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algumas reflexões.
Para que qualquer ser humano construa sua autonomia precisará ter a
oportunidade de desenvolver plenamente às suas competências pessoais e
sociais dentro de um sistema inclusivo, que respeite suas dificuldades,
limitações, mas que potencialize sua capacidade.
Sabemos que muitas das limitações das pessoas com síndrome de Down não
são devidas apenas à anomalia cromossômica, mas podem estar relacionadas
com a forma como é percebida no seu contexto afetivo, familiar e social.
Independente, de um bebê ter sido acometido por uma síndrome ou uma
doença orgânica, é uma criança que está ali, e precisará que suas
necessidades afetivas sejam atendidas, como por exemplo, brincar, interagir,
estimular, cantar, etc., porque continuará sendo um sujeito psíquico, com suas
emoções, percepções, necessitando estabelecer um vínculo seguro com estes
pais e ou cuidadores.
Portanto, será imprescindível para que a pessoa com síndrome de Down tenha
desenvolvido suas habilidades pessoais para manter-se motivado numa tarefa,
querer crescer, ser responsável, desejar aprender e crescer, tendo seus
próprios sonhos de futuro.
Este processo é difícil para todos e ainda mais para as pessoas com síndrome
de Down. Para eles, como para todo trabalhador, como atividade humana,
trabalhar e ter um emprego significa ter uma forma de cobrir e atender as suas
necessidades pessoais, econômicas e relacionais.
O trabalho não é apenas sobre fazer um trabalho ou ter um emprego, mas
“internalizar” o papel do trabalhador como um ser humano adulto capaz,
reconhecendo o seu poder, seus valores, competências, assumindo as
responsabilidades, deveres e direitos envolvidos e, por esse papel, aceitando
os outros e fazendo parte da sociedade com um ser humano independente e
autônomo.
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