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Aula 01 - Folha de Exercícios

Perguntas para Auto investigação

Antes de começar a aula responda essas perguntas no seu caderno do curso:

- Que tipo de mundo você quer criar com suas conversas e ações? (Espiritual)

- Quais são seus modelos/referências de relacionamentos? Como eles influenciam a forma como você se relaciona
hoje? (Comportamento)

- Como você se relaciona com você mesmo? (Identidade)

- Que tipo de pessoa você quer se tornar? De que forma esse curso irá te ajudar nesse sentido? (Identidade)

- O que você já transformou em você ao longo de sua vida? Como você pode utilizar os aprendizados dessas
transformações para transformar seus relacionamentos? (Identidade)

- Atualmente quais são as emoções mais presentes na sua vida? O que elas estão dizendo? (Capacidade)

Fonte: 108 perguntas para fazer antes de procurar um coach. Fábio Novo
http://issuu.com/fabionovo/docs/108perguntas

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Artigo

Resposta padrão para qualquer problema de relacionamento amoroso


por Gustavo Gitti

“Gustavo, sei que você não se coloca como conselheiro, mas me senti à vontade para contar o que vem
acontecendo comigo. Sou casada, tenho dois filhos, mas atualmente perdi totalmente o tesão pelo meu marido e sinto
que ele não me deseja mais. Conheci outro homem que me olha de um jeito… Estou completamente apaixonada e
excitada. Sei que basta um sinal meu para transarmos igual loucos. Estou confusa. O que faço?”
“Gustavo, vou ser direto: minha mulher deu pra outro cara, me contou, se arrependeu, estou confuso, sei que
ela é a mulher da minha vida, mas não consigo mais confiar nela. Sinto-me obrigado a terminar, mas estou sofrendo
muito.”
“Gitti, estava bastante feliz com um menino que conheci ano passado. A gente se dá muito bem, só que
ultimamente estou cada vez mais insatisfeita pois ele não assume o namoro. Sua postura “não fode nem sai de cima”,
pura indecisão imatura, nos afasta cada vez mais. Penso em não aceitar isso e terminar, ou você acha que devo esperar
mais um pouco? Estou aflita!”

Eis algumas citações inventadas com base nos longos emails que recebo. Não são bem invenções: apenas cortei todo
o bla-bla-blá e o excesso de reticências e pontos de interrogação de 3 deles.

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A origem da resposta padrão


Eu não acredito em manuais de auto-ajuda, respostas definitivas, verdades últimas. Não há critério absoluto
para apontar qual é o melhor caminho. Se você sabe que alguém está indo de ônibus de São Paulo para Natal e tenta
ser generoso oferecendo uma passagem de avião, nada impede que o avião caia e faça de sua ação um desastre
nada compassivo. Se a mulher trai o marido, quem pode afirmar que isso é ruim para o casamento ao ver a relação
deles melhorar?
Aos primeiros pedidos de conselho que recebi, respondi indicando passagens de avião e rejeitando traição.
Ou seja, adentrava a situação, visualizava uma saída e sugeria um caminho que poderia ser benéfico. Como não sou
psicólogo, xamã, guru, padre ou lama, deixava claro que estava respondendo como um amigo qualquer. Ainda assim,
fiz o voto de não emitir opiniões pessoais correndo o risco de piorar ainda mais o problema. A cada novo email, olhava
com mais cuidado e tentava visualizar um caminho cada vez mais amplo de modo que não envolvesse nenhuma
preferência pessoal.
Se não há caminho melhor que outro, o que responder para alguém que pede por algum direcionamento?
Ora, a própria percepção de que não há saída – de que pode surgir dor e insatisfação em qualquer posição – é feita
de uma perspectiva transcendental, de um olhar que pode ser mantido em qualquer caminho, e que revela igualmente
que pode surgir felicidade e liberdade em qualquer posição!
As respostas progressivamente se transformaram de “Faça dança de salão” ou “Exija direcionamento e
estabilidade de seu homem, não aceite sua mediocridade” para algo assim: “Você pode sofrer e ficar insatisfeito com
ou sem sua namorada, assim como pode ser feliz e livre com ou sem sua namorada. O ponto não é continuar ou
terminar, mas ser livre e construir relações positivas em todas as direções”.
Tal postura evoluiu até que há uns dois meses escrevi uma mensagem para uma mulher e no dia seguinte a
encaminhei para outra e depois para um homem e depois para uma menina… Só alterava o nome e uma frase ou outra.
Não sei bem se fiz isso com a motivação de não perder tempo ou se queria de fato trazer algum benefício. ;-)
De qualquer modo, escrevi com toda a sinceridade, como se a pessoa fosse meu filho ou uma grande amiga.
Escrevi aquilo que eu mesmo gostaria de ler quando imerso em situações complicadas e doloridas.
A cada email idêntico que enviava, me questionava sobre a universalidade de nossa dor: quanto mais
específico e particular o problema, mais ele se aproxima das aflições de nosso vizinho, de nosso colega de trabalho,
de nossos pais, netos, ex-namorados, primos de segundo grau, de estranhos na rua, franceses, japoneses… Como
ensinava Guimarães Rosa, o mais particular não é senão o mais universal: “O sertão é do tamanho do mundo”.

