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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA  

        VARA
CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PEDRO DA ALDEIA/RJ 
 
 
 
 GRERJ Nº: 91331807063-40
 
 
KOLLA INCORPORADORA Ltda. ME, pessoa jurídica de
direito privado, inscrito no CNPJ nº 21.163.838/90001-76, com sede na Rua
Barão do Rio Branco, nº 218, sala 304, Passagem, Cabo Frio/RJ, CEP: 28.960-
170, por seu representante legal CAIO VALÉRIO G. PESSANHA, brasileiro,
advogado, com registro na OAB/RJ 87.218, por meio de sua procuradora
conforme procuração anexa, conforme procuração anexa, com endereço
profissional na Rua Barão do Rio Branco, nº 218, sala 304, Passagem, Cabo
Frio/RJ, com endereço eletrônico: sabrinaad77@gmail.com, vem, na ilustre
presença de Vossa Excelência propor a presente
 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR

Pelo rito ordinário, em face de DILSON PEREIRA DE SOUZA, brasileiro,


mecânico, divorciado, inscrito no CPF nº 359.405.577-91, residente e
domiciliado à Rua Praia Linda, s/n, mas vulgo “35”, cliente ENEL nº 6508395-4,
inscrição/localização Municipal nº 195000, pelas razões de fato e de direito
adiante expostas:

DAS INTIMAÇÕES E/OU PUBLICAÇÕES NA IMPRENSA OFICIAL

Inicialmente, requer que todas as intimações/publicações na


Imprensa Oficial, sejam feitas exclusivamente, em nome da Drª SABRINA
ROCHA DE MORAES, OAB/RJ 187.834, evitando-se futuras nulidades.

1 – DOS FATOS

O Autor conheceu o Sr. Dilson Pereira de Souza há cerca de


01 (um) ano atrás, quando estava em prospecção, i. e. (isto é), juntamente com
o Sr. José Nogueira, Corretor de Imóveis, procurando áreas/terrenos que
servissem para construção de casas populares próximas à LAGOA, ou de
prédio no Município de São Pedro da Aldeia.
 
No mesmo dia, manifestou o Réu o desejo de legalizar a área,
que segundo ele, estava há algo em torno de 60 (sessenta) anos na área de
14.000m2, onde foram requeridos os serviços ao Autor para exercer a sua
dupla atividade, advogado-incorporador, pois seja, legalizar a terra em si, e
concomitantemente fazer o desenvolvimento Imobiliário da mesma.
 
Ajustou com o mesmo, a compra de 20% de 14.000m2, que
seriam 2.800m2, ao valor de R$ 29.999,00 (vinte e nove mil e novecentos e
noventa e nove reais), calculados tendo como embasamento o valor venal
estabelecido pela Prefeitura Municipal de São Pedro da Aldeia em carnê de
IPTU, e, foi dado ao QUERELANTE A FACULDADE, de legalizar o todo, desta
primeira fração que lhe foi oferecida - 2.800m2.
 
Na sequência, ou melhor, em menos de 10 dias subseqüentes,
o Autor pediu para que pessoas fossem ao local, que seja, lá estiveram
PROJETISTAS (entre eles Leonardo Antunes), TOPÓGRAFOS (Márcio) e
outros mais, a fim de que se fizessem os estudos necessários e a planta da
situação do terreno.
 
Na mesma semana, o Autor entrou com a ação de
USUCAPIÃO EM NOME DO Réu e esteve no local, para ver os piquetes
deixados pelo topógrafo a delimitar os seus 2.800m2, e se deparou com 02
operários no fundo do terreno fazendo uma construção, algo que parecia uma
guarita, ou canil.
 
Neste dia, o Autor lá esteve na companhia de seu pintor,
prestador dos serviços, o Leonardo, morador acho eu que do Bairro de
Botafogo, que por sua vez, conhecia os operários que lá estavam.
 
Cordialmente, o Autor de imediato pediu aos mesmos operários
para que entrassem em contato com quem fosse, o responsável, para
esclarecer rapidamente o que se passava, presenciado por José Nogueira,
Leonardo e outros.
 
