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Materiais de reforço Introdução
Sistema Transportador
Algodão
Correias Transportadoras – Sua
Material de reforço tradicional no fabrico de correias transportadoras. A sua utilização entrou num Constituição
processo decrescente, com o aparecimento das fibras sintéticas:
Classificação das Correias
Em 1890, surge o rayon (Chardonnet, em França) e em 1910 (Courtaulds, em Inglaterra); Transportadoras
Em 1931 surge a poliamida (Carothers, nos Estados Unidos da América do Norte);
Na década de 30, as empresas americanas Owens-Illinois Glass Company e Corning Glass Works Designação de Correias
levem por diante, conjuntamente, o projecto de desenvolvimento de fibras de vidro. Transportadoras
Em 1941 surge o poliéster (desenvolvido por cientistas ingleses, embora baseados em estudos do
Órgãos e Configurações de um
americano Carothers);
Sistema Transportador
Em 1942, surge a primeira correia transportadora, fabricada pela empresa americana Goodyear,
com cord de aço; Materiais de Reforço e suas
Em 1965 surge a poliaramida (desenvolvida nos por Stephanie Kwolek, nos Estados Unidos da Características
América do Norte).
Cálculo e Selecção de Correias
A aplicação do algodão com material de reforço é actualmente inferior a 5% de todos os materiais
Transportadoras
utilizados na produção de correias transportadoras. A sua resistência mecânica é relativamente baixa
quando comparadas com os materiais sintéticos. A sua resistência mecânica aumenta com o grau de Tipo e Espessura dos
humidade. Mas como apresenta uma elevada absorção de humidade, a estabilidade dimensional é muito Revestimentos
prejudicada. Apresenta também o inconveniente de ser atacado pelo míldio.
Diâmetro Mínimo das Polias
Rayon
Distância Mínima de Transição
O rayon é um material constituído por celulose regenerada. Apresenta uma resistência mecânica
entre os Roletes de Apoio e as
superior ao algodão, mas esta resistência é afectada, negativamente, pela humidade. Como apresenta
Polias de Cabeça ou de Cauda
também uma elevada absorção de humidade, a sua estabilidade dimensional é fraca. Susceptível de ser
também atacada pelo míldio. A sua utilização na produção de correias transportadoras é, actualmente, Correias Transportadoras
quase nula. Especiais
O poliéster apresenta uma elevada resistência mecânica e uma excepcionalmente elevada resistência à
Inspecção
abrasão e à fadiga. Possui uma baixa absorção de humidade e, em consequência, uma boa estabilidade
dimensional. Não é atacado pelo míldio. Correias Transportadoras –
Reparações e Empalmes
Poliaramida
Reparação de Correias
Apresenta uma resistência mecânica, que é o dobro do aço; o seu alongamento situação entre o do aço e
Transportadoras
o do poliéster. É um material com uma densidade muito inferior à do aço (1,44 − poliaramida e 7,85 −
aço). O seu elevado custo e, de certo modo, alguma escassez no mercado, limitam a sua utilização na Empalme de Correias
produção de correias transportadoras. Transportadoras
Aço
Empalmes por
A primeira correia transportadora construída apenas com aço foi produzida em 1901 pela empresa sueca Vulcanização
Sandvik. Mas, como atrás referimos, a primeira correia transportadora fabricada com borracha e cord de
Empalme com
aço foi produzida pela empresa Goodyear em 1942. O aço é utilizado como material de reforço sempre
Ligadores Mecânicos
que é exigida uma elevada resistência mecânica e um alongamento muito baixo. Um aspecto
desfavorável são os fenómenos de corrosão. Execução de Empalme por
Conservação de Correias
Características dos Materiais de Reforço
Transportadoras
Galeria
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Notas:
Quando seco;
A resistência é má na presença de ácidos fortes;
A resistência é má na presença de bases fortes
A adesão é boa quando utilizados sistemas de ligação especiais;
Temperatura de fusão;
E-Glass e S-Glass, respectivamente; são temperaturas de fusão.
Figura 4 – Materiais de reforço: tenacidade versus deformação
No Quadro 2 indicam-se os símbolos utilizados para identificar as diversas fibras e telas de matérias
têxteis.
