Você está na página 1de 87

TRANSTORNO DE

APRENDIZAGEM
Prof. Ana Cristina Lass Stankievicz
DISTÚRBIOS DO
NEURODESENVOLVIMENTO
• Os distúrbios geralmente se manifestam no início do desenvolvimento,
muitas vezes antes da criança entrar na escola, e são caracterizados por
déficits de desenvolvimento ou diferenças nos processos cerebrais que
produzem prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou
ocupacional.

• A gama de déficits ou diferenças de


desenvolvimento varia de limitações
muito específicas de aprendizado ou
controle de funções executivas a
deficiências globais de habilidades
sociais ou capacidade intelectual
DISTÚRBIOS DO NEURODESENVOLVIMENTO

• Transtornos do Desenvolvimento Intelectual


• Distúrbios da Comunicação
• Transtorno do Espectro Autista
• Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
• Transtorno Específico de Aprendizagem
Transtornos do Desenvolvimento
Intelectual
• O transtorno do desenvolvimento intelectual é caracterizado por déficits
nas habilidades mentais gerais, como raciocínio, resolução de problemas,
planejamento, pensamento abstrato, julgamento, aprendizado acadêmico
e aprendizado com a experiência.
• Os déficits resultam em deficiências no funcionamento adaptativo, de tal
forma que o indivíduo deixa de cumprir os padrões de independência
pessoal e responsabilidade social em um ou mais aspectos da vida diária,
incluindo comunicação, participação social, funcionamento acadêmico ou
ocupacional e independência pessoal em casa ou no trabalho.
configurações da comunidade.
• O atraso global do desenvolvimento, como o próprio nome indica, é
diagnosticado quando um indivíduo não consegue atingir os marcos
Transtornos do de desenvolvimento esperados em várias áreas do funcionamento
intelectual.
Desenvolvimento • O diagnóstico é usado para indivíduos menores de 5 anos que não
Intelectual podem se submeter a avaliações sistemáticas do funcionamento
intelectual e, portanto, o nível de gravidade clínica não pode ser
avaliado com segurança.
Critério de diagnóstico
• O transtorno do desenvolvimento intelectual (deficiência intelectual) é um
transtorno com início durante o período de desenvolvimento que inclui
déficits de funcionamento intelectual e adaptativo nos domínios
conceitual, social e prático. Os três critérios a seguir devem ser atendidos:
• A. Déficits nas funções intelectuais, como raciocínio, resolução de
problemas, planejamento, pensamento abstrato, julgamento, aprendizado
acadêmico e aprendizado com a experiência, confirmados por avaliação
clínica e testes de inteligência individualizados e padronizados.
• B. Déficits no funcionamento adaptativo que resultam no fracasso em
atender aos padrões de desenvolvimento e socioculturais de
independência pessoal e responsabilidade social
Níveis de gravidade para transtorno do
desenvolvimento intelectual
Nível leve
• DOMÍNIO CONCEITUAL: Para crianças e
adultos em idade escolar, há
dificuldades no aprendizado de
habilidades acadêmicas envolvendo
leitura, escrita, aritmética, tempo ou
dinheiro, sendo necessário apoio em
uma ou mais áreas para atender às
expectativas relacionadas à idade.
• Em adultos, o pensamento abstrato,
função executiva e memória de curto
prazo, bem como o uso funcional de
habilidades acadêmicas, são
prejudicados.
NÍVEL LEVE
• DOMÍNIO SOCIAL: o indivíduo é imaturo nas interações
sociais. A comunicação, a conversação e a linguagem são mais
concretas ou imaturas do que o esperado para a idade. Pode
haver dificuldades em regular a emoção e o comportamento de
maneira apropriada à idade; essas dificuldades são percebidas
pelos pares em situações sociais. Há uma compreensão
limitada do risco em situações sociais; o julgamento social é
imaturo para a idade, e a pessoa corre o risco de ser
manipulada por outros (credulidade).
NÍVEL LEVE
• DOMÍNIO PRÁTICO: Os indivíduos precisam de algum apoio com tarefas
complexas da vida diária em comparação com os pares. Na idade adulta,
os apoios geralmente envolvem compras de supermercado, transporte,
organização de cuidados domésticos e infantis, preparação de alimentos
nutritivos e gerenciamento de bancos e dinheiro.
• A obtenção de habilidades conceituais é As habilidades recreativas se
assemelham às dos companheiros de idade, embora o julgamento
relacionado ao bem-estar e à organização em torno da recreação requeira
apoio.
• Na idade adulta, o emprego competitivo é frequentemente visto em
empregos que não enfatizam habilidades conceituais. Os indivíduos
geralmente precisam de apoio para tomar decisões de saúde e decisões