Adiante no tempo, talvez algo de meia hora depois do pedido,
apareceu no local o Sr. Carlos Alessandro Souza Cardoso, ao que nos parece
parente ou primo do Réu; que na frente de vários presentes, inclusive do
próprio Sr. Dilson, que chegou em seguida, disse que não queria confusão e/ou
aborrecimentos, e que sairia até no dia seguinte do local, bastaria, para tanto,
ser solicitado para que o fizesse, disse até ser titular de outra terra.

Na sequência, no mesmo dia, disse o Sr. Dilson ao Autor, que


"emprestou" a lateral do terreno, onde exatamente negociou com o
supracitado, para que seu primo, o Sr. Carlos Alessandro apenas guardasse 01
cavalo, e que este, a pedido do mesmo, seja, Sr. Dilson, sairia; desocuparia de
imediato o terreno, e que este, o Sr. Carlos Alessandro não tinha sequer
contrato de locação, e que depositária ou pagaria em mãos algo informalmente
na faixa de R$ 250,00 ou R$ 300,00 para manter o seu cavalo exatamente na
lateral do terreno, onde se encontram os 2.800m2 que já haviam sido
pactuados com Caio Valério, ora Autor.
 
Mais adiante, digo, no desdobramento, esteve o Autor, na
posse aparentemente mansa e pacífica, onde vários profissionais lá estiveram,
objetivando que se verificasse o melhor aproveitamento do mesmo para fins
imobiliários.
 
Concomitantemente, nos últimos 60 (sessenta) dias, o Sr.
Carlos Alessandro, já sabedor da relação de Dilson Pereira com Caio Valério,
aliás, notoriamente conhecida, face aos inúmeros profissionais que lá
estiveram, surpreendentemente, de uma simples casinha, que até parecia que
seria uma simples baía, está se tornando um HARAS, em suma, invadiu
totalmente os 2.800m2 que são do Autor CAIO VALÉRIO, inclusive instalou
belo portão de madeira na entrada lateral do terreno, em suma, faz uso da
terra, mantém de 02 a 04 empregados no local, e segundo o Sr. Dilson, até
onde eu consegui encontrá-lo, estaria pedindo hodiernamente R$ 50 mil reais
para deixar o local.
 
Adiante no tempo, esteve o Sr. Dilson em companhia do Sr.
Robson (telefone 22-97402.6767), segundo ele, "sobrinho", no Escritório do
Autor - Barão do Rio Branco 218 / 304 - Passagem, e ficou ciente do despacho
do Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível de São Pedro da Aldeia,
quanto à pretensão de Dilson Pereira de Souza, no sentido de que foi negada
inicialmente a gratuidade de justiça no pedido de usucapião e que deveria
providenciar o nome dos confinantes ao terreno todo / área de 14.000m2.
 
Neste ato, logo após o despacho da Exma. Dra. Juíza quando
esteve de corpo presente em companhia do Sr. Robson no Esc. de Caio
Valério colocou este, seu "sobrinho" Robson para providenciar as devidas
informações (o nome e dados dos confinantes exigidos no primeiro despacho),
quando ainda, tomou ciência de que o advogado Caio Valério iria ratificar o
pedido de Gratuidade de Justiça. Insta salientar que neste mesmo dia, disse
que iria operar, pois seja, fazer cirurgia de próstata naquela semana, e passou
procuração para que o mesmo Caio Valério reivindicasse direitos hereditários
seus, em terras localizadas em Cabo Frio, ainda que situadas na Rasa, pois
fazem parte de Cabo Frio, em Inventário que o constava como Inventariante,
apesar de arquivado.
 
Daí então, tentou inúmeros contatos com o Sr. Dilson,
inclusive, via Sr. Robson, que esteve logo a posteriori no Esc. de Caio Valério,
a entregar algum documento em nome de Dilson Pereira, em suma, não teve
mais nenhum contato; que segundo ele, estaria em Niterói operando.
 
