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S cientia

Forestalis

Efeito da fertilização na qualidade da madeira de Eucalyptus spp.

Effect of fertilization on the quality of the Eucalyptus spp. wood

Bianca Moreira Barbosa¹, Jorge Luiz Colodette², Carla Priscilla Távora Cabral³,
Fernando José Borges Gomes4 e Vanessa Lopes Silva5

Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de dois níveis de adubação (NPK) na composição
química e na massa específica básica da madeira de clones do gênero Eucalyptus spp., avaliando suas
possíveis consequências na produção de polpa celulósica. Foram avaliados 4 clones, sendo 2 da espécie
Eucalyptus grandis e 2 provenientes de híbridos de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, com idade
de 72 meses. Os tratamentos avaliados foram: com adubação (sem irrigação ou irrigados) e o tratamento
Controle, com 3 repetições cada tratamento totalizando 36 amostras. As características químicas analisa-
das foram associadas com o nível de adubação e o tipo de material genético em questão. Para a análise
estatística foi utilizado o software STATISTICA 7.0, onde se procedeu a análise de variância e no caso de
interação significativa houve o desdobramento pelo teste de Tukey, em nível de 5 % de probabilidade. Hou-
ve diferença significativa para as seguintes propriedades: massa específica, manganês, relação siringil/
guaiacil e teor de grupos acetila. Para as demais propriedades analisadas tais como, teor de carboidratos,
lignina total, ácidos urônicos, extrativos, cinzas, Fe, Ca e Mg, não foi observada diferença estatística.
Conclui-se que a técnica de ferti-irrigação, apresentou alguns aspectos negativos no que tange à qualida-
de da madeira de certos clones de eucalipto, sendo relevante considerar os seus impactos no processo
produtivo de fabricação de polpa celulósica.
Palavras-chave: Fertilização, química da madeira, eucalipto e massa específica básica.

Abstract
This study has the objective of evaluating the effect of two levels of fertilization (NPK) on the chemical
composition and on the specific basic mass on the wood of clones from Eucalyptus, assessing its possible
consequences in the production of cellulosic pulp. Four clones were evaluated, two of those being of Eu-
calyptus grandis and the other two from hybrids of Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, at the age
of 72 months. The assessed treatments were: with fertilization (without irrigation or being irrigated) and the
Control treatment, with three replications, each treatment totalizing 36 samples. The analyzed chemical
features were associated with the level of fertilization and the type of genetic material at stake. For the
statistical analysis STATISTICA 7.0 software was used, with analysis of variace and, if there was significant
interaction, decomposition through the Tukey test at 5% probability. There were significant differences for
the following properties: specific mass, manganese, lignin syringyl/guaiacyl ratio (S/G) and acetyl group
content. For the remaining analyzed properties such as carbohydrate content, total lignin, uronic acids, ex-
tractives, ashes, Fe, Ca and Mg, no statistical difference was found. We conclude that the technique of ferti-
-irrigation presented some negative aspects regarding the quality of the wood of certain eucalyptus clones.
We deem it relevant to consider their impacts on the production process for manufacturing cellulose pulp.
Keywords: Fertilization, chemistry of wood, eucalyptus and specific basic mass.

¹Química, mestranda em Agroquímica. UFV- Universidade Federal de Viçosa - Viçosa - MG - 36570-000- E-mail:
biancamoreirabarbosa@gmail.com
²Engenheiro Florestal, professor Doutor. UFV- Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Engenharia Florestal.
Viçosa - MG - 36570-000- E-mail: colodett@ufv.br
³Engenheira Florestal, pós-doutoranda em Ciência Florestal. UFV- Universidade Federal de Viçosa - Viçosa - MG - 36570-
000- E-mail: lcajir@yahoo.com.br
4
Engenheiro Florestal, doutorando em Ciência Florestal. UFV- Universidade Federal de Viçosa - Viçosa - MG - 36570-000-
E-mail: fernando.gomes@ufv.br
5
Química, pós-doutoranda em Agroquímica. UFV- Universidade Federal de Viçosa - Viçosa - MG - 36570-000- E-mail:
vanessaufv@yahoo.com.br

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Barbosa et al. – Efeito da fertilização na qualidade da madeira de Eucalyptus spp

