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Deficiência Intelectual

A de ciência intelectual é um transtorno do desenvolvimento que caracteriza-se por dé cits em


capacidades mentais genéricas, como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento
abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência.

As limitações no funcionamento adaptativo referem-se a criança não conseguir atingir padrões de


independência pessoal, nos aspectos da vida diária, incluindo comunicação, participação social e
funcionamento acadêmico.

Os Critérios Diagnósticos enfatizam a necessidade de uma avaliação tanto da capacidade cognitiva


(quociente de inteligência – QI) quanto do funcionamento adaptativo.

A. Dé cits em funções intelectuais como raciocínio, solução de


problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo,
aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência
con rmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de
inteligência padronizados e individualizados.

B. Dé cits em funções adaptativas que resultam em fracasso para


atingir padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a
independência pessoal e responsabilidade social.
C. Início dos dé cits intelectuais e adaptativos durante o período
do desenvolvimento.
O início da de ciência intelectual é no período do desenvolvimento. Idade e aspectos característicos
no início dependem da etiologia e da gravidade da disfunção cerebral. Atrasos em marcos motores,
linguísticos e sociais podem ser identi cáveis nos primeiros dois anos de vida entre aqueles com de ciência
intelectual mais grave, ao passo que níveis leves podem não ser identi cados até a idade escolar, quando
cam aparentes as di culdades de aprendizagem acadêmica.

A de ciência possui níveis e esses níveis vários níveis de gravidade são de nidos com base no
funcionamento adaptativo que determina o nível de apoio necessário.

Em crianças pré-escolares, pode não haver diferenças


conceituais óbvias, mas em crianças em idade escolar existem
di culdades perceptíveis em aprender habilidades acadêmicas

Leve que envolvam leitura, escrita, matemática, tempo ou dinheiro,


sendo necessário apoio em uma ou mais áreas para o alcance das
expectativas associadas à idade. Comparado aos indivíduos na
mesma faixa etária com desenvolvimento típico, o indivíduo
mostra-se imaturo nas relações sociais. Há compreensão
limitada do risco em situações sociais; o julgamento social é
imaturo para a idade, e a pessoa corre o risco de ser manipulada
pelos outros (credulidade). O indivíduo pode funcionar de acordo
com a idade nos cuidados pessoais, mas vai precisa de algum
apoio nas tarefas complexas da vida diária. As habilidades
recreativas assemelham-se às dos companheiros de faixa etária,
embora o juízo relativo ao bem-estar e à organização da
recreação precise de apoio.
Durante todo o desenvolvimento, as habilidades conceituais
individuais cam bastante atrás das dos companheiros. Nos pré-

Moderada escolares, a linguagem e as habilidades pré-acadêmicas


desenvolvem-se lentamente. Nas crianças em idade escolar,
ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática e na
compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos
escolares, com limitações marcadas na comparação com os
colegas. O indivíduo mostra diferenças marcadas em relação aos
pares no comportamento social e na comunicação durante o
desenvolvimento. A capacidade de relacionamento é evidente
nos laços com família e amigos, e o indivíduo pode manter
amizades bem-sucedidas na vida. Pode, entretanto, não
perceber ou interpretar com exatidão as pistas sociais. O
julgamento social e a capacidade de tomar decisões são
limitados. O indivíduo é capaz de dar conta das necessidades
pessoais envolvendo alimentar-se, vestir-se, eliminações e
higiene. Uma variedade de habilidades recreacionais pode ser
d e s e n v o l v i d a . Es t a s c o s t u m a m d e m a n d a r a p o i o e
oportunidades de aprendizagem por um longo período de
tempo. Comportamento mal-adaptativo está presente em uma
minoria signi cativa, causando problemas sociais.
Alcance limitado de habilidades conceituais. Geralmente, o

Grave indivíduo tem pouca compreensão da linguagem escrita ou de


conceitos que envolvam números, quantidade, tempo e dinheiro.
Os cuidadores proporcionam grande apoio para a solução de
problemas ao longo da vida. A linguagem falada é bastante
limitada em termos de vocabulário e gramática. A fala pode ser
composta de palavras ou expressões isoladas, com possível
suplementação por meios alternativos. A fala e a comunicação
têm foco no aqui e agora dos eventos diários. Os indivíduos
entendem discursos e comunicação gestual simples. As relações
com familiares e pessoas conhecidas constituem fonte de prazer
e ajuda. O indivíduo necessita de apoio para todas as atividades
cotidianas, inclusive refeições, vestir-se, banhar-se e eliminação.
Precisa de supervisão em todos os momentos. Não é capaz de
tomar decisões responsáveis quanto a seu bem-estar e dos
demais. A aquisição de habilidades em todos os domínios
envolve ensino prolongado e apoio contínuo. Comportamento
mal-adaptativo, inclusive autolesão, está presente em uma
minoria signi cativa.
As habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo
físico do que os processos simbólicos. A pessoa pode usar