Às letras seguem-se caracteres numéricos que indicam a resistência da tela (resistência à tracção); os
primeiros algarismos indicam a resistência na direcção da teia, em kN/m; segue-se uma barra (/) e
outros algarismos que indicam a resistência na direcção da trama, também em kN/m. Exemplos:
C 81/32 – Tela de algodão, com 81 kN/m de resistência à tracção no sentido da teia e 32 kN/m de
resistência à tracção no sentido da trama.
EP 100/40 – Tela com teia em poliéster e trama em poliamida; resistência à tracção de 100 kN/m
no sentido da teia e 40 kN/m no sentido da trama.
PP 200/80 – Tela com teia em poliamida e trama também em poliamida; resistência à tracção de
200 kN/m no sentido da teia e 80 kN/m no sentido da trama.
EE 160/65 – Tela com teia em poliéster e trama também em poliéster; resistência à tracção de
160 kN/m no sentido da teia e 65 kN/m no sentido da trama.
Eb 170/70 – Tela mista, com teia e trama em algodão/poliéster (poliéster em maior
percentagem), com resistência à tracção de 170 kN/m no sentido da teia e 70 kN/m no sentido da
trama.
No Quadro 3 são indicadas as principais combinações dos diversos tipos de fibras no fabrico de telas
para correias transportadoras.
Materiais de Reforço − Formas de Apresentação
Telas Têxteis – Sua Designação As telas têxteis são correntemente designadas pela codificação
alfabética indicada no Quadro 3. As suas principais características são as seguintes: Tipo de tela (ou
tecido)
Tipo de tecido (Tafetá, Oxford, Sarja, Sarja Quebrada, Tecido Duplo, Tecido Triplo, Tecido de
Teia Rectilínea, Tecido Cord ou Tecido Sólido;
Tipo de fibras utilizadas;
Largura do tecido;
Estado do Tecido (À Saída do Tear ou Tratado).
Construção
Características da tela
Espessura do tecido;
Peso em gramas por metro quadrado (tecido seco);
Peso em gramas por metro linear (tecido com uma largura de X cm – tecido seco);
Resistência à tracção no sentido da teia (N/mm, por exemplo);
Indicar tipo e condições de teste;
Resistência à tracção no sentido da trama (N/mm, por exemplo);
Indicar tipo e condições de teste;
Alongamento na rotura, no sentido da teia, %;
Indicar tipo e condições de teste;
Alongamento na rotura, no sentido da trama, %;
Indicar tipo e condições de teste;
Crimp no sentido da teia, %;
Indicar tipo e condições de teste;
Crimp no sentido da trama, %;
Indicar tipo e condições de teste.
São indicados no Quadro 5 os tipos de telas de algodão definidos na norma portuguesa NP-223
(1962) (1).
(1) – Normas muitíssimo desactualizadas e que deveriam ter sido revistas há muitos
anos. Foi proposto à Direcção da APIB, como ONS, em Abril de 1997 que, face ao seu
elevado grau de desactualização, todas as normas relativas a correias transportadoras
fossem revistas pela CT-76. A verdade é que até aos dias de hoje nada foi feito.
São indicados no Quadro 6 outros tipos de telas de algodão definidos por outras normas
internacionais.
Telas de Rayon (Rayon Fabrics)
São indicados no Quadro 9 os tipos de telas de poliéster (teia) e poliamida (trama), designadas por
Telas EP, de acordo com a nomenclatura europeia.
(1) Conteúdo parcial das especificações cedidas gentilmente pela empresa MEP-OLBO, GmbH,
Alemanha (Clicar para ampliar).
São indicados no Quadro 10 os tipos de telas de poliamida (teia) e poliamida (trama), designadas por
Telas PP, de acordo com a nomenclatura europeia.
(1) Conteúdo parcial das especificações cedidas gentilmente pela empresa MEP-OLBO, GmbH,
Alemanha (Clicar para ampliar).
São indicados no Quadro 11 os tipos de telas de poliéster (teia) e poliéster (trama), designadas por
Telas EE, de acordo com a nomenclatura europeia.
