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44ª LEI DE ALTERAÇÃO DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

O Diário Oficial da União de hoje, 20JUN23, publicou a Lei n. 14.599/23, a 44ª Lei
de alteração do Código de Trânsito Brasileiro, sendo a 12ª decorrente de Medida Provisória
e a 2ª com maior número de alterações no CTB (atrás apenas da Lei n. 14.071/20).
Sua vigência é imediata, a partir da data da publicação.
A Medida Provisória n. 1.153/22, que a originou, pretendia (em relação ao CTB)
somente prorrogar para 1º de julho de 2025 o disposto no artigo 165-B do CTB (infrações
cometidas pela não realização do exame toxicológico periódico por condutores habilitados
nas categorias ‘C’, ‘D’ e ‘E’), mas o Poder Executivo (especificamente a Secretaria Nacional
de Trânsito) aproveitou para alterar outros 8 artigos, sobre temas diversos (10, 12, 67-C,
80, 116, 148, 269 e 323).
Em relação ao assunto principal (prorrogação das infrações referentes à não
realização do exame toxicológico periódico), NÃO PROSPEROU o adiamento para 1º de julho
de 2025, tendo sido antecipado este prazo para 1º de julho de 2023 (ou seja, a partir do
próximo mês), conforme escalonamento a ser regulamentado pelo Conselho Nacional de
Trânsito, não superior a 180 dias, sendo que, agora, existem 2 infrações distintas, previstas
nos artigos 165-B e 165-C (comentários adiante) – seriam 3, mas o art. 165-D foi vetado.
No Congresso Nacional, foram apresentadas 115 Emendas (98 na Câmara e 17 no
Senado), em sua grande maioria com propostas fora do escopo originário da MP (“emendas
jabutis”), resultando em um total de 55 modificações no CTB, sendo 52 artigos alterados
(dentre estes, em 4 artigos, haverá revogação de dispositivos) e 3 artigos incluídos; além
do Anexo I, com 4 alterações, 4 inclusões e 1 revogação, na seguinte conformidade:

Artigos alterados: 10, 12, 19, 22, 23, 24, 67-C, 76, 78, 80, 96, 103, 115, 116, 120,
129-A, 129-B, 130, 131, 140, 141, 148-A, 155, 165-B, 269, 280, 284, 315 e 326-A;

Substituída a palavra “acidente” por “sinistro” (e suas variáveis): artigos 12,


19, 20, 21, 22, 24, 41, 67, 76, 77, 78, 104, 160, 176, 177, 178, 231, 268, 277, 279, 279-A,
301, 302, 304, 305, 312, 312-A, 314 e Anexo I (operação de trânsito, patrulhamento
ostensivo, policiamento ostensivo de trânsito); e
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Artigos incluídos: 24-A, 165-C e 165-D (vetado).

Anexo I
Incluídos: Quadriciclo, Sinistro de trânsito, Triciclo e Veículo especial;
Alterado: Veículo automotor.

Dispositivos revogados: inciso II-A do art. 10, incisos VII e VIII do art. 24, alínea
‘b’ do inciso I do art. 96, parágrafo único do art. 323, conceito de patrulhamento (Anexo I).

Interessante destacar que, das alterações promovidas pela MP n. 1.153/22, NÃO FOI
INCLUÍDA, na Lei de conversão, a modificação do artigo 148, § 1º, que havia substituído,
na formação de condutores, a exigência de “curso de direção defensiva e de proteção ao
meio ambiente” por “conceitos...”; deste modo, voltou-se à redação anterior (curso).

Na sanção da Lei n. 14.599/23, ocorreram 4 vetos presidenciais, em relação às


alterações do CTB (além de outros vetos, referentes a mudanças em outras Leis):
1º) Inciso VIII do artigo 23, que pretendia estabelecer a competência das Polícias
Militares para executarem a polícia ostensiva de trânsito (na verdade, a alteração era
desnecessária, pois o Anexo I já traz, taxativamente, esta atribuição);
2º) Inciso I do § 5º do artigo 148-A, que pretendia prever o impedimento de dirigir
qualquer veículo até a obtenção de resultado negativo em novo exame ao condutor que
obtivesse resultado positivo no exame toxicológico periódico;
3º) Artigo 165-D, que estabelecia a infração de trânsito ao condutor que não realizar
o exame toxicológico periódico (chamada “multa de balcão”, antes prevista no parágrafo
único do artigo 165-B, a qual deixa de existir); e
4º) § 5º do artigo 280, que proibiria realização de convênios para fiscalização de
trânsito abrangendo agentes da autoridade de trânsito não conceituados no Código, o que
impediria a realização de convênios com Guardas Municipais (ou seja, os convênios vigentes
continuarão válidos).