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Qual é o nosso verdadeiro problema?


Lama Padma Samten conta que recebe emails
gigantes ou escuta alunos falarem por quase uma hora.
História detalhada, problema justificado. O discurso dá
solidez e um caráter de ineditismo e singularidade ao
problema. É como se disséssemos: “Lama, o senhor dá
instruções que valem para todos, menos para mim”.
Ainda que nossa mente saiba do absurdo de
tais crenças, nosso coração e nossos pulmões afirmam
com toda a ingenuidade: “Isso nunca aconteceu antes
com ninguém, essa história toda é inédita, eu não sei e
ninguém saberia o que fazer, por isso dói tanto!”.
Durante uma confusão, ao enviarmos um email
pedindo conselhos, o que mais desejamos é
reconfigurar a situação. O homem traído deseja, antes
de tudo, que possa voltar ao passado e desfazer o
evento, ou, pensando mais realisticamente, que sua
mulher se arrependa e corte o envolvimento com o
outro, ou que ele mesmo deixe de amá-la. Queremos
uma resposta para a pergunta que fizemos e assim
nunca percebemos que o problema se esconde na
própria pergunta!
A esposa insatisfeita não sabe se trai ou não o marido, a mulher aflita pergunta como voltar com o marido e
a garota que se sente carente arruma um parceiro atrás do outro… Elas todas enviam emails perguntando o que fazer,
buscam alterar as situações ao redor, e sequer desconfiam de seus verdadeiros problemas: insatisfação, aflição,
carência. Ora, elas não estão sofrendo porque desejam trair, querem voltar ou fazem sexo sem parar… Elas estão
sofrendo porque estão oprimidas pela carência, se movem por insatisfação e estão afogadas em emoções
perturbadoras.
Achamos que nosso problema é o namorado que foi embora, a mulher que traiu, o parceiro indeciso, a falta
de sexo, a comunicação confusa, a ausência de diversão, grana ou tesão. Mas não é. Nosso problema é a insatisfação
gerada por colocarmos nossa felicidade, nossa alegria, nossa energia, nossa respiração, nossa vida em cima de bases
instáveis como um namorado, uma mulher, um apartamento, um emprego, uma conta bancária, uma identidade, um
pensamento, uma religião…
Diante de um longo email ou depois de um discurso todo enrolado no qual a pessoa se esforça para explicar
sua situação (“Vou dar os detalhes para o senhor entender bem por que estou sofrendo”), um mestre de meditação,
que obviamente já sabe por que a pessoa está sofrendo antes mesmo de ela começar a falar, enxuga e reduz a
complicação com uma simples pergunta: “Como está sua mente? O que você está sentindo? O que está sofrendo?”. A
pessoa tenta explicar por que ecomo está sofrendo. Então o mestre pergunta novamente: “O que você está sentindo?”.
Ela não entende qual a relevância disso, afinal tem uma situação a resolver. Por um instante acha que o mestre
não entendeu o problema, mas enfim responde: “Estou sentindo raiva” ou “Estou ansiosa” ou “Estou deprimida”. E então
o mestre sorri: “Ótimo, então descobrimos o problema! Pratique meditação com a motivação de se liberar da raiva e
também com o desejo de que nenhuma outra pessoa seja arrastada por isso”. Ou “Temos bastante trabalho a fazer
aqui na comunidade, eu soube que você é médico, então comece amanhã a atender as pessoas que não podem
pagar. Isso vai curar sua depressão”. Para a ansiedade, além da meditação, talvez ele ensine alguma arte como
thangka ou sumi-ê.