(1) Conteúdo parcial das especificações cedidas gentilmente pela empresa MEP-OLBO, GmbH,
Alemanha (Clicar para ampliar)
São indicados nos Quadros 12 e 13 os tipos de telas de teia rectilínea (Straight Warp), com poliéster na
teia e poliamida na trama e nos fios de ligação, designadas por Telas EPP, de acordo com a
nomenclatura europeia. O fabricante MEP-OLBO, GmbH, Alemanha, que gentilmente me forneceu as
especificações, produz diversas variantes e também tipos adequados para empalmes vulcanizados e para
empalmes com ligadores.
(1) Conteúdo parcial das especificações cedidas gentilmente pela empresa MEP-OLBO, GmbH,
Alemanha. (2) Em desenvolvimento (Clicar para ampliar)
(1) Conteúdo parcial das especificações cedidas gentilmente pela empresa MEP-OLBO, GmbH,
Alemanha. (2) Em desenvolvimento (Clicar para ampliar).
Na Figura 5 está representada, de forma esquemática, uma estrutura de uma tela com teia rectilínea.
São indicados nos Quadros 14, 15 e 16 os tipos de telas de teia rectilínea (Straight Warp), com
poliaramida na teia e poliamida na trama e nos fios de ligação, designadas por Telas DPP, de acordo com
a nomenclatura europeia. O fabricante MEP-OLBO, GmbH, Alemanha, que gentilmente me forneceu
as especificações, produz tipos normalizados em Twaron (Quadro 14), tipos para empalmes com
ligadores, em poliaramida Kevlar (Quadro 15) e tipos normalizados em Kevlar (Quadro 16).
(1) Conteúdo parcial das especificações cedidas gentilmente pela empresa MEP-OLBO, GmbH,
Alemanha (Clicar para ampliar).
São indicados no Quadro 17 os tipos de telas em cord de aço de teia rectilínea, com trama também em
cord de aço e fios de ligação de poliamida.
São indicados no Quadro 18 os tipos de telas em cord de aço, com trama de poliamida.
São indicados nos Quadros 19, 20 e 21 os tipos de telas em cord de aço, com uma trama de aço (Tipo
IW) ou duas tramas de aço (Tipo SW), ou uma trama de cord de poliamida (Tipo TW).
(Clicar para ampliar)
Um tecido sólido é uma estrutura tridimensional constituída por fios dispostos em três planos
perpendiculares entre si. A produção destas estruturas envolve processos de tecelagem, tricotagem,
entrançamento e mesmo processos de fabrico de não-tecidos. Na Figura 6 é apresentada, de forma
esquemática, uma estrutura típica de tecido sólido.
As correias transportadoras possuem uma só tela e deste facto derivam várias vantagens como sejam:
Grande flexibilidade;
Não existe o risco de ocorrer separação de telas;
Elevada resistência a rasgos longitudinais;
Elevada resistência aos impactos;
Elevada resistência ao desgaste das orlas.
No revestimento deste tipo de correias transportadoras são utilizados compostos de NBR, NBR/PVC ou
simplesmente PVC. No Quadro 23 são indicadas as características de alguns tipos de tecidos sólidos.
Telas em Fibra de Vidro
As telas em fibra de vidro apresentam particular interesse para o fabrico de correias transportadoras
para aplicações a altas temperaturas. As telas são, geralmente, revestidas com politetrafluoroetileno
(PTFE) ou com borracha de silicone. Nos Quadros 24, 25 e 26 são apresentadas as características de
telas de cord, telas revestidas com PTFE e telas revestidas com borracha de silicone, respectivamente.
Este tipo de telas constitui uma inovação relativamente recente. É recomendado para correias
transportadoras que operam em condições muito severas. A tela de teia tripla é utilizada em conjunto
com duas telas de protecção – uma de cada lado – as quais a protegem, pelas suas características
especiais, dos efeitos de elevados impactos. Na Figura 7 é mostrada uma representação esquemática
deste tipo de tela, que é actualmente produzida numa gama de resistência que varia entre 400 a 1000
PIW (Pounds per inch width – libras por polegada de largura), o que é equivalente a 700 a 1750 N/mm.
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