Há cerca de 01 mês, ou pouco menos, a Sra. Lena, esposa de
José Nogueira fez contato com o Sr. Robson, e teve a informação de que o
mesmo teria sido operado, e estaria ainda em Niterói em resguardo, o que
decidiu Caio Valério aguardar o seu pronto retorno para a Cidade de São
Pedro.  Antes disso, o Autor fez inúmeros contatos com o Sr. Robson, por meio
do aplicativo whatsapp para que o mesmo, que tinha sido incumbido de
providenciar o nome dos confinantes pelo próprio Sr. Dilson, assim o fizesse; e
não obteve nenhum retorno, por isto que a Sra. Lena, Corretora de Imóveis, fez
ligação ao Sr. Robson.
 
Na sequência, há cerca de 03 semanas atrás, esteve o Sr.
Deivison, também Corretor, na localidade dos 14.000m2 de Baixo Grande, a
procurar o Sr. Dilson, haja vista que já havia e há interesse de Caio Valério, em
passar a fração de 2.800m2 de posse como posse, ou seja, transferir a posse,
haja vista a resistência aparente do Sr. Carlos Alessandro em recuar na área
invadida.
 
No mesmo dia, após ligação do Sr. Deivison - diga,
JEFERSON IMÓVEIS - CABO FRIO/RJ, esteve Caio Valério pessoalmente
com o Sr. Dilson na oficina mantida por este junto da Casa principal, e quando
questionado por que este não atendia o telefone e não dava notícias, nem ele,
nem seu "sobrinho" Robson, disse ele que esteve internado em Niterói, e que
perdeu o seu telefone, depois disse que o telefone quebrou, por isto estava
incomunicável.  Quando questionado ainda porque não enviou foto, ainda que
por intermédio do Sr. Robson da guia de internação, o que foi solicitado por
Caio Valério ao Sr. Robson, nada soube dizer; o certo é que estava com toda a
virilidade do mundo trabalhado, para um homem que se diz altamente doente. 
Disse que iria na semana seguinte, com o Sr. Carlos Alessandro no Esc. de
Caio Valério, para resolver tudo, e não compareceu, nem deu satisfação.
 
Depois disso, deste encontro que se deu nos últimos 15 dias,
acredito eu, instalou o Sr. Daniel, que segundo o mesmo seria primo do Sr.
Dilson e a esposa do referido no todo da propriedade de 14.000m2, onde
reside há cerca de mais de 04 anos, ainda o Sr. Édson, primo do Sr. Daniel, em
casa ao lado dos 2.800m2, que na verdade permanecem interligadas, pois não
há muro divisório dos "pedaços" ou frações que sejam.
 
Nos últimos 07 dias, digo, do dia 29/10/18, segunda-feira
última, esteve Caio Valério em companhia de Marcos quando ao chegarem lá
na propriedade a encontraram fechado, seja no portão instalado pelo Sr. Carlos
Alessandro, e no primeiro frontal, onde se encontra exatamente a frente dos
2.800m2, e, ao se dirigirem ao pequeno portão que se localiza quase defronte
da casa principal, estava este arrombando, o que estranharam.
 
Logo, em seguida, encontraram 03 empregados do Sr. Carlos
Alessandro descendo por aquele caminho, o que Caio Valério pediu para que
ligassem para o Sr. Carlos Alessandro, face a incomunicabilidade de Dilson
Pereira, o que foi atendido, visto que, cerca de 30 (trinta) minutos depois, não
sei precisar se no dia 29 ou no 30/10, que isto ocorreu, apareceu o Sr. Carlos
Alessandro para conversar.  Simpaticamente, aproximou-se Caio Valério do
mesmo que disse para este que, tinha pedido para que os empregados dele
ligassem para o mesmo, haja vista que não consegue se comunicar com Dilson
Pereira, e que precisava resolver a questão pendente da terra.  Este, o Sr.
Carlos Alessandro, na companhia do filho, disse para Caio Valério que estava
lá desarmado, depois completou, desarmado espiritualmente.  Caio Valério
mais uma vez, o que já tinha acontecido em tempos idos disse para que ele
que havia um conflito de terras, haja vista que Dilson Pereira teria "alugado"
para este (Sr. Carlos Alessandro) e feito negócio com este Caio Valério, e que
insiste este em solução amigável, baseada na legalidade, moralidade e bom
senso.  Repetiu que Dilson disse a ele, Caio Valério, que este, Carlos
Alessandro sairia da terra.  Pergunto Caio Valério qual valor seria necessário
para que Carlos Alessandro deixasse imediatamente a terra, ainda pergunto,
"quanto, R$ 100 mil?", "quanto?", e Carlos Alessandro disse que teria planilhas
de gastos efetivados na terra, contradizendo tudo exposto por Dilson Pereira. 
Caio Valério afirmou ao Sr. Carlos Alessandro, que não estava lá em missiva
alguma de lide, até pelo contrário, há meses se apresentou ao mesmo, porque
não tinha nada a esconder.  Carlos Alessandro educadamente disse que a
questão da ocupação da terra deveria ser tratada por ele com o primo Dilson,
em suma, que não tinha nada a tratar com Caio Valério.  Caio Valério disse ao
Carlos Alessandro que inclusive já o havia notificado mais de uma vez, e, que
Dilson Pereira pegou a correspondência sem sequer deixá-lo ler, e que trataria
do assunto.  Na sequência, educadamente, Carlos Alexandro perguntou em
quantos metros o "cercado" dele estaria invadindo o terreno, e foi informado
por pelo Autor que em torno de 10 a 20 metros.  Ambos se despediram
cordialmente.
 