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Curiosamente, o mestre ignorou toda a situação, não falou como agir com o ex-marido, o que falar para a
namorada, o que fazer, qual direção seguir. Se o aluno seguir a instrução, transformar sua mente e se liberar da aflição,
o sofrimento pode não desaparecer por completo, mas ele não exigirá uma decisão. O desconforto será visto como tal
em vez de agir por trás impelindo mil ações precipitadas. Restará uma situação a ser vivida como qualquer outra, seja
o fim ou a reconstrução de uma relação, a mudança ou a permanência no trabalho, na cidade ou no casamento.
Sem um mestre desses, fazemos tudo ao contrário. Assim que surge a insatisfação, a raiva, a carência, a
ansiedade ou qualquer forma de perturbação, sentimos um desconforto, uma necessidade de se mover, mudar, tomar
uma decisão. Em nenhum momento desconfiamos que estamos sendo comandados pela aflição. Pelo contrário, ela
vira nosso líder, mestre, guru, nossa intuição mais sábia: “Estou sofrendo muito, acho que é o momento de acabar com
ela!”.
Nós sofremos porque vivemos sob a ilusão de que alguns caminhos são mais seguros do que outros, que uma
identidade é melhor que outra, que a estabilidade pode ser encontrada em alguns pontos e não em outros, que
seremos felizes com algumas pessoas e não com outras. Sem perceber, passamos a vida inteira buscando tais posições,
identidades, locais e pessoas. O fim da história nós já sabemos e teimamos em ignorar: todos morrem antes de
conseguir encontrar o Santo Graal.
Tomando essa ilusão como referencial, sempre que surge algum sofrimento, interpretamos a situação como um
alerta: “O príncipe não é ele, o paraíso não é aqui, o Santo Graal deve estar em outro lugar!”. Desconforto,
insatisfação, vontade de se mover, decisões calculadas, consulta com o psicólogo, longo email para o Contardo
Calligaris, para o amigo sábio, para o lama ou para o moleque do blog lilás.
Enfim, depois de acertarmos o diagnóstico, é fácil entender a resposta padrão. Vou imaginar uma mulher, mas
funciona bem com um interlocutor masculino (basta mudar pouca coisa).