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SEGUEM COMENTÁRIOS DE TODAS AS MODIFICAÇÕES OCORRIDAS:

ARTIGO 10
O Conselho Nacional de Trânsito, que era composto por 10 Ministros, elencando o
nome de cada uma das pastas, passou a ter a participação de Ministros responsáveis por
12 áreas de competência (isso já constava do texto da MP e tinha como objetivo se adequar
à futura alteração ministerial, na mudança de governo federal, que, de fato, houve);
interessante destacar que, apesar de constar doze áreas de competência, duas delas
continuam aglutinadas em um mesmo Ministério (Justiça e Segurança Pública) e, portanto,
na prática, o Contran mudou de 10 integrantes para 11 (a vaga do “Ministério da
Infraestrutura” foi desdobrada em duas, para abranger as áreas de competência
“transportes terrestres” e “mobilidade urbana”, esta última na esfera de atribuição do
reativado Ministério das Cidades).
A presidência do Conselho foi transferida do Ministério da Infraestrutura (que não
existe mais) para o “Ministro de Estado ao qual estiver subordinado o órgão máximo
executivo de trânsito da União” (atualmente, o Ministro dos Transportes).
Também passou a ser prevista a possibilidade de representação dos Ministros por
servidores de nível hierárquico igual ou superior ao Cargo Comissionado Executivo nível 17,
ou por oficial-general, na hipótese de tratar-se de militar.

ARTIGO 12
Nos §§ 3º e 4º, mantendo-se o constante da MP n. 1.153/22, o prazo das
deliberações do Presidente do Contran, nos casos de urgência e relevante interesse público,
foi ampliado de 90 para 120 dias. No § 5º, substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 19
No inciso XI, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.
No inciso XV, foi atualizado o nome do “Ministério da Educação e do Desporto” para
“Ministério da Educação”.
Foi incluído inciso XXXII, com a competência da Senatran para “organizar e manter
o Registro Nacional de Sinistros e Estatísticas de Trânsito (Renaest)”.
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ARTIGO 20
Nos incisos IV, VII e XIII, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 21
No inciso IV, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 22
No inciso IX, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.
Os incisos V e VI, somados ao § 2º, mudam completamente o cenário de
fiscalização de trânsito, em relação à distribuição de competências nas vias urbanas: a
partir de agora, os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal (Detrans), por meio de seus agentes próprios ou por força de convênio com as
Polícias Militares, passarão a ser responsáveis, privativamente, apenas pelas infrações
previstas nos artigos 165-D, 233, 240, 241, 242, 243 e § 5º do artigo 330; enquanto que
os órgãos municipais terão competência privativa para as infrações dos artigos 95, 181,
182, 183, 218, 219, incisos V e X do 231, 245, 246 e 279-A (este último, não é propriamente
uma infração, mas refere-se aos veículos abandonados).
TODAS AS OUTRAS INFRAÇÕES passaram a ser de competência concorrente,
podendo ser fiscalizadas tanto pelo Estado quanto pelo Município, sem a necessidade de
elaboração de convênios entre eles (como vinha ocorrendo até agora).
Os agentes de trânsito municipais, portanto, passam a poder fiscalizar infrações
relativas ao veículo e ao condutor, como falta de habilitação, influência de álcool, falta de
licenciamento ou mau estado de conservação e segurança, dentre tantas outras. É claro
que, nos Estados em que isto ainda não ocorria por força de convênio (como é o caso de
São Paulo), haverá a necessidade de ajustes sistêmicos (para processamento das multas)
e, principalmente, operacionais, com o consequente treinamento dos servidores. Também
deverá ser levada em consideração a questão da abordagem, necessária para a constatação
de várias destas infrações, o que deve ser sopesado pelos gestores, quanto à conveniência
e oportunidade de se iniciar, desde já, a fiscalização de tais infrações, pois deve ser
priorizada a segurança dos seus agentes. Nada impedirá, todavia, que sejam realizadas
operações conjuntas com os órgãos de segurança pública, e que os agentes municipais
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lavrem os respectivos autos de infrações de trânsito por condutas que, antes, não autuavam
(em muitos Estados, esta fiscalização já é comum, mas dependia de convênio).
Da mesma forma, os policiais militares que atuam em nome do Detran, em municípios
que não possuíam convênio entre Prefeitura e Secretaria da Segurança Pública, passam a
poder fiscalizar infrações de circulação, como avanço de sinal vermelho do semáforo,
conversão proibida ou bloqueio da via, autuando diretamente em talonário estadual (as de
parada e estacionamento continuarão sendo de competência municipal).