Na terça-feira, ao retornarem Caio Valério e Marcos ao terreno
de 14.000m2, ou melhor, nos 2.800m2, tiveram como sempre, falas gentis e
corteis com o primo do Sr. Dilson, a esposa deste citado (Daniel Ramalho, ao
que nos parece o sobrenome) e quando questionaram pela pessoa do Sr.
Dilson, dizem não saber, e que o mesmo estaria se escondendo com medo,
mas não saberia precisar de quê.
 
No mesmo dia, Daniel, primo de Dilson, segundo ele, e mais
Édson, foram até o Município de Araruama ver terras em que O SENHOR
DANIEL seria Inventariante e queria retomar judicialmente o processo de terras
que também lhe pertenceriam e tinham sido invadidas.  Almoçaram todos
juntos, e depois vieram ao Esc. de Caio Valério que fez busca processual para
saber a verdadeira situação do processo.  Neste mesmo dia, Caio Valério ao
chegar na localidade, encontrou um dos empregados do Sr. Carlos Alessandro
e pediu ao mesmo para ligar para este para ver a possibilidade de recebê-lo, e
adiantou que o assunto, que era ver se haveria a possibilidade do acesso de
Carlos Alessandro e empregados, ser provisoriamente tão somente pela fração
ao lado da casa principal, sem precisar adentrar nos 2.800m2 e o respectivo
recuo da cerca, e não obteve retorno algum; em suma, a meta era pacificar o
conflito já existente.
 
No dia seguinte, ou na quarta-feira, que seja, 31/10/2018, a
esposa do Sr. Daniel, que não sabemos o nome, disse ao Sr. Caio Valério
quando este voltou a procurar o Sr. Dilson, que este estava se escondendo,
porque teria feito negócio com várias pessoas, inclusive, completou o seu
marido Daniel, que ele estaria com medo até do próprio advogado, e
principalmente da reação do irmão Clóvis, que o mataria, quando souber que
ele fez negócio com o terreno e foi a justiça sem falar com aquele.  Disse que
Dilson pediu para que eles tomassem conta da segunda casa instalada ao lado
da fração de 2.800m2, por sua vez, interligada à esta, por não haver muros. 
Disse o Sr. Daniel que Dilson disse que iria operar, e que quando voltasse iria
tratar do tema com quem quer que fosse, e que inclusive trataria das
pendências dos carros que pegou para consertar, não consertou, e estão lá na
propriedade.
 
Neste meio termo, desde que travou relação com o Sr. Dilson,
e por trabalhar junto ao Mercado Imobiliário, tomou Caio Valério conhecimento
por Corretores de Cabo Frio, que Dilson Pereira estaria vendendo a área toda
para terceiros, ou seja, além de ter travado relação com Caio Valério e Carlos
Alessandro, que estaria negociando com terceiros, e, que supostamente, teria
pego mais algum dinheiro.
 
