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XX SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Engenharia De Produção & Objetivos De Desenvolvimento Do Milênio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
1. Introdução
A partir da década de 90, as indústrias de alimentos observaram a necessidade de agregar
valor aos seus produtos, pois os fatores preço e renda não são mais predominantes na
aquisição de um alimento. Outros fatores ligados ao estilo de vida, culturais, psicológicos, e
tendências de consumo alimentar também exercem influência na compra dos alimentos
(TOLEDO et al., 2005; BATALHA, LUCCHESE & LAMBERT, 2005).
Muitos chocolates disponíveis no mercado são elaborados com ingredientes similares, porém
apresentam sabores distintos. Com vista à permanência e aumento de fatia do mercado,
inúmeros estudos de aperfeiçoamento do processo de fabricação de chocolate vêm sendo
feitos para desenvolver uma diversidade de tipos e sabores deste produto, por meio de análise
de mercado e atividades de pesquisa e desenvolvimento nas indústrias. Além disso, esses
novos produtos têm sempre um diferencial nutricional, como por exemplo, linha dietética,
sem lactose, orgânica, enriquecida com minerais dentre outros (VIAENE &
JANUSZEWSKA, 1999).
Uma alternativa viável para a formulação de novos chocolates é o uso de extratos vegetais
como substitutos do leite animal, por exemplo, a utilização da noz de macadâmia, coco, aveia,
arroz, na formulação. Além do seu valor nutricional, a noz de macadâmia destaca-se dentre
estes por ser um produto em franco desenvolvimento no Espírito Santo. A macadâmia é uma
das principais frutas cultivadas nos municípios da região Litorânea - Norte deste estado, sendo
São Mateus a única cidade desta região com áreas destinadas a plantação da macadâmia
(SECRETARIA DA AGRICULTURA, ABASTECIMENTO, AQUICULTURA E PESCA,
2007).
Com isso, temos que a macadâmia poderá ser utilizada em substituição ao leite em pó na
formulação dos chocolates como uma provável opção para pessoas que, não consomem leite,
tais como pessoas intolerantes à lactose. Mais de 50% dos adultos no mundo e 25% da
população brasileira são intolerantes à lactose (BARBOSA & ANDREAZZI, 2011;
INTROVINI et al., 2008). Sendo assim, as indústrias de chocolate perceberam a necessidade
de desenvolver produtos sem lactose para este nicho de mercado.
Entretanto, como todo novo produto, a produção de um chocolate diferenciado requer um
bom conhecimento do seu mercado consumidor, o que requer a realização de uma avaliação
da possível aceitabilidade deste novo produto. O desenvolvimento de novos produtos passa
pelas seguintes etapas: geração de ideias, análise, desenvolvimento de conceitos e testes,
pesquisa de mercado, estratégia de marketing, desenvolvimento do produto, teste de
marketing e comercialização. Este trabalho abordou a etapa de teste do conceito de um novo
produto: um chocolate com extrato de macadâmia em sua composição, na cidade de São
Mateus, estado do Espírito Santo.
2. Revisão bibliográfica
2.1 Processo de desenvolvimento do produto (PDP)
O processo de desenvolvimento de produto está entre a empresa e o mercado, com a
finalidade desenvolver produtos que atendam as necessidades do mercado e os requisitos
impostos à produção (BATALHA, 2008). Kotler (1998) classifica o PDP em oito estágios:
geração de ideias, triagem de ideias, desenvolvimento e teste de conceito, desenvolvimento da
estratégia de marketing, análise comercial, desenvolvimento de produto, teste de mercado e
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Figura 1 - Modelo de referência do PDP. Fonte: Rozenfeld et al. (2006, apud BATALHA, 2008, p. 150).
Segundo Batalha (2008), na fase de pré-desenvolvimento ocorre o planejamento estratégico
da empresa, onde é definido o portfólio da empresa, ou seja, são definidos quais produtos
serão desenvolvidos e quando serão lançados. A fase de desenvolvimento é iniciada com o
planejamento do projeto, onde são definidos o objetivo do projeto, os recursos que serão
utilizados, os prazos de execução, os custos esperados e os riscos implicados. Com essas
informações, são constituídas as especificações do projeto na sua fase informacional,
completando as informações sobre os usuários e detalhando os requisitos do produto. As
ideias do produto são submetidas a estudos adicionais antes do desenvolvimento real do
produto (BOONE e KURTZ, 2009).