INTRODUÇÃO te limitante para o crescimento das plantas em


ambientes terrestres, portanto, a adição de ferti-
Para o setor de celulose e papel a qualidade lizantes ricos em nitrogênio pode ter profundos
da madeira tem sido descrita principalmente efeitos sobre a fisiologia da árvore e acúmulo
através de suas propriedades físicas, químicas e de biomassa (GESSLER et al., 2004; COOKE et
anatômicas, sendo estes considerados bons pa- al., 2005). Modificações em níveis anatômicos e
râmetros de avaliação das suas características e composicional têm sido frequentemente descri-
de grande utilidade em programas de melhora- tas em relação a fertilização com N-P-K, o stress
mento genético florestal. Sendo assim, surge a de água e os estímulos mecânicos. Porém, os
necessidade de se estudar como estes fatores são efeitos da adubação sobre a qualidade da ma-
afetados ao longo do crescimento da árvore. Em deira são difíceis de predizer.
geral, verifica-se que as propriedades da madeira Para a indústria de celulose e papel, uma
dependem da genética, das condições de cresci- avaliação adequada da massa específica básica
mento e da idade da árvore (COOKE et al. 2005; fornece indicações bastante precisas acerca da
MELLEROWICZ; SUNDBERG, 2008). Técnicas impregnação dos cavacos e rendimento do pro-
de adubação podem ser utilizadas durante o cesso e geralmente está associada às característi-
crescimento da árvore para melhorar o seu de- cas de qualidade e de resistências físico-mecâni-
senvolvimento, pois a formação da madeira é cas da polpa. Ainda são poucos os estudos que
altamente sensível às mudanças ambientais. relacionam diretamente a interferência dos atri-
As características naturais de um solo, bem butos do solo sobre a qualidade de espécies flo-
como a adubação, são fatores que podem in- restais (RIGATTO et al., 2005). Neste contexto,
fluenciar a qualidade da madeira. As alterações este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito
nas condições de crescimento, devido à aplica- da adubação na composição química e na massa
ção de fertilizantes, são frequentemente associa- específica básica da madeira de Eucalyptus spp.
das com importantes alterações na qualidade
da madeira. Tal importância se refere a atribu- MATERIAL E MÉTODOS
tos físicos, químicos e anatômicos (PITRE et al.,
2010). Porém, os efeitos da adubação são difí- Neste trabalho foram avaliados dois níveis
ceis de predizer, enquanto alguns estudos apon- de adubação, o Tradicional (sem irrigação) e o
tam aumento, outros, ao contrário, apontam Fertilizado (com irrigação), além de, um trata-
declínio na qualidade da madeira (PUNCHES; mento denominado Controle, no qual não foi
COUNTRY, 2004; BARREIROS et al., 2007). utilizado nenhum tipo de adubo ou irrigação.
As recomendações de fertilizantes minerais As aplicações de fertilizantes foram realizadas
utilizadas referem-se sempre aos elementos Ni- por adubação de cobertura, aplicadas em 3 do-
trogênio, Fósforo e Potássio, mas muito rara- ses por ano para os primeiros 3 anos. A irrigação
mente ao Boro e Zinco, sendo estes recomen- foi testada apenas para o tratamento Fertilizado,
dados em aplicação no plantio ou em adubação onde foram procedidas irrigações, afim de, man-
de cobertura, aplicados 90 dias após o plantio ter uma umidade média do solo em torno 15-30
(BARROS, 2012). Atualmente, a maioria dos mm. Esse procedimento foi realizado duas vezes
plantios comerciais é adubada utilizando-se a cada 7 dias, de modo a manter a umidade de
praticamente a mesma formulação N-P-K (6- precipitação e compensar a evapotranspiração
30-6), independente da espécie, tipo de solo e durante os primeiros 3 anos.
época de plantio. Na Tabela 1, são apresentados os tipos de
A adubação nitrogenada é uma das práticas tratamentos e suas respectivas quantidades de
que mais têm sido empregadas para atingir o elementos químicos por hectare. O tratamento
aumento da produtividade (MACDONALD; Controle não foi adicionado na tabela, por não
HUBERT, 2002). O nitrogênio é frequentemen- ter havido a adubação e a irrigação.

Tabela 1. Condições nutricionais em Kg/ha, utilizadas para os tratamentos, onde foi procedida a adubação.
Table 1. Nutritional conditions in Kg/ha, used for the treatments, where fertilization took place.
Adubação
Tratamentos
Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio Boro
T/NI 86 40 171 705 120 3
F/I 732 145 570 918 180 8
* Sendo, T/NI - adubação tradicional não irrigada; F/I - fertilizada irrigada.

