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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

CAMPUS DIADEMA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

GEOLOGIA - ATIVIDADE DE CAMPO

INTEMPERISMO

Curso: Ciências Biológicas

UC: geologia

Prof. Dr. Adilson Soares

Alunos: Beatriz Silveira Savo n°170.473

Maria Margotto n° 170.941


INTRODUÇÃO:

Este relatório descreve a atividade de campo da UC de Geologia, realizada no


dia 16/05/2023, por volta das 16:00 horas, em umas das unidades da Unifesp, o
prédio de vidro. Visitamos o local para observar uma rocha, do tipo granito.

Observamos três blocos diferentes, que serão demonstrados adiante,


especificando o tipo de intemperismo. O granito possui vários minerais diferentes
em sua composição o que demonstra a ocorrência certeira de intemperismo
químico, pois cada um se decompõe de forma diferente.

Em todas imagens, para demonstrar a escala, foram usadas pessoas com 1,67m
a 1,77m, um martelo estereográfico de aproximadamente 28 cm e uma caneta bic
de 15 cm de comprimento.

BLOCO 1:

Fig. 01.1: Bloco de granito. Afloramento rochoso com esfoliação visível.


Fig. 02.01: Comparação bloco de granito que passou pelo processo de esfoliação esferoidal
ou “acebolamento”, intemperismo físico. Neste processo a rocha sofre várias fraturas que
transformam ela em feições menores com vértices arredondados após estes serem
eliminados pelo intemperismo.
Fig. 03.01 e fig. 04.01: Acebolamento da rocha pelo intemperismo físico.

Outra característica da rocha observada neste ponto foi a diferença de som ao bater com o
martelo na face superior comparado a mais inferior. Quanto mais próximo do solo, portanto
mais profunda, menos alterada a rocha é (sofreu menos intemperismo) e, portanto,
apresenta um barulho mais agudo.
Fig. 05.01 e fig. 06.01: Pedaço da rocha retirada do bloco 1, demonstração de intemperismo
químico, alteração da composição alterou a coloração.

Fig. 07.01 e 08.01: Superfícies rochosas colonizadas por líquens. Os liquens fazem com
que a rocha seja atacada muito mais rapidamente pelos ácidos liberados do metabolismo
destas plantas, do que as rochas com superfícies rochosas nuas.
Fig 09.01 e 10.01: Liberação de CO2 pela matéria orgânica morta no solo, o que diminui o
pH das águas de infiltração. Nos entornos das raízes das plantas o pH oscila na faixa entre
2 e 4. Quanto mais ácidos estiverem em contato com a rocha, mais ela sofrerá o
intemperismo químico, através da alteração da composição de seus minerais.

Os vegetais sobre esta parte da rocha estão causando o intemperismo físico e


químico. As raízes buscam a água encontrada nas rachaduras da rocha e causam o
alargamento das fendas e maior área de ação para os microrganismos causadores da
alteração química da rocha.
Fig 11.01 e 12.01: Raízes sobre rochas. Intemperismo físico e químico.

Fig 13.01: Tamanho de um dos afloramentos rochosos.

BLOCO 2:
Fig 01.02, 02.02, 03.02 e 04.02: É possível observar o acebolamento e as fendas na rocha,
de onde nascem vegetações, o que indica que há acúmulo de água nas fendas e ação do
intemperismo químico. Com o crescimento dessas plantas haverá maior alargamento das
fendas e outras possíveis rachaduras (intemperismo físico).
Fig 05.02, 06.02, 07.02, 08.02 e 09.02: A
diferença de coloração indica a diferente concentração de ferro. As camadas mais escuras
indicam a maior concentração. Intemperismo químico.
Fig. 10.02: É possível observar muito intemperismo físico devido a grande quantidade de
fragmentação da rocha, que sofreu diversas fraturas, por algum processo mecânico.
Fig. 11.02, 12.02, 13.02 e 14.02: Evidência do crescimento de vegetação nas fendas das
rochas. Intemperismo físico e químico.
Fig 15.02 e 16.02: A fenda vertical é resultado de uma explosão com dinamite para
fragmentar a rocha, o que é caracterizado como um intemperismo físico de grande poder de
destruição e alteração física da rocha.

Fig 17.02: As várias camadas do


acebolamento são muito evidentes neste ponto fotografado. Resultado do intemperismo
físico e químico.
Fig 18.02: Rachadura com fenda exposta na
rocha. Intemperismo físico dando mais espaço para o intemperismo químico agir.

Fig 19.02 e 20.02: Rachadura ajuda a água passar por ela, o que contribuiu para o
crescimento da vegetação ao redor.
BLOCO 3:

Fig 01.03: Referência do tamanho do afloramento rochoso.


Fig 02.03, 03.03 e 04.03: Muitas raízes e
vegetação sobre a rocha, indicando forte ação de ambos os tipos de intemperismo.

Fig. 05.03: Porcellio scaber. Vivem embaixo de rochas que sofreram intemperismo.
Fig 06.03 e 07.03: Referências para análise do tamanho do afloramento e da vegetação que
cresce sobre ele.

Fig 08.03 e 09.03: Rocha disposta em várias lâminas, resultadas do processo de esfoliação.
Intemperismo físico.
CONCLUSÃO:

Nos três pontos de observação da rocha pudemos observar tanto o


intemperismo químico quanto o intemperismo físico, que se tratam de um processo
pelo qual as rochas são destruídas na superfície da Terra. O intemperismo químico
ocorre quando os minerais de uma rocha são alterados quimicamente ou
dissolvidos, enquanto no intemperismo físico a composição química não é alterada,
mas a rocha é fragmentada por processos mecânicos.

Ambos intemperismos podem ocorrer simultaneamente, assim como


reforçam-se mutuamente, pois o intemperismo químico torna a rocha mais
suscetível ao intemperismo físico, ao deteriorá-la. Ao mesmo tempo que com a ação
do intemperismo físico de fragmentar em menores pedaços, aumenta-se a
superfície de ação do intemperismo químico.

Como observado nessa atividade, os maiores causadores do intemperismo


químico eram as vegetações e a água, tanto do solo quanto da chuva. As plantas e
as bactérias crescem de maneira acelerada em solos úmidos e em climas tropicais,
contribuindo com o ácido carbônico e outros ácidos secretados pelos organismos no
solo. Estes ácidos promovem alteração dos minerais da rocha.

O intemperismo físico foi mais observado pelo crescimento das raízes de


vegetais e árvores, um processo que contribui para a expansão das fendas, e
consequentemente contribui para a ação de animais escavadores ou que se movem
pelas fissuras a aumentarem ainda mais as fendas, e contribui também para a maior
ação de microrganismos, que estão ligados a ambos intemperismos.

Os granitos são rochas não foliadas e, portanto, tendem a se fragmentar ao


longo de planos regulares de fratura com espaçamentos de mais de um metro. Esse
tipo de fratura em rochas como granitos são chamados de “juntas”. As juntas
resultam de deformações e do resfriamento e contrações enquanto as rochas ainda
estão soterradas na crosta. Ao soerguerem e ascenderem a superfície, as fraturas
abrem-se levemente, e o intemperismo de ambos os tipos contribui para o seu
alargamento.

Outro processo de intemperismo físico bastante observado foi o


“acebolamento” ou esfoliação. Neste processo as grandes lâminas planas ou curvas
da rocha fraturam-se e são destacadas do afloramento. Há hipóteses de que seja
resultado de uma distribuição irregular da expansão e contração causada pelo
intemperismo químico e pelas mudanças de temperatura.

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