ARTIGO 23
Seria incluído um inciso VIII (mas foi vetado), estabelecendo a competência das
Polícias Militares em realizar a “polícia ostensiva de trânsito”, alteração que, em meu
entender, era totalmente desnecessária, em termos práticos, pois a ausência deste
dispositivo era irrelevante, tendo em vista o conceito de “policiamento ostensivo de
trânsito”, no Anexo I do CTB, atividade atribuída às Polícias Militares.
Em termos doutrinários, a utilização da expressão “polícia” amplia o alcance da
atividade desenvolvida (em relação ao “policiamento”), tendo em vista que aquela se refere
à missão constitucional como um todo, enquanto o “policiamento” é apenas uma parcela,
relativa à execução. Em termos práticos, reitero, não mudaria nada.

ARTIGO 24
No inciso IV, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.
A revogação dos incisos VII e VIII, a alteração do inciso VI e a inclusão dos §§ 3º e
4º mudam completamente o cenário de fiscalização de trânsito, em relação à distribuição
de competências nas vias urbanas, conforme comentários ao artigo 22.

ARTIGO 24-A
Este artigo reforça os comentários feitos acima, quanto à distribuição de
competências de fiscalização de trânsito nas vias urbanas, deixando expresso que,
excetuadas as competências privativas, todas as outras infrações poderão ser fiscalizadas
tanto pelo Estado quanto pelo Município. Além disso, nas privativas, permanece a
possibilidade de convênio de delegação entre os entes federativos.
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ARTIGO 41
No inciso I, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 67
No inciso III, foi substituída palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 67-C
O § 8º, que foi incluído pela Lei n. 14.440/22, e já havia sido alterado pela MP n.
1.153/22, estabelece competência do Conselho Nacional de Trânsito para regular as
situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção e de descanso dos
motoristas profissionais, onde não houver pontos de parada e de descanso (ou exaurimento
de vagas).

ARTIGO 76
No parágrafo único, foi atualizado o nome do “Ministério da Educação e do Desporto”
para “Ministério da Educação”.
No inciso IV, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 77
No caput, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 78
No caput, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.
Também foram atualizados os nomes dos Ministérios “da Educação e do Desporto”,
“do Trabalho” e “da Justiça” para, respectivamente, “Ministério da Educação”, “do Trabalho
e Emprego” e da “Justiça e Segurança Pública”.

ARTIGO 80
A competência para autorizar o uso de sinalização experimental deixa de ser do
Contran para ser do órgão máximo executivo de trânsito da União (atualmente, Secretaria
Nacional de Trânsito), o que já havia sido previsto na MP n. 1.153/22.
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ARTIGO 96
No inciso I, foi revogada a alínea ‘b’ do inciso I, que previa o veículo elétrico como
uma das classificações quanto à tração, tendo em vista que o Anexo I também foi alterado,
para incluir o veículo elétrico no conceito de veículo automotor.
No inciso II, na classificação quanto à espécie, a alínea ‘f’, que trata do veículo
especial, passou a contemplar quais são as subespécies (ou tipos) de veículos especiais.

ARTIGO 103
Foi incluído um § 3º, permitindo ao Contran autorizar, em caráter experimental e por
período prefixado, a circulação de veículos ou combinações sem atendimento aos requisitos
e condições de segurança exigíveis aos veículos em geral (a regra deve se aplicar aos
protótipos em circulação nas vias).