Certo e sabido é que no dia 31/10/18, Caio Valério foi
informado pelo casal, Daniel e esposa, na presença também de Édson, que
também lá informalmente mora, que o Sr. Dilson teria proibido o acesso de
Caio Valério ao local, e de qualquer outra pessoa.  Neste mesmo dia, ao saber
disso, Caio Valério disse ao Sr. Daniel, que mais uma vez, pacificamente lá
estava como sempre, em paz, buscando solução e continuidade do proposto,
mas, contudo, todavia e etc, que por estar atarefado às últimas, preferia não
assumir o patrocínio da sua briga de terras em Araruama.  Neste ato, a esposa
do Sr. Daniel disse que o Sr. Dilson estava fazendo um papel feio, que
reprovava sua atitude de travar relações com várias pessoas e se esconder, e
que não sabia porque ele não aparecia.  
 
Na quinta-feira, 01/10/18 esteve Caio Valério de volta ao
terreno de 2.800m2, alienado a sua pessoa, e pediu ao Sr. Édson, que por sua
vez mora na área dos 14.000m2 (fato este que só veio Caio Valério a saber
agora, pensando ele que o mesmo era colaborador na oficina de Dilson
Pereira), e disse este que morava lá há cerca de 04 anos, e que se encontrava
desempregado, e vivia, ou melhor, que se mantinha a partir de "bicos" na
localidade, e que tinha sido levado para lá, pelo próprio primo Daniel, que seria
primo de Dilson. No dia anterior, Caio Valério perguntou ao mesmo se queria
limpar, digo, passar uma roçadeira no "pedaço" de 2.800m2, em que o mesmo
disse que conhecia, pois tinha visto as marcações do topógrafo de Caio Valério
em sua feitura.  Pactuaram o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) pela tarefa, e
este começou a trabalhar no "pedaço", e no dia seguinte, abriram o portão
frontal de 2.800m2, que se encontrava somente com arame para limpar a
entrada deste.  Quando Caio Valério e Marcos se retiravam do local, em
sentido oposto, apareceram 02 (dois) motoqueiros, quando Caio Valério
entrava no carro, que encostaram e perguntaram o seu nome, sem mostrar
arma ou coisa alguma.  Em seguida, quando Caio Valério disse ser o seu nome
"Caio", o motorista da moto, sem tirar o capacete disse: "Se voltar aqui vai
morrer!".  Pelo impacto da informação, declara e reafirma Caio Valério que não
tem certeza da cor da moto, e que ambos eram pardos - cor, mesma cor sua.  
Declara ainda que não tiraram o capacete e óculos; fato importante a destacar.
 
No outro dia, digo, sexta, 02/11/2018, em pleno feriado, Caio
Valério, também na companhia de Marcos foram ao Centro de São Pedro,
onde este comprou luvas e ancinho, a facilitar a tarefa de Édson, e ainda sacou
mais R$ 750 reais ou quantia parecida para pagar o Sr. Édson em sua
totalidade, e acreditando até então que o fato com os motoqueiros foi uma
tentativa de assalto abortada, teve a surpresa de que, ao voltar aos 2.800m2,
que ficaram com o portão aberto, já que o citado Édson estava a limpar
justamente a limpar, viu dois homens estacionarem um CRV prata claro, e
entrarem pelos seus 2.800m2, sem qualquer autorização.  Sem saber do que
se tratava, Caio Valério e Marcos, entraram em seguida, ou melhor, ficaram a
poucos passos da entrada do portão dos 2.800m2 e para surpresa maior, o
primeiro homem, alto, branco, forte, 1.82 de altura, todo com o braço tatuado,
aparentado inclusive ser policial, falava ao celular em voz extremamente alta,
chamando alguém de "padrinho", "e que iria trazer policial federal para resolver
a parada", frases dele, e que em frases desconexas ia trazer homem de Araçá
ou Acará, o que nos pareceu localidade, O QUE NÃO TEM COMO NÃO SER
INTERPRETADO COMO MAIS UMA AMEAÇA CLARA E PRECISA, CONTRA
A PESSOA DE CAIO VALÉRIO.  A postura do sujeito era agressiva, a voz
idem, e o recado inconfundível de ser interpretado de outra forma, ou seja, que
traria ou contrataria pistoleiro em nome de padrinho para matar CAIO
VALÉRIO.
 
