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teoria das formas de governo se deriva de duas questões básicas: quem governa e como se governa?
Aristóteles e Políbio compartilhavam da uma mesma classificação das diversas formas de governo. Para Aristóteles,
o comportamento político pode ser organizado em três formas principais: a monarquia (governo de um só),
a aristocracia (governo dos melhores) e a politeia (governo de muitos). Essas formas, no entanto, estão sujeitas a
degradação por interesses privados e pessoais dos homens, sofrendo alterações em seu foco de governo e se
desviando da busca pelo bem comum. Essas formas degradadas são, respectivamente, a tirania, aoligarquia e
a democracia (entendida como democracia popular, onde a população livre não teria "a mais perfeita igualdade
política", portanto não seria possível existir liberdade e igualdade entre a população, essenciais a um satisfatório
governo de todos. Destarte, essa organização política sucumbe facilmente ao demagogo, ao adulador do povo.
Ressalte-se que Aristóteles considerava essa forma, dentre as piores, a melhor.)
Além disso, Aristóteles também ordena essas formas de governo de modo hierárquico. Assim como em Platão, o
critério hierárquico é o mesmo: a forma pior é a forma degradada da melhor e a degradação das formas que seguem
a melhor é cada vez mais amena. Sendo assim, a ordem hierárquica dessas seis formas seria: monarquia,
aristocracia, politeia, democracia, oligarquia e tirania. Na Ética a Nicômaco, essa ordem pode ser confirmada: “Delas
a melhor é o reino, e a pior é a timocracia” (1150 A.C.) e “Mas a democracia é o desvio menos ruim: com efeito,
pouco se afasta da forma de governo correspondente”.
Políbio confirma a teoria tradicional das seis formas de governo e, além disso, propõe que elas sucedem-se de
acordo com determinado ritmo: monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia e oclocracia. A única
alteração em relação ao modelo anterior é que, para Políbio, a democracia é uma forma boa e a oclocracia sua
forma degradada. Além disso, Políbio tem uma visão fatalista da história, no sentido de que esse ciclo sempre será
mantido na alternância entre constituições boas e ruins, sendo que a boa que se segue é sempre menos boa do que
a boa anterior.

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