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As espécies de eucalipto utilizadas foram: Eu- Delineamento experimental
calyptus grandis (clones A e B) e híbridos de Eu- O experimento foi montado em um deli-
calyptus grandis x Eucalyptus urophylla (clones A e neamento inteiramente casualizado disposto
B), oriundos da cidade de Guanhães, no estado em arranjo fatorial 3 x 4. Sendo três níveis de
de Minas Gerais. As árvores utilizadas tinham adubação (Controle, Tradicional e Fertilizado)
72 meses de idade e foram retiradas de uma e quatro clones, sendo 2 de Eucalyptus grandis e
mesma parcela de plantio de 30 x 30 m, com es- 2 híbridos de Eucalyptus grandis x Eucalyptus uro-
paçamento de plantio de 3,0 x 3,0 m cultivadas phylla, com 3 repetições, totalizando 12 trata-
em latossolo vermelho. Foram amostradas três mentos e 36 amostras.
árvores para cada clone, com toretes de aproxi- Os resultados foram analisados por meio da
madamente 50 cm retirados do DAP e à 25, 50, análise de variância e, constatando a presença
75 e 100 % da altura comercial, considerando de interação significativa, os resultados foram
cada nível de adubação e o tratamento Controle, comparados pelo teste Tukey em nível de 5% de
totalizando 36 amostras. significância. As análises estatísticas foram rea-
Os toretes de eucalipto amostrados foram lizadas utilizando o software STATISTICA 7.0 e
transformados em cavacos em um picador labo- para a confecção dos gráficos em formato 3D foi
ratorial, modelo Chogokukikai, equipado com utilizado o software MATLAB R2011b.
3 facas e duas telas (40 e 13 mm). Os cavacos
foram misturados em um misturador rotativo RESULTADOS E DISCUSSÃO
de 260 m3 e as amostras foram selecionados de
acordo com o procedimento SCAN-CN 40:94. O efeito da adubação para os quatro clones
Os cavacos retidos nas peneiras de 3 mm e 7 estudados com 72 meses de idade foi avaliado,
mm foram recolhidos e novamente misturados, com base na composição química da madeira,
secos ao ar a cerca de 15% de umidade e arma- quantificando o conteúdo de carboidratos (gli-
zenados em sacos de plástico. Os cavacos foram canas, xilanas, galactanas, mananas, arabina-
utilizados para a determinação da massa especí- nas), grupos acetila, ácidos urônicos, lignina to-
fica básica e após redução em serragem para as tal, relação S/G, cinzas, teor de extrativos, além
análises químicas. da propriedade massa específica básica e conte-
As amostras de madeira para as análises quí- údo de metais (Ca, Mg, Fe, Mn).
micas foram coletadas após sua redução em ser- As médias de todas as análises da composi-
ragem, em moinho laboratorial Willey, sendo ção química, com exceção do conteúdo de me-
posteriormente, classificadas em peneiras de 40 tais, para os dois clones: Eucalyptus grandis (clo-
e 60 mesh. As amostras foram climatizadas e nes A e B) e dos híbridos de Eucalyptus grandis x
acondicionadas em recipientes hermeticamente Eucalyptus urophylla (clones A e B) estão dispos-
fechados e seus teores de umidade determina- tos no Tabela 2.
dos. Todas as análises químicas foram realizadas
em duplicata Carboidratos
Após o preparo das amostras, foram reali- As glicanas, que são os principais carboidra-
zadas as seguintes análises: conteúdo de car- tos presentes da madeira, mantiveram seus te-
boidratos (WALLIS et al.,1996); ácidos urôni- ores estatisticamente iguais para todos os trata-
cos (SCOTT, 1979), grupos acetilas (SOLÁR et mentos avaliados (Tabela 2), assim como Jian Ju
al., 1987); lignina insolúvel em ácido TAPPI et al. (1998) estudando o efeito de 5 tratamentos
T 222 om-11 (TAPPI, 2011a); lignina solúvel de adubação de Eucalyptus urophylla com 108 me-
em ácido (GOLDSCHMIDT, 1971); lignina ses de idade, notaram que a adubação não in-
total (lignina insolúvel + lignina solúvel em fluenciou significativamente o teor de carboidra-
ácido); relação siringil/guaiacil (S/G) da ligni- tos. Semelhantemente, Miranda e Pereira (2002)
na (LIN; DENCE, 1992); teor de cinzas TAPPI estudando a qualidade da madeira de Eucalyptus
T 211 om-12 (TAPPI, 2012); extrativos totais globulus, com 24, 36 e 72 meses de idade, não
da madeira TAPPIT 264 cm-07 (TAPPI, 2007); mostrou diferenças significativas entre a teste-
massa específica básica da madeira TAPPI munha e o tratamento que recebeu fertilização.
T 258 om-11 (TAPPI, 2011b) e conteúdo de Em geral, foi observado que apesar de iguais,
metais - Ca, Mg, Mn e Fe TAPPI T 266 om-11 estatisticamente, a realização de adubação apre-
(TAPPI, 2011c). senta uma leve tendência de aumento do conteú-