legais, e para aprender a desempenhar uma vocação qualificada com
competência.
NÍVEL MODERADO
• DOMÍNIO SOCIAL: As habilidades
conceituais do indivíduo ficam
marcadamente atrás daquelas de
seus pares.
• Para pré-escolares, as habilidades
de linguagem e pré-acadêmicas se
desenvolvem lentamente. indivíduo
necessita de apoio para todas as
atividades da vida diária, incluindo
refeições, vestir-se, banho e
eliminação.
• A participação nas tarefas
domésticas pode se alcançada na
idade adulta, embora seja
necessário um período prolongado
de ensino e suportes
NÍVEL MODERADO
• O emprego independente em empregos que exigem habilidades
conceituais e de comunicação limitadas pode ser alcançado, mas é
necessário um apoio considerável de colegas de trabalho,
supervisores e outros para gerenciar expectativas sociais,
complexidades do trabalho e responsabilidades auxiliares, como
agendamento, transporte, benefícios de saúde e gerenciamento de
dinheiro
• Para crianças em idade escolar, o progresso em leitura, escrita,
matemática e compreensão de tempo e dinheiro ocorre lentamente
ao longo dos anos escolares e é marcadamente limitado em
comparação com os de seus pares.
• Para adultos, o desenvolvimento de habilidades acadêmicas é
tipicamente de nível elementar, e é necessário apoio para todo o
uso de habilidades acadêmicas no trabalho e na vida pessoal.
MODERADO
• DOMÍNIO SOCIAL: A linguagem falada é normalmente uma ferramenta
primária para a comunicação social, mas é muito menos complexa do que
a dos pares.
• A capacidade de relacionamento é evidente nos laços com a família e
amigos, e o indivíduo pode ter amizades bem-sucedidas ao longo da vida
e, às vezes, relações românticas na idade adulta.
• No entanto, os indivíduos podem não perceber ou interpretar as pistas
sociais com precisão.
• O indivíduo pode cuidar de necessidades pessoais que envolvem
alimentação, vestuário, eliminação e higiene quando adulto, embora, seja
necessário um longo período de ensino e tempo para que o indivíduo se
torne independente nessas áreas, e lembretes podem ser necessários
GRAVE
• DOMÍNIO CONCEITUAL: A obtenção de habilidades conceituais é limitado. O
indivíduo geralmente tem pouca compreensão da linguagem escrita ou de
conceitos envolvendo números, quantidade, tempo e dinheiro.
• Os cuidadores fornecem amplo suporte para a resolução de problemas ao longo
da vida.
• DOMÍNIO SOCIAL: A linguagem falada é bastante limitada em termos de
vocabulário e gramática.
• A fala pode ser composta por palavras ou frases isoladas e pode ser
complementada por meios aumentativos.
• A fala e a comunicação estão focadas no aqui e agora dentro dos acontecimentos
cotidianos.
• A linguagem é usada mais para comunicação social do que para explicação.
• Relacionamentos com membros da família e outros familiares são uma fonte de
prazer e ajuda.
GRAVE
• DOMÍNIO PRÁTICO: O indivíduo necessita de apoio para todas as
atividades da vida diária, incluindo refeições, vestir-se, banho e eliminação.
• O indivíduo requer supervisão em todos os momentos, não pode tomar
decisões responsáveis em relação ao bem-estar de si mesmo ou dos
outros.
• Na idade adulta, a participação em tarefas
domésticas, recreação e trabalho requer apoio
e assistência contínuos.
• A aquisição de habilidades em todos os
domínios envolve ensino de longo prazo e
suporte contínuo.
• Comportamentos desadaptativos, incluindo
automutilação, estão presentes em uma
minoria significativa.
PROFUNDO
• DOMÍNIO CONCEITUAL: As habilidades
conceituais profundas geralmente
envolvem o mundo físico em vez de
processos simbólicos. O indivíduo
pode usar objetos de forma
direcionada para o autocuidado,
trabalho e recreação.
• Certas habilidades visuoespaciais,
como correspondência e classificação
com base em características físicas,
podem ser adquiridas.
• No entanto, deficiências motoras e
sensoriais concomitantes podem
impedir o uso funcional de objetos.
PROFUNDO
DOMÍNIO SOCIAL: O indivíduo tem uma compreensão muito limitada da comunicação
simbólica na fala ou gesto. Ele ou ela pode entender algumas instruções ou gestos simples.

O indivíduo expressa seus próprios desejos e emoções em grande parte por meio de
comunicação não verbal e não simbólica.

O indivíduo gosta de relacionamentos com familiares bem conhecidos, cuidadores e outros


familiares, e inicia e responde a interações sociais por meio de sinais gestuais e emocionais.

A co-ocorrência de deficiências sensoriais e físicas pode impedir muitas atividades sociais.