ARTIGO 104
Nos §§ 6º e 7º, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 115
No § 4º-A, foi atualizado o nome do “Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento” para “Ministério da Agricultura e Pecuária”.

ARTIGO 116
A possibilidade de utilização de placas particulares em veículos destinados a serviço
reservado de caráter policial foi ampliada não só para aqueles de propriedade, mas também
sob posse dos órgãos de segurança pública (veículos locados, por exemplo), ficando
vinculadas ao respectivo órgão (e não mais ao veículo).

ARTIGO 120
Foi retirada a palavra “elétrico”, relativa à classificação do veículo, pois passou a se
enquadrar no conceito de “automotor”.

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ARTIGO 129-A
Foi atualizado o nome do “Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento” para
“Ministério da Agricultura e Pecuária”.

ARTIGO 129-B
Foi incluído o parágrafo único, quanto ao registro de contratos de alienação fiduciária
de veículos, estabelecendo que a prestação terceirizada do serviço, por empresas de registro
de contratos especializadas, deve ocorrer na modalidade de credenciamento pelos órgãos
estaduais de trânsito (excluindo, portanto, a contratação por meio de licitação).

ARTIGO 130
Foi retirada a palavra “elétrico”, relativa à classificação do veículo, pois passou a se
enquadrar no conceito de “automotor”.

ARTIGO 131
Foi incluído o § 7º, relativo ao bloqueio de licenciamento para veículos não
submetidos às campanhas de chamamento para substituição de peças (recall),
estabelecendo a possibilidade de que o Contran, excepcionalmente, prorrogue o prazo para
este bloqueio, quando ocorrer falta de peças ou necessidade de escalonamento para o
atendimento aos consumidores.

ARTIGO 140
Foi retirada a palavra “elétrico”, relativa à classificação do veículo, pois passou a se
enquadrar no conceito de “automotor”.

ARTIGO 141
Foi retirada a palavra “elétricos”, relativa à classificação do veículo, pois passou a se
enquadrar no conceito de “automotores”.

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ARTIGO 148-A
Foi alterada a redação do § 5º, estabelecendo que o resultado positivo do exame
toxicológico periódico (obrigatório aos condutores das categorias ‘C’, ‘D’ ou ‘E’) acarretará
suspensão pelo período de 3 meses. Pretendia-se, também, prever o impedimento de dirigir
qualquer veículo até a obtenção de resultado negativo em novo exame, mas foi vetado.
Foi incluído § 8º, para prever que a não realização do exame toxicológico (seja na
obtenção ou renovação das categorias ‘C’, ‘D’ ou ‘E’, seja a cada 2 anos e meio, para os
condutores destas categorias, com idade inferior a 70 anos) configura as infrações de
trânsito dos artigos 165-B e 165-D, conforme o caso (esta última, incluída pela nova lei).
Foi incluído § 9º, para determinar que a Senatran deverá comunicar aos condutores,
via sistema de notificação eletrônica, o vencimento do prazo para realização do exame
toxicológico, com 30 dias de antecedência, bem como as penalidades decorrentes de sua
não realização.

ARTIGO 155
Foi retirada a palavra “elétrico”, relativa à classificação do veículo, pois passou a se
enquadrar no conceito de “automotor”.

ARTIGO 160
No § 1º, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 165-B
A infração de trânsito pela não realização do exame toxicológico periódico, incluída
pela Lei n. 14.071/20, foi modificada, passando a punir quem dirigir veículo sem realizar o
exame toxicológico, independentemente se for o exame inicial (para obtenção ou renovação
das categorias ‘C’, ‘D’ ou ‘E’) ou o periódico (a cada 2 anos e meio para os condutores destas
categorias, com idade inferior a 70 anos); também foi ampliada para condução de qualquer
veículo (e não só aqueles para os quais se exigem as categorias ‘C’, ‘D’ ou ‘E’).
O fator multiplicador da multa gravíssima foi mantido em cinco vezes; mas foi
acrescentado que, na reincidência em 12 meses, será multiplicado por dez.