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do de glicanas. Na prática, apesar dessas mudanças 3 - 5% (KLOCK et al., 2005), entretanto, no tra-
não serem significativas do ponto de vista estatís- balho realizado por Gomide et al. (2005) foram
tico, para a indústria de celulose, o acréscimo de 1 obtidos resultados que estão de acordo com os
ponto percentual pode representar um ganho sig- dados apresentados neste trabalho, com médias
nificativo para o lucro da empresa, uma vez que a variando de 2,6% a 3,1%.
mesma opera em larga escala de produção.
Os conteúdos de ácidos urônicos e de hemi- Lignina Total
celuloses não apresentaram diferenças significa- A lignina, segundo maior constituinte quan-
tivas para todos os tratamentos avaliados, mos- titativo da madeira, teve seu teor determinado
trando não haver influência da adubação para somando-se os valores das partes solúveis em
esses constituintes no presente estudo (Tabela 2). ácido e lignina insolúvel em ácido. Não foram
observadas diferenças significativas entre os tra-
Grupos acetila tamentos avaliados para o conteúdo de lignina
Já o conteúdo de grupos acetila, grupamen- total (Quadro 1). Os resultados encontrados
tos laterais das hemiceluloses, não foi possível neste trabalho estão de acordo com Andrade et
observar diferenças significativas entre os tra- al. (1994), Jian Ju et al. (1998) e Miranda e Pe-
tamentos quanto ao efeito da adubação, indi- reira (2002), que estudando o efeito da aduba-
cando não ter sido influenciado pelo uso dessa ção para Eucalyptus sp. não observaram influên-
técnica. Porém, foi observada diferença signifi- cia sobre o conteúdo de lignina total.
cativa entre os clones, mostrando que existe in-
fluência do material genético para esta proprie- Relação S/G
dade. Dentre os clones testados o clone A do As ligninas são divididas em função da sua
Eucalyptus grandis apresentou os maiores teores estrutura em duas classes principais, sendo
de grupos acetila em relação aos demais. Os re- elas: lignina guaiacil (predominante em coní-
sultados encontrados encontram-se ligeiramen- feras) e lignina siringil/guaiacil (predominante
te abaixo da faixa de referência da literatura de em folhosas).

