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F2 - Jeferson Pierre
F1 - Michel Tierry Rafael
F1 - Jeferson Pierre, eu lhe disse para não tomarmos aquele licor chartreze, no
palácio de Chambord.
F2 - É... de fato, nos atrasamos... e o pior é que acabou tudo... não sobrou mais
nada... mas quase que compensou... aquele licor é tão bom.
F1 - Ahhhhh !!! de fato para poder ter a graça de saborear o licor chartreze, quase
que compensou não termos chegado a tempo.
F2 - Michel Tierry Rafael, nada compensa, e absolutamente nada vai reparar nós
termos chegados atrasados aqui. Mas de fato o chartreze é excelentíssimo,
saborosíssimo, explêndido, e até eu tiro o chapéu para tão bom licor.
F1 - Mas Jeferson Pierre, o sr. sabe que o licor chartreze é o melhor licor da
França ?
F2 - Mas sem dúvida, Michel Tierry Rafael, não só da França, mas sim do mundo.
F1 - Mas o que o sr. e todos aqui não sabem, é que esse licor tem nada mais, nada
menos, do que 106 tipos de ervas que o compõem.
F1 - Sim, e dizem que o bom entendedor, ou melhor, (diria um francês como nós),
um bom apreciador sabe degustar até 6 tipos de sabores de uma só vez.
F1 - Simmm, e esse licor foi inventado, ou melhor criado pelos monges beneditinos
do mosteiro de Chartreze.
F2 - Nossa !!! Por monges ? Por isso que tem algo de angélico.
F1 - Sim, tudo que existe de bom, de belo e de verdadeiro, provém da Santa Igreja,
Católica, Apostólica e Romana.
F1 - Ah ! sim, o sr. sabia sr. Jeferson Pierre, que o ódio da revolução francesa era
tal as coisas cristãs, que os revolucionários quiseram acabar com o famoso licor
chartreze.
F2 - Sério !!!
F1 - Sim, e graças a um monge que conseguiu fugir pelas montanhas, com a receita
e também todas as fórmulas para se fazer o tão estimado licor, ainda hoje neste ano de
1830 podemos degustar o tão famoso licor e perdurará até o fim do mundo, onde os
homens poderão degustar o tão apreciado licor.
F2 - É ... bem... quer dizer... ôôô... sr. não se lembra que depois do Chmbord, nós
passamos pelo palácio de Chantily e não resistimos, e tomamos todo o licor.
F1 - Ih... é mesmo, e agora, nós viemos especialmente a este jantar para poder
servir o licor chartreze, e nós tomamos tudinho. Como é que fazemos agora ?
F1 - Do quê ?
F1 - Ahh ! sim, quase ia me esquecendo, o rei Luiz XIV, o famoso "Rei Sol ", era
um grande degustador do licor chartreze, e em uma ocasião serviram a ele pequenos
docinhos aredondados e recheados de chocolate. O rei quando degustou, ficou
maravilhado e comentou com aquela sua voz sonora e auto-sonante, as palavras que hão
de permanecer neste doce até o fim do mundo.
F1 - Ah! sim, pardom mecies. O rei degustando este doce aredondado e alguns
quadradinhos e outros retangulares, todos revestidos de chocolate, o rei olhando a todos
disse: ... bom bom.
F2 - E assim é que até nos dias de hoje, é conhecido esses doces como: BOM
BOM. E nós quando descemos de balon aqui em Joinville lembramos que não tínhamos
mais o licor chartreze e aí chegarmos até o jantar solene sem nada a oferecer, não seria
francês.
F1 - Garrote !