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Durante o primeiro trimestre, exploramos os principais mecanismos do

funcionamento do cérebro humano e também examinamos os benefícios e os


riscos associados ao uso de substâncias medicamentosas no tratamento de
transtornos mentais.

No segundo trimestre, nossa atenção será direcionada para aprofundar nossa


compreensão dos transtornos que impactam a aprendizagem e as relações
humanas. Infelizmente, apesar do crescente número de pessoas enfrentando
as consequências desses transtornos em suas vidas, o tema ainda é
considerado um "tabu", permeado por preconceitos e concepções equivocadas.
Portanto, é fundamental que nossas discussões sobre o assunto se baseiem
em fontes confiáveis de dados e informações.

A aprendizagem da escrita é um processo complexo que requer esforço


contínuo e atenção por parte dos educadores. No contexto da educação,
principalmente nos anos iniciais, o desenvolvimento da habilidade de ler e
escrever é de responsabilidade dos educadores, que devem promover o
desenvolvimento intelectual e cognitivo das crianças. 

No entanto, compreendemos esse processo não é uma tarefa fácil, uma vez
que cada criança possui um ritmo único de aprendizagem. Com isso, é
importante que os educadores estimulem o desejo de escrever nas crianças,
pois a escrita é uma forma essencial de expressão para elas

Na educação, a escrita pode se manifestar de diferentes maneiras, muitas


vezes apresentando fragmentos distintos e representativos na reprodução das
crianças. É necessário que os educadores respeitem a singularidade de cada
criança e estejam preparados para lidar com a construção do conhecimento e
aprendizado de seus alunos. O ambiente escolar desempenha um papel
fundamental nesse processo, pois é nele que as crianças dão passos
significativos em direção a uma vida de aprendizado e crescimento.

Também é nesse momento que crianças são diagnosticadas com problemas


de aprendizado e transtornos que afetam a sua capacidade de aprender e se
desenvolver acadêmica e socialmente.

O que são problemas de aprendizagem?

Problemas de aprendizagem referem-se a dificuldades específicas que


algumas pessoas enfrentam ao adquirir e utilizar habilidades acadêmicas,
como leitura, escrita, matemática, raciocínio lógico, memória ou organização de
informações. 

Esses problemas podem afetar crianças, adolescentes e adultos, e são


caracterizados por uma discrepância significativa entre o potencial de
aprendizagem de uma pessoa e seu desempenho real.

Os problemas de aprendizagem não estão relacionados à inteligência geral ou


à capacidade intelectual de uma pessoa. Em vez disso, eles são causados por
disfunções ou dificuldades específicas em áreas do processamento cognitivo,
como a percepção visual ou auditiva, a linguagem, a memória de trabalho ou a
capacidade de planejamento e organização.

Existem vários problemas que podem afetar uma criança durante o processo
de aprendizagem dentre eles esses são os cinco mais citados:

Dislexia 

No De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) estima-se que a


dislexia afete aproximadamente 5-17% da população em idade escolar. O
transtorno pode estar relacionado à diferenças na estrutura e funcionamento do
cérebro. Acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenhem um
papel importante no desenvolvimento da dislexia.

As dificuldades enfrentadas por pessoas com dislexia podem variar em grau e


impacto. Alguns indivíduos podem ter dificuldades leves, enquanto outros
podem enfrentar desafios mais significativos. É importante ressaltar que a
dislexia não está relacionada a problemas de inteligência ou de visão, e não é
resultado de falta de esforço ou motivação.

É essencial identificar a dislexia o mais cedo possível para que a criança possa
receber o apoio adequado. O diagnóstico é realizado por profissionais
especializados, como psicólogos ou fonoaudiólogos, por meio da avaliação de
habilidades de leitura, escrita, linguagem e cognição.

Uma vez diagnosticada, a dislexia pode ser gerenciada por meio de


intervenções educacionais e estratégias específicas. É importante que as
escolas e os educadores estejam cientes das necessidades dos alunos com
dislexia e forneçam adaptações e suporte adequados, como programas de
intervenção especializados, uso de tecnologias assistivas e tempo adicional
para realizar tarefas escritas.

Com o apoio certo e estratégias de ensino adequadas, pessoas com dislexia


podem aprender a lidar com suas dificuldades e desenvolver estratégias de
compensação. Muitas pessoas com dislexia são criativas, talentosas e bem-
sucedidas em diversas áreas, incluindo artes, ciências e empreendedorismo.

Embora a dislexia possa variar em sua gravidade e sintomas de uma pessoa


para outra, estes alguns impactos comuns associados a cada grau de dislexia:

Grau leve:

1. Leitura lenta: Pessoas com dislexia leve podem ter dificuldade em


decodificar palavras rapidamente, o que resulta em uma velocidade de
leitura mais lenta do que a média. Isso pode afetar sua capacidade de
acompanhar o ritmo de leitura de seus colegas.
2. Dificuldade de ortografia: A dislexia leve pode causar problemas de
ortografia, já que as pessoas com esse grau podem ter dificuldade em
identificar e lembrar a sequência correta de letras em uma palavra.
3. Compreensão de leitura comprometida: Embora as habilidades de
compreensão possam ser relativamente preservadas no grau de dislexia
leve, algumas dificuldades podem surgir ao tentar compreender textos
complexos ou ao inferir informações implícitas.
Grau moderado:
1. Leitura e escrita mais desafiadoras: Pessoas com dislexia moderada
podem ter maior dificuldade em decodificar palavras, o que torna a
leitura e a escrita mais trabalhosas e exigentes.
2. Dificuldades adicionais de ortografia: A dislexia moderada pode levar a
problemas mais complexos de ortografia, com erros frequentes em
palavras e dificuldade em aplicar as regras gramaticais.
3. Impacto emocional: A frustração decorrente das dificuldades de leitura e
escrita pode levar a problemas emocionais, como baixa autoestima,
ansiedade e desmotivação acadêmica.

Grau severo:
1. Leitura muito desafiadora: Pessoas com dislexia severa têm uma leitura
extremamente difícil e exigem apoio significativo para decodificar
palavras e compreender textos. A leitura pode ser lenta e com muitos
erros.
2. Escrita limitada: A dislexia severa pode afetar a expressão escrita, com
dificuldades significativas em soletrar e organizar ideias de forma
coerente.
3. Baixa autoestima e frustração: Os impactos emocionais podem ser mais
intensos em casos de dislexia severa, com maior probabilidade de
sentimentos de fracasso, baixa autoconfiança e desesperança.

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