A partir da etapa de planejamento conceitual, o produto começa ser arquitetado. Quando
estiver pronto, o protótipo deve ser submetido a testes funcionais e de consumo (KOTLER,
1998). Nesta fase também são discutidos pontos, tais como os fornecedores dos componentes-
chave do produto e a possibilidade de existir uma família de produtos (BATALHA, 2008). A
finalização completa do produto, as descrições dos materiais dos componentes, o
planejamento da produção e o documento do produto são realizados na fase de projeto
detalhado. A macrofase de desenvolvimento se encerra com a fase de lançamento do produto,
onde são desenvolvidos processos de comercialização, de vendas, distribuição, atendimento
ao cliente e assistência técnica.
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Com o intuito de obter o feedback do novo produto, o conceito do produto é apresentado aos
consumidores de forma simbólica ou fisicamente por meio de protótipos (KOTLER, 1998).
Através das respostas dos clientes, a empresa consegue analisar a comunicabilidade, a
credibilidade, a necessidade do produto, o hiato entre o novo produto e os produtos existentes,
o valor percebido pelo cliente e a intenção de compra dos mesmos (KOTLER, 1998).
Portanto, o teste de conceito é importante para o processo de desenvolvimento de novos
produtos, pois a conclusão desta etapa permite a empresa analisar e julgar a reação do
primeiro contato do consumidor com o novo produto e, com isso, avaliar sua aceitabilidade.
Se o protótipo ou a descrição do novo produto não agradar muitos os consumidores, a
empresa irá fazer alterações para que o mesmo se torne mais atraente, porém “nem sempre a
oferta mais atraente é a mais rentável para ser fabricada” (KOTLER, 1998, p. 289).
Ao decidir eliminar esta etapa do PDP, a empresa se submete a sérios riscos, pois as próximas
etapas deste processo são custosas. Se o produto prosseguir nas etapas mesmo se não possuir
um bom conceito e não estiver atendendo as necessidades dos consumidores, isto
provavelmente irá gerar grandes prejuízos à empresa. Segundo Cobra (2010), após determinar
o problema-chave, ou seja, o que será avaliado pelo teste, deve-se determinar uma
metodologia para o teste de conceito, definindo assim, o tipo de amostragem e fixando-se o
tamanho das amostras. Ainda de acordo com este autor, devem-se elaborar questionários e
promover uma pesquisa-piloto, onde será avaliado se o questionário absorve as informações
necessárias, o que permite realizar alterações no questionário antes do trabalho de campo.
3. Metodologia
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Este trabalho se caracteriza por ser uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa e
natureza aplicada. Foi realizada uma pesquisa de levantamento ou survey com o auxílio de
questionário estruturado utilizando a escala Likert. A escala Likert requer que os entrevistados
indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações relativas à atitude que
está sendo medida. Atribuem-se valores numéricos às respostas para refletir a força e a
direção da reação do entrevistado à declaração.
O questionário aplicado foi dividido em duas seções, contendo onze perguntas para identificar
o perfil do entrevistado e mais quatorze perguntas com o intuito de descobrir o interesse do
entrevistado sobre o novo produto. Durante o período de janeiro a maio de 2013, os
questionários foram aplicados em filas de três supermercados do município de São Mateus
enquanto os entrevistados aguardavam serem atendidos.
Considerando que a população que consome chocolate é uma população infinita, o tamanho
da amostra foi determinado, considerando que o desvio padrão da população não é conhecido.
O problema deste estudo é do tipo dicotômico, sendo a população constituída por elementos
de dois tipos (pessoas consomem chocolate e pessoas que não consomem chocolate), isto é,
cada elemento pode ser classificado com sucesso ou fracasso, a ocorrência ou não de um
evento. Assim, segundo Mattar (2001), o tamanho da amostra foi definido pela Equação (1):
n = Z²PQ/e² (1)
Onde: Z = valor da variável Z para o nível de confiabilidade adotado; e = precisão da amostra
ou erro máximo admitido; P = proporção de ocorrência da variável em estudo na população;
Q = proporção de não-ocorrência da variável em estudo na população; P + Q = 1.
Segundo Mattar (2001), é possível calcular o número de elementos da amostra (n) mesmo não
conhecendo o valor das proporções P e Q. Neste caso pode-se calcular o valor de n
considerando que P = Q = 0,5. Segundo este autor, adotar este valor para as proporções
resulta em uma amostra maior, o que é bom para a confiança dos resultados obtidos pela
pesquisa. Com isso, foi definido um nível de confiabilidade de 95% e um erro de 5%, assim, a
partir da Equação (1) foi determinado o tamanho da amostra, 384 questionários. Após a
aplicação dos questionários os dados foram tabulados com auxílio do Excel e um software de
estatística que utiliza a plataforma do R, o Action.