Simples e curta, aqui vai…


Artigo

A resposta padrão para qualquer problema de relacionamento


“Oi, [Nome-da-pessoa-aflita],

Situação linda essa, não? Olha, vou ser sincero, mas talvez não seja
a resposta que você esteja esperando.
Pode ser que você trepe com ele insanamente, se libere e melhore
sua relação com seu marido, descobrindo modos de ter prazer. Ou pode ser
que você e se envolva e construa uma nova relação, dando fim ao seu
casamento.
Ir ou ficar, ter outro homem ou não, ambos geram aflições. A saída
não é ir ou ficar mas superar as aflições (ansiedade, carência, medo, raiva,
inveja, orgulho etc). Como a gente não entende isso, melhor ir e ficar para se
foder de todo jeito e então sacar que o caminho é outro.
Se você não se relacionar com outros homens, vai ficar sempre com
algo intocado dentro de você e algo não vivido esperando lá fora. Mesmo
se esquecer esse cara, surgirão outros. O processo será o mesmo. Same old
song.
Se você der pra ele, vai deixar coisas que não quer deixar, vai fazer esforço
em uma direção e depois vai se arrepender – assim como se arrependerá se
não viver a paixão.
Se tentar ir por disciplina e repressão, vai se segurar o resto da vida,
Essa constante insatisfação é nosso grande problema. Quando você perceber isso 100% com mente e corpo,
quando entender que não temos saída alguma tentando acertar dentro desse processo cíclico, aí começará um
processo bem mais profundo de transformação, que envolverá toda a sua vida, muito além dessa relação específica.
Desejo que você supere isso tudo direto na raiz, que é a mesma para todos nós: você, seu marido, os dois
caras, eu, minha namorada…
Sem as aflições, tanto faz com quem esteja. Solteira, casada, divorciada, com um, com dois, com três, sem
ninguém, só com amigas, sozinha, não importa. Sem as aflições, não há um caminho melhor que o outro. Você será feliz
e fará outros felizes em qualquer condição.
Enfim, o que eu desejo é que você seja feliz e possa ter a habilidade de fazer os outros felizes, seja seu marido,
amante, ex-marido, ex-mulher, filho, filha, prima, primo, ficante, casinho, amigo, chefe, prostituta, avó, uma desconhecida
ou o mendigo que você ignorou hoje pela manhã.

Um abraço,
“[Seu-nome]”

Fonte do artigo:
http://nao2nao1.com.br/resposta-padrao-para-qualquer-problema-de-relacionamento-amoroso/

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Necessidades Básicas que todos temos
(lista de necessidades humanas)

SUBSISTÊNCIA ENTENDIMENTO SENTIDO


Abrigo Aceitação Apreciação
Água Clareza Beleza
Ar Compreensão Celebração
Comida Empatia
Contribuição
Exercício físico Inclusão
Esperança
Expressão sexual Presença
Movimento Expressão espiritual
Saúde¬ Felicidade
COMPAIXÃO Gratidão
Toque Afeição
Luto
Amor
PROTEÇÃO Carinho Propósito
Acolhimento Conexão Significado
Conforto Consideração
Estabilidade Respeito
Ordem Segurança Emocional
Segurança
Segurança Física AUTONOMIA
Suporte Amor próprio
Autenticidade
DESCANSO Auto estima
Equilíbrio Criatividade
Espaço Equilíbrio
Harmonia Escolha
Integração Força Interior
Paz Honestidade
Relaxamento Integridade
Tranquilidade Liberdade
Metas
INTERDEPENDÊNCIA Significado
Apoio Sonhos
Apreciação
Atenção DIVERSÃO
Companhia Alegria
Comunhão Aprendizado
Comunidade Criatividade
Confiança Distração
Contato Humor
Contribuição Iniciativa
Cumplicidade Inspiração
Diversidade Riso
Encorajamento
Honestidade
Integração
Mutualidade
Participação
Pertencimento
Proximidade
Troca
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Exercício sobre necessidades
(feito e corrigido na aula)

Exemplos
- Aqui nessa empresa é sempre assim, é tudo culpa minha!
Necessidade: De apoio, de igualdade, gostaria que a responsabilidade fosse compartilhada.

- Toda vez que eu venho te buscar você me deixa esperando!


Necessidade: De consideração, respeito, responsabilidade

Agora é com você, identifique as necessidades por trás de cada afirmação:


1. Essa casa está uma bagunça!
Necessidade:

2. Não aguento mais você me ligando toda hora!


Necessidade:

3. Meu marido reclama de tudo, não é possível isso!


Necessidade:

4. Você sempre aponta meus defeitos, nunca as minhas qualidades.


Necessidade:

5. Você tem que encontrar um bom emprego(pai dizendo para o filho).


Necessidade:

6. Você tem uma visão muito pessimista das coisas


Necessidade:

7. Carol, não estou entendendo absolutamente nada do curso até agora.


Necessidade:

8. Você não sai do Whatsapp (celular)!


Necessidade:

9. Você é um egoísta!
Necessidade:

Ao longo dessa semana torne-se um investigador de necessidades!

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Rascunho

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