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TCC1 - Relatório Final - Paulo Lassance
TCC1 - Relatório Final - Paulo Lassance
FORTALEZA – CE
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................03
2 JUSTIFICATIVA................................................................................................................04
3 OBJETIVOS DE PESQUISA.............................................................................................05
3.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................05
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................................05
4 METOLOGIA......................................................................................................................05
5 EVOLUÇÃO DOS AMBIENTES DE ESCRITÓRIO E SURGIMENTO DO
COWORKING........................................................................................................................06
5.1 MANIFESTAÇÃO DOS PRIMEIROS ESPAÇOS DE
ESCRITÓRIO........................06
5.2 ESCRITÓRIO TAYLORISTA........................................................................................08
5.3 OPEN PLAN OFFICE E SUAS
VARIAÇÕES...............................................................11
5.4 ESCRITÓRIO PANORÂMICO......................................................................................11
5.5 ESCRITÓRIOS NÃO-
TERRITORIAIS.........................................................................12
6. O SURGIMENTO DO ESCRITÓRIO
COMPARTILHADO.........................................13
7. COWORKING E O NOVO AMBIENTE DE
TRABALHO............................................13
8. QUALIDADE AMBIENTAL NOS AMBIENTES DE TRABALHO
COMPARTILHADO..............................................................................................................14
9. REFERÊNCIAS PROJETUAIS........................................................................................15
9.1 – CONTAINER
COWORKING.......................................................................................15
9.2 – DREAMPLEX OFFICE
BUILDING............................................................................18
9.3 – EDIFÍCIO
CORUJAS....................................................................................................20
9.4 ANÁLISE DOS PROJETOS DE
REFERÊNCIA...........................................................24
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1 – INTRODUÇÃO
Antigamente, os ambientes de trabalho eram locais destinados exclusivamente à
realização das atividades laborais, os quais não possibilitavam a realização de qualquer outra
atividade que não fosse relacionada ao exercício profissional. Com isso, a distribuição
espacial destes ambientes, bem como sua organização interna, tinha o intuito de dificultar
qualquer desvio da atividade trabalhista, fosse ele provocado por uma condição do espaço ou
pela interação com os demais indivíduos.
Dessa forma, visando produtividade e economia, de maneira equivocada, as empresas
disponibilizavam ambientes pequenos e isolados, seguindo uma ideia ultrapassada de
hierarquia corporativa, carentes de qualquer estímulo físico ou social capaz de firmar reais
relações dentro da empresa, bem como de condições confortáveis do ponto de vista térmico e
acústico. Além disso, esses espaços eram - e ainda são, por vezes - totalmente iluminados e
climatizados artificialmente, o que pode acarretar em diversos problemas no que tange a saúde
e qualidade de vida das pessoas, e configurar um caso de Síndrome do Edifício Doente – SED
(1982).
A SED foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1982, e trata-
se de um conjunto de doenças desencadeadas pela proliferação de microrganismos infecciosos
e partículas químicas em ambientes fechados, podendo causar fadiga, dores musculares,
estresse, sonolência, e até doenças mais graves, como depressão, gripes ou resfriados. A
enfermidade pode ocorrer de diferentes formas durante o ciclo de vida de uma edificação,
podendo acontecer imediatamente após a ocupação de um novo edifício, devido a dispersão
de materiais de construção particulados acumulados no ar ou, posteriormente, devido ao
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2. JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, as mudanças nas práticas empresariais de grandes entidades
modernas, como a Google, mudaram consideravelmente a forma como trabalhar no escritório.
Ao perceberem os benefícios da utilização de ambientes de trabalho open space - espaço
aberto, compartilhado – na atualidade, deixaram de lado o conceito monótono da antiga rotina
de trabalho em ambientes isolados e passaram a introduzir novos estímulos à jornada de
trabalho. Foram incluídos novos ambientes e práticas, que antes não faziam parte do
programa de necessidades ou da cultura de uma empresa, como salas de reunião informal,
salas de descompressão, salas de descanso, espaços de lazer e prática esportiva.
Com isso, o espaço de trabalho se tornou um ambiente mais agradável e diversificado,
capaz de estimular o processo criativo, aumentar o senso de pertencimento e oferecer
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3. OBJETIVOS DE PESQUISA
3.1. OBJETIVO GERAL
Este trabalho tem como objetivo desenvolver o projeto arquitetônico de um edifício
coworking com foco no conforto ambiental, apresentando uma forma sustentável de se pensar
novos ambientes de trabalho, cada vez mais integrados e capazes de impactar positivamente a
saúde e a qualidade de vida de seus usuários.
4. METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado por meio de extensa pesquisa com enfoque no conforto
ambiental em ambientes de trabalho compartilhado, buscando uma melhor compreensão
acerca dos reais impactos da arquitetura não só na organização física do espaço laboral, mas
na qualidade de vida das pessoas que o usufruem.