PROFUNDO
• DOMÍNIO PRÁTICO: O indivíduo depende de outros para todos os aspectos de
cuidados físicos diários, saúde e segurança, embora também possa participar
de algumas dessas atividades. Indivíduos sem deficiências físicas graves
podem ajudar em algumas tarefas diárias de trabalho em casa, como levar
pratos à mesa. Ações simples com objetos podem ser a base da participação em
algumas atividades vocacionais com altos níveis de apoio contínuo.
• As atividades recreativas podem envolver, por exemplo, o prazer de ouvir
música, assistir filmes, sair para passear ou participar de atividades aquáticas,
tudo com o apoio de outras pessoas.
• As deficiências físicas e sensoriais concomitantes são barreiras frequentes à
participação em atividades domésticas, recreativas e profissionais.
• O comportamento desadaptativo está presente em uma minoria significativa.
CÉREBRO SOCIAL

• Os seres humanos são animais sociais, mas os substratos


neurais do comportamento e da cognição sociais ainda não
são completamente conhecidos.
• As estruturas neurais desempenham um papel chave na
construção dos comportamentos sociais.
O cérebro social

• Sofreu e sofre na sua evolução filogenética e no seu


desenvolvimento ontogenético as marcas originais da
"comunicação entre os indivíduos" e da cultura, o produto
mais complexo da mente humana.
• A comunicação é uma atividade social, rica e complexa, que
envolve competências linguísticas, cognitivas e pragmáticas.
PROCESSO DA
LINGUAGEM
• A linguagem corresponde a um
sistema de sinais simbólicos
utilizados por uma pessoa para
comunicar com outras.
• Está no conhecimento adquirido
em relação a objetos, ações,
locais, propriedades, etc.
O pragmático, que se refere ao uso
comunicativo da linguagem num contexto
social;

o fonológico, envolvendo a percepção e a


Envolve o produção de sons para formar palavras;
desenvolvimento
de quatro sistemas
o semântico, respeitando as palavras e seu
interdependentes: significado;

o gramatical, compreendendo as regras


sintáticas e morfológicas para combinar
palavras em frases compreensíveis.
O PROCESSO DA LINGUAGEM

• Os sistemas fonológico e gramatical conferem à linguagem sua


forma.
• O sistema pragmático descreve o modo como a linguagem deve
ser adaptada a situações sociais específicas, transmitindo
emoções e enfatizando significados.
• Numerosos aspectos da linguagem, incluindo a fala, a
compreensão e a nomeação, podem ser seletivamente
interrompidos, sugerindo que a linguagem é processada em
locais anatomicamente múltiplos e distintos.
TRANSTORNOS DA COMUNICAÇÃO

• Segundo o DMS-V
• Déficit na linguagem, na fala e na comunicação
• Fala é a produção expressiva de sons que inclui a articulação, a fluência, a voz
e a qualidade de ressonância.
• Linguagem inclui a forma, a função e o uso de um sistema convencional de
símbolos.
• Comunicação inclui todo o comportamento verbal e não verbal que influência
o comportamento, as ideias ou as atitudes de outro indivíduo
TRANSTORNO DA LINGUAGEM
A. Dificuldades persistentes na aquisição e no uso da linguagem
como:
• Vocabulário reduzido
• Estrutura limitada de frases
• Prejuízos do discurso
B. As capacidades linguísticas estão, de forma substancial e
quantificável, abaixo do esperado para a idade, prejudicando a
participação social.
C. Início dos sintomas ocorre precocemente no período de
desenvolvimento
D. Não há deficiência auditiva, sensorial disfunção motora,
intelectual e neurológicos (TEA, TDAH, síndrome de Landau-Kleffner).
TRANSTORNO DA LINGUAGEM

• O transtorno da linguagem deve ser diferenciado das


variações normais do desenvolvimento, distinção esta que
pode ser difícil antes dos 4 anos de idade.
• Variações regionais, sociais ou culturais/étnicas da
linguagem (p. ex., dialetos) devem ser consideradas
quando a pessoa está sendo avaliada para prejuízo da
linguagem.
A. Dificuldade na produção da fala que interfere na inteligibilidade da
fala ou impede a comunicação verbal de mensagens.
B. Limitações na comunicação eficaz que interfere na participação
TRANSTORNO social, acadêmico ou no desempenho profissional
DA FALA C. Início dos sintomas ocorre precocemente no período de
desenvolvimento.
D. As dificuldades não são atribuídas a condições congênitas ou
adquiridas como paralisia cerebral, surdez, lesão cerebral e fenda
palatina
TRANSTORNO DA FALA

