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CURSO AULA

1. Legislação Aplicada:
1.1. A Lei nº 14.133, de 2021, estabelece as normas gerais que regem a contratação
pública dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
inclusive os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do
Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no
desempenho de função administrativa e os fundos especiais e as demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública. Por outro lado, ficam
de fora da abrangência da Lei 14.133, de 2021, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e as suas subsidiárias, que continuam regidas pela Lei nº 13.303, de
30 de junho de 2016.

2. Importância da contratação
2.1. contratação pública é de suma importância, pois é através dela que a
Administração vai dispor dos meios para executar suas ações e cumprir sua
finalidade. A eficiência na Administração Pública, por exemplo, só é possível
quando as contratações públicas são realizadas corretamente e de maneira
tempestiva, com a maior celeridade possível e garantindo a seleção da
proposta mais vantajosa dentre as que atendem às especificações do edital.

3. Fases da contratação pública


✅ planejamento: pesquisar soluções, estabelecer critérios e requisitos do objeto;
✅ seleção do fornecedor: estabelecer regras que orientam a forma de escolha; e
✅ gestão do contrato: instituir o modo como será realizado o controle da execução do
serviço e administrados os pagamentos.
em cada uma delas temos artefatos típicos, como o termo de referência, o edital e o
contrato.

Planejamento da contratação pública e fase preparatória


O planejamento caracteriza a fase preparatória do processo licitatório, que deve
compatibilizar-se com o plano de contratações anual e com as leis orçamentárias. Ele
consiste na etapa mais relevante, visto que todas as demais estarão condicionadas à
descrição correta e adequada do que se pretende contratar. Mas não é só no processo
licitatório que deve existir planejamento, mas também nos casos de contratação direta,
conforme estabelece o art. 72, da Lei 14.133, de 2021.
Termo de Referência e Projeto Básico: conhecimentos básicos

O projeto básico foi previsto na lei de licitações, para uso nas modalidades ali
previstas. Sua definição aponta o uso dele para “definir e dimensionar a obra ou o
serviço, ou o complexo de obras ou de serviços objeto da licitação”.
O termo de referência, é um artefato típico da licitação para a contratação de
bens e serviços.
Tanto o projeto básico como o termo de referência podem ser usados na
contratação de serviços, não há dúvida quanto à necessidade do projeto básico para
licitações de obras.
Súmula 261 do Tribunal de Contas da União – TCU (Em licitações de obras e
serviços de engenharia, é necessária a elaboração de projeto básico adequado e
atualizado, assim considerado aquele aprovado com todos os elementos descritos no art.
6º, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, constituindo prática ilegal a
revisão de projeto básico ou a elaboração de projeto executivo que transfigurem o
objeto originalmente contratado em outro de natureza e propósito diversos).

A Lei 14.133, de 2021 seguiu a tendência de valorização da fase preparatória já


identificada nos regulamentos do pregão. A nova lei de licitações dedicou o capítulo II
de seu Título II à descrição da fase preparatória da licitação, abrangendo conteúdo
racionalizado que vai do art. 18 ao art. 52. Também previu expressamente a figura do
Termo de Referência no seu art. Art. 6º, inciso XXIII.

Os agentes designados para a atividade planejamento deverão se ocupar dos


seguintes tópicos:
I - A descrição da necessidade da contratação fundamentada em estudo
técnico preliminar que caracterize o interesse público envolvido;
II - A definição do objeto para o atendimento da necessidade, por meio
de termo de referência, anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo,
conforme o caso;
III - A definição das condições de execução e pagamento, das garantias exigidas
e ofertadas e das condições de recebimento;
IV - O orçamento estimado, com as composições dos preços utilizados para sua
formação;
V - A elaboração do edital de licitação;
VI - A elaboração de minuta de contrato, quando necessária, que constará
obrigatoriamente como anexo do edital de licitação;
VII - o regime de fornecimento de bens, de prestação de serviços ou de execução de
obras e serviços de engenharia, observados os potenciais de economia de escala;
VIII - A modalidade de licitação, o critério de julgamento, o modo de disputa e a
adequação e eficiência da forma de combinação desses parâmetros, para os fins de
seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso para a
Administração Pública, considerado todo o ciclo de vida do objeto;
IX - A motivação circunstanciada das condições do edital, tais como justificativa de
exigências de qualificação técnica, mediante indicação das parcelas de maior relevância
técnica ou valor significativo do objeto, e de qualificação econômico-financeira,
justificativa dos critérios de pontuação e julgamento das propostas técnicas, nas
licitações com julgamento por melhor técnica ou técnica e preço, e justificativa das
regras pertinentes à participação de empresas em consórcio;
X - A análise dos riscos que possam comprometer o sucesso da licitação e a boa
execução contratual;
XI - A motivação sobre o momento da divulgação do orçamento da licitação, observado
o art. 24 desta Lei.

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