Tabela 2. Valores médios da composição química da madeira, em função do tratamento silvicultural, dos clones e
das 2 espécies do gênero Eucalyptus.
Table 2. Mean values of wood chemical composition, functioning as silvicultural treatment, from the clones and the
2 species of the Eucalyptus spp.
Glica- Galac- Mana- Arabi- Ácidos Grupos Lignina Extra-
Trata- Xilanas Relação Cinzas
Espécie nas tanas nas nanas urôni- Acetila total tivos
mento (%) S/G (%)
(%) (%) (%) (%) cos (%) (%) (%) (%)
47,7 ± 10,8 ± 1,9 ± 1,2 ± 0,3 ± 3,1 ± 2,8 ± 30,1 ± 2,8 ± 0,1 ± 1,6 ±
C/NI
0,03 (a) 0,01 (a) 0,08 (a) 0,10 (a) 0,10 (a) 0,07 (a) 0,02 (ab) 0,03(a) 0,04 (abc) 0,35 (a) 0,32 (a)
Eucalyptus
48,6 ± 11,2 ± 1,7 ± 1,4 ± 0,3 ± 3,2 ± 2,9 ± 28,8 ± 3,1 ± 0,2 ± 1,7 ±
grandis T/NI
0,03 (a) 0,04 (a) 0,07 (a) 0,18 (a) 0,20 (a) 0,17 (a) 0,04 (a) 0,04 (a) 0,03 (a) 0,01 (a) 0,33 (a)
(Clone A)
49,7 ± 10,8 ± 1,7 ± 1,4 ± 0,3 ± 3,2 ± 2,9 ± 29,1 ± 2,8 ± 0,2 ± 1,9 ±
F/I
0,03(a) 0,03 (a) 0,07 (a) 0,09 (a) 0,20 (a) 0,10 (a) 0,02 (a) 0,03 (a) 0,04 (abc) 0,01 (a) 0,13 (a)
49,7 ± 11,4 ± 1,9 ± 1,3 ± 0,3 ± 3,4 ± 2,6 ± 28,5 ± 2,3 ± 0,2 ± 1,7 ±
C/NI
0,01 (a) 0,04 (a) 0,08(a) 0,08 (a) 0,10 (a) 0,04 (a) 0,01 (bc) 0,01 (a) 0,04 (e) 0,25 (a) 0,28 (a)
Eucalyptus
49,0 ± 11,1 ± 1,8 ± 1,4 ± 0,2 ± 3,2 ± 2,6 ± 28,9 ± 2,3 ± 0,2 ± 1,5 ±
grandis T/NI
0,02 (a) 0,03 (a) 0,11 (a) 0,08 (a) 0,22 (a) 0,08 (a) 0,01 (bc) 0,02 (a) 0,04 (e) 0,25 (a) 0,13 (a)
(Clone B)
50,1 ± 11,0 ± 1,8 ± 1,3 ± 0,3 ± 3,1 ± 2,6 ± 28,2 ± 2,4 ± 0,3 ± 1,6 ±
F/I
0,03 (a) 0,06 (a) 0,10 (a) 0,04 (a) 0,22 (a) 0,11 (a) 0,01 (bc) 0,01 (a) 0,04 (de) 0,01 (a) 0,06 (a)
49,0 ± 11,3 ± 1,9 ± 1,3 ± 0,3 ± 3,4 ± 2,6 ± 28,8 ± 2,7 ± 0,2 ± 1,6 ±
Eucalyptus C/NI
0,03 (a) 0,04 (a) 0,10 (a) 0,04 (a) 0,00 (a) 0,06 (a) 0,03 (bc) 0,02 (a) 0,04 (bcd) 0,35 (a) 0,04 (a)
grandis x
50,0 ± 10,7 ± 1,8 ± 1,2 ± 0,3 ± 2,7 ± 2,5 ± 28,3 ± 2,8 ± 0,1 ± 1,5 ±
Eucalyptus T/NI
0,04 (a) 0,04 (a) 0,08 (a) 0,08 (a) 0,22 (a) 0,10 (a) 0,02 (c) 0,08 (a) 0,04 (abc) 0,35 (a) 0,07 (a)
urophylla
(Clone A) 48,8 ± 11,1 ± 1,8 ± 1,4 ± 0,3 ± 2,9 ± 2,6 ± 29,7 ± 3,0 ± 0,2 ± 1,6 ±
F/I
0,02 (a) 0,03 (a) 0,04 (a) 0,12 (a) 0,22 (a) 0,12 (a) 0,03 (bc) 0,02 (a) 0,09 (ab) 0,01 (a) 0,34 (a)
49,2 ± 10,6 ± 1,8 ± 1,2 ± 0,2 ± 3,2 ± 2,5 ± 29,1 ± 2,6 ± 0,1 ± 2,6 ±
Eucalyptus C/NI
0,02 (a) 0,01 (a) 0,04 (a) 0,17 (a) 0,20 (a) 0,11 (a) 0,03 (c) 0,04 (a) 0,01 (cde) 0,35 (a) 0,13 (a)
grandis x
49,9 ± 11,2 ± 1,8 ± 1,3 ± 0,3 ± 3,0 ± 2,4 ± 28,5 ± 2,8 ± 0,2 ± 2,4 ±
Eucalyptus T/NI
0,02 (a) 0,04(a) 0,03 (a) 0,04 (a) 0,10 (a) 0,01 (a) 0,03 (c) 0,01 (a) 0,01 (abc) 0,01 (a) 0,22 (a)
urophylla
(Clone B) 50,6 ± 10,9 ± 1,9 ± 1,2 ± 0,2 ± 2,9 ± 2,6 ± 27,6 ± 2,8 ± 0,2 ± 2,0 ±
F/I
0,01 (a) 0,02 (a) 0,06 (a) 0,16 (a) 0,25 (a) 0,04 (a) 0,04 (bc) 0,05 (a) 0,01 (abc) 0,01 (a) 0,20 (a)
*Médias seguidas de mesma letra minúscula, numa mesma coluna, não diferem entre si em nível de 5% de significância, pelo teste Tukey.

