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HISTORIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS

1 CIENCIAS NATURAIS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

As Ciências Naturais são uma área de conhecimento que


trata de temas relacionados a química, biologia, geologia,
geografia, física, entre outros. Sua origem pode ser considerada a
partir do momento em que o homem começou a observar a
natureza e o ambiente à sua volta. Porém, sua definição como
“Ciências Naturais” foi a partir da classificação indicada por
filósofos, que sentiram a necessidade de nomear a área de
conhecimento que reunia em si a discussão e a observação do
mesmo assunto.
Felippe e Toledo (2017) apontam que a história das Ciências
Naturais é marcada por eventos significativos, como o início da
escrita na Mesopotâmia (4000 a.C.), a Idade dos Metais (6000 a. C.),
a alquimia - combinação entre magia e ciência, que surgiu entre os
anos 300 e 1400 d.C.
Neste sentido, o Pensamento Científico e o Método Científico
surgem como meios que o homem encontrou de compreender a
natureza, o ambiente à sua volta e os elementos que o compõem.
O Pensamento Cientifico tem relação com a maneira como o
homem organiza sua forma de pensar; é pensamento que busca a
explicação de determinado fenômeno ou situação e está
relacionado diretamente com o Método Científico.
O Método científico pode ser compreendido como um
conjunto de passos e técnicas que busca conhecer e entender
determinado elemento estudado. Tanto o Pensamento Científico
quanto o Método Científico estão relacionados com o
Conhecimento Científico. O homem adquire conhecimento pela
interação com a natureza e o ambiente ao seu redor. Segundo
Pereira et al. (2018), o conhecimento pode ser classificado em
Empírico, Científico, Teológico e Filosófico.
O ensino de ciências atualmente busca conscientizar o aluno
sobre seu papel na sociedade e maneiras de convivência
harmoniosa com o ambiente em que vive, de forma a transformar
a sociedade, pensando no bem comum. O ensino dos
conhecimentos sobre as Ciências Naturais precisa ser pensado de
maneira a desenvolver a curiosidade e a formulação de perguntas,
de argumentar, compreender a si mesmo e as relações com o
ambiente.

2 AS CIÊNCIAS NATURAIS E O MÉTODO CIENTÍFICO

O ensino de Ciências precisa ser pensado de maneira a


relacionar os espaços cotidianos, os problemas da sociedade, e as
questões sobre o meio ambiente a partir da relação do homem
com a natureza.
egundo Bergamo e Garbim (2017), que o meio ambiente
corresponde ao sistema composto pelas relações cotidianas, em
que elementos sociais e naturais apresentam uma relação mútua,
sendo modificados e modificando o meio pela criação cultural e
tecnológica. Não é possível desvincular a história das Ciências
Naturais das tecnologias apresentadas em diferentes momentos
históricos. 
Pelo método cientifico, o ensino de ciências pode ocorrer
considerando quatro etapas fundamentais, que norteiam a
construção do conhecimento científico. A primeira etapa consiste
na observação e, por meio dela, o aluno pode identificar um
problema a ser estudado. A segunda etapa consiste na formulação
de hipóteses. Nesta etapa, a pergunta é um elemento essencial,
pois, a partir dela, é possível questionar o conhecimento sobre
determinado elemento, buscando respostas e indicando possíveis
explicações. A terceira etapa consiste na experimentação, que
corresponde à realização de experimentos científicos buscando
responder às questões propostas na segunda etapa. A quarta
etapa consiste na conclusão. Nesta etapa, os resultados dos
experimentos são colocados à prova, em relação às hipóteses
iniciais da pesquisa (BERGAMO; GARBIM, 2017).

3 A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E O ENSINO DE


CIÊNCIAS NATURAIS

O ensino de Ciências da Natureza, segundo a BNCC (BRASIL,


2018), para os anos iniciais do Ensino Fundamental tem por
objetivo oferecer às pessoas a possibilidade de aprenderem a
respeitar a si mesmas e o mundo à sua volta. Busca, ao contemplar
e abordar elementos sobre o processo de evolução e manutenção
da vida, sobre o mundo material e tudo que nele existe (recursos
naturais, as transformações da natureza, fauna e flora, fontes de
energia, entre outros). Tem em vista proporcionar a oportunidade
de que o aluno aplique os conhecimentos científicos adquiridos no
ensino de Ciências Naturais em várias esferas da vida. A
compreensão e discussão destes elementos promovem
aprendizagens que vão possibilitar ao aluno intervir no ambiente
em que vive.