Profunda
objetos de maneira direcionada a metas para o autocuidado, o
trabalho e a recreação. Algumas habilidades visuoespaciais,
como combinar e classi car, baseadas em características físicas,
podem ser adquiridas. A ocorrência concomitante de prejuízos
motores e sensoriais, porém, pode impedir o uso funcional dos
objetos. O indivíduo apresenta compreensão muito limitada da
comunicação simbólica na fala ou nos gestos. Pode entender
algumas instruções ou gestos simples. Há ampla expressão dos
próprios desejos e emoções pela comunicação não verbal e não
simbólica. A pessoa aprecia os relacionamentos com membros
bem conhecidos da família, cuidadores e outras pessoas
conhecidas, além de iniciar interações sociais e reagir a elas por
meio de pistas gestuais e emocionais. O indivíduo depende de
outros para todos os aspectos do cuidado físico diário, saúde e
segurança, ainda que possa conseguir participar também de
algumas dessas atividades. Atividades recreativas podem
envolver, por exemplo, apreciar ouvir música, assistir a lmes,
sair para passear ou participar de atividades aquáticas, tudo isso
com apoio de outras pessoas. Comportamento mal-adaptativo
está presente em uma minoria signi cativa.
A credulidade costuma ser uma característica, envolvendo ingenuidade em situações sociais e
tendência a ser facilmente conduzido pelos outros. Credulidade e falta de consciência sobre riscos
podem resultar em exploração por outros e possível vitimização, fraude, envolvimento criminal não
intencional, falsas con ssões e risco de abuso físico e sexual.

Quando a de ciência intelectual está associada a uma síndrome genética, pode haver uma
aparência física característica (como na síndrome de Down, p. ex.)
Nas formas adquiridas, o aparecimento pode ser abrupto, após doenças como meningite ou
encefalite ou traumatismo encefálico durante o período do desenvolvimento.

Fatores de Risco e Prognóstico


Genéticos e siológicos Etiologias pré-natais incluem síndromes genéticas (p. ex., variações na
sequência ou variações no número de cópias envolvendo um ou mais genes; problemas cromossômicos),
erros inatos do metabolismo, malformações encefálicas, doença materna (inclusive doença placentária)
e in uências ambientais (p. ex., álcool, outras drogas, toxinas, teratógenos).

Causas perinatais incluem uma gama de eventos no trabalho de parto e no nascimento que levam a
encefalopatia neonatal.

Causas pós-natais incluem lesão isquêmica hipóxica, lesão cerebral traumática, infecções, doenças
desmielinizantes, doenças convulsivas (p. ex., espasmos infantis), privação social grave e crônica,
síndromes metabólicas tóxicas e intoxicações (p. ex., chumbo, mercúrio).
Transtornos da comunicação e transtorno especí co da
aprendizagem.
Esses transtornos do neurodesenvolvimento são especí cos do domínio da comunicação e da
aprendizagem, não exibindo dé cits no comportamento intelectual e adaptativo. Podem ser
comórbidos com de ciência intelectual. Ambos os diagnósticos são feitos se a totalidade dos
critérios para de ciência intelectual e para transtorno da comunicação ou especí co da
aprendizagem for preenchida.

Transtorno do espectro autista.


A de ciência intelectual é comum entre pessoas com transtorno do espectro autista. Sua
investigação pode ser complicada por dé cits sociocomunicacionais e comportamentais,
inerentes ao transtorno do espectro autista, que podem interferir na compreensão e no
engajamento nos procedimentos dos testes. Uma investigação adequada da função intelectual
no transtorno do espectro autista é fundamental, com reavaliação ao longo do período do
desenvolvimento.

Intervenções precoces e continuadas


oferecem melhores possibilidades de
funcionamento adaptativo na infância
e para a vida.
Falando em diferença...
Somare explica o que é ser

Neurodivergente é quando a pessoa possui uma Neurotípico é o termo que se opõe a neurodivergente.
con guração neurológica atípica – ou seja, um Neurotípico signi ca ser “neurologicamente típico”.
desenvolvimento e estado neurológico diferente. Além Um indivíduo neuroAtípico é aquele que possui
dos a u t i s ta s , e n q u a d r a m - s e n a de n i ç ã o de desenvolvimento neurológico alterado.
neurodivergentes pessoas que têm dislexia e transtorno
de dé cit de atenção.

Devido a diferença, existe a Diversidade


Na Somare os nossos valores de alguma forma estão relacionados com a diversidade:

O respeito ao próximo, às necessidades do outro, é onde se iniciam todas as discussões sobre diversidade;
Valorizamos o diferente, e assim estamos agindo com integridade;
O nosso trabalho em equipe promove a colaboração produtiva entre várias pessoas, e seus muitos universos, em nome de
um objetivo comum.
Investimos em algumas práticas que de nem nosso compromisso com a diversidade.

Recrutamento - Visando processos Educação - Iniciativas para maior Compromissos externos - Iniciativas
seletivos mais inclusivos. compreensão sobre diversidade. e parcerias que reforçam o nosso
posicionamento com a diversidade.

Se você se inspirou com esse conhecimento, temos agora algumas dicas para mantermos nossas condutas
assertivas com pessoas neuroatípicas:

Não tenha atitudes e falas infantis com pessoas neuroAtípicas, nem faça elogios desnecessários no diminutivo (“lindinho”,
“fo nho” etc.): trate a pessoa de acordo com a fase da vida em que ela está - criança, adolescente, adulto.

Nunca ignore a pessoa, cumprimente-a e despeça-se dela normalmente, mesmo que saiba ou perceba que ela é não verbal,
como com qualquer um dos presentes.

Respeite o tempo diferente de aprendizagem da pessoa, mas não a subestime: valorize suas potencialidades e não
superestime as di culdades.

Dê orientações claras, use linguagem simples e direta, e seja paciente ao ensinar uma tarefa, pois geralmente o
aprendizado vem com prática e repetição.
Elaboração
Andriane Schmiedel Fucks Siga nossas redes sociais para maiores
informações e esclarecimento

Referências
Referência: MANUAL DIAGNÓSTICO
E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS
MENTAIS 5ª EDIÇÃO DSM-5®

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Designer Grá co
Amanda Reis

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