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A maior parte dos entrevistados é composta por solteiros (49%) e casados (46%), sendo os
divorciados, viúvos e outros representam apenas 5% da amostra. Quanto ao grau de instrução,
6% da amostra não possui o 1º grau completo. A maior parte dos entrevistados (60%)
possuem 2º grau completo, seguidos por aqueles que possuem ensino superior completo
(26%) e os que possuem 1º grau completo (8%). Esta amostra se diferencia da população
brasileira neste aspecto, uma vez que apenas 7,9% da população brasileira possuem ensino
superior completo (IBGE, 2010). A maioria dos entrevistados (93%) são moradores do
munícipio de São Mateus, seguida por moradores da região metropolitana de Vitória (3%),
moradores do interior do Espírito Santo (3%) e, pessoas que habitam em outros estados (1%).
Os entrevistados também foram classificados de acordo com a classe social. Para esta
classificação foi utilizado o critério de Classificação Econômica Brasil da Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP, 2012). Este critério define oito classes sociais:
A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E onde a renda média familiar é de R$ 12.926, R$ 8.418, R$
4.418, R$ 2.565, R$ 1.541, R$ 1.024, R$ 714, R$ 477 respectivamente.
Os participantes desta pesquisa pertencem às classes B1, B2, C1 e C2, ou seja, consumidores
com uma renda média familiar um pouco mais elevada em relação à média, se diferenciando
da população brasileira, uma vez que a classe D é mais representativa no Brasil (COSTA,
2012). A Figura 2 mostra a distribuição da amostra de acordo com as classes econômicas
comparada com a distribuição da população das principais capitais brasileiras.
Figura 2 – Comparação da classe econômica dos entrevistados com a classe econômica das principais capitais
brasileiras. Fonte: Elaborado pelos autores, com base em ABEP (2012).
Do total de participantes, 33% são profissionais liberais, professores ou técnicos do nível
superior, seguidos por pessoas que trabalham no comércio, bancos ou outros serviços (21%).
Os demais são estudantes (16%), trabalhadores do setor informal (9%), do lar (7%), pessoas
que trabalham na indústria (5%), funcionários públicos (4%), desempregados (4%) e
aposentados (1%). A predominância é por pessoas que moram com mais duas pessoas (29%)
e com mais três pessoas (26%). Este dado é similar ao da população brasileira, pois segundo
BDE (2011), o número médio de pessoas por família residente em domicílio particular no
Brasil é de três pessoas por domicilio.
Do total de consumidores pesquisados, 79% afirmam não possuir alguma alergia ou
intolerância alimentar. No entanto, 13% afirmam não possuir alergia, mas possuem algum
ente familiar com este problema. Apenas 8% dos entrevistados possuem alergia. Das alergias
ou intolerâncias citadas, as mais comuns são à lactose e a frutos do mar, principalmente o
camarão. Este dado difere do apontado na introdução deste artigo, em que Introvini et al.
(2008) afirmam que 25% da população brasileira são intolerantes à lactose. No entanto, o fato
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Figura 4 – Sabores de chocolate prediletos pelos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores.
Figura 5 – Sabores de chocolate que os entrevistados menos gostam. Fonte: Elaborado pelos autores.
Para análise do consumo de chocolate foram consideradas seis afirmações de interesse dos
pesquisadores. São elas:
Afirmação 1 – “Você come chocolate principalmente porque gosta (sensação de prazer) e os
benefícios nutricionais (fazer bem) são uma consequência deste consumo”.
Afirmação 2 - “Sempre como o mesmo chocolate, compro e experimento outros sabores e
marcas somente quando o meu favorito (aquele que mais gosto) não está disponível”.
Afirmação 3 - “O preço influencia na compra do chocolate: se o preço estiver alto não compro
este produto”.
Afirmação 4 - “Assim como os chocolates diet (sem açúcar) e light (teor reduzido de
calorias), um chocolate sem lactose com extrato de macadâmia no lugar do leite, possui
benefícios nutricionais que compensam a diferença de preços em relação aos chocolates
comuns”.
Afirmação 5 - “Se hoje eu encontrasse no supermercado este chocolate com extrato de
macadâmia no lugar do leite, provavelmente eu iria comprá-lo para experimentar”.