• O prejuízo na produção da fala, na articulação clara de fonemas que


combinados formam palavras faladas
• Comprometimento fonológico quanto a capacidade de coordenar os
movimentos dos articuladores com a respiração e a vocalização.
• Dificuldade no reconhecimento fonológicos dos sons
• O diagnóstico é realizado quando a produção da fala não ocorre como
esperado, de acordo com a idade e o estágio de desenvolvimento.
• A fala pode estar associada a algumas condições genéticas, como s
síndrome de Down
TRANSTORNO DA
FLUÊNCIA
A. Perturbações na fluência verbal e no padrão
temporal como
• Repetições de sons e sílabas
• Prolongamentos sonoros das consoantes e vogais
• Palavras interrompidas (pausas)
• Circunlocuções (substituir palavras difíceis)
• Palavras produzidas com o excesso de tensão física
• Repetições de palavras monossílabas
TRANSTORNO DE
FLUÊNCIA
• A perturbação causa ansiedade em relação a fala ou
limitações na comunicação efetiva, na participação social
e no desenvolvimento acadêmico e profissional.
• O início dos sintomas ocorre precocemente no período
de desenvolvimento.
• Pode vir acompanhado de movimentos motores (piscar
de olhos, tiques e temores)
• Não pode estar relacionada a um déficit motor da fala ou
sensorial, tumor cerebral ou outra condição médica.
TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

A. Dificuldade no uso social da comunicação verbal e não verbal.


• Déficits no uso da comunicação com fins sociais, como saudações.
• Prejuízo na capacidade de adaptar a comunicação para se adequar ao contexto
ou as necessidades do ouvinte, como falar de forma diferente em uma sala e
numa festa)
• Dificuldade em seguir regras para conversar e contar histórias, tais como
guardar a vez, reconstituir o que de fato foi dito quando não entendido e saber
como usar sinais verbais e não verbais para regular a interação
TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

• Dificuldade para compreender o que não é dito de forma explícita (metáforas)


B. Os déficits resultam em limitações funcionais na comunicação efetiva, nas
relações sociais, no sucesso acadêmico e profissional.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período de desenvolvimento.
D. Não pode estar relacionada a uma condição médica, baixas capacidade nos
domínios da estrutura e gramática, deficiência intelectual.
FUNÇÃO SOCIAL DO CÉREBRO E O AUTISMO

• A identificação do circuito social no cérebro humano é de grande


importância para identificar o Transtorno do Espectro Autista.
• Esta perturbação do neurodesenvolvimento é definida por déficits
no comportamento social recíproco e na linguagem, bem como
pela presença de comportamentos estereotipados.
• As crianças com TEA apresentam ausência de motivação social, tal
como é medida pelo contato visual e pelo interesse em olhar para
faces.
FUNÇÃO SOCIAL DO CÉREBRO E O AUTISMO

• As pessoas típicas aprendem a se comunicar através de um processo de


desenvolvimento da intencionalidade, sendo este o uso significativo do
comportamento verbal (fala, gestos, ações) para a interação com outras
pessoas.
• Porém, em se tratando do TEA, o desenvolvimento da comunicação não
costuma acontecer da mesma maneira.
FUNÇÃO SOCIAL DO CÉREBRO E O AUTISMO

• Crianças com TEA apresentam dificuldades que variam desde problemas na


recepção da informação (linguagem receptiva), dificuldades de expressão
ou até mesmo no uso social e funcional do que já adquiriu de linguagem.
• Um dos sintomas comuns dentre as características da linguagem é a
presença da ecolalia.
FUNÇÃO SOCIAL DO CÉREBRO E O AUTISMO

• Os indivíduos com TEA podem ser inteligentes na realização de diversas


tarefas, exceto nas do domínio social.
• Estudos clínicos mostraram que as crianças que cresceram com privação
social exibem comportamentos do tipo TEA e déficits permanentes na
vinculação.
• Embora não ocorram graves anormalidades no cérebro do TEA, os estudos
mostraram que as pessoas com TEA não ativam o giro fusiforme quando
confrontadas com faces. Isto pode indicar a ausência de atenção para faces
ou o colapso crítico da habilidade para processar faces.
OS CÉREBROS DE AUTISTAS

• Indicando que quando a pessoa com TEA, ao ver ou ouvir alguém, ativam outra
área, responsável pela identificação de objetos.
• Os neurônios espelho foram descobertos por Rizzolatti e colaboradores na área
pré-motora de macacos na década de 90.
• Estes neurônios estariam envolvidos com a origem da linguagem humana e a
sua disfunção poderia causar TEA.
• Os neurônios espelho, quando ativados pela observação de uma ação,
permitem que o significado da mesma seja compreendida automaticamente
(de modo pré-atencional) que pode ou não ser seguida por etapas conscientes
que permitem uma compreensão mais abrangente dos eventos através de
mecanismos cognitivos mais sofisticados.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

A. Déficits persistentes na comunicação social e interação social em


vários contextos,
• 1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de
abordagem social anormal e falha de conversa normal de vai-e-vem; ao
compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afetos; à falha
em iniciar ou responder a interações sociais.
• 2. Déficits em comportamentos comunicativos não verbais usados para
interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não
verbal mal integrada; a anormalidades no contato visual e linguagem
corporal ou déficits na compreensão e uso de gestos; a uma total falta
de expressões faciais e comunicação não verbal.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