4 CONCEITOS E PRESSUPOSTOS DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA

No contexto do ensino de Ciências Naturais, é importante ter


a compreensão que a ciência não é neutra. Isso significa que a
Ciência, incluindo as Ciências Naturais, sofre influência dos
pensamentos e convicções filosóficas daqueles que a estudam. No
processo de conhecimento, há três elementos que se inter-
relacionam, quais sejam: o sujeito do conhecimento, o objeto do
conhecimento e o conhecimento como produto do processo
cognitivo.

5 O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS CONTEXTUALIZADO

A perspectiva sobre o ensino de Ciências da Natureza


proposta pela BNCC (BRASIL, 2018, p. 321) para o Ensino
Fundamental visa assegurar aos alunos “o acesso à diversidade de
conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem
como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e
procedimentos da investigação científica”.

6 O ENSINO FUNDAMENTAL I E O ENSINO DE CIÊNCIAS

A BNCC (BRASIL, 2018) apresenta dez competências gerais


para o Ensino Fundamental, são elas: conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação,
cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação,
autoconhecimento e autocuidado. Estas competências gerais
dialogam com as competências específicas que cada área do
conhecimento explicita. O ensino de Ciências precisa garantir o
desenvolvimento do letramento científico e, para isso, apresenta
oito competências específicas:1. Compreender as Ciências da
Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento
científico como provisório, cultural e histórico; 2. Compreender
conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências; 3.
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e
processos; 4. Avaliar aplicações e implicações políticas,
socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias; 5.
Construir argumentos com base em dados, evidências e
informações confiáveis; 6. Utilizar diferentes linguagens e
tecnologias digitais de informação e comunicação para se
comunicar, acessar e disseminar informações e produzir
conhecimento; 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e
bem-estar; 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito,
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação.
O ensino de Ciências foi desenvolvido a partir de três
unidades temáticas – Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e
Universo. A unidade temática Matéria e Energia aborda “os estudos
sobre materiais e suas transformações, fontes e tipos de energia
utilizados na vida em geral, na perspectiva de construir
conhecimento sobre a natureza da matéria e os diferentes usos da
energia” (BRASIL, 2018, p. 325). A unidade temática Vida e Evolução
indica “o estudo de questões relacionadas aos seres vivos
(incluindo os seres humanos), suas características e necessidades,
e a vida como fenômeno natural e social, os elementos essenciais à
sua manutenção e compreensão dos processos evolutivos”
(BRASIL, 2018, p. 326). A unidade temática Terra e Universo aborda
“a compreensão de características da Terra, do Sol, da Lua e de
outros corpos celestes – suas dimensões, composição, localizações,
movimentos e forças que atuam entre eles” (BRASIL, 2018, p. 328).

7 AS UNIDADES TEMÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Na unidade temática Matéria e Energia, a BNCC (BRASIL,


2018, p. 325) indica que se abordam “estudos referentes à
ocorrência, à utilização e ao processamento de recursos naturais e
energéticos empregados na geração de diferentes tipos de energia
e na produção e no uso responsável de materiais diversos.” Aborda
também a discussão da “perspectiva histórica da apropriação
humana desses recursos, com base, por exemplo, na identificação
do uso de materiais em diferentes ambientes e épocas e sua
relação com a sociedade e a tecnologia” (BRASIL, 2018, p. 325).
Entende-se que os conteúdos trabalhados nesta unidade temática
precisam estar relacionados com as vivências do cotidiano da
criança e sua relação com o ambiente em que vive, são o ponto de
partida para possibilitar a construção das primeiras noções sobre
os materiais, seus usos e suas propriedades, bem como sobre suas
interações com luz, som, calor, eletricidade e umidade, entre
outros elementos.  É estudado ainda “a importância da
preservação da biodiversidade e como ela se distribui nos
principais ecossistemas brasileiros
A unidade temática Terra e Universo aborda “experiências de
observação do céu, do planeta Terra, particularmente das zonas
habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de
observação dos principais fenômenos celestes”. Busca promover “a
construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu se deu de
diferentes formas em distintas culturas ao longo da história da
humanidade, explora-se a riqueza envolvida nesses
conhecimentos”, permitindo a valorização de conhecimentos
diversos (BRASIL, 2018, p. 328). Assuntos como o efeito estufa, a
camada de ozônio, os fenômenos naturais (vulcões, tsunamis e
terremotos), a evolução da vida na terra, entre outros, podem ser
trabalhados com os alunos a partir da curiosidade e ludicidade.