Ao descerem, apareceu o outro, digo, veio o outro de frente,
homem na faixa de 60 (sessenta) anos, também calvo, pardo, que
educadamente deu "bom dia!", e nada mais, logo, em seguida, passou este,
que proferiu toda a intimidação, ou melhor, AMEAÇA CLARA E PRECISA, e
que nada falou, e sequer dirigiu os olhos para CAIO VALÉRIO E MARCOS. 
Vale acrescer, que, em uma de suas últimas falas, o tal sujeito branco, alto,
forte, calvo e com braço todo colorido tatuado, marcava encontro com alguém
em DELEGACIA, ou melhor, disse que morava no Bairro do Braga, e agendava
com alguém ida em Delegacia!  Pegaram o CRV e foram embora.
 
Logo em seguida, o Sr. Édson falou para Caio Valério e Marcos
que Dilson teria ido no dia anterior ao terreno, com os mesmos 02 sujeitos logo
acima do CRV e que não teria entrado no terreno; ficou aguardando do lado de
fora.
 
Ficou sabendo ontem, dia 03/11/2018, em ligação de seu
telefone para o Sr. Robson, o tal "sobrinho" do Sr. Dilson, que este estaria na
cidade de Cabo Frio, pois esteve com o próprio, e que o mesmo não operou, e
pelo mesmo, em voz de Dilson Pereira de Souza, este não teria dito, nem
aparentava estar ameaçado por quem que fosse, inclusive teve espanto,
quando escutou de Caio Valério, que disse para Robson, que o primo de
Dilson, o Sr. Daniele, falou para Caio Valério, que Dilson estava ameaçado por
quem quer que seja, em suma, pelo estado emotivo para com ele Robson,
NÃO HAVERIA COMO!
 
Informa, a quem de direito, que SEGUNDO O SENHOR
DILSON, o primo Carlos Alessandro já teria respondido por esbulho ou
turbação de terras em Juízo e por ameaça, e, por isto, ele teria medo de tirar o
primo ou pedir para ele sair, o que deve o Judiciário verificar.
 
Para piorar a GRANDE NOVELA DO CASO, segundo a esposa
do Sr. Daniel, primo do Sr. Dilson, este seria um grande mentiroso, pois na
verdade ELE SERIA EMPREGADO DO SR. CLÓVIS, E RECEBIA ATÉ
SALÁRIO, LOGO, não poderia ter assinado, alugado, muito menos ter
negociado nada com CARLOS ALESSANDRO, muito menos comigo, o
querelante, CAIO VALÉRIO.  Segundo ela, CLÓVIS DEPOSITARIA DINHEIRO
TODO MÊS NA CONTA DELE PARA ELE SER CASEIRO, em suma, quer o
querelante ter a certeza de que não foi vítima também de estelionato, por parte
de Dilson Pereira de Souza.  Em resumo, o irmão dele É O DONO, segundo a
ESPOSA DO SENHOR DANIELE, DILSON, SERIA O CASEIRO DO IRMÃO
"PSICOAFETIVO".  E que ele, Dilson, segundo ela, quer desfazer, o negócio
com Caio Valério, para esconder o delito.  Logo, aqui se conclui que, talvez o
desejo de ameaçar ou até matar, ou mandar matar tem fundamento SIM!!! 
Fato escutado pelo Sr. Édson, na presença dele!
 

2 - TUTELA PROVISÓRIA - DO FURTO DE ÁGUA E DE LUZ


 
Excelência, EM TEMPOS RECENTES O AUTOR TOMOU
CONHECIMENTO QUE NO TERRENO EXISTE LIGAÇÃO CLANDESTINA DE
ÁGUA E DE LUZ, inclusive a concessionária de água tentou notificou o Réu
atestando que houve a violação no hidrômetro, e para que não gere dívida no
imóvel e nem no nome do Autor se faz necessária a concessão da Tutela
requerida Artigo 300 e seguintes do CPC, determinando Vossa Excelência
que oficie às concessionárias a desligar o fornecimento de água e luz do
terreno, bem como averiguar detalhadamente por toda extensão do
terreno as ligações clandestinas que com certeza lá existem.
 