A pesquisa teve carácter qualitativo, feita com base em referências bibliográficas e
documentais acerca do tema. Além disso, foram analisados diversos estudos científicos
quantitativos, capazes de comprovar na prática a capacidade da arquitetura de impactar na
qualidade ambiental dos espaços e, consequentemente, na saúde e qualidade de vida das
pessoas.
Por fim, com o embasamento teórico solidificado e uma completa análise do terreno
escolhido, foi possível identificar as condicionantes - urbanísticas, ambientais e sociais - do
espaço em questão e estabelecer estratégias bioclimáticas apropriadas para a realização do
projeto arquitetônico de um coworking capaz de proporcionar um ambiente confortável, do
ponto de vista ambiental, e favorecer a saúde ocupacional dos usuários.
Fonte: https://frontispicio.wordpress.com/2016/02/12/o-scriptorium-devocao-trabalho-e-memoria/
ser utilizados para a engenharia e criação artística (CAGNOL, 2013). Dessa forma, artistas e
escritores passaram a usufruir os escritórios como espaços de isolamento independentes para o
desenvolvimento de suas técnicas e pesquisas, demonstrando os primeiros indícios de
empreendedorismo por meio do trabalho individual especializado.
Nesse período, devido à centralização dos estados da Europa, as atividades
administrativas aumentaram acentuadamente, sendo o Palácio Uffizi um marco histórico da
época por ser um dos primeiros prédios administrativos especializados, segundo Caldeira
(2005). O edifício, que está localizado em Florença, na Itália, foi projetado por Giorgio Vasari
em 1560, a pedido de Cosmo I de Médici, com o intuito de reunir em um só local os
escritórios (uffizi) dos treze principais magistrados da cidade, constituindo, portanto, uma
inovação na medida em que criou uma tipologia até o momento inexistente.
Fonte: https://www.romapravoce.com/galleria-degli-uffizi-florenca/
Fonte: https://arqnathaliamello.files.wordpress.com/2012/05/artigo-1-anc3a1lise-da-forma.pdf
Em 1871, a cidade de Chicago precisou ser reconstruída de forma rápida e eficaz após
um grande incêndio que a deixou parcialmente destruída. Com isso, surgiu a Escola de
Chicago, um movimento arquitetônico que se utilizava da produção em série para a
construção de edificações com estrutura de aço e concreto armado, liberando as fachadas e
paredes internas de sua função estrutural e permitindo elevar as torres, criar plantas livres e
descolar os pilares das fachadas – para, então, envidraçá-las (CALDEIRA, 2005). Esse
movimento de cunho inovador contribuiu de maneira decisiva para a definição de uma nova
tipologia de edifícios de escritório – indicando o nascimento da arquitetura comercial.
Segundo Cagnol (2013), o célebre arquiteto Frank Lloyd Wright foi o primeiro a
encarar de uma forma global e integrada o projeto arquitetônico e o design de interiores e de
instrumentos de trabalho específicos – como a cadeira de rodízio. Um exemplo disso é o
projeto do Larkin Building, 1904, em Buffalo. Wright propôs layouts mais flexíveis de
ocupação dos espaços corporativos, abriu grandes claraboias sobre os trabalhadores,
privilegiou todos os funcionários – independente de seus cargos –, e introduziu o ar
condicionado para a climatização do ambiente.
Figura x: Larkin Building
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Fonte:
Segundo Shoshkes (1976 apud FONSECA, 2004), na década de 1930, após a Primeira
Guerra Mundial, arquitetos, designers de interiores e outros profissionais começaram a se
preocupar com questões relacionadas ao trabalho e como o ambiente laboral poderia ser
melhor projetado de acordo com as necessidades de seus usuários. Nas décadas seguintes,
questões projetuais e ambientais dos espaços de trabalho foram analisadas e revisadas com o
objetivo de propor ambientes capazes de melhorar a qualidade de vida e aumentar a
produtividade dos funcionários.
Em 1927, o psicólogo australiano George Elton Mayo (1880-1949) coordenou a
experiência Hawthorne, na fábrica da Western Electric Company, em Chicago. Seu objetivo
era determinar o efeito das condições de trabalho sobre a produtividade, compreendendo
aspectos como a relação entre a intensidade luminosa e a eficiência, bem como a fadiga,
acidentes no trabalho e a rotatividade do pessoal.
Segundo Fonseca (2004), Mayo foi, portanto, foi o primeiro a criticar o modelo
taylorista, propondo a substituição do método coercitivo pelo emprego da psicossociologia e
da comunicação interna, buscando democratizar a administração nas frentes de trabalho das
indústrias e fazendo com que os funcionários se sentissem participantes das decisões da
empresa, o que aumentaria sua produtividade.
