadro mais reproduzido nos livros
escolares é “A Primeira Missa no Brasil”, feito durante sua estadia na
França e exposto no Salão de Paris de 1861. Retrata a primeira missa da
maneira como foi descrita na carta de Pero Vaz de Caminha, e muitos
intelectuais do século 19 o consideraram como a primeira grande obra de
arte brasileira.Nesse mesmo ano retornou ao Brasil e foi nomeado professor
de pintura histórica da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio. Exerceu
o cargo até 1890 e formou uma geração de pintores importantes.

José Ferraz de Almeida Júnior nasceu em Itu – São Paulo em 1850.


Provavelmente, foi o primeiro artista plástico brasileiro a retratar nas telas
o homem do povo em seu cotidiano, em contraste com a monumentalidade
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que até então predominava nas artes plásticas do Brasil. A forma inovadora
como tratava a luz é ainda hoje comentada e apreciada. Em sua honra, o dia
do Artista Plástico Brasileiro é comemorado a 8 de Maio, dia do
nascimento do pintor.

Desde menino Almeida Júnior demonstrou inclinações artísticas e teve no


padre Miguel Correa Pacheco seu primeiro incentivador, em sua cidade
natal. Foi o padre quem obteve recursos para que o futuro artista, já então
com cerca de 19 anos de idade, pudesse ir estudar no Rio de Janeiro.

Em 1869 Almeida Júnior entrou na Academia Imperial de Belas Artes, no


Rio de Janeiro, onde foi aluno de Jules Le Chevrel, Victor Meirelles e
possivelmente de Pedro Américo. Em 1876, o Imperador D. Pedro 2o
concedeu-lhe uma bolsa de estudo que lhe permitiu matricular-se na Ècole
de Beaux Arts de Paris, onde foi aluno de Alexandre Cabanel. Participou
do Salão dos Artistas franceses nos anos de 1880, 1881 e 1882.

Em 1882 o pintor voltou ao Brasil e fez sua primeira mostra individual, na


Academia Imperial de Belas artes do Rio de Janeiro. Depois abriu seu
ateliê em São Paulo.

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