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A relação S/G é a quantidade de unidades Para as espécies avaliadas no presente traba-
derivadas dos alcoóis sinapílico (monômeros lho, o teor de cinzas não apresentou diferença
siringila) em referência ao conteúdo de álcool significativa para os tratamentos avaliados (Ta-
coniferílico (monômeros guaiacila) da lignina bela 2). Os teores de cinzas encontrados ficaram
(KLOCK et al., 2005). A lignina siringil apresen- na faixa de 0,1 a 1,0% base madeira seca, es-
ta uma estrutura mais reativa, assim, acredita-se tando esses valores em concordância com os en-
que madeiras com alta relação S/G sejam mais contrados por outros autores, tais como Neves
fáceis de deslignificar. et al. (2011), Oliveira et al. (2012).
Neste trabalho, para a relação S/G da ligni-
na houve diferença estatística significativa entre Extrativos
os clones avaliados, indicando haver influência Os extrativos da madeira que compreendem
do material genético. No trabalho realizado por um grande número de componentes, os quais,
Magaton et al. (2006), foi encontrado um valor ao contrário da maioria dos polissacarídeos e da
médio de 2,0 para a relação S/G do híbrido Eu- lignina, podem ser extraídos por meio de solven-
calyptus grandis x Eucalyptus urophylla. tes orgânicos, apresentaram resultados estatisti-
O Clone B do Eucalyptus grandis foi o que ob- camente significativos para os clones estudados
teve os menores valores, sendo que esse com- (Tabela 2). Os resultados indicam haver influên-
portamento não é desejável para o processo de cia do material genético e não foi observado efei-
conversão da madeira em polpa celulósica, pois to da adubação no conteúdo de extrativos para os
dificulta o processo de deslignificação da ma- clones, assim como Miranda e Pereira (2002) que
deira, uma vez que a lignina encontra-se mais também observaram em seus estudos não haver
condensada (GOMES, 2008). Pode-se inferir efeito da adubação no conteúdo de extrativos.
que a menor relação S/G acarrete em maior di-
ficuldade de deslignificação, maior consumo de Massa específica básica
reagentes e menores rendimentos de polpa. Uma das propriedades que mais restringe o
uso da madeira é a massa específica, sendo um
Cinzas dos mais importantes parâmetros para sua des-
Os principais componentes minerais da ma- tinação. Na indústria de celulose e papel, por
deira são Ca, K e Mg, sendo o Ca o elemento em exemplo, através da massa específica básica do
maior quantidade, chegando a representar até povoamento, estima-se a quantidade de carga
50%, seguido respectivamente, pelo K, Mg, Mn, de álcali que será utilizada, exemplo do proces-
Na, P entre outros (CUTTER; MURPHY, 1978). so Kraft, além da estimativa do rendimento.
Algumas espécies florestais possuem em sua A massa específica básica está fortemente as-
constituição, como material de reserva, cristais sociada a anatomia da madeira, sendo que as
de oxalato, fosfato e silicato, além de outros, os menos densas em geral, apresentam maior di-
mesmos fazem ligações com os ácidos carboxíli- âmetro de poros, o que facilita em parte a pe-
cos dos componentes químicos da parede celu- netração dos reagentes, durante os processos de
lar. Estes cristais estão presentes frequentemente desconstrução química da madeira.
em células parenquimáticas, na forma de dru- Na Figura 1 podem ser observados os valo-
sas, ocupando o lume como material de reserva res de massa específica básica, para os 4 clones e
(SJÖSTRÖM, 1993). seus respectivos tratamentos.
Nas espécies do gênero Eucalyptus, essas for- Por meio da análise da Figura 1, observa-se
mações cristalinas são mais raras, porém, nes- que as médias para a variável massa específica
sas espécies florestais as formações de oxala- básica do tratamento Fertilizado, houve uma
tos, principalmente, o de cálcio pode ser uma tendência das mesmas serem menores em com-
consequência de vários fatores, dentre eles paração a dos outros dois tratamentos, Controle
a deficiência mineral. Em solos com alta aci- e Tradicional. Este fato pode ser explicado, pelo
dez, elevada precipitação, baixa quantidade de maior crescimento das árvores, quando sujeitas
nutrientes disponíveis e lixiviação de cátions, a um estímulo causado pela maior disponibili-
acarretam o armazenamento pela planta desse dade de nutrientes no solo.
mineral, como forma de manter o seu desen- A variação da massa específica não está ligada
volvimento normal durante os períodos sazo- somente ao fator adubação, outros fatores, tais
nais de crescimento (GONZALEZ et al., 2009; como, variação genética, disponibilidade de água
CUMMING et al., 2001). e luz, localização da árvore no povoamento e es-

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Barbosa et al. – Efeito da fertilização na qualidade da madeira de Eucalyptus spp

Figura 1. Valores médios da massa específica básica dos clones em Kg/cm³, em função dos tratamentos, sendo: C/
NI = Controle sem irrigação; T/NI = Tradicional sem irrigação e F/I = Fertilizado com irrigação. Barras se-
guidas de mesma letra minúscula não diferem entre si em nível de 5% de probabilidade (Tukey, p > 0,05).
Figure 1. Mean values of specific basic mass of clones in Kg/cm³, related to treatments, where: C/NI = Control wi-
thout irrigation; T/NI = Traditional fertilization without irrigation and F/I = Fertilized without irrigation. Bars
followed by the same small letter don’t differ among themselves at 5% probability (Tukey, p > 0,05).