8 O COTIDIANO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Para Santaella (2012, p. 187) o lúdico é um momento “para o


desenvolvimento de habilidades socioafetivas e cognitivas”. E neste
contexto o jogo é a expressão legítima da ludicidade. Por meio do
jogo, é possível trabalhar o “sensível, o sensório e o racional”

9 A HISTÓRIA E A FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS NO PROCESSO DE


ENSINO E APRENDIZAGEM

As autoras Felippe e Toledo (2017) indicam que o ensino de


Ciências está relacionado e é perpassado pela história e pela
filosofia das ciências. O desenvolvimento do Ensino de Ciências e
seus métodos de ensino foi possível devido à aplicabilidade de
determinado método, considerando para tal o momento histórico,
a sociedade, entre outros elementos.
No que diz respeito ao ensino de ciências, Felippe e Toledo
(2017, p.103) indicam que há “várias linhas de pesquisa emergentes
em educação, existem algumas que têm por objetivo discutir
relações envolvidas com a natureza do conhecimento científico e
suas implicações no processo de ensino-aprendizagem, entre
essas, podemos inserir a história, a filosofia e a sociologia da
ciência”.
Compreender o ensino e a aprendizagem por meio dos
processos, práticas e procedimentos da investigação científica, bem
como das práticas de ensino na perspectiva integrada, consiste em
entender as relações e diálogos entre história e filosofia das
ciências, e do percurso sobre os processos de ensino e
aprendizagem que são históricos e sociais.

10 ABORDAGEM DO ENSINO DE CIÊNCIAS NO ASPECTO


HISTÓRICO E FILOSÓFICO

Para Felippe e Toledo (2017), focar na História e na Filosofia


das Ciências apresenta-se como um meio de proporcionar um
ensino interdisciplinar, podendo relacionar-se com Artes, História,
entre outras. Com base em Felippe e Toledo (2017, p. 104), serão
apresentadas dez estratégias que podem auxiliar o professor na
abordagem das Ciências pela ótica histórica e filosófica. A primeira
estratégia consiste na “Significação para as teorias científicas
existentes, suas concepções e suas aplicações, a partir do contexto
em que foram propostas”. A segunda estratégia consiste na
“Desmistificação do método científico cartesiano, possibilitando um
estudo mais detalhado do trabalho dos cientistas e mostrando que
o método final é fruto de diferentes modelos e muitas pesquisas
de áreas complementares para a formulação de uma teoria”. Esta
estratégia aborda os processos científicos de maneira dialógica, ou
seja, em diálogo com diferentes conhecimentos e técnicas. A
terceira estratégia consiste na “Demonstração de que a ciência não
está pronta ou acabada”. Esta estratégia apresenta em si a
concepção de historicidade das ciências, que seu surgimento se
deu por um processo relacional entre o homem e a natureza e, por
ser um processo, pode sofrer alterações ao longo do tempo. A
quarta estratégia consiste em considerar a História e a Filosofia das
Ciências como uma “ferramenta para auxiliar o aluno no
entendimento de que o senso comum precisa ser diagnosticado e
corrigido para a construção do pensamento científico, como
ocorreu em diversas situações históricas quando se relacionava,
por exemplo, fenômenos naturais com mitos e ações divinas. Esta
estratégia aborda a diferença entre senso comum e conhecimento
científico, além de apresentar a importância em diferenciar estes
tipos de conhecimento no ensino das Ciências Naturais. A quinta
estratégia indica o “uso de exemplos que mostram que a ciência
também é feita de erros e acertos, propostas e comprovações
experimentais”. Busca apresentar que a ciência não é perfeita ou
completa, mas o processo de seu desenvolvimento é complexo. A
sexta estratégia apresenta o “uso de exemplos para salientar
dificuldades e dilemas que cercam os cientistas na formulação de
teorias e leis”. Esta estratégia indica a importância do pesquisador
como sujeito pensante. A sétima estratégia aborda a “contribuição
para o entendimento da relação entre ciência, tecnologia,
sociedade e meio ambiente”. Esta estratégia indica o diálogo entre
a ciência e as necessidades indicadas pela sociedade. A oitava
estratégia indica a importância da “contribuição para a
compreensão de como os contextos histórico, social, cultural e
econômico influenciam o desenvolvimento científico.” Esta
estratégia aborda a relação intrínseca entre a ciência e o mundo. A
nona estratégia indica o “oferecimento de leitura de textos
científicos e sua discussão, aprimorando a habilidades de ler e
ampliando o vocabulário e a alfabetização científica”. Esta
estratégia indica a importância de se considerar diferentes
portadores de texto como ferramentas para um ensino dinâmico e
reflexivo. A décima estratégia aborda o “auxílio na percepção da
ciência como atividade humana, suscetível a erros,
desconsiderando o mito do gênio da ciência”. Esta estratégia indica
que a ciência é feita por seres humanos passíveis de erros, e que
este elemento faz parte do processo de desenvolvimento e avanço
do conhecimento científico.