• 3. Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão de


relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldades em ajustar o
comportamento para se adequar a diversos contextos sociais; a
dificuldades em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer
amigos; à falta de interesse pelos pares.
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades, manifestados por pelo menos dois dos seguintes, atualmente
ou pela história (os exemplos são ilustrativos, não exaustivos; ver texto):
1. Movimentos motores estereotipados ou repetitivos, uso de objetos ou
fala (por exemplo, estereotipias motoras simples, enfileirar brinquedos ou
lançar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

2. Insistência na mesmice, adesão inflexível a rotinas ou padrões


ritualizados de comportamento verbal ou não verbal.
3. Interesses altamente restritos e fixos que são anormais em
intensidade ou foco (por exemplo, forte apego ou preocupação com
objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou
perseverantes).
4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum
em aspectos sensoriais do ambiente (por exemplo, aparente indiferença
à dor/temperatura, resposta adversa a sons ou texturas específicas,
cheiro ou toque excessivo de objetos, fascínio visual por luzes ou
movimento).
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

• C. Os sintomas devem estar presentes no período inicial do


desenvolvimento (mas podem não se manifestar completamente até
que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas, ou
podem ser mascarados por estratégias aprendidas na vida adulta).
• D. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no
funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes do
funcionamento atual.
NÍVEIS DE GRAVIDADE PARA TRANSTORNO
DO ESPECTRO DO AUTISMO

• Nível 1: Na ausência de apoio, déficits na comunicação social,


dificuldades para iniciar interações sociais, interesse reduzido (frases
incompletas), falhas na tentativas de fazer amizades.
• Inflexibilidade do comportamento, dificuldade em trocar de atividades,
problemas de organização e planejamento.
NÍVEIS DE GRAVIDADE PARA
TRANSTORNO DO ESPECTRO
DO AUTISMO
• Nível 2: Exige apoio substancial, Déficits acentuados nas habilidades de
comunicação social verbal e não verbal; deficiências sociais aparentes
mesmo com apoios; iniciação limitada de interações sociais; e respostas
reduzidas ou anormais a aberturas sociais. Por exemplo, uma pessoa que
fala frases simples, cuja interação é limitada a interesses especiais estreitos
ou estranhos.
• Inflexibilidade de comportamento, dificuldade em lidar com mudanças ou
outros comportamentos restritos/repetitivos aparecem com frequência
suficiente para serem óbvios para o observador casual e interferir no
funcionamento em uma variedade de contextos. Angústia e/ou dificuldade em
mudar o foco ou a ação.
NÍVEIS DE GRAVIDADE PARA
TRANSTORNO DO ESPECTRO DO
AUTISMO
• Nível 3 – Exigindo apoio muito substancial: Déficits severos nas relações
sociais verbais e não verbais habilidades de comunicação causam graves
prejuízos no funcionamento, iniciação muito limitada de interações
sociais e resposta mínima a aberturas sociais de outros. Por exemplo,
uma pessoa com poucas palavras de fala inteligível que raramente inicia
a interação e, quando o faz, faz tem abordagens incomuns para atender
apenas às necessidades e responde apenas a abordagens sociais muito
diretas
• Inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a
mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos interferem
marcadamente no funcionamento em todas as esferas Grande
aflição/dificuldade em mudar o foco ou a ação.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