 
3 - DA PACIFICAÇÃO DO INVIÁVEL  
 
O Autor,  no período da paralisação da covid-19 tentou acordo
amigável com o Sr. Clovis e família via WhatsApp, um dos ex-suposto titulares
da terra, e não teve êxito, motivo pelo qual se faz por reintegração.
 
4 – DO DIREITO

Há situações em que o possuidor, vendo-se privado de seu


pleno exercício quanto à posse, pode se valer da proteção dada pelo artigo
926 do Código de Ritos, que assim dispõe: “Art. 926. O possuidor tem direito
de ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no caso de
esbulho”. Ora, o terreno fora invadido e, portanto, teve o Autor, prejuízo por
não dispor sobre o terreno, sendo desta forma cabível a ação de
reintegração de posse.

5 – DA LIMINAR

Como já verificado, o réu não usufrui de qualquer direito


inerente a posse violenta e clandestina que exercem sobre o terreno do Autor.
 
Portanto, configurado está o esbulho, ensejando a concessão
da medida de reintegração de posse liminar.
 
Por consequência, impera a concessão da medida liminar de
reintegração de posse em favor do Autor, conforme lhe assegura o disposto no
art. 928, 1ª parte, do CPC abaixo transcrito:
 
"Art. 928. Estando a petição inicial devidamente
instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a
expedição de mandado liminar de manutenção
ou reintegração;."

Convém neste instante salientar que, a fim de demonstrar o


cabimento da liminar, deve-se provar que a petição inicial da ação de
reintegração de posse encontra-se devidamente instruída, em conformidade
com o artigo 927 do Código de Ritos, disposto abaixo:

Art. 927. Incumbe ao autor provar:


I - a sua posse;
Il - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada,
na ação de manutenção; a perda da posse, na
ação de reintegração.

6 – DA PERDA DA POSSE

Ainda exige o artigo 927, em seu inciso IV, a demonstração da


perda da posse. Todo o relato fático e, a prova documental carreada a esta
petição, indicam que o Autor não detém a posse direta do imóvel.
Portanto, o imóvel fora esbulhado, a ofensa dos réus foi demasiada ao ponto
de impedir completamente o exercício do direito de possuidor da mesma.

7 – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer que seja(m):

a. Que as futuras publicações sejam feitas em nome da Drª Sabrina Rocha


de Moraes, OAB/RJ 187.834, sob pena de nulidade de todos os atos
praticados;

b. Concedida a medida liminar inaudita altera pars, com a consequente


expedição do mandado, a fim de que o requerente seja imediatamente
reintegrada na posse do bem; 

c. a concessão liminar da reintegração de posse, nos termos do art. 928 do


CPC, determinando-se a expedição de mandado para o cumprimento de
tal desiderato;

d. desde já a requisição de força policial para acompanhar o Sr. Oficial de


Justiça quando do cumprimento do mandado liminar. Cumprindo, ainda
informar que o Autor acompanhará o Oficial de Justiça na diligência,
face a difícil localização do terreno;

e. o deferimento da Tutela provisória, determinando Vossa Excelência


que oficie às concessionárias a desligar o fornecimento de água e
luz no terreno para que não gere dívida no imóvel e nem no nome
do Autor, bem como averiguar detalhadamente por toda extensão
do terreno as ligações clandestinas que com certeza lá existem;    
f. que ao final a tutela provisória seja julgada em definitivo;

g. a citação de todo invasor no endereço constante do preâmbulo para,


querendo, contestarem a presente demanda, no prazo legal, sob pena
de revelia quanto a matéria de fato;

h. Considerado procedente o pedido, a fim de que seja reintegrada


definitivamente, ao autor na posse do imóvel, vez que esta é a legítima
possuidora; 

i. Intimado pessoalmente o Membro do Ministério Público.

j. Condenada a requerida no pagamento de custas processuais e


honorários advocatícios no valor de 20% (vinte por cento).

8 – DAS PROVAS

Protesta provar os fatos por todos os meios de prova em direito


admitidos, especialmente pelos documentos colacionados, depoimento pessoal
das partes, oitivas de testemunhas.

9 – DO VALOR DA CAUSA

Dar-se á causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para


efeitos fiscais.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Cabo Frio, 21 de janeiro de 2020.

Sabrina Rocha de Moraes.


OAB/RJ 187.834

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