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A infração do parágrafo único, que antes era aplicável ao momento da renovação da
CNH (denominada popularmente como “multa de balcão”), passou a configurar infração
específica do artigo 165-D. Em seu lugar, o parágrafo único passou a prever que, no caso
da não realização do exame periódico, a infração do 165-B ocorrerá após o trigésimo dia do
prazo estabelecido.
Este artigo produzirá efeitos a partir de 1º de julho de 2023, devendo o Contran
estabelecer o escalonamento, não superior a 180 dias, para realização do exame
toxicológico periódico.

ARTIGO 165-C
Foi criada mais uma infração, relacionada ao exame toxicológico: enquanto o artigo
165-B refere-se ao ato de dirigir veículo SEM TER REALIZADO o exame, este artigo 165-C
traz a infração de dirigir veículo TENDO OBTIDO RESULTADO POSITIVO no exame previsto
no caput do artigo 148-A, ou seja, aquele necessário à obtenção ou renovação das
categorias ‘C’, ‘D’ ou ‘E’.
Este artigo produzirá efeitos a partir de 1º de julho de 2023, devendo o Contran
estabelecer o escalonamento, não superior a 180 dias, para realização do exame
toxicológico periódico.

ARTIGO 165-D
O artigo 165-D seria incluído, para tratar da infração antes prevista no parágrafo
único do artigo 165-B (a tal da “multa de balcão”), ao condutor que deixa de realizar o
exame toxicológico periódico, após 30 dias do vencimento do prazo, independentemente de
ter conduzido veículo no período, o que seria constatado por ocasião da renovação da CNH,
com competência do órgão estadual de trânsito responsável pelo registro da CNH do
infrator, mas este artigo foi vetado.

ARTIGO 176
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

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ARTIGO 177
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 178
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 231
No inciso II, alínea ‘c’, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 268
No inciso III, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 269
Mantendo-se a alteração promovida pela MP n. 1.153/22, no § 3º, foi incluída, como
um dos documentos de habilitação, a “Autorização para Conduzir Ciclomotor”, o que,
tecnicamente, é questionável, tendo em vista que a ACC NÃO É documento apartado, mas
uma INSCRIÇÃO no documento de habilitação, ou seja, ou a pessoa tem uma PPD com
ACC, ou uma CNH com ACC, não existindo a ACC isoladamente.

ARTIGO 277
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 279
Foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 279-A
No caput e nos §§ 1º e 2º, foi substituída a palavra “acidentado” por “sinistrado”.

ARTIGO 280
Foi incluído § 6º, para estabelecer que NÃO HÁ INFRAÇÃO de circulação, parada ou
estacionamento relativa aos veículos de emergência, ainda que não identificados
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ostensivamente, ou seja, não haverá nem mesmo a necessidade de acionamento dos
dispositivos (sonoro e luminoso), tampouco a comprovação de serviço de urgência, de
policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública, como prevê o inciso VII do
artigo 29, para garantir as prerrogativas.
A nova regra amplia o disposto no atual Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito
(Resolução do Contran n. 985/22), que se referia apenas à constatação fotográfica de
equipamentos fixos. Agora, NÃO HÁ NENHUMA INFRAÇÃO cometida por estes veículos,
quando relacionada à circulação, parada ou estacionamento.
O Projeto de Lei de Conversão aprovado no Congresso Nacional também havia
incluído o § 5º, para prever que os convênios de trânsito só poderiam ser celebrados para
fiscalização efetuada por agente da autoridade de trânsito conceituado no CTB (conforme
alteração da Lei n. 14.229/21), o que excluiria convênios com as Guardas Municipais, mas
este parágrafo foi vetado pelo Presidente da República e, portanto, permanece em total
vigência o disposto no artigo 5º, inciso VI, da Lei n. 13.022/14 (Estatuto Geral das Guardas).

ARTIGO 284
Foi alterado o § 1º e incluído § 6º, referente ao sistema de notificação eletrônica,
para estabelecer que, desde que a adesão ao sistema seja realizada, pelo interessado, antes
da expedição da notificação da autuação, e o infrator declare a opção de não apresentar
defesa ou recurso, será garantido o direito de pagamento da multa por 60% do seu valor,
ainda que o órgão de trânsito responsável pela multa não tenha feito a adesão ao sistema.