• É um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos


três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de
comunicação e interação social.
• Em 2013 como a Síndrome de Asperger, foi incorporado a um novo
termo médico e englobador, chamado de Transtorno do Espectro
do Autismo (TEA).
• O Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de
“Déficits persistentes na comunicação social e na interação social
em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia”, de
acordo com o DSM-V.
TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE -
TDAH
• O transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade é uma doença
neuropsiquiátrica crônica e pode perdurar
ao longo de seu desenvolvimento.
• Entre as crianças 5 a 8% têm TDAH.
• O TDAH é diagnosticado geralmente na
infância, mas pode perdurar nos adultos.
Seus sintomas mais frequentes são os
problemas de concentração, a
hiperatividade e a impulsividade.
• Tipo de TDAH: Desatento, hiperativo e
Combinado.
TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE -
TDAH
• O Córtex frontal nas crianças com TDAH é mais fina e amadurece de
forma mais lenta do que o normal – podendo chegar a até três anos
de “atraso”, em comparação com crianças sem TDAH, em alguns
casos, o córtex frontal tornou-se mais espesso e amadureceu,
passando a acompanhar o estágio de crescimento natural, deixando
de apresentar os sintomas do transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade, naturalmente, conforme o desenvolvimento.
TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE - TDAH
• O Córtex motor nas crianças com TDAH cresce de forma muito mais
acelerada do que nas crianças sem TDAH. Isso pode causar a
movimentação excessiva de algumas crianças com TDAH, desde muito
cedo.
• A produção de Dopamina e Noradrenalina são menores
• Criatividade
• Falta de planejamento
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DSM-V
• Desatenção
• Não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido
• Dificuldade em manter a atenção em uma atividade
• Parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra
• Não segue instruções até o fim
• Dificuldade em organizar tarefas e atividades
• Evita tarefas que exijam esforço mental prolongado
• Perde coisas frequentemente
• Esquece atividades cotidiana
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DSM-V
• HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
• Mexe, batuca mãos e pés
• Dificuldade em permanecer sentado
• Corre ou sobe nas coisas em adultos sensações de inquietações
• Incapaz de fazer alguma atividade calmamente
• Fala demais
• Responde antes que a pergunta seja finalizada
• Dificuldade em esperar sua vez
• Interrompe ou se intromete na conversa ou atividade dos outros
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DSM-V
• Analisar se estes sintomas tem predominância antes dos 12 anos
• Apresentar esses sintomas em mais de um ambiente
• Ocorre interferência no aprendizado, no funcionamento social e
profissional
• CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS
• Atrasos no desenvolvimento linguístico, motor ou social
• Baixa tolerância, frustrações, irritabilidade e instabilidade de humor
• Desempenho acadêmico e profissional prejudicado
COMORBIDADES
• Transtorno de conduta e Transtorno Opositor Desafiador
• Depressão
• Transtornos de ansiedade
• Transtornos de aprendizagem
• Abuso de sustâncias químicas e álcool
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGEM
• É diagnosticado quando há déficits específicos na capacidade de um
indivíduo de perceber ou processar informações para aprender
habilidades acadêmicas com eficiência e precisão.
• Esse transtorno do neurodesenvolvimento se manifesta pela primeira vez
durante os anos de escolaridade formal e é caracterizado por dificuldades
persistentes e prejudiciais no aprendizado de habilidades acadêmicas
fundamentais em leitura, escrita e/ou matemática.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGEM
• Pode ocorrer em indivíduos identificados como intelectualmente
superdotados e se manifestar apenas quando as demandas de
aprendizagem ou procedimentos de avaliação (por exemplo, testes
cronometrados) colocam barreiras que não podem ser superadas por sua
inteligência inata e estratégias compensatórias.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGEM
• Não podemos também deixar de considerar que as dificuldades de
aprendizagem muitas vezes podem ocorrer concomitantemente com
outras situações desfavoráveis, como: alteração sensorial, retardo
mental, distúrbio emocional, ou social, ou mesmo influências
ambientais de qualquer natureza.