paçamento entre indivíduos, também afetam a Conteúdo de Metais


massa específica básica. Em trabalhos anteriores, A maior quantidade dos minerais encon-
também foi observada a influência da adubação tram-se na casca, podendo esta quantidade ex-
na massa específica, onde a mesma diminuiu ceder até 10 vezes a quantidade presente na ma-
com a utilização de fertilizantes (BERGER, 2002). deira. Entre os minerais que ocorrem em maior
Na Figura 1, observa-se que para o Clone A quantidade podemos citar o cálcio, o potássio e
da espécie Eucalyptus grandis, a variação na mas- o magnésio, seguidos respectivamente, pelo Mn,
sa específica entre os tratamentos Controle e Na, P e Cl (ANDRADE, 2011).
Fertilizado foi de 8%, já para os Clones A e B do A principal forma de absorção do manganês
híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla pelas plantas é como Mn2+ , sendo absorvido
foi de 11,2 e 1,3%, respectivamente, sendo estes pela raiz e translocado pelo xilema, juntamente
valores próximos daqueles encontrados nos tra- com outros elementos minerais dissolvidos na
balhos citados por Berger (2002). seiva. Em solos ácidos tropicais ocorre maior
No Clone B da espécie Eucalyptus grandis, não disponibilidade do mesmo, sendo esta caracte-
foi observado decréscimo na massa específica rística reduzida com o aumento de pH do solo
e sim um aumento da mesma, este fato pode (BERTOLAZI et al., 2010).
estar relacionado ao tipo de material genético Na Figura 2, observa-se a relação entre a
dos indivíduos deste clone. Vital (1990) cita em massa específica e a concentração de manganês
seus trabalhos resultados conflitantes, desde a (Mn) e magnésio (Mg), onde estão representa-
diminuição até o aumento da massa específica, dos os clones para o tratamento Controle, sendo
causado pela fertilização. estes desprovidos de fertlização e irrigação.

Figura 2. Gráfico da relação entre os valores de massa específica (kg/m³), concentração de manganês (mg/Kg) e
magnésio (mg/Kg) na madeira das duas espécies testadas, para o tratamento Controle.
Figure 2. Graph of the relationship between the values of specific mass (kg/m³), manganese concentration (mg/
Kg) and magnesium (mg/Kg) in the wood of two tested species compared to the Control.

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Na Figura 2 a medida que a massa específica minadas partes do lenho, ocasionando por con-
aumenta para os clones do tratamento Controle, seguinte, uma redução também na absorção do
observa-se que ocorre também um aumento da Mg, uma vez que os mesmos competem entre si
quantidade do elemento Mn e uma redução do (MUKHOPADHYAY; SHARMA, 1991; CORREIA;
elemento Mg. Este fato pode estar relacionado DURIGAN, 2009; BERTOLAZI et al., 2010). Se-
a uma provável competição entre os elementos gundo Bertolazi et al. (2010) uma das formas
Mn e Mg, sendo que o primeiro inibe a absorção de aumentar a disponibilidade de manganês no
de certos nutrientes pelas plantas, dentre eles o solo, está associada a aplicação de fertilizantes.
Mg (MUKHOPADHYAY; SHARMA, 1991; COR- Na Figura 4 estão representados, graficamente,
REIA; DURIGAN, 2009). os valores para a relação entre a massa específica
Na Figura 3 estão representados, graficamen- e a concentração de ferro (Fe) e cálcio (Ca) na
te, os valores para a relação entre a massa es- madeira dos 4 clones, do tratamento Controle.
pecífica e a concentração de manganês (Mn) e Analisando a Figura 4 é possível observar que
magnésio (Mg) na madeira dos 4 clones, do tra- houve um aumento na massa específica acom-
tamento Fertilizado. panhado de um aumento na quantidade de fer-
Observa-se na Figura 3, que ocorreu uma di- ro e redução na quantidade de cálcio conside-
minuição da massa específica associada ao au- rando os valores para as duas espécies.
mento do elemento Mn e uma diminuição do Os solos de origem das espécies analisadas
Mg. As árvores com maior crescimento, tendem foi o latossolo vermelho, que possui um baixo
a apresentar uma menor massa específica asso- pH, aliado a uma alta quantidade de alumínio,
ciada a uma maior absorção de nutrientes. O o que aumenta sua toxidez para as plantas. O
Mn como é um elemento que apresenta menor acúmulo de cálcio pelas árvores em solos com
mobilidade na planta, tende a ser absorvido em baixa disponibilidade de nutrientes, aliado ao
maiores quantidades e acumular-se em deter- baixo pH, favorece o armazenamento do mes-

Figura 3. Gráfico da relação entre os valores de massa específica (kg/m³), concentração de manganês (mg/Kg) e
magnésio (mg/Kg) na madeira das duas espécies testadas, para o tratamento Fertilizado.
Figure 3. Graph of the relationship between specific mass values (kg/m³), manganese concentration (mg/Kg) and
magnesium (mg/Kg) in the wood of two tested species, compared to the Fertilized treatment.