A tecnologia, o crescimento dos grandes centros urbanos, a vida corrida do século XXI
e as novas formas de trabalho revolucionaram a maneira como as pessoas lidam com essa
parte de suas vidas. Os modelos tradicionais de escritórios não atendem mais às necessidades
das empresas e muito menos dos profissionais.
Tecnologias como Skype, Zoom e outras ferramentas de comunicação virtual
começaram a permitir a implementação do trabalho remoto. Um colaborador pode estar no
Japão e trabalhar para uma empresa dos Estados Unidos. Isso, inclusive, tem sido incentivado
e visto como uma grande vantagem e oportunidade para as organizações.
Com isso, a necessidade de revolucionar os espaços de trabalho também surgiu de
forma latente. Os escritórios passaram a se tornar ambientes descontraídos, que incentivam a
criatividade, o trabalho em equipe e promovem o conforto, a praticidade e a estrutura
necessários para um profissional moderno.
A partir daí foi criado, também, o conceito de coworking, ou seja, um ambiente
compartilhado para profissionais remotos, empresas modernas e quem mais quiser fazer parte
de uma nova forma de trabalho.
9. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Fonte: Archdaily
O projeto Container, situado na cidade portuária de Itajaí (SC) tem como objetivo
intervir sobre um modelo conceitual, interagir com as questões da sustentabilidade,
propor uma construção modular industrializada e ao mesmo tempo possibilitar,
através da arquitetura e criatividade, a aproximação com a natureza e arte (Rodrigo
Kirck, 2016).
Figura x: Recepção
Fonte: Archdaily
O projeto conta com a disposição de containers sobrepostos criando dois volumes,
com a presença de grandes esquadrias na fachada e separados por uma escada central que
possui um sistema de abertura zenital em seu topo, permitindo um maior aproveitamento da
iluminação natural.
Figura x: Iluminação zenital, frontal e circulação vertical
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Fonte: Archdaily
Além disso, sobres os containers estão instalados dois grandes telhados-jardins, que
ajudam a reduzir o impacto da radiação solar, captam a água das chuvas para sua reutilização
e funcionam como um reservatório de águas pluviais, diminuindo o impacto no sistema de
coleta pública.
Figura x: Perspectiva paralela
Fonte: Archdaily
Dessa forma, apesar de bastante compacto, o edifício cumpre bem sua função,
demonstrando inovação e preocupação com o conforto ambiental, além de apresentar uma
forte identidade, representada pela harmonia entre o design, os materiais, as cores e as artes,
que fazem menção à origem indígena do arquiteto, aos laços afetivos que mantém com a
cidade de Itajaí e a sua ligação com a indústria naval.
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Figura x: Sala de reunião e circulações.
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Fonte: Archdaily
Para os arquitetos, era importante que o edifício transmitisse a real sensação de estar
situado no Vietnã, proporcionando plena vista do entorno e trazendo um conceito tropical por
meio da vegetação e da utilização de materiais de origem local como o bambu, pedra, reboco
de cal e madeira maciça.
Além disso, o projeto adotou algumas estratégias bioclimáticas com o intuito de tornar o
edifício sustentável e eficiente energeticamente. Sua estrutura original foi mantida e foi criado
um jardim tropical – quebrando a laje de concreto existente ao ar livre, trazendo de volta o
solo natural e permeável. Foram implementadas, também, grandes portas de correr no
pavimento térreo, criando uma ligação com o jardim exterior e maximizando a circulação de
ar.
Fonte: Archdaily
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Ademais, foi proposta uma fachada ventilada com a utilização de bambu e persianas –
horizontais e verticais – como elementos de proteção solar, projetados especificamente para
cada orientação/fachada para reduzir o excesso de iluminação e melhorar o conforto dos
clientes.
Figura x: Fachada ventilada e elementos de proteção solar
Fonte: Archdaily
9.3 – EDIFÍCIO CORUJAS
O edifício comercial possui 6880m² de área construída e está localizado na Vila
Madalena, em São Paulo. Seu projeto foi realizado em 2012, pelo escritório FGFM
Arquitetos, e teve sua obra concluída em 2014. Sua proposta, segundo os arquitetos, era de
criar um espaço mais humanizado para o trabalho, em oposição a tipologia dos edifícios
verticais com fachadas em vidro espelhado, que se repetem constantemente na arquitetura
comercial.
Fonte: Archdaily
Devido ao formato do lote e o gabarito local de apenas nove metros, buscou-se uma
solução horizontal, com a perspectiva de criar uma arquitetura que possibilitasse que os
escritórios tivessem, além de suas áreas fechadas, espaços avarandados generosos para
reuniões externas, e jardins próprios, privativos.