ARTIGO 301
Foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 302
No § 1º, inciso III, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 304
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

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ARTIGO 305
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 312
No caput, foi substituída a palavra “acidente” por “sinistro”.

ARTIGO 312-A
Nos incisos II, III e IV, foram substituídas, respectivamente, as palavras “acidente”,
“acidentados” e “acidentes”, por “sinistro”, “sinistrados” e “sinistros”.

ARTIGO 314
No caput, foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

ARTIGO 315
Foi atualizado o nome do “Ministério da Educação e do Desporto” para “Ministério da
Educação”.

ARTIGO 323
Mantendo-se a modificação dada pela MP n. 1.153/22, foi revogado o parágrafo único
do artigo 323, que estabelecia uma vigência temporária da Lei n. 7.408/85 (tolerância no
excesso de peso), tendo em vista que referida norma mantém-se vigente até os dias atuais,
embora com alterações.

ARTIGO 326-A
Foram realizadas as seguintes adequações em relação ao PNATRANS – Plano
Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito:
- a referência de mortes fica restrita ao índice por grupo de habitantes (excluindo a
referência por grupo de veículos);
- o período de comparativo, para redução à metade do número de mortes, deixa de
ser de dez anos, a partir de 2018 (quando o artigo foi incluído no CTB, pela Lei n.

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13.614/18), para ser de dez anos até 2030 (levando-se em consideração os dados de 2020),
a fim de se equiparar à 2ª Década mundial de ações para a segurança no trânsito;
- foram feitas adequações de texto nos §§ 4º, 5º, 6º, 8º, 9º e 11, em especial quanto
à denominação da “Polícia Rodoviária Federal”, inserindo este nome onde estava escrito
“Departamento de Polícia Rodoviária Federal”; e
- no § 12, a data fixada para divulgação dos índices foi antecipada de 31 de maio
para 30 de abril de cada ano.

ANEXO I:

OPERAÇÃO DE TRÂNSITO
Foi substituída a palavra “acidentados” por “sinistrados”.

PATRULHAMENTO
Foi revogado o conceito de patrulhamento do Anexo I, pois a Lei n. 14.229/21 incluiu
“patrulhamento ostensivo” (atividade da PRF) e “patrulhamento viário” (atividade dos
agentes de trânsito de carreira), mas havia “esquecido” de retirar o antigo “patrulhamento”.

PATRULHAMENTO OSTENSIVO
Foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO


Foi substituída a palavra “acidentes” por “sinistros”.

QUADRICICLO
Foi incluído o conceito de “quadriciclo”, até então inexistente no CTB.

SINISTRO DE TRÂNSITO
Foi incluído o conceito de “sinistro de trânsito”, até então inexistente no CTB,
incorporando a Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas n. 10.697/20.

TRICICLO
Foi incluído o conceito de “triciclo”, até então inexistente no CTB.

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VEÍCULO AUTOMOTOR
Incluiu o motor de propulsão elétrica ou híbrida, junto ao de propulsão a combustão.

VEÍCULO ESPECIAL
Foi incluído o conceito de “veículo especial”, até então inexistente no CTB.

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IMPORTANTE:

Com todas estas alterações, ainda não decidi se vou lançar nova edição do CTB
anotado e comentado já neste ano ou somente em 2024.
De qualquer forma, devo disponibilizar, em breve, o CTB atualizado em versão
digital (e-book), bem como o novo livro, que se encontra em pré-venda, intitulado
“Entre retalhos, remendos e jabutis: 25 anos de CTB”.
Se você deseja adquirir Código de Trânsito Brasileiro ATUALIZADO, entre para o
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para os meus próximos livros (o grupo ficará fechado para participação geral,
destinando-se apenas às postagens, em primeira mão, sobre CTB ATUALIZADO):
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Além disso, está agendada para a próxima segunda-feira, 26JUN23, a nossa 69ª
Live Trânsito da sorte, cujo tema é a Lei n. 14.599/23. Para se inscrever, acesse:
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MUITO SATISFEITO PELA SUA ATENÇÃO!!!

JULYVER MODESTO DE ARAUJO


Junho de 2023

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