• As crianças apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica,


embora apresentem inteligência normal, e não demonstrem
desfavorecimento físico, emocional ou social.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGEM
• a) Apresentar problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas;
• b) Apresentar uma discrepância significativa entre seu potencial e seu
desempenho real;
• c) Apresentar um desempenho irregular, isto é, a criança tem
desempenho satisfatório e insatisfatório alternadamente, no mesmo
tipo de tarefa;
• d) O problema de aprendizagem não é devido a deficiências visuais,
auditivas, nem a carências ambientais ou culturais, nem problemas
emocionais.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGEM
• Sintomas apresentados;
• O histórico inicial do desenvolvimento;
• Histórico escolar;
• O comportamento durante os testes;
• Os resultados dos testes;
Dificuldade de Aprendizagem ou
Transtorno Específico da
Aprendizagem?
• O desempenho escolar depende e se correlaciona com diferentes
questões, como aspectos emocionais, físicos, e também de relações.
Quando são observados comprometimentos ambientais, como
metodologias de ensino, dinâmica familiar ou ambientes pouco
estimuladores, podem ser observadas as dificuldade escolares, que
independem de questões neurobiológicas do indivíduo, mas sim de fatores
externos.
• O Transtorno específico da aprendizagem é caracterizado pela interferência
direta de aspectos intrínsecos ao indivíduos, ou seja, depende de
alterações neurobiológicas, que podem estar relacionadas a
hereditariedade ou disfunções neuronais.
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM:
• Dislexia - Refere-se à falha no processamento da habilidade da leitura
e da escrita durante o desenvolvimento, é um atraso no
desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos
gráficos e compreender qualquer material escrito.
• São de três tipos:
• visual, mediada pelo lóbulo occipital;
• fonológica, mediada pelo lóbulo temporal, e;
• mista, com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-
frontal.
DISLEXIA
• A dislexia ou Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na
leitura, é caracterizada pela dificuldades em ler, interpretar e
escrever. Essa persistente comprometimento é relacionado
a decodificar, ler isoladamente as palavras e relaciona-las.
• Existem diferentes classificações quanto aos impactos relacionados a
dislexia, como por exemplo, aqui está sendo considerada a definição
proposta e baseada nos critérios diagnóstico do DSM-5 que inclui a
dislexia como um transtorno específico da aprendizagem, tendo como
característica o prejuízo na leitura, na velocidade de reconhecimento
de palavras e no processo de decodificação, que pode ser relacionado
ou não a dificuldade de compreensão.
DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO
• É congênita e inerente ao indivíduo, é um distúrbio da linguagem, de
base neurobiológica, que representa dificuldades na aprendizagem da
leitura, soletração e de escrita, além de se ter a possibilidade de
alterações relacionadas concentração, memória de curto prazo,
organização e com o sequenciamento de informações.
Funcionamento neuronal da
linguagem verbal
• Para possibilitar o desenvolvimento da linguagem verbal são
desempenhadas por circuitos neurais acomodados no hemisfério
esquerdo, incluindo a área de Broca, a área de Wernicke e outras
áreas e feixes de associação do córtex do hemisfério esquerdo,
responsáveis pela leitura e pela produção escrita, especialmente a
área frontal terciária, encarregada do planejamento e da
orquestração da linguagem verbal.”
DISLEXIA
• É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura
de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica.
• Estas dificuldades resultam tipicamente de um défice na componente
fonológica da linguagem que é frequentemente imprevisto em
relação a outras capacidades cognitivas e às condições educativas.
• Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora,
experiência de leitura reduzida que podem impedir o
desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais."
(Associação Internacional de Dislexia, 2003, cit. por Teles, 2009).
CARACTERIZAÇÃO DA DISLEXIA
• Na expressão oral, podem ser encontradas dificuldades em selecionar
as palavras adequadas para comunicar, isso ocorre tanto na linguagem
escrita como oral, ademais, apresentam vocabulário pobre e pouco
expansivo.
• Na leitura/escrita, geralmente utilizam-se de uma leitura lenta e silabada.
Para a realização de leitura silenciosas, precisam algumas vezes do apoio
articulatório dos lábios, além de perderem a linha de leitura e terem
dificuldades na compreensão e interpretação de textos
• Ao nível da consciência fonológica, revelam grandes dificuldades, isto é,
na tomada de consciência de que as palavras
faladas e escritas são constituídas por fonemas; -
confundem/invertem/substituem letras, sílabas ou palavras; – na escrita
espontânea (composições/redações) mostram severas complicações
(dificuldades na composição e organização de ideias).
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
• Área da Forma Visual das Palavras (VWFA), localizado no lado
esquerdo do lobo occipital, na parte de trás do cérebro.
• Responsável depois da alfabetização, aos estímulos ortográficos.
• Enquanto aprendemos a ler e escrever, as atividades relacionadas
com o reconhecimento de imagens, sofrem redução em favor da
leitura.
• Ou seja, um analfabeto só ativa a área visual do cérebro, enquanto
uma pessoa alfabetizada ativa a área ligada à linguagem.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
Inicialmente as palavras são percebidas como qualquer outra imagem
pelo nosso cérebro, ou seja, na área visual. Após esta entrada ocorre
a seguinte situação:
Se estamos diante de uma palavra conhecida a área visual da forma
das palavras é ativada com maior veemência em detrimento de
outras áreas
 Se estamos diante de uma palavra nova, a qual nunca havíamos feito
a leitura da mesma, a área fonológica é ativada com maior veemência
em detrimento de outras áreas.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
• Leitores iniciantes que ainda não obtiveram esta construção cognitiva
elaborada necessitam fazer mais uso de outro sistema cerebral,
localizado na região parietotemporal, o qual faz com que o indivíduo
analise a palavra subdividindo-a e tentando relacionar a grafia da
letra ao seu respectivo som.
DECODIFICAÇÃO FONOLÓGICA:

• 1º - O som da palavra ligado à sua articulação: alguns leitores para


fins de análise das palavras utilizam-se da área de Broca (área
responsável pela articulação das palavras), onde eles podem
subvocalizam (pronunciam em tom baixo) as palavras enquanto leem,
ou pronunciá-las em tom mais alto, ou mesmo lê-las silenciosamente.
• Shaywitz (2006) informa que o processo de subvocalização faz com
que o leitor crie uma consciência da estrutura sonora de uma palavra,
uma vez que a forme fisicamente em seus lábios, línguas e cordas
vocais.
DECODIFICAÇÃO FONOLÓGICA:
• 2º O som da palavra é
“ouvido através dos
olhos”- aqui ocorre
um processo similar
ao da percepção
auditiva, mas a
entrada é pela
percepção visual,
ocorrendo uma fusão
entre os sentidos da
visão e da audição.
PROCESSO DA LINGUAGEM