11 O ENSINO DE CIÊNCIAS NA PERSPECTIVA CTSA

No contexto do Ensino de Ciências, com base em


pressupostos históricos e filosóficos, apresentando um ensino de
maneira interdisciplinar, a abordagem Ciência, Tecnologia,
Sociedade e Meio Ambiente (CTSA) apresenta uma visada científica
e tecnológica, com foco na aprendizagem que considera o aluno
um ser pensante e atuante na sociedade em que vive.
A abordagem CTSA possibilita compreender o ensino como
processo que busca as “inter-relações entre o mundo científico e os
avanços tecnológicos que analisa seus benefícios e consequências
sociais e ambientais” e ainda “busca um maior envolvimento da
população nas decisões relacionadas às suas implicações éticas,
tornando-se, assim, um importante campo de trabalho voltado
para a investigação acadêmica e para as políticas públicas”
(FELIPPE; TOLEDO, 2017, p. 107). Ou seja, o ensino de Ciências com
base na abordagem CTSA busca envolver o aluno nas questões
tecnológicas, científicas, sem esquecer os aspectos sociais e
ambientais.

O PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM SOBRE “MATÉRIA E
ENERGIA”
12 OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES PARA O ENSINO
DE CIÊNCIAS NATURAIS – 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL

No ensino fundamental, parte-se do pressuposto de que os


estudantes possuem vivências, saberes, interesses e curiosidades
sobre o mundo natural e tecnológico, os quais devem ser
valorizados e mobilizados. Esses elementos devem ser “o ponto de
partida de atividades que assegurem a eles construir
conhecimentos sistematizados de Ciências, oferecendo-lhes
elementos para que compreendam desde fenômenos de seu
ambiente imediato até temáticas mais amplas” (BRASIL, 2018, p.
331). A BNCC indica, ainda, que não basta que os conhecimentos
científicos sejam apresentados aos alunos; é preciso oferecer
oportunidades para que os estudantes, de fato, se envolvam em
processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos
de investigação, os quais lhes possibilitem exercitar e ampliar sua
curiosidade, além de outros componentes relevantes para o
processo de ensino e aprendizagem.
No 1º ano do ensino fundamental, o objeto de conhecimento
versa sobre as características dos materiais. Esse tema diz respeito
a informações sobre forma, tamanho, aspecto, entre outros
elementos. Comparar características de diferentes materiais
presentes em objetos de uso cotidiano é uma habilidade indicada
para essa etapa do ensino fundamental (BRASIL, 2018).
No 2º ano do ensino fundamental, no contexto da unidade
temática “Matéria e Energia”, os objetos do conhecimento referem-
se a propriedades e usos dos materiais e prevenção de acidentes
domésticos, temática que é pertinente ao desenvolvimento das
seguintes habilidades: identificar a diferença de feitio dos objetos e
os modos como podem ser utilizados no cotidiano; elaborar (criar)
objetos usados no cotidiano com matérias de propriedades
diferentes (macios, resistentes, maleáveis); fortalecer o
conhecimento e senso crítico sobre os cuidados necessários “à
prevenção de acidentes domésticos” (BRASIL, 2018, p. 333)
Para o 3º ano do ensino fundamental, o conteúdo abrange
temas como produção de som, efeitos da luz nos materiais e saúde
auditiva e visual, verificando o modo como esses elementos podem
interagir no meio. As habilidades indicadas para essa etapa do
ensino fundamental estão relacionadas ao manuseio de materiais
que ajudem a produzir sons, trabalhando, dessa forma, as
diferentes vibrações de objetos variados. “Experimentar e relatar o
que ocorre com a passagem da luz através de objetos
transparentes e discutir hábitos necessários para a manutenção da
saúde auditiva e visual, considerando as condições do ambiente
em termos de som e luz” (BRASIL, 2018, p. 333), também são
habilidades pertinentes ao conteúdo apresentado.
13 ATIVIDADES DE ENSINO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS DA
NATUREZA

Levando em consideração que a BNCC sugere, para o período


do ensino fundamental, que o educando possa elaborar
conhecimento sobre a natureza da matéria, estudar a constituição
de diversos materiais, bem como as mudanças que podem ocorrer
neles, as fontes e tipos de energia que utilizamos no cotidiano,
apresentaremos, neste bloco de estudos, os modos pelos quais
podemos desenvolver, em atividades de ensino, os conteúdos e as
habilidades a serem trabalhados na etapa de aprendizagem que
abrande o 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental. Trata-se de uma
proposta cujo objetivo é fornecer contribuições para que o
educando também se envolva em processos de aprendizagem das
linguagens e dos procedimentos próprios das Ciências da Natureza
(BRASIL, 2018).
As habilidades a serem desenvolvidas durante o ensino de
Ciências para o 1º ano do ensino fundamental, tomando como
objeto do conhecimento as características dos materiais, podem
ser pensadas da seguinte forma: a habilidade que abrange a ação
de comparar características de diferentes materiais presentes em
objetos de uso cotidiano pode ser aprimorada por meio de
atividades que apresentem discussões sobre a origem dos itens a
serem estudados, a maneira como são descartados e como podem
ser usados de forma mais consciente na sociedade. As habilidades
propostas para o desenvolvimento do ensino de Ciências no 2º ano
do ensino fundamental, considerando como objetos do
conhecimento as propriedades e usos dos materiais e a prevenção
de acidentes domésticos, podem ser articuladas com base na ação
de identificar de que materiais são feitos os objetos que fazem
parte da vida cotidiana. Para efetuar essa atividade, pode-se
explorar o manuseio de materiais como metais, madeira, vidro,
etc., bem como apresentar questionamentos sobre como esses
objetos são utilizados durante as tarefas diárias de uma família e
com quais materiais tais itens eram fabricados no passado.
A organização do ensino das Ciências da Natureza presente
na BNCC foi estruturada com o objetivo de desenvolver, no
educando, um conjunto de habilidades cuja complexidade cresce
progressivamente ao longo dos anos. Além disso, há o interesse
em mobilizar “conhecimentos conceituais, linguagens e alguns dos
principais processos, práticas e procedimentos de investigação
envolvidos na dinâmica da construção de conhecimentos na
ciência”

14 OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES PARA O ENSINO


DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

Os objetos de conhecimento e habilidades sugeridos pela


BNCC no contexto da unidade temática “Matéria e Energia” para o
4º e 5º anos do ensino fundamental. Para tanto, é preciso levar em
consideração que o ensino de Ciências da Natureza não consiste
apenas em apresentar os conhecimentos aos alunos, mas também
em oferecer oportunidades para que eles possam interagir,
elaborar saberes e se envolver no processo de aprendizagem de
modo ativo, realizando investigações sobre a temática estudada,
além de exercitar e “ampliar sua curiosidade, aperfeiçoar sua
capacidade de observação” (BRASIL, 2018, p. 331).
Os objetos de conhecimento e habilidades sugeridos pela
BNCC no contexto da unidade temática “Matéria e Energia” para o
4º e 5º anos do ensino fundamental. Para tanto, é preciso levar em
consideração que o ensino de Ciências da Natureza não consiste
apenas em apresentar os conhecimentos aos alunos, mas também
em oferecer oportunidades para que eles possam interagir,
elaborar saberes e se envolver no processo de aprendizagem de
modo ativo, realizando investigações sobre a temática estudada,
além de exercitar e “ampliar sua curiosidade, aperfeiçoar sua
capacidade de observação” (BRASIL, 2018, p. 331).

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