Figura x: Jardim privativo
Fonte: Archdaily
Dividida em dois blocos, a edificação conta com amplas salas com iluminação natural,
salas de reunião em locais abertos e áreas comuns que visam a integração entre as pessoas,
conectando todos os espaços a um átrio arborizado, que estabelece uma praça central.
Figura x: Praça central
Fonte: Archdaily
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O pavimento térreo da edificação possui maior volume, chegando a encostar nos limites
vizinhos, e é todo envelopado em madeira, para intensificar ainda mais essa diferenciação. Já os
pavimentos superiores, com menor volume, possuem grandes fachadas envidraçadas em meio à
estrutura metálica e de concreto pré-moldado aparentes, conferindo leveza à edificação e
permitindo a entrada de iluminação natural.
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
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Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
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Joaquim Távora e Dionísio Torres, ao leste pelos bairros Varjota e Cocó e à oeste pelo bairro
Centro.
Dentre as diversas... Segundo dados do site da Prefeitura de Fortaleza, o Bairro possui 16.852
inscrições comerciais e 18.167 inscrições residenciais, o que demonstra o equilíbrio e a
diversidade entre os usos, indicando ser uma área propícia tanto à moradia quanto ao
empreendimento, conferindo sentido à proposta de projeto.
Além disso, com sua área de 3,88 km², o bairro possui um amplo sistema de transporte
público, contando com diversas linhas de ônibus e algumas ciclofaixas. Seu acesso é facilitado
pelas principais avenidas, como a Santos Dumont, Dom Luís e Heráclito Graça, no sentido
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11. PROPOSTA
O bairro Aldeota, como um dos mais economicamente ativos de Fortaleza, é repleto de
ambientes de trabalho, sejam eles escritórios particulares das empresas, salas privadas
alugadas em edifícios comerciais ou espaços reservados para esta função nas próprias
habitações – home office. Porém, apesar da ampla existência destes espaços, percebemos,
principalmente nos grandes edifícios comerciais, uma arquitetura inadequada para a região,
constituindo basicamente uma reprodução das tipologias de grandes edifícios comerciais de
sucesso no exterior, sem levar em consideração as particularidades da região de implantação,
produzindo, portanto, uma arquitetura pouco eficiente e sem identidade.
Dessa forma, muitos projetos são realizados sem um estudo aprofundado no que tange
as características bioclimáticas da área de implantação e a melhor forma de se aproveitar
dessas condições naturais, priorizando a estética do edifício em detrimento de seu conforto
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ambiental e de sua funcionalidade. Com isso, estas edificações apresentam baixa eficiência
energética e, por conseguinte, maiores custos quanto ao consumo de energia elétrica, devido o
constante uso da iluminação artificial e de sistemas de refrigeração. Além disso, prejudicam a
produtividade e a qualidade de vida dos usuários, devido ao desequilíbrio do seu ciclo
circadiano, além do ofuscamento pela luz direta do sol – em decorrência das grandes fachadas
de vidro e ausência de elementos de proteção solar – e a dificuldade de se manter um nível de
insolação e temperatura ideal e confortável para um trabalho de longa duração eficiente.
Dessa forma, este projeto arquitetônico, de cunho privado, tem o intuito de preencher
está lacuna arquitetônica no que diz respeito a espaços de trabalho sustentáveis, concebendo,
portanto, um edifício coworking por meio de estratégias bioclimáticas inerentes ao terreno em
questão, constituindo uma arquitetura com identidade e que possibilite uma maior eficiência
energética e conforto ambiental por meio do aproveitamento da ventilação e da iluminação
natural. Para isso, será utilizada a ventilação cruzada sempre que possível, com exceção
apenas dos ambientes que necessitam de maior isolamento – como salas individuais e de
reunião –, e serão aplicados elementos de proteção solar nas aberturas para conter a irradiação
direta da luz solar, evitando, assim, ofuscamentos e o aumento demasiado da temperatura
interna dos ambientes.
Quanto ao programa, os ambientes serão segmentados em cinco setores, sendo eles:
administrativo, serviço, trabalho compartilhado, trabalho privativo e descompressão. Com
isso, os espaços serão distribuídos da melhor maneira possível, levando em consideração as
particularidades das atividades exercidas em cada setor e, assim, diminuindo possíveis ruídos
e desconfortos que a proximidade de espaços de diferentes usos possa gerar. Além disso, com
o intuito de ser um espaço capaz de facilitar e incentivar as relações sociais no ambiente de
trabalho, serão propostas algumas áreas verdes de lazer e relaxamento, tanto externas quanto
internas, com o objetivo de serem espaços de descompressão em meio ao ambiente laboral,
promovendo áreas descontraídas que incitem a descontração, a criatividade e a troca de
experiências.
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12. REFERÊNCIAS