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Romantismo em Portugal
O Romantismo em Portugal surgiu no século XIX. Nas artes plásticas, é
normalmente encarado como um movimento oposto ao Neoclassicismo, por ser
uma reação à excessiva racionalidade clássica, negando os princípios de
harmonia, ordem e proporção.
Domingos Sequeira
1768-1837
Domingos António de Sequeira, nascido em Lisboa, Portugal, no dia 10 de
março de 1768 e falecido em Roma, Itália, no dia 8 de março de 1837), foi um
destacado pintor português, na transição do Neoclassicismo para o Romantismo,
havendo trabalhado para a corte real de D. João VI. Nasceu em Belém, região
metropolitana da capital portuguesa, de família modesta, e estudou na Academia
de Artes de Lisboa, antes de mudar-se para Roma, onde permaneceu entre 1788
e 1794, tendo se tornado membro honorário da Academia de São Lucas. Ainda
percorreria a Itália por mais dois anos, antes de retornar a Lisboa, onde se tornou
um dos pintores da Corte, prestando serviços tanto a D. João VI como à princesa
regente Carlota Joaquina (retrato abaixo, por Domingos Sequeira, 1802).
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Ficou impressionado com o que viu, e que serviu, mais tarde como inspiração
para Sequeira fazer suas melhores pinturas, destacando-se “Adoração dos
Magos”, em 1828. E foi em Roma que ele morreu, no ano de 1837.
“Antônio Patrício teve uma carreira breve e sem brilho, marcada por uma
escassa produção e pela morte prematura. As suas origens humildes e a
carência de meios financeiros durante toda a vida, dificultaram o seu
percurso artístico. Desde cedo exerceu funções de aprendiz na Fábrica de
Tabacos em Xabregas. Iniciou os seus estudos de arte com o auxílio do
capelão de um convento onde realizara trabalhos.
“Nesta obra, de cariz cenográfico, próxima de uma cena engendrada em atelier fotográfico, três
gerações sofrem, com mágoa, a partida de um familiar. A carga patética exprime-se nos gestos
das personagens, nas referências paisagísticas. As ruínas da aldeia, ao longe e na penumbra,
metáfora da “ruína” dos sentimentos provocada pela separação, estruturam o jogo dramático,
que com o teatro popular se pode relacionar. Este evidencia-se na expressão meditativa, no
olhar alongado da rapariga, no lenço com que a criança acena e no abandono doloroso da
velha mulher, rosto na sombra, mão na testa e costas viradas à realidade da partida.”
(Museu do Chiado, Portugal)
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Antônio José Patrício, “A Avó”, Museu do Chiado, Portugal
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Antônio José Patrício, “Retrato De Mulher”, 1856 (Esta obra é um estudo
para o quadro “A Avó” (pg.171), pintado logo em seguida)
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Auguste Roquemont
1804-1852
Auguste Roquemont, nascido em Genebra, Suíça, no dia 2 de Junho de
1804 e falecido na cidade do Porto, Portugal, no dia 24 de Janeiro de 1852, foi
um pintor português do Romantismo, filho natural do príncipe e general alemão
Frederico Augusto de Hesse-Darmstad. Aos oito anos, inicia os seus estudos
num colégio em Paris e em 1818, com quatorze anos, vai para Itália onde se fixa
até ao ano de 1827, para fazer a sua formação artística, escolhendo Roma,
Veneza, Bolonha e Florença para a sua aprendizagem. Alcança em 1820, na
Academia de Belas Artes de Veneza , o 1º prémio numa prova de exame.
A pedido de seu pai, vem, em 1828, para Portugal. O príncipe apoiava então
politicamente D. Miguel I que conhecera em Viena. É bom lembrar que, no lado
oposto, se achava o nosso D. Pedro I do Brasil (D.Pedro IV de Portugal)
buscando expulsar do trono seu irmão D. Miguel, para, em seu lugar, entronizar
a própria filha, a brasileira Maria da Gloria (D. Maria II de Portugal). Como
secretário particular do pai, Roquemont, acompanhou-o durante a sua
permanência em Portugal e por cá ficou depois daquele regressar à Alemanha.
A zona Norte do país foi a escolhida para fixar residência, sendo Guimarães
e Porto, as cidades mais importantes onde decorre a sua vida. A primeira liga-o
ao início da sua estada em Portugal, onde foi hóspede do conde da Azenha –
miguelista convicto – ali permanecendo longas temporadas. Influência miguelista
a que não foi alheia a sua nomeação em 1831 para professor da Aula de desenho
da Academia Real da Marinha e do Comércio, cargo que recusou para se dedicar
inteiramente à pintura. Com estadas pontuais em Lisboa, fixa-se em 1847,
definitivamente, na cidade do Porto, onde vem a falecer em 1852.
Roquemont, conhecido pelos excelentes retratos que executava quer da
nobreza nortenha, quer da alta burguesia, causou forte sensação quando em
1843 se apresentou em Lisboa na Exposição Trienal da Academia de Belas
Artes, com alguns quadros de costumes. Considerada até então uma temática
sem interesse, valeu o comentário de Almeida Garrett quando, defronte de um
dos quadros expostos, proclama acerca do pintor: “artista português legítimo,
como oxalá que sempre sejam os nossos naturalistas”.
Para além da técnica da pintura a óleo, Roquemont executou também
trabalhos a lápis, carvão e esfuminho. Paralelamente, praticou a modalidade de
retrato-miniatura em que se celebrizou. No entanto, poucos são os trabalhos que
chegaram até nós. Fonte: http://www.museusoaresdosreis.pt/
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José Rodrigues
1828-1887
José Rodrigues de Carvalho, nascido em Lisboa no dia 16 de julho de 1828
e falecido na mesma cidade em 19 de outubro de 1887, foi um pintor português
da época romântica. Pintado em 1855 ”O cego rabequista”, considerada sua
obra mais famosa, , foi exibida na Exposição Universal de Paris em 1855 e na
Exposição Internacional do Porto em 1865, conquistando o segundo lugar.
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Antes de entrar para a Academia das Belas-Artes (convento de S. Francisco)
como aluno voluntário, deixou uma estampa, datada de 1840. Em virtude de ter
na Academia um colega homónimo, requereu oficialmente a redução do seu
nome para "José Rodrigues".
Ao longo da sua vida, em vez de poder pintar as obras que desejava, teve
necessidade de fazer retratos para sobreviver, fato que o tornou num homem
melancólico e doente. Deu aulas no mosteiro das donas irlandesas do Bom-
Sucesso, no colégio de S. José das Dominicanas de S. Domingos de Benfica,
entre outros locais. Morreu em 19 de outubro de 1887, em Lisboa, na sua morada
da Rua dos Bacalhoeiros. (Wikipedia, com o apoio de outras fontes).
Luís de Meneses
1820-1878
Luís de Miranda Pereira de Meneses, nascido na localidade de Catanhede,
a 90 quilômetros da cidade do Porto no dia 4 de abril de 1820 e falecido em
Lisboa no dia 5 de Maio de 1878, sendo reconhecido como o 2.º Visconde de
Meneses, foi um notável pintor português no período do Romantismo, filho
primogénito de pai nobre, José António de Miranda Pereira de Meneses, (1.º
Visconde de Meneses), com Dona Elisa Eugenia Edwards de Desanges, uma
inglesa da cidade de Londres. Talentoso desde a infância, praticou desenhos
com um mestre francês e depois com Antonio Manuel da Fonseca, chamando a
atenção do rei consorte D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II e amigo
das artes, ganhando uma viagem à Itália, onde foi instruído pelo pintor alemão
Johann Friedrich Overbeck, pintando e enviando a Lisboa uma série de quadros,
entre eles um destinado ao seu protetor, D. Fernando II. Sua produção na época
focalizava cenas de gênero, ou do cotidiano. É notável entre os seus quadros o
formoso e conhecidíssimo Retrato da Viscondessa de Meneses, senhora de
grande beleza, pintado em 1862, cujo detalhe vai reproduzido abaixo.
(Wikipedia, com apoio de outras fontes.
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Tomás da Anunciação
1818-1879
Tomás José da Anunciação, nascido em Santa Maria de Belém, Lisboa, no
dia 26 de outubro de 1818 e falecido em Encarnação, Lisboa, no dia 3 de abril
de 1879, foi um pintor português da época do romantismo que, após tentar vários
géneros, acabou por se dedicar à pintura de animais, no que se distinguiu. Foi
um dos primeiros alunos a matricularem-se na Academia de Belas-Artes, em
1836, sendo discípulo de António Manuel da Fonseca. Teve emprego de
praticante-desenhador no Museu de História Natural da Ajuda, desempenhado
ainda antes de se matricular na Academia, o que o familiarizou com a
observação da natureza. Em 1852, tornou-se assistente na Academia e, cinco
anos mais tarde, era professor de pintura de paisagem. Em 1878, tornou-se
diretor da Academia. O artista costumava passear pelo campo, recolhendo
esboços que, depois, compunha no atelier, em obras sempre bem sucedidas,
como “O Vitelo” (imagem abaixo) que, em 1871, recebeu a 1ª Medalha na
Exposição de Madri. (“Arte em Portugal”, com apoio de outras fontes).
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Tomás da Anunciação, “Na Eira”, Óleo sobre tela, 1,23 × 1,93 cm