Afirmação 6 - “Eu compraria um chocolate com extrato de macadâmia no lugar do leite ao
invés de um chocolate de marca conhecida, só porque a macadâmia é produzida na região”.
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Os entrevistados expressaram sua opinião sobre as seis afirmações segundo uma escala
Likert: discordo totalmente, discordo, indiferente, concordo e concordo totalmente. Para a
análise desses dados, cada uma dessas alternativas recebeu um valor: -2, -1, 0, 1 e 2
respectivamente e a média das respostas encontra-se na Tabela 1.
TABELA 1 – Concordância com as afirmações avaliadas na pesquisa.
Afirmação Média Resultados
A média dos entrevistados concordam que consomem chocolate pela
1 0,99 sensação de prazer e os benefícios nutricionais são uma consequência deste
consumo.
A média dos entrevistados possuem uma pequena tendência a consumir
2 0,18 sempre o mesmo chocolate, experimentando outros quando o seu predileto
não está disponível.
3 0,02 A média dos entrevistados apresentam-se indiferentes, não concordando
nem discordando se o preço é um fator que influencia na compra de
chocolate.
A média dos entrevistados possuem uma tendência em concordar que assim
4 0,23 como os chocolates diet e light, um chocolate sem lactose com extrato de
macadâmia possui benefícios nutricionais que compensam a diferença de
preço em relação aos chocolates comuns.
A média dos entrevistados possuem uma tendência em experimentar um
5 0,25 chocolate com extrato de macadâmia caso o encontrasse no supermercado.
A média dos entrevistados possuem uma tendência a discordar em comprar
6 -0,35 um chocolate com extrato de macadâmia no lugar do leite ao invés de um
chocolate de marca conhecida, só porque a macadâmia é produzida na
região.
Fonte: Elaborado pelos autores.
De forma geral, verifica-se que os consumidores do segmento de mercado estudado
consomem chocolate por prazer, possuem pouca disposição para experimentar marcas
diferentes, o que denota que há uma fidelização por parte dos consumidores deste produto.
Apesar da maior parte dos entrevistados pertencerem à classe C, o preço não é o fator mais
importante na decisão de compra. Por ser um produto não muito caro, relacionado ao prazer
proporcionado pelo seu consumo, independente da classe econômica, as pessoas o consomem
pela saciação do prazer, sendo o preço um fator que não influencia neste caso.
Percebe-se também um certo desinteresse da população por produtos regionais e/ou por
produtos com benefícios adicionais, tais como os oferecidos pela macadâmia. Este resultado
pode ser um reflexo da baixa porcentagem de participantes desta pesquisa intolerantes à
lactose e/ou a outros alimentos, o que pode ter influenciado no fato desta amostra não ver o
valor que foi agregado ao produto. Por fim, percebe-se que há uma baixa aceitação dos
potenciais consumidores de São Mateus em experimentar um novo chocolate adicionado de
extrato de macadâmia.
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as pessoas que realizam atividades físicas pelo menos uma vez na semana; e não, para as
pessoas que realizam atividades físicas às vezes ou nunca. O resultado do teste de
homogeneidade está sintetizado na Tabela 2.
Tabela 2 – Resultado do teste das variáveis.
Teste das variáveis Resultado Conclusão
Não existe diferença significativa entre a faixa etária com o
Afirmação 1 x Faixa Ho aceita fato de consumir chocolate principalmente pela sensação de
Etária prazer desconsiderando os benefícios nutricionais.
Não existe diferença significativa entre a escolaridade com o
Afirmação 1 x Ho aceita fato de consumir chocolate principalmente pela sensação de
Escolaridade prazer desconsiderando os benefícios nutricionais.
Não existe diferença significativa entre o fato de realizar
Afirmação 1 x Ho aceita atividade física com o fato de consumir chocolate
Atividade Física principalmente pela sensação de prazer desconsiderando os
benefícios nutricionais.
Afirmação 2 x Faixa Ho aceita Não existe diferença significativa entre a faixa etária e o fato
Etária de consumir sempre o mesmo chocolate.
Afirmação 2 x Ho aceita Não existe diferença significativa entre a escolaridade com o
Escolaridade fato de consumir sempre o mesmo chocolate.
Afirmação 3 x Classe Ho aceita Não existe diferença significativa entre a classe com o fato do
preço influenciar na compra do chocolate.
Afirmação 3 x Faixa Não existe diferença significativa entre a faixa etária com o
Etária Ho aceita fato do preço influenciar na compra do chocolate.