Figura 4. Gráfico da relação entre os valores de massa específica (kg/m³), concentração de Fe (mg/Kg) e Ca (mg/
Kg) na madeira das duas espécies testadas, para o tratamento Controle.
Figure 4. Graph of the relationship between the specific mass (kg/m³), concentration of Fe (mg/Kg) and Ca (mg/
Kg) in the wood of two tested species compared to the Control treatment.

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Barbosa et al. – Efeito da fertilização na qualidade da madeira de Eucalyptus spp

mo pela planta, como nutriente de reserva, para bém podem influenciar a concentração dos ele-
que esta possa completar seu desenvolvimento mentos nos diferentes tecidos vegetais, gerando
em épocas inóspitas (GONZALEZ et al., 2009). modificações na eficiência do uso dos nutrientes
Uma possível explicação para o alto conte- (SILVA, 2011).
údo de ferro está no conteúdo de manganês. O
mesmo para madeiras com alta massa específica CONCLUSÕES
apresenta-se em quantidade inferior, em compa-
ração àquelas com baixa massa específica, sendo No geral os clones apresentaram uma redu-
o elemento Mn, como já citado, anteriormente, ção na massa específica básica, para o tratamen-
concorrente com o Fe. to Fertilizado, em comparação aos demais trata-
Na Figura 5 estão representados, graficamente, mentos. Dentre os clones avaliados, o clone B da
os valores para a relação entre a massa específica espécie Eucalyptus grandis, seria o mais adequado
e a concentração de ferro (Fe) e cálcio (Ca) na para proceder a fertilização devido ao aumento
madeira dos 4 clones, do tratamento Fertilizado. da massa espécifica.
No gráfico da Figura 5, pode-se observar que A relação siringil/guaiacil, conteúdo de man-
com a redução dos valores da massa específica, ganês e o teor de grupos acetilas foram influen-
ocorreu um aumento para o conteúdo de ferro ciados pelo tipo de material genético, não haven-
e uma diminuição para o conteúdo de cálcio na do efeito da fertilização sobre tais propriedades.
madeira dos clones para as duas espécies. A técnica de ferti-irrigação, apresentou alguns
Com a fertilização associada a irrigação au- aspectos negativos no que tange à qualidade da
menta-se a disponibilidade e a mobilidade de madeira de certos clones de eucalipto, sendo re-
nutrientes no solo, favorecendo uma maior ab- levante considerar os seus impactos no processo
sorção dos mesmos pelas plantas, e consequen- produtivo de fabricação de polpa celulósica.
temente, um maior desenvolvimento. Árvores
com rápido desenvolvimento, em geral, apre- AGRADECIMENTOS
sentam redução em sua massa específica e baixo
acúmulo de cálcio (GONZALEZ et al., 2009). Ao CNPq e à FAPEMIG pelo apoio financeiro
Observa-se na Figura 5 que o conteúdo de e a Celulose Nipo-Brasileira Cenibra pela a dis-
ferro aumentou com a diminuição da massa ponibilização do material utilizado neste estudo.
específica, fato que provavelmente, pode estar
associado a concorrência do manganês com o REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ferro e também pela ocorrência de uma maior
quantidade de Fe2+ no solo, o qual é solúvel e ANDRADE, A. M.; VITAL, B. R.; BARROS, N. F. de;
pode ser absorvido pela planta em maior quan- DELLA LUCIA, R. M.; CAMPOS, j. C. C.; VALENTE,
tidade, principalmente, em cultivos irrigados D. F. Efeitos da fertilização mineral e da calagem
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Figura 5. Gráfico da relação entre os valores de massa específica (kg/m³), concentração de Fe (mg/Kg) e Ca (mg/
Kg) na madeira das duas espécies testadas, para o tratamento Fertilizado.
Figure 5. Graph of the relationship between specific mass values (kg/m³), concentration of Fe (mg/Kg) and Ca (mg/
Kg) in the wood of two tested species compared to the Fertilized treatment.

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Recebido em 26/04/2013
Aceito para publicação em 13/12/2013
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