• Após estas etapas, ambas as vias convergem a palavra


para área de Wernicke para que seja feita a
decodificação semântica (significado) da mesma.
• O leitor proficiente necessita ter entendimento de
tudo que compõe a estrutura de uma palavra, sendo
assim, tanto métodos fônicos quanto métodos globais
são importantes.
PROCESSO DA LINGUAGEM

• As vias cognitivas que englobam as maiores regiões


responsáveis pela leitura encontram-se nas regiões
posteriores do cérebro, regiões que recebem os
estímulos visuais, auditivos, somestésicos, situação
esta que nos faz repensar quanto a metodologia de
ensino voltada à alfabetização.
PROCESSO DA LINGUAGEM
• Os prejuízos adquiridos da linguagem, as afasias, passou a se
relacionar com a investigação do comportamento neurofisiológico
natural da linguagem, através de técnicas de imagem e do
aprimoramento no estudo do tecido cerebral.
• Os estudos iniciais das afasias revelaram que os danos em duas áreas
corticais estavam associados com prejuízos importantes e
nitidamente distintos da linguagem. Área de Broca e Wernicke.
• Mais tarde, essas áreas foram classificadas como áreas associativas do
córtex cerebral.
COMORBIDADES
• A Dislexia pode coexistir ou ser confundida com outros transtornos do
neurodesenvolvimento, que também são listados no DSM-5, como por exemplo:

• Distúrbio Específico de Linguagem (DEL): Distúrbio relacionado ao


comprometimento da aquisição e do desenvolvimento da linguagem oral,
podendo comprometer outras habilidades acadêmicas;
• Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): caracterizado
principalmente pelas alterações comportamentais, além de outros
comprometimentos em relação ao desenvolvimento da linguagem oral;
• Discalculia: dificuldade persistente na execução e interpretação de cálculos
matemáticos;
• Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGEM:
• Disgrafia - Falha na aquisição da escrita implicando uma
inabilidade ou diminuição no desenvolvimento da escrita.

• Discalculia - Falha na aquisição da capacidade e na habilidade


de lidar com conceitos e símbolos matemáticos.
DISGRAFIA
• É conhecida como “letra feia”, devido a uma incapacidade de recordar
a grafia das letras.
• Escreve muito lentamente e acaba unindo inadequadamente as
letras, tornando ilegível.
• Pode apresentar disortografia amontoando as letras.
• Escrita desorganizada, com traços irregulares, ou muito forte ou
muito leves.
• Desorganização geral por dificuldade de orientação espacial.
• Desorganização do texto, não respeita margens e linhas.
• Não há comprometimento intelectual.
DISCAUCULIA
• Falha na aquisição e na habilidade de lidar com
conceitos e símbolos matemáticos.
• Transcreve números e sinais erradamente, no
momento em que resolve um problema matemático.
• Pode estar associado à dificuldade de processamento
de linguagem.
DISCALCULIA - CARACTERÍSTICAS

Problemas com orientação


espacial, não sabe posicionar
Não assimila os mecanismos
Lentidão na execução das os números de uma operação
necessários para resolução
tarefas; na folha de papel, gasta
da tarefa como: tabuada;
muito espaço ou faz contas
num cantinho da folha.

Dificuldade em lidar com


operações básicas de soma, Dificuldade de memória de Dificuldade em lidar com
subtração, multiplicação e curto prazo, dificuldade com grande quantidade de
divisão, confusão com os fórmulas; informação de uma só vez.
símbolos (- + x : )
DISCALCULIA - CARACTERÍSTICAS
• Dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;
• Dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos
e símbolos;
• Dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;
• Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e
cálculos numéricos;
• Dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos
reais ou em imagens;
• Dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos
matemáticos.
• Crianças com transtornos específicos de aprendizagem passam por
dificuldades em relação a autoestima e ou confiança, uma vez que
passam a minimizar suas participações e interações em sala de aula,
ou até mesmo em seu cotidiano, por sentir-se inferior a seus colegas.
Por isso, o diagnóstico desse quadro deve ser realizado com uma
equipe interdisciplinar e também acompanhamento psicológico, uma
vez que diferentes impactos podem ser ocasionados por essa
condição.
TRANSTORNOS MOTORES DO
NEURODESENVOLVIMENTO
• Incluem transtorno de coordenação do desenvolvimento, transtorno de
movimento estereotipado e transtornos de tiques.
• O transtorno do desenvolvimento da coordenação é caracterizado por
déficits na aquisição e execução de habilidades motoras coordenadas e
se manifesta por falta de jeito e lentidão ou imprecisão no desempenho de
habilidades motoras que interferem nas atividades da vida diária.
• O distúrbio de movimento estereotípico é diagnosticado quando um
indivíduo apresenta comportamentos motores repetitivos, aparentemente
dirigidos e aparentemente sem propósito, como bater as mãos, balançar o
corpo, bater a cabeça, morder a si mesmo ou bater.

Você também pode gostar