Afirmação 4 x Alergia Não existe diferença significativa entre o fato de possuir
e/ou Intolerância Ho aceita alergia ou intolerância alimentar com o fato de concordarem
alimentar com a diferença de preço entre os chocolates comum e um
chocolate sem lactose.
Não existe diferença significativa entre realizar atividade
Afirmação 4 x Ho aceita física com o fato de concordarem com a diferença de preço
Atividade Física entre os chocolates comum e um chocolate sem lactose.
Não existe diferença significativa entre a classe com o fato de
Afirmação 4 x Classe Ho aceita concordarem com a diferença de preço entre os chocolates
comum e um chocolate sem lactose.
Afirmação 4 x Não existe diferença significativa entre a escolaridade com o
Escolaridade Ho aceita fato de concordarem com a diferença de preço entre os
chocolates comum e um chocolate sem lactose.
Afirmação 5 x Faixa Ho aceita Não existe diferença significativa entre o fato de possuir
Etária alergia ou intolerância alimentar com o fato de concordarem
em experimentar um chocolate com extrato de macadâmia
caso o encontrasse no supermercado.
Afirmação 5 x Estado Não existe diferença significativa entre o estado civil e fato de
Civil Ho aceita concordarem em experimentar um chocolate com extrato de
macadâmia caso o encontrasse no supermercado.
Não existe diferença significativa entre a escolaridade com o
Afirmação 6 x Ho aceita fato de comprar um chocolate com extrato de macadâmia ao
Escolaridade invés de um chocolate de marca conhecida, só porque a
macadâmia é produzida na região.
Afirmação 6 x Estado Não existe diferença significativa entre o estado civil e o fato
Civil Ho aceita de comprar um chocolate com extrato de macadâmia ao invés
de um chocolate de marca conhecida, só porque a macadâmia
é produzida na região.
Afirmação 6 x Classe Ho aceita Não existe diferença significativa entre a classe o fato de
comprar um chocolate com extrato de macadâmia ao invés de
um chocolate de marca conhecida, só porque a macadâmia é
produzida na região.
Fonte: Elaborado pelos autores.
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Como pode ser visto na Tabela 2, não houve diferença estatística, ou seja, não existe diferença
significativa entre as características pessoais dos consumidores em relação às afirmações.
Como nenhuma relação foi estatisticamente comprovada, não foi possível realizar o teste Qui-
quadrado, para comparar proporções em diferentes populações. Como pode ser vista na
Figura 6, esta amostra apresenta-se dividida quanto sempre consumir o mesmo chocolate,
34% concordaram com esta afirmação e 30% discordaram. De maneira análoga a afirmação 2,
a amostra desta pesquisa dividiu-se frente a afirmação 3 onde buscava identificar se o preço é
um fator limitante na compra de chocolate, 28% da amostra concordaram com esta afirmação
e 31% discordaram.
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5. Considerações Finais
Com base nos dados do teste de conceito e em informações obtidas através da revisão de
literatura, foi possível definir o comportamento do mercado-alvo, identificando as
oportunidades para inserção deste novo produto no mercado.
Verifica-se que o produto testado possui uma baixa aceitação no segmento de mercado
escolhido, o município de São Mateus e região. Devido a isso, as empresas/pesquisadores
devem voltar nas etapas anteriores do PDP e realizar alterações no produto ou redirecionar
este produto para outro segmento de mercado ou um nicho de mercado. Caso o foco seja nos
consumidores intolerantes à lactose, uma alternativa pode ser a venda em lojas especializadas,
pois no varejo supermercadista o público em geral não possui uma tendência significativa de
compra. Caso se deseje explorar o aspecto regional e nutricional da macadâmia, deve-se
investir em campanhas de divulgação, visto que são poucos os consumidores com
conhecimento dos benefícios nutricionais da macadâmia e do volume de produção da região,
fato que pode ter interferido na baixa aceitação do produto
A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, é sugerida a realização das próximas etapas do
PDP, como por exemplo, a pesquisa de mercado para determinar o tamanho do mercado-alvo,
o posicionamento do produto, a caracterização de concorrentes e dos fornecedores de
insumos. Devido a quantidade de brasileiros intolerantes à lactose, sugere-se também um
estudo sobre a influência da alergia e/ou intolerância à lactose na comercialização deste novo
produto. Este estudo, de base científica e tecnológica, irá contribuir no atendimento da
demanda atual de produtos diferenciados por meio da agregação de valor a um produto
regional de forma a apresentar